O MEU DIÁRIO
- Eva Ribeiro
- 3 de jan. de 2021
- 1 min de leitura

3/01/2021
Os olhos da nossa memória vêem melhor que os nossos…eis uma verdade que ganhou hoje ainda mais dimensão…
(Re)cordo o sobretudo preto, o olhar penetrante e o teu perfume que preencheu o meu espaço quando vieste ao meu encontro…e (re)cordo a tua curiosidade…e (re)cordo também a minha, mas que escondi, com sucesso, algumas vezes.
Mas a verdade é que o tempo…dá ou retira significado a tudo…e foi assim que no meio de uma floresta encantada, ladeada de árvores e com o rio como pano de fundo, tração às 4 rodas, provocaste delicadamente os meus sentidos, libertando-me das minhas amarras…fazendo-me ouvir…ver…cheirar…tocar e por fim provar-te…numa sincronia em que a música se entrelaçou pecaminosamente com os meus gemidos, em harmonia com os meus/teus movimentos…
Sinto-te…sentes-me…
Deixo-me ir…deixas-te ir…numa viagem, já sem retorno, numa entrega sentida, consentida e que me leva a uma outra verdade: o facto de eu gostar de pessoas que nunca acabam, que (re)voltam os meus sentidos, que me inspiram e que me fazem (re)encontrar-me comigo mesma, fazendo vir ao de cima o anjo e o demónio. Uma entrega perversa e que nenhuma máscara ocultará, só a que colocarmos como mero adereço sexual…
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