O MEU DIÁRIO
- Eva Ribeiro
- 28 de jan. de 2021
- 1 min de leitura
28/01/2021

Eu pedi…eu avisei…até te ameacei, mas tu, orgulhosamente cabrão como és, ignoraste a linha que eu desenhei, com o meu próprio sangue, para te afastar de mim, para ousares desafiar-me a mais um duelo, desta vez mortal…
Que seja…
E devo dizer-te que escolheste muito bem o dia, demasiado bem até: lua cheia. Pelo menos sabes que, para além de todas as vantagens que já tenho do meu lado, terei mais esta. Mas tu mesmo assim ainda presumes, que serei incapaz de disparar…de largar a flecha do meu arco…e….fodassss….como te enganas, pois já o fiz de várias formas e…tu…tu sentiste cada bala, cada flecha perfurar-te… apenas não desferi para te matar, só te feri. Esta será só mais uma…mas vai matar-te…e tu sabes e eu sei disso.
Que assim seja...
Pedes-me para parar... para te olhar, para me olhares e, orgulhosamente puta como tu sabes que eu sou, não paro por nada. Não ia parar por ti e, muito menos, por me pedires algo que não sei fazer: parar.
No entanto, contrariando a minha natureza, vou-te conceder este teu último desejo: olhar-me nos olhos antes de dis(parar).
Pára, agora, cabrão…e olha para mim…olha-me nos olhos e vê a puta…a tua puta...
Olhas-me…olho-te…e depois, sem aviso caio no chão pois o gatilho sempre esteve premido e a bala, tal como a flecha sempre estiveram apontadas para mim, não para ti…
Eu disse-te que não ia falhar…eu nunca falho…
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