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112 - PARTE III

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro


Deixei a confusão acalmar na urgência e tentei erguer-me, vestir a bata que ainda se encontrava aos pés da cama e dar alguns passos. Precisava de domar o meu corpo, obrigá-lo a reagir. E nesse momento apareceu-me a enfermeira.

- Bons progressos Mariana. Como se sente? - Perguntou-me. Era-me difícil olhar para ela e não a imaginar nua, rendida ao toque dele e senti algo que não contava: ciúme.

- Penso já estar bem melhor, aliás ia sugerir poder ir-me embora. - Disse-lhe, precisando de sair dali...fugir...era a única resposta que conhecia quando sentia uma ponta de dor.

- Vou fazer a avaliação dos seus sinais vitais, mas terá de ser o Dr. Miguel a avaliar se já pode ir. E lembro-me de ele me dizer que queria que ficasse esta noite para a poder avaliar melhor. - Disse-me e eu sabia que era verdade.

- Mas eu sinto-me bem. Veja por si. - E deitei-me para que ela pudesse avaliar-me.

E durante alguns minutos a atenção dela foi monitorizar-me, fazendo posteriormente anotações naquele que presumi fosse o meu processo clínico. Mas entretanto, vejo-o aparecer por detrás da cortina da minha cama.

- Dr. Miguel, ainda bem que chegou. A paciente está estável e os sinais vitais, como pode ver, estão bem...acho que lhe podemos dar alta. Que me diz? - Perguntou ela e eu presumi que em quase todas as situações semelhantes a resposta dele seria concordante com a dela, mas algo me dizia que desta vez iria ser diferente.

- Posso ir-me embora, finalmente? - Disse erguendo-me e mostrando mais força da que efectivamente tenho.

- Julgo ser precipitada essa decisão. Aparentemente pelos exames que fizemos é só uma entorse e algumas escoriações, mas de acordo com o nosso protocolo este tipo de acidentes obrigam a maior vigilância...pelo menos 12 a 24 horas. - Disse ele e percebo a fúria dele pela minha tentativa de escapar na sua ausência.

- Sendo assim Mariana, parece que nos vai fazer companhia mais algum tempo. - Disse a enfermeira. - Quer que peça para lhe trazerem alguma coisa para comer? - Perguntou-me atenciosamente.

- Sim, por favor. - Agradeci e voltei a deitar-me.

- Alguma preferência? - Perguntou-me.

- Leite...morno...- Pedi e olhei para ele, com a mesma perversidade que ele já conhecia.

E pouco depois estava eu deitada na cama e ele a olhar-me fixamente, sem dizer uma palavra.

- Eu podia repousar em casa perfeitamente. - Disse-lhe igualmente furiosa.

- Podias sim, mas não seria a mesma coisa. Quero ter-te aqui...quero cuidar de ti. - Disse-me e eu fiquei a olhar para ele. Era a primeira vez que alguém me dizia algo assim. Nem o meu pai algum dia me tinha dito algo parecido e isso ainda me deixou mais furiosa, mais frágil também.

- Não preciso que cuidem de mim... - Digo tentando demarcar-me daquela postura dominante e paternalista dele. E naquele momento passei por ele a coxear e senti a mão dele deter-me.

- Onde vais Mariana? - Perguntou-me prendendo o meu braço com força.

- À casa de banho. Posso ou tenho que pedir algum requerimento ao hospital? - Perguntei e foi o suficiente para ele me largar e me deixar ir. Mas a minha teimosia deixou-me ficar mal e a meio do corredor, desequilibrei-me e caí no chão.

- Fodassss - E vi-o a correr na minha direção. - Agarra-te a mim e livra-te de me dizer que consegues ir sozinha....

Eu nada disse, apoiei-me nele e a minha cabeça tombou sobre o ombro dele.

- Preciso que cuides. - E nesse momento perdi os sentidos e só me lembro de acordar noutro espaço e com outras pessoas ao meu redor.

- Onde estou? Onde está o ...? - E não disse o nome dele, mas vejo uma figura, aproximar-se da maca onde me encontrava. Estava completamente equipado, quase irreconhecível... - Onde estou Dr.? - Perguntei e ele olhou para mim e respondeu.

- Está tudo bem Mariana. Teremos de fazer uma pequena intervenção...algo simples, mas necessário. - Disse-me friamente, mas estranhamente as palavras dele transmitiam-me calor.

E apaguei, com a imagem dele...presente em mim.

Acordei numa sala diferente, mais se assemelhava a um quarto, mas tinha imensos monitores atrás de mim. Olhei em volta e não vi ninguém, e nesse momento vejo alguém entrar pela porta com passo apressado.

- Finalmente acordaste. - Disse-me mal me viu. - Porque é que és teimosa? Porque não obedeces? - Perguntou-me furioso. - Sabes que podias não voltar a andar? - E continuou sem que eu perguntasse alguma coisa. - Tinhas um nervo trilhado na perna...a que te doía e que não foi detectado nos primeiros exames que se fizeram, por isso, quando caíste, a dor fez-nos descobrir isso, daí ser necessário a pequena cirurgia que foi feita. - Terminou por dizer.

- Shhhh....Miguel...deita-te aqui ao meu lado... - Pedi-lhe.

- Mariana, não posso...se alguém entra... - Respondeu-me e eu fiquei em silêncio. - Raios. - E, sem dizer uma palavra, fechou a cortina que circundava a minha cama, apenas o suficiente para poder ver quem entrava e sem ser visto e deitou-se ao meu lado.

- Obrigada. - Agradeci e deixei-o encostar a mim, sentindo o calor do corpo dele no meu. A minha bata, aberta atrás, deixava-me mais exposta e inevitavelmente quando o corpo dele tocou o meu, senti a erecção dele e inevitavelmente olhei para ele, de forma a que ele percebesse que senti. - Miguel...

- Deixa...já passa.... - Tentou sossegar-me, mas sem sucesso.

- Não quero que passe...- Confessei. - Baixa as calças da farda e fode-me por favor. - Pedi.

- Afinal não sou o único a querer dominar. - Disse ele acariciando as minhas costas com uma das mãos e acariciando o meu corpo por baixo da minha bata. Adorava a forma como me acariciava as mamas, me tocava os mamilos, mas quando sinto os dedos dele nos lábios da minha cona...suspirei, deixei-o...e pouco depois é o caralho dele que sinto roçar-me as nádegas e deslizar sobre os meus lábios até entrar lentamente na minha cona.

- Hmmmm - Gemi...sem conseguir controlar o prazer que ele me proporcionava.

- Estou a magoar-te? - Perguntou-me genuinamente preocupado.

- Não...não...mas fode-me....é o que eu preciso.... - Pedi-lhe.

E a partir dali...o descontrole assumiu o comando dos movimentos dele...e venho-me pouco depois...e o orgasmo dele sucede o meu...

- Agora já posso ir embora? Afinal já fizeste o que querias... - Disse tentando ferir...

- Não podes...não te deixo porque ainda não estás boa, mas mesmo quando saíres deste hospital, eu vou continuar a fazer parte da tua vida. - Disse-me seguro de si.

- E essa certeza toda vem de onde? Sabes que tenho vida? Tenho um namorado....

- Mariana...já nada será igual...

E nesse momento entra a enfermeira e vê-o de volta dos monitores e vê que estou acordada.

- Mariana devia estar a repousar. - Disse-me com um ar preocupado.

- Eu sei...mas preciso do meu leite...morno...

E ela voltou a desaparecer e deduzi que fosse para ir buscar o que lhe tinha pedido antes de tudo ter acontecido.

- Ela vai demorar... - Disse-me. Queres o meu leite...morno, de novo? - Perguntou-me, insinuando-se junto de mim de novo.

- Quero...

E aproximou-se de mim, baixando de novo as calças da farda e exibindo o caralho ainda molhado com o meu mel...e que lambi até o endurecer de novo.

- Mariana...

E adormeci com o meu nome a ecoar pela sala e com o sabor do esperma dele na minha boca.


FIM


 
 
 

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