13 PORTAS - PARTE VI
- Eva Ribeiro
- 11 de out. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 18 de out. de 2022

E sentados naquela poltrona vermelha, o holograma que nos aparecia diante dos olhos, parecia que a história que te tinha ouvido contar estava a desenrolar-se à minha frente. Um quarto de um qualquer motel…tu…a tua namorada e uma amiga com quem ela quisera partilhar-te. Reconheço a ligação, a interligação de almas e vejo que as regras inicialmente impostas se vão quebrando à medida que o calor e a excitação aumenta. E neste momento dou comigo a procurar a tua mão, a qual me conduzes ao teu caralho, já duro, de rever aquelas imagens que ainda tens bem presentes. E não são precisas palavras…facilmente alcanço os boxers e retiro o teu caralho duro e começo a masturbar-te. Tu gostas e adoras quando o meu toque se intensifica quando acaricio demoradamente os teus tomates.
- Fodassss – Ouço as palavras de sempre…e o teu caralho lateja de tesão…
Mas paro, propositadamente e deixo-te continuares o que comecei…
- Não te venhas já…aguenta esse orgasmo até ao limite…
- Puta… - Chamas e reconheço-me…ignoro-te e continuo vidrada no orgasmo que tens nas imagens que vou vendo passarem diante dos meus olhos e não me passa despercebido o teu caralho se manter duro depois disso. Olho para ti, ainda com a mão no caralho, com movimentos controlados, pois estás na iminência de te vir e é o que eu quero evitar.
E não muito tempo depois, começa a decorrer outra cena completamente diferente…a minha…e o que começa com um informal jantar…em que as conversas vão aquecendo e depois disso começa um jogo a quatro…onde os corpos cedem ao prazer mais primário. Ver e ser visto pelo par…a foder…a ter prazer com outro homem que não ele. Uma imagem que te começa por corroer, pois sei exactamente os fantasmas que levanto com aquela simples imagem.
- Vê cabrão… - E nesse momento levanto o vestido e começo a tocar-me também…lentamente…enquanto vejo a mesma fusão de corpos que anteriormente vi, mas com a agravante de não ser suposto haver envolvimento emocional…
- Fodassss…
- Quero ver-te com outro homem. – Dizes e continuas a masturbar-te, reparando que também o faço…porque me excita o que vejo e mais ainda o quanto isso te altera.
- Tu és louco… - Digo e continuo fixada nas imagens que me são familiares. – Não sabes o que pedes.
- Sei, sei exactamente…sei o que quero ver…quero ver-te mudar de forma com outro a foder-te…com outro a usar o teu corpo, mas a não chegar onde eu chego…quero ver a tua entrega…quero ver tudo…e quero que tenhas prazer comigo a ver, quero que sintas o meu prazer… - Confessas e sinto o teu orgasmo na iminência de acontecer.
- Sabes uma coisa?! – Pergunto, não esperando uma resposta, apenas captar a tua atenção.
- Eu também quero…quero que vejas e quero que dites as regras. – Digo e sinto-te a controlar o orgasmo.
- Contigo? – Perguntas, retoricamente.
- Sim…
- Não. Eu quero ver a caçadora…e ver a presa… - Confessas.
- A minha única regra é quando ele me começar a foder tu te aproximares… - Digo sem medo.
E venho-me nesse momento, mas aproximo-me de ti e deixo-te masturbares-te até te esporrares e na minha boca.
- Engole puta… - Dizes e gritas de prazer…e rapidamente as imagens se dissipam e a chave aparece exactamente onde as víamos desenrolar.
- Temos a chave. Avançamos? – Pergunto-te já recomposta.
- Contigo…vou até ao fim do mundo e sabes porquê? – Perguntas-me com a maior simplicidade.
- Não, mas sei que me vais dizer. – Digo confiante.
- Porque és minha.
E selamos a saída da sala com um beijo e voltamos ao corredor…
Puxo-te, sem te dar espaço para a porta 12…e fecho-a atrás de nós.
- Eva, onde estamos? – Perguntas sem medo.
- Não sei…vamos? – Pergunto e seguimos a par, sem que me desses qualquer resposta à pergunta feita.
- Qual foi o último desejo proferido? – Pergunta uma voz masculina e que se materializa à nossa frente, sempre com o mesmo semblante. – Ainda se lembram? – Engulo em seco, porque sei o que pediste.
Olhas para mim…olho para ti…
- Sem retorno? – Pergunto.
- Sim…mostra-me. – Pedes e pouco depois vamos até uma sala e aparecem diante de mim 5 homens…todos com o mesmo manto.
- Dispam-se desses mantos…preciso de ver… - Digo e cada um deles, vai-se libertando e ficando nus à minha frente.
Olho para ti e desço o olhar na direção dos teus quadris e a ereção denuncia-te. Sei que tenho livre trânsito.
- Quero o nº 3… - Digo ao escolher um moreno de olhos claros…formas bem delineadas…e olhar penetrante.
- Seja feita a tua vontade. – Disse o nosso anfitrião. – Tu vais sentar-te aqui – Diz apontando para uma poltrona. – E sabes quando podes aproximar-te.
- Sei…
E os outros quatro saíram da sala e ficamos os três…eu continuo sentada, mas levanto-me no momento em que a porta se fecha. Aproximo-me dele e contorno-o, preciso de lhe tirar as medidas, de o ver reagir a mim. Olho de soslaio para ti…e a tua expressão apesar de ser de excitação, está carregada…e delicio-me com isso…porque estou apenas a começar e tu vais ver…tudo.
Comentários