13 PORTAS - PARTE VII
- Eva Ribeiro
- 12 de out. de 2020
- 4 min de leitura
Atualizado: 18 de out. de 2022

E continuo a rondar o homem que escolhi e quando paro, propositadamente e de frente para ele, fito-o…tentando perceber o que também o move. A expressão dele é impenetrável, não fosse este mais um trabalho e nesse momento dispo o meu vestido graciosamente e fico sem roupa em frente a ele. Espero ver uma reação, mas ele é comedido e aproximo-me mais…e sou invadida pelo perfume dele, misturado com um odor corporal suave misturado com o gel de banho que recentemente usou no banho antes de entrar na sala. Depois da visão, o cheiro guia-me…e a seguir aproximo-me mais dele e é a respiração mais acelerada que o denuncia. Faltam dois sentidos…o toque e o paladar…
E sem pedir licença começo a delinear o corpo dele, como se o quisesse redesenhar…esculpir e quando me aproximo dos quadris…avanço, sem tocar, diretamente no caralho, duro, pronto para me servir…e que ignoro…
Não me interessa saber o nome dele…quem é…de onde vem e como foi ali parar e se gosta do que faz…interessa-me é o que está a acontecer diante dos meus olhos e dos teus. Ele reage ao meu toque, à visão de mim nua diante dele…e antes de me ajoelhar em frente a ele, sussurro-lhe algo ao ouvido e ele acena-me afirmativamente. Olho para ti e vejo-te, com o mesmo ar impenetrável que mostras quase sempre, excepto a mim…mas naquele momento, precisas dessa máscara, mas que eu vou tirar…
Inclino-me sobre o homem e começo a lamber os tomates dele, enfiando um e outro na boca, até a minha língua percorrer o caralho até à ponta e o sentir molhado…
- Diz-me o que queres… - Pedi ao homem.
- Não pares… - Diz ele, parecendo pouco habituado a ter voz activa.
Percebo que quer que continue a lamber o caralho duro e molhado que exibe. É grande e grosso…e lambo-o com prazer, até sentir que a minha boca quente e a minha língua molhada, o deixa completamente fora de si. Paro um pouco e vou até o local onde estás sentado.
Beijo os teus lábios e deixo-te provar o sabor dele…
- Puta…sabes ao caralho dele…
- Estou apenas a começar. – E afasto-me de ti e aproximo-me de novo daquele desconhecido, que me prende as mãos que lhe ofereço…as algemas são fortes e prendem-me por completo. Vejo-o ir buscar algo a um móvel que ali se encontra e quando se aproxima é uma corda que traz…
- Estou a gostar… - Digo suficientemente alto para tu ouvires.
E ele prende-me pelas algemas a uma argola pendurada no teto, fazendo com que os meus braços fiquem erguidos e eu fique de pé, mas completamente vulnerável. E a partir desse momento, deixo-o explorar o meu corpo…fazendo o mesmo exercício de exploração que eu comecei com ele, até lhe suplicar que me toque…
Olho para ti e vejo-te inquieto, mas sem vociferar qualquer palavra.
Aperta-me as mamas e chupa-me cada um dos mamilos, demoradamente, lambendo-os depois…numa alternância de sensações, entre dor e prazer, à qual me rendo.
- Hmmm… - Os meus gemidos não passam despercebidos, nem a ele nem a ti.
E ao descer pelo meu ventre, eleva-me o suficiente para ficar com as pernas nos ombros dele, sentada, diante do seu rosto…e percebo nesse momento que, apesar de presa, consigo com a corda, dar mais ou menos intensidade aos movimentos do meu corpo…e dou-me mais…e delicio-me quando sinto a língua dele deslizar nos meus lábios e passar ao de leve no meu clitóris. É bom demais…e deixo-me cair um pouco para trás e sinto-te erguer do cadeirão e vir na nossa direção. Mas, tão depressa te diriges a nós, como és impedido por dois homens e ficas algemado à parede e virado para nós, ficando obrigado a ver o que desejaste…
E nesse momento ele pousa-me no chão e volta-me ao contrário, tocando-me ao de leve pelas costas abaixo, para de seguida me elevar, de novo, abrindo as minhas pernas e começando a lamber-me as nádegas e o meu cu, não se inibindo de me apertar as mamas…
Ouço-te debater-te…e por fim…
- Eva…fodasss…para… - Exiges.
Ignoro-te, mas quando o homem coloca um preservativo, és finalmente libertado e sei o demónio que vem até mim. Ele fode-me por trás e tu quando te aproximas apareces à minha frente e agarras no meu rosto, puxas o meu cabelo e obrigas-me a lamber o teu caralho…duro…molhado…e aquela mistura explosiva de amor e ciúme…excita-me de tal forma que me venho em segundos, o que te deixa ainda mais fora de ti.
- Querias dizer-me alguma coisa? – Pergunto depois de te lamber o caralho todo enquanto o outro homem continua a foder-me. E colocas-me de pé e ficas a ver o outro homem foder-me e eu render-me de novo a um orgasmo.
- És minha… - Dizes e sabes que é verdade, mas naquele momento tudo parece turvo.
- Sou…- Digo, mas os meus olhos fecham-se quando novo orgasmo me tolda os sentidos…
- É a minha vez…- Dizes e ele solta-me para ti…e elevada, de pernas abertas em volta da tua cintura…e ele desce-me, obrigando-me a enfiar o caralho dele na boca.
Estás completamente descontrolado, como nunca antes te vi…cego de desejo e de dor…uma dor que também carrega prazer, o de quem ama…e fodes-me com alma e nesse momento o outro homem esporra-se na minha boca e esfrega o resto do esperma nas minhas mamas. E tu puxas-me para ti e saboreias comigo aquele néctar que, não sendo teu, é nosso…
- Amo-te… - Dizes…e gritas quando te vens…um grito libertador e que me faz vir de novo.
- E eu a ti…cabrão. – Digo e puxas-me para ti, prendendo-me ao teu corpo.
Pouco depois o homem liberta-me e entrega-me a chave que nos permite a saída dali…
E já no corredor, ficas estático a olhar para mim.
- Vamos matar-nos…
- Eu sei…de amor, mas agora vem…quero abrir outra porta.
- Quantas faltam? – Perguntas como se te tivesse bastado aquele cenário.
- Algumas…mas podes ficar aqui fora, porque eu volto para ti. – Digo com sinceridade.
- Não te largo mais…nunca mais…. – E sei exactamente o que me dizes, porque o dizes…
E naquele momento sinto-me a mulher mais feliz…porque te tenho, como nunca tive outro homem.
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