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Tea-Time - Parte III


- Carolina!! – Ouço a mãe chamar por mim algum tempo depois. - Estou aqui mãe. – Disse numa tom de voz um pouco mais alto que era habitual.

Pouco depois vi a mãe aparecer na casa banho, ainda com as luvas, cheias de terra, colocadas pelo facto de ter estado a arranjar o canteiro. Nesse momento já Sueli tinha a blusa branca abotoada e eu uma toalha enrolada no cabelo para o secar.

- Vejo que já está pronta. Parece-lhe bem que a Sueli a ajude a escolher a roupa para o fim de semana ou prefere fazer isso sozinha? Olhei para Sueli e propositadamente medi cada palavra que disse: - Eu acho que já consigo escolher a minha roupa sozinha e Sueli tem, nesta altura, ainda mais tarefas, por isso acho que… - Disse-lhe enquanto tentava ignorar as expressões de Sueli. - Desculpe interrompe-la menina Carolina, mas minha Senhora, se me permite... – Disse Sueli prontamente. – Sabe perfeitamente que arranjo sempre um tempo para ajudar a menina Carolina e tenho muito gosto em fazê-lo. - Terminou por dizer, encarando-me nesse momento. - Sendo assim mãe, acho que fico muito bem com a ajuda da Sueli. – Disse tentando parecer o menos entusiasmada possível com a situação. - Parece-me muito bem Carolina. Bem vou deixá-las, porque tenho outros afazeres. Sabe onde é que está o Artur? – Perguntou a mãe a Sueli. - A última vez que o vi mãe foi a arranjar a árvore no jardim. – Disse olhando para Sueli que corou de imediato com a minha afirmação. - Muito bem, vou ao encontro dele. – Disse saindo da casa de banho e deixando-nos às duas sozinhas de novo.

Algum tempo depois e ainda com o cabelo enrolado na toalha, saímos em direcção ao quarto de vestir. Sueli caminhava atrás de mim em silêncio e eu mantive sempre a mesma naturalidade que ela há pouco exibira enquanto me lavava o cabelo.

Já no quarto e depois de me ter sentado na senhorinha, aguardei que ela retirasse do guarda-vestidos alguns e fosse pendurando no charriot para depois os poder vestir e me decidir por quais iria usar. - Esse não Sueli. Acho que não me favorece muito. – Disse-lhe com honestidade. - Vamos experimentar menina Carolina. Este é muito bonito e da última vez que o usou estava encantadora. – Elogiou-me entregando-me precisamente esse vestido. Levantei-me e peguei nele e fui para trás do biombo e comecei a tirar o longo vestido de Verão que trazia. - Esta roupa toda faz-me tanto calor. – Disse praguejando para mim e Sueli aproximou-se para me ajudar. - Deixe-me ajudá-la a tornar esta tarefa mais fácil. – E num ápice desabotoou os botões traseiros do vestido e rapidamente fiquei em roupa interior. Sueli olhou para mim, desta vez não com aquele ar submisso que eu estava habituada, mas com ar dominador de quem sabe perfeitamente o que quer e como o vai fazer. – Para usar este vestido não pode usar esse soutien menina Carolina: ou usa um espartilho sem alças ou não usa nada. – Disse-me com o ar mais sereno no mundo mas carregado de perversão. - Mas sem soutien? Que diria a mãe se soubesse? – Pergunto eu falando para mim mesma. - Menina Carolina, a mãe não saberia. Sei eu e mais ninguém. – Disse-me de imediato. - Tu não devias ver-me sem soutien. – Digo-lhe baixando os olhos exibindo uma falsa timidez. - Eu sei menina Carolina, mas é para a ajudar. De qualquer forma a menina pode tirar o soutien, colocar o vestido e eu depois venho ajudá-la. – Disse-me para aliviar aquele meu fingido desconforto. Sueli ia voltar-se para sair de trás do biombo onde eu estava, mas interrompi-lhe a marcha. - Claro que preciso de ti. Foi uma ideia parva. E rapidamente se colocou atrás de mim e abriu-me, com delicadeza, o fecho do soutien preto rendado e pendurou-o num cabide. Veio para a minha frente e antes de pegar no vestido que tinha para experimentar ficou a olhar-me por alguns momentos. Sem dizer uma palavra que fosse abriu a blusa branca e deixou-me voltar a ver os seus seios, enquanto contemplava os meus. - Toca-me como eu te toquei. – Pedi-lhe e Sueli avançou na minha direcção.


 
 
 

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