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Mara e Sofia


“E nisto um barulho proveniente do exterior da casa de banho detém-nos, mas não nos dando tempo sequer para evitar que uma enfermeira entrasse pela casa de banho dentro e deparasse com aquele cenário. - A administrativa estava a chamar por alguém com o nome Rita e que deduzo que, não tendo respondido ao apelo, seja a senhora, correcto? – Perguntou ela tentando ser o mais profissional que conseguiu naquele momento e que confesso nem saber para quem era mais embaraçoso, se para ela, se para nós. Sérgio olhava-nos deliciado e nada embaraçado com aquele episódio, decidindo agir de imediato. - Sra. Enfermeira… - Disse tentando ler o nome dela no crachá que esta trazia no peito. - Sofia. – Respondeu ela prontamente. - A culpa foi minha. Quis ajudá-la a vir à casa de banho e… - D. Rita. – Interrompeu ela. – Vou levá-la pois já chamaram por si algumas vezes e temo que vá perder a vez se continuar a ser ajudada por esse senhor. - Claro Sra. Enfermeira. – Disse eu, deixando-me guiar por ela e olhando perversamente para Sérgio. – Sérgio depois dou-te notícias, vai embora que eu mal saiba de alguma coisa digo-te. – E apesar da intensa, mas efémera ligação sexual que mantínhamos senti que naquele momento o devia libertar e o que lhe disse pareceu-me não só correcto, mas a única coisa possível de dizer a um amigo numa noite de sábado. - Aguarde aqui por favor. – Disse-me saindo pela porta onde tínhamos entrado. Não podendo distrair-me com mais nada, aproveitei para pegar no telemóvel que tinha na carteira e li a mensagem que entretanto o Sérgio me tinha mandado. Uma mensagem bem ordinária, daquelas que ele sabia que eu gostava de receber e que me fez lamentar, naquele momento estar naquele lugar. Retribuí a provocação exibindo uma fotografia que tirei naquele momento ao meu soutien, depois de ter descido as alças do meu vestido, escrevendo abaixo umas singelas palavras: “o meu é preto.. mas o da enfermeira Sofia é branco e rendilhado”, disse, retribuindo a provocação dele. Mas já sabia que ele não iria sossegar enquanto não lhe dissesse mais alguma coisa e fui-me divertindo com as mensagens que ele ia mandando até perceber que a enfermeira estava de volta. E uma vez mais voltara a apanhar-me, desta vez com o vestido semidescido e com soutien à vista desarmada. Deveria ter sentido algum embaraço, mas não, o sentimento que me invadiu foi de regozijo, por ela me ver assim.”


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