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Tea-Time - Parte XVII

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro

E o tempo parou quando começamos juntas a lamber aquele pénis, bem erecto, bem molhado,

sedento de desejo que uma e outra ia saboreando até ao momento em que Matilde continua a

tocá-lo e já com a língua na extremidade do pénis, procura os meus lábios, que beija pela

primeira vez. Um beijo tímido, mas que não me deixou indiferente e me fez ficar ainda mais

excitada, com vontade de mais. E o Artur deve ter ficado de tal forma excitado com aquele

pormenor que acabou por se vir nesse momento, brindando-nos com o esperma que

derramou inicialmente em cada uma das nossas bocas, mas que depois acabou por deslizar

por um e outro corpo nu.

- Vou-me embora, senão o filme vai durar a noite toda. – Disse Artur com um sorriso quando

abandonou a banheira e nos deixou às duas banhadas em esperma e a rir uma para a outra.

E ainda antes dele sair abri a água da banheira e voltei a fechar as cortinas. Pendurei o

chuveiro na parede e deixei a água correr pelo meu corpo. Matilde aproximou-se de mim e,

sem desviar o olhar do meu, baixou-se ligeiramente para ir buscar a esponja e o sabonete que

se encontravam num pequeno receptáculo. Imitei o gesto e comecei a lavar-me, não deixando

de a contemplar e de a ver fazer o mesmo, muito naturalmente. Acho que cada uma à sua

maneira media forças com a outra. Pouco depois trocamos de lugar para também Matilde se

enxaguar e nesse momento o leve toque dos nossos corpos um no outro fez-me ficar

arrepiada, quase cega de desejo e a pontos de não conseguir travar o passo seguinte se não

saísse dali rapidamente. E nesse momento vejo Matilde fechar os olhos para saborear a

sensação da água a escorrer pelo seu corpo. Era demais.

- Já vais Carol? – Perguntou ela quando me viu sair.

- Sim, estou cansada e assim ficas mais à vontade.

- Bons sonhos Carol e até amanhã. – Disse ela quando eu já estava perto da porta.

Olhei para trás e vi-a entreabrir as cortinas da banheira para se despedir de mim e voltei a ver

o seu corpo nu.

- Bons sonhos também para ti. – Sorri perversamente e desapareci o mais rapidamente que

consegui.

No meio daquela que parecia mais uma fuga do que outra coisa, cruzei-me no corredor com

Sueli que ia certamente recolher ao seu quarto e que, vendo a pressa com que eu estava não

se coibiu em perguntar.

- Está tudo bem menina Carolina? – Perguntou-me ela.

- Sim, mas tenho que chegar depressa ao meu quarto. – Disse eu parecendo um pouco

alucinada com aquele meu comentário quase ilógico e despropositado.

- Isso é tudo sono, pressa ou algo mais?

- É tudo junto. – Digo eu ambiguamente e parando apenas um pouco para respirar.

- E eu posso ajudá-la? A adormecer claro?.... A relaxar talvez? – Perguntou ela já mais próximo

de mim. – Numa atitude intimidatória e quase irresistível.

Olhei para mim ainda enrolada na toalha e com a roupa na outra mão e só me ocorreu um

pensamento:

Porque não?


 
 
 
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