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E aquela (re)descoberta lenta, mas intensa fez-nos explorar os prazeres da carne com toda a
inocência que este toque pressupõe e deixar que o orgasmo fosse a última palavra de qualquer
um dos corpos. Depois de me ter masturbado enquanto tinha visto Matilde perder-se com o
mesmo prazer, levantei-me, vesti o fato de banho e abandonei aquele lugar recôndito que
tinha encontrado no jardim da casa e dirigi-me apressadamente até à piscina, mergulhando
quando me aproximei de um dos lados e permanecendo debaixo de água até que o calor do
meu corpo descesse um pouco. E foi quando apareci à superfície que vi a mãe e Sueli
passarem para o interior da casa, percebendo de imediato que Artur tinha certamente ficado a
estacionar o carro. Com a mesma celeridade que entrei dentro de água saí e dirigi-me, ainda
que completamente molhada, à garagem onde supus que Artur ainda se encontra.
- Menina Carolina, que faz aqui toda molhada? – Pergunta ele surpreso por me ver naqueles
preparos. – É melhor sair daqui.
Não digo nada, mas aproximo-me mais dele e vejo-o recuar, ciente de que a minha presença o
vai alterar ao ponto de não ser possível travar o passo seguinte.
- Menina Carolina, tenho que ir ajudar Sueli. - Diz ele tentando apelar ao meu bom senso.
Continuo em silêncio e enquanto caminho na sua direcção vou descendo o fato de banho até o
deixar no chão, atrás de mim….e já poucos passos me separam dele. Vejo-o ofegante, com a
respiração pesada e com uma rigidez atroz. E apenas nesse momento digo-lhe as palavras que
preciso que ele ouça e corresponda:
- Fode-me. – E dizendo isto, viro-me de costas para ele e apoio as minhas mãos no capô do
carro. Não me inclino logo, espero que seja ele, masculamente a mostrar-me a força que tem,
o poder que exerce sobre mim (ou julga) exercer e me faça vergar, submeter ao prazer que ele
sabe que me pode dar e que não sabe dizer “não”. E acaba por acontecer isso mesmo: num
ímpeto de força, brusquidão e desejo, ele obriga-me a vergar sobre o capô do carro e, já com
as calças descidas, aproxima o seu pénis das minhas nádegas enquanto me acaricia o corpo
nu.
- Menina Carolina a sua mãe pode aparecer a qualquer momento. – Disse ele tentando
encontrar uma razão para nem sequer prosseguirmos.
- Não quero saber….
E vejo-o perder o controlo por completo quando sinto o seu pénis penetrar-me com toda a
força dentro de mim, movendo-se apenas ao ritmo do desejo dele e que acompanha o meu.
Quase nesse instante vemos Matilde no fundo da garagem, vinda do jardim, certamente à
minha procura.
- Carol…Artur… - Diz ela mas sem qualquer surpresa na voz.
Matilde não se moveu da entrada da garagem, como que se percebesse que aquele momento
não lhe pertencia, contrariamente a mim e a Artur que mesmo com o aparecimento dela não
nos detivemos, bem pelo contrário, isso acabara por nos excitar ainda mais e me levar ao
orgasmo quase num ápice. E não esperando pela iniciativa dele, travo-o e coloco-me de costas
sobre o capô do carro e abro as pernas, aguardando que termine o que começou. Mas
contrariamente ao que estava à espera, ele não me penetrou e ao invés disso, masturbou-se
até se vir derramando o esperma por cima do meu corpo.
E pouco depois desapareceu como se de um fantasma se tratasse, nem me dando sequer
tempo de me limpar e vestir.
- Anda cá. – Ouço Matilde dizer-me.
- Temos de sair daqui Matilde.
- E vamos sair, mas vem até mim primeiro.
E fui e ainda coberta de esperma, vejo-a passar um e outro dedo sobre o esperma derramado,
até sorver tudo gulosamente.
- Só falta mais uma coisa. – Diz ela, deixando-me sem palavras.
E dizendo isto obriga-me a encostar-me à parede fria, abre-me ligeiramente as pernas e
começa a lamber-me os lábios da vagina, saboreando a mistura de sabores…o meu e o
dele…..até a um segundo e inesperado orgasmo. E deixo-me ir……pois já sei que é mais um
caminho sem retorno.
- Carolina, Matilde. – Ouvimos a voz da mãe chamar. – E pouco depois saímos da garagem com
um ar perfeitamente comprometido, mas que eu tentei suavizar.
- Estamos cheias de fome. – Disse.
- Pois, vinha dizer-vos que daqui a pouco a Sueli vai servir o almoço no jardim. O tempo está
fantástico, mas vocês têm que vestir algo mais adequado para se sentarem à mesa.
- Claro que sim mãe, só vamos secar um pouco ao sol e já nos vamos vestir.
E quando a mãe desapareceu, rimos descontroladamente…evidenciando a cumplicidade que
sempre nos ligara, mas agora com mais uma nota: a da perversidade.