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Não tardou muito que a mulher se acercasse de mim e começasse a dançar sedutoramente em meu redor, até se sentar sobre os meus joelhos, virada para a pequena audiência em frente e só depois reclinar-se sobre o meu corpo, movendo-se languidamente. Apetecia-me tocar-lhe, mas não o fiz, até ser ela a tomar a iniciativa de pegar numa das minhas mãos e percorrer com ela o seu corpo desde o pescoço, passando pelos seios, pelo ventre e depois deslizando pelas pernas. Depois já no percurso ascendente, agora já com a outra mão também e com a liberdade que ela quisera que eu tivesse, deixou-me subtilmente tocar em cada centímetro da sua pele e com isso perceber a sua excitação que senti pelo endurecimento de um e de outro mamilo quando acariciei os dois seios. Um ligeiro toque que me descontrolou por completo e me fez segredar-lhe, mesmo que em português:
- Sua puta boa….nem sabes a vontade que tenho de te obrigar a dares-me prazer……. Ela não disse nada, nem diria, jamais conseguiria entender o que eu tinha dito e muito menos noutra língua.
Quase simultaneamente, ela começa a roçar o seu rabo nas minhas pernas, movimento esse que deliberadamente vai fazendo com que o meu vestido vá subindo, até me deixar as pernas complemente a descoberto e as cuecas claras também à vista. E neste interlúdio, percebo que em frente a nós os movimentos da audiência mudaram ligeiramente. A mulher que estava comodamente sentada de pernas abertas a saborear o prazer que a língua do seu acompanhante lhe proporcionava, estava agora literalmente de joelhos e de rabo espetado para ele, ainda completamente vestida, a ser literalmente fodida por um pénis faminto e ávido de mais. E ao seu lado o outro homem abrira o fecho das calças e já estava com o pénis bem erecto na direcção da sua boca, não a fazendo sequer hesitar em lambê-lo primeiro, até lentamente o ir chupando para grande regozijo do homem. A cena decorria com uma estranha naturalidade e com um alheamento tal de todos que nem parecia que decorria num local público ou semi-público, mais propriamente numa boutique de sexo da rua vermelha e onde a qualquer momento podiam entrar ainda mais pessoas. Gemidos de prazer indistintos ecoam pela sala e iam-se misturando com outros sons que já por si me eram familiares.
E nesta miscelânea em que os meus sentidos dançam e se perdem, a mulher mestiça vira-se para mim, assumindo a mesma posição, mas exibindo agora o seu corpo e colocando-se a apenas alguns centímetros de mim. E naquele momento só me ocorre uma coisa: pagar para ter prazer. - How much for….? – E a resposta aparece. - 100 euros. – Diz-me ela num português perfeito e que me faz estremecer por perceber que ela tinha entendido o meu desabafo de há pouco. Qual a probabilidade? Pensei, mas o pensamento rapidamente deu lugar à necessidade de satisfação do desejo e por isso, sem hesitar, peguei na minha carteira e entreguei-lhe duas notas de 50€ , vendo-a de seguida, guardar o dinheiro num bolso do corpete que estava pousado no chão.
Rapidamente assumiu a posição em que anteriormente se encontrava e começou a descer as alças do meu vestido, libertando-me depois do soutien. Lenta, mas decididamente desce sobre mim e sinto os seus lábios percorrer o meu corpo, saboreando cada recanto, enquanto o meu vestido vai cedendo à sua passagem. Ela já se encontra de joelhos à minha frente e com os meus seios literalmente à mercê da sua língua gulosa, enquanto a outra mão vai descendo as minhas cuecas e começa a tocar-me. Em frente a nós a mulher encontra-se já sentada na poltrona enquanto vai chupando ao mesmo tempo um e outro pénis, ora alternado o toque com os movimentos da sua língua, antevendo-se o orgasmo de ambos. E quando já pouco me pode surpreender, a mulher mestiça vira-se ao contrário e mergulha a cabeça no meio das minhas pernas, abrindo as suas sobre o meu rosto e fazendo com que agarre as suas ancas para também eu a começar a explorar…e faço-o…começando por lhe lamber os seus lábios, mais escuros, mas macios e extraordinariamente delicados.
E é neste misto de prazer que ouço claramente os gemidos dos dois homens e que me diz, mesmo sem os ver, que se vieram para ela, sobre ela....e nesse momento a língua dela passa no meu clitóris ao mesmo tempo que um dos seus dedos entra na minha vagina e me toca até eu me vir na boca dela. Julguei que o meu orgasmo a travaria, mas não, ela continua e o meu prazer também. Ouço-a gemer um pouco mais alto e é nesse momento que a sinto estremecer e saboreio o seu mel esbranquiçado, que lhe escorre e contrasta com a cor da sua pele. Lambo-lhe o sexo todo e um novo orgasmo faz-me estremecer na poltrona.
Pouco depois, apesar de se manter quase na mesma posição, vejo-a erguer-se ligeiramente para receber de um outro homem, que se aproxima de nós, uma nota de 200€ depois de apontar para ambas. Ela aceitou depois de olhar para mim. Nesse momento tive a certeza que a noite estava apenas a começar…e eu era apenas mais um personagem da história.