3SOME
- Eva Ribeiro

- 16 de jul. de 2023
- 16 min de leitura

Devorei o chocolate que a minha amiga me trouxe rapidamente e acho que só depois me perdi em abraçá-la, depois de um longo mês sem a ver. Tinha ido passar as férias com uns amigos, no iate do pai. E quando terminei.
- Delicioso, mas agora quero as novidades. – Disse expectante e de olhos postos no bronze invejável dela.
E um chorrilho de novidades choveram, desde um namorado por semana, a orgias a bordo, a festas com desconhecidos…deixei-a contar tudo, com o detalhe que ela queria e precisava. Mas por momentos parou e ficou a olhar para mim.
- Porque não vieste comigo? – Perguntou-me.
- Não quis… - Disse evasivamente. – Sabes que nunca fui grande apologista desse tipo de festas. – Confessei a verdade, mas omiti o resto da história.
- Estiveste só? – Perguntou ela, quase tentando ler-me através do olhar.
- Não. – Não conseguia mentir-lhe.
- Agora sou eu que quero saber detalhes. Quem é ele? Ou ela? Ou eles? Conta-me. – Pediu quase exigindo.
- Porque achas sempre que tem que ser uma grande história? Algo grandioso? – Perguntei quase lhe virando as costas.
- Desculpa, sabes como fico empolgada com estas coisas: sexo, mar, sol, calor, festas, álcool. – Diz ela…e reconheço a minha amiga.
- Sei…mas eu fugi desse registo. – Disse não revelando tudo.
- Tu? Mas eu também te conheço e sei que tu foges, mas não assim tanto… - Disse aproximando-se de mim…
- Ele chama-se Martin e ela Rebecca…são dois ingleses que passaram pela minha loja e me convidaram para jantar. E eu, não tendo planos, aceitei. – Disse e parei propositadamente.
- Um jantar a três? Isto promete… - Diz ela. – Afinal andei em alto mar e tu a divertires-te na minha ausência.
Não consegui articular palavra…as minhas faces mudaram de cor e o meu corpo reagiu à simples lembrança da noite em que os três tínhamos acabado a noite entrelaçados na minha cama.
- Bem, eu tenho tempo… - Disse ela de olhos postos nos meus mamilos endurecidos por detrás do top justo ao corpo. - E eu trouxe aquele vinho ao qual tu nunca resistes…e hoje como se costuma dizer: todas as garrafas vazias estão cheias de histórias…e hoje eu vou ouvir a tua. – Diz-me, tentando comprar-me com o chianti que eu adoro.
- Puta…uma não chega nem para a introdução… - Digo-lhe provocadoramente.
- Chatice…tenho mais…e temos a noite toda. - Remata em grande.
- Já te disse que és a puta mais puta que eu conheço? – Disse sem esperar resposta.
- Não, mas garanto-te, que tu…com esse ar sereno, impenetrável, és muito mais puta que eu…e eu quero ouvir…essa história...toda e vai ser esta noite.
A Elsa sempre tivera facilidade em fazer-me revelar-lhe tudo. Já nos conhecíamos desde os tempos do liceu e na faculdade, apesar de os nossos caminhos terem sido completamente diferentes, a amizade mantivera-se.
Rapidamente foi buscar dois copos de vinho e, sem pedir licença, exibiu a garrafa daquele vinho que eu só de imaginar me lembrava do homem que tinha conhecido em Nápoles, numa das muitas férias que tínhamos ido juntas, por sinal as últimas, motivo pelo qual nestas nem me apetecia sequer pensar em diversão.
- Ainda te lembras do cheiro? Do sabor? – Perguntou-me, numa voz melosa que me deixou logo excitada.
- Sim…como poderia esquecer? – Retoricamente, fiz alusão ao vinho e ao homem.
- Deixemos o passado…eu quero é saber como correu essa tua aventura com esse casal inglês. Conta-me. - Exigiu.
- Entraram para ver algumas peças de roupa que, certamente lhes chamou à atenção na montra da loja e foram percorrendo a loja, em conjunto, comentando o que iam vendo, como qualquer outro cliente costuma fazer. – E continuei. – Percebi que eram turistas pois, para além de falarem em inglês um com o outro, a forma como olhavam para o espaço era também diferente. Riam, conversavam e foi nesse momento que me aproximei deles, pois achei que poderiam precisar de alguma ajuda da minha parte. – Contei. – Ah…esqueci-me de te dizer que tinha levado nesse dia aqueles meus calções justos brancos e uma blusa fina com um top curto por baixo…ou seja, imaginas o figurino. – Disse eu corando ligeiramente.
- Sim, imagino o teu decote…provavelmente nem terás levado soutien e os calções demasiado provocantes para não se deixar também de reparar nesse rabo redondo. Mas os teus olhos cor de mel e esse cabelo negro, tenho a certeza que foi o que mais os deve ter cativado. – Disse só para me provocar.
- Ambos repararam em mim, mas percebi que enquanto ele me olhou de cima a baixo, ela apenas se focou nas minhas mamas, cuja forma facilmente era revelada pelo fino top de algodão. Mas fugindo deste detalhe, também reparei neles. Estilo desportivo, casual…mas que também captou a minha atenção…ambos traziam chinelos nos pés, mas ela uma túnica em malha, que deixava ver o biquíni por baixo…e ele uns banais calções acima do joelho e uma t-shirt. – E nesse momento, estendi o meu copo na direção dela e rapidamente encheu-me, apenas um pouco o copo, repetindo o gesto no copo dela.
E antes de continuar, pouso o copo e vou buscar algumas coisas para comermos…queijo e frutos secos pareciam-me uma excelente combinação e por isso não hesitei.
- E conseguiste ajudá-los? – Perguntou-me Elsa quando regressei da cozinha, tentando que eu retomasse a narrativa.
- Sim, percebi o que procuravam e indiquei a sala de provas…mas não esperava que ela quisesse a minha opinião.
Lembro-me de ter olhado para a porta e de ter ficado um pouco preocupada por poder entrar outro cliente e julgo que eles perceberam. E sou surpreendida por um: “Relax...I’m Martim and….” e diz a mulher muito depressa, enquanto se vai despindo: “I’m Rebecca…”. E depois naturalmente apresentei-me, mas fiz questão de o fazer em português: “Sou a Inês”. Disse e vi-a tirar a túnica e voltei-me, mas é a mão dele que me volta na direção dela. “ Look at her, she wants it.” – E parei.
- Isso aconteceu mesmo? – Perguntou-me ela incrédula.
- Óbvio. Que prazer tinha eu de estar a contar isto sem ter acontecido? Tens cada uma… - Digo e vou bebendo…e as memórias do passado atravessam-se…os meus olhos ganham um brilho diferente.
- Inês…algum dia vais ter de esquecer o Lorenzo. Tinha uma família e eu sei que ele viria contigo, mas mudou de ideias…tens de aceitar isso e prosseguir, pensar nisso como mais uma história de amor, um flirt de fim de Verão. – Tentou confortar-me.
- Tu sabes que foi amor…tu sabes que ele vinha…tu sabes que…bem, vou continuar a contar-te, mas serve-me mais um copo…adoro esta combinação do vinho, os frutos secos e o queijo… - E uma lágrima cai-me sem eu poder controlar.
- That’s my girl. – E serviu-se do mesmo e continuou expectante pelo resto.
- E eu voltei-me lentamente e vi-a de costas para nós, mas de frente para o espelho do provador, já só em biquíni. E a pedir, simplesmente: “ Can you help me?”…pediu ela para lhe desatar o cordel do biquíni. Aproximei-me e tirei e desatei o cordel…e sou surpreendida quando me pede. “And above please…”…e desatei o cordel de um lado da cueca do biquíni e depois do outro. “Thanks Inês”. E eu corei instantaneamente. E naquele momento tentei ignorar que ela estava nua à minha frente e perguntei-lhe o que ia experimentar. “ I like your clothes…can you take it off for me?”
- Isto promete. – Diz entusiasmada Elsa. – Diz-me que te despiste depois desse pedido? – Perguntou-me a minha amiga enquanto ia bebendo o vinho que trouxera.
- Não….disse-lhe que tinha algo parecido e que lhe podia dar para experimentar. E ela disse-me que não queria…queria exatamente o que eu tinha vestido. Nesse momento virei-me para ele e perguntei-lhe diretamente: “Do you want to see me naked? Both of you?” E a resposta não tardou. “Yes…you’re cute and we both love to see your body…like you’re seeing mine. By the way, do you like me?” – Perguntou-me se eu gostava do corpo dela…depois de me te ter dito que gostavam de ver o meu corpo. Paralisei, não de medo, mas de excitação. Ela, apesar de um pouco mais magra que eu, tinha um corpo bem definido, umas mamas firmes e pequenas e uns mamilos bem rosados e culminavam numa cona depilada. – Tenho que fazer uma pausa…
- Estás a gozar? – Perguntou-me Elsa quase furiosa.
- Calma…vou buscar-te um vibrador e trazer outro para mim. Alguma preferência? – Perguntei, sabendo que ela conhecia todos os meus objetos sexuais.
- Escolhe por mim…
E saí da sala em direção ao quarto, regressando pouco depois com dois vibradores, um rosa e outro roxo…mas já sem roupa no corpo.
Voltei a encher os copos de vinho enquanto ela se despia…
Elsa era loira e com formas redondas e que não passavam despercebidas, nem a mim, que já a tinha visto assim um trilião de vezes. Eu não sendo muito diferente, apenas tinha um tom de pele um pouco mais escuro que ela.
E uma noite como esta já não era uma estreia…às vezes até a vermos filmes, uma ou outra, ou ambas começávamos a tocar-nos, sem pudor, em frente à outra.
E depois de lamber o meu vibrador, perguntei:
- Continuo?
- Continua por favor. – Pede-me Elsa como que à espera de um tesouro.
- O Martin viu que eu estava preocupada com a porta e disse-me ao ouvido de novo: “relax…show me…show her…”…e eu perdi-me…comecei pela blusa solta que rapidamente me deixou apenas com o top de algodão e os calções. E depois, fingindo alguma vergonha: “ do you want to try this first and then the rest?”, perguntei, na esperança de tardar aquele momento. “no, I want all…take it off…for us…for me…”…diz-me a Rebecca e começo pelos calções que desço, ficando apenas com as minhas reduzidas cuecas e depois preparava-me para tirar o top de algodão quando o Martin se aproxima de mim e me diz: “can I help you?” e eu não resisti e respondi simplesmente: “sim, por favor”. E ele levou as mãos às minhas ancas e deslizou as mãos, em sentindo ascendente, numa carícia demorada, subindo ao mesmo tempo o tecido do meu top, até parar quando sentiu o volume de cada uma das minhas mamas. “Rebecca…I think you can help her now…”…e a Rebecca completamente nua desfila à minha frente e antes de me tirar o top e dar seguimento ao que ele tinha começado, acariciou o caralho dele por baixo dos calções e era impossível não reparar na ereção com que ele estava. “Rebecca…come here…”…dizia ele para ela como que exigindo que ela desse continuidade ao que tinha começado. E o ar de puta dela ao deixá-lo pendurado para vir ter comigo… “no, baby I can´t help you now…she needs me...”. E deixou-o ali, vendo-a afastar-se nua na minha direção e a repetir os mesmos movimentos dele, mas quando alcançou o rebordo das minhas mamas, desacelerou os movimentos, mas continuou, e sem me retirar o top, acariciou-as até me deixar com os mamilos duros. - E parei ligeiramente enquanto retirava o vibrador de dentro de mim, todo molhado, melado e voltava a enfiar, colocando o modo de vibração ativo, ficando a observar a Elsa deliciada em se tocar, apenas com a ponta no vibrador no clitóris…enquanto apertava um dos mamilos com força.
- Conta…quero saber…o resto… - Diz a dificuldade em articular as palavras com os gemidos.
- E nesse momento entrou um cliente na loja, vi-o ao fundo e num ápice vesti-me e tive tempo de me dirigir ao meio da loja, deixando-os certamente bem entretidos nos provadores. – E só de imaginar o meu corpo cedeu a um orgasmo.
- Diz-me…que não acabou aí? – Perguntou ela…
- Não, atendi o cliente e ele pouco depois saiu da loja com um presente para uma amiga que fazia anos. Voltei aos provadores e apesar de a cortina estar fechada ouvia os gemidos dele. Ai puta, que bommmm…. – Digo quando começo a enfiar o vibrador no cu.
- Estou quase a vir-me…continua… - Pediu ela.
- Abri a cortina ligeiramente dos provadores e fiquei a ver ela a chupar o caralho dele…e fiquei a ver durante algum tempo, apertando as minhas pernas uma na outra, sentindo o endurecer do meu clitóris…um prazer desmesurado enquanto uma das mãos apertava um dos mamilos por cima do top. E nesse momento ela ergue-se depois dele se esporrar na boca dela e beija-me…dizendo-me com a maior simplicidade: “We have an invitation…will you want to have dinner with us?”. Um simples convite para jantar e que aceitei de imediato, primeiro porque queria e porque tinha prometido depois do Lorenzo que iria ao limite sempre que me apetecesse…e apetecia-me…
- Disseste que sim? – Perguntou-me rendendo-se a um daqueles orgasmos que sei que ela adora.
- Disse que sim…mas pedi-lhes para passarmos primeiro aqui em casa para vestir algo para jantar. Sei que aproveitaram o momento para também eles vestirem algo para jantar e à hora combinada…estavam à minha espera à porta do restaurante. Quase nem os reconheci pois estavam vestidos de forma mais formal e que combinava com o meu vestido, que apesar de curto era…elegante, mas pouco discreto. Acho que ficaram surpresos por me ver…e antes de entrar entreguei-lhes e pedi-lhe algo em troca.
- O que fizeste? – Perguntou-me ela, desta vez já com o vibrador todo enfiado na cona.
- Entreguei-lhes o comando do meu vibrador, que tinha dentro da cona. E pedi para ela colocar outro…e para ser eu e ele alternadamente a controlarmos.
- Tu fizeste isso? – Perguntou-me sabendo a resposta…
- Fiz e ela discretamente até ergueu o vestido e colocou o vibrador e entregou-me o comando. – E vim-me nesse momento…
- Puta…isso não terminou aí…nem no restaurante… - Diz ela, conhecendo-me bem demais.
- Entramos no restaurante. – Continuei - E depois de estarmos sentados na mesa redonda, que nos fora destinada, cliquei no comando que ele me dera do vibrador dela, ficando com o meu…e vejo-a sorrir…e ele repete o mesmo gesto no comando que tem na mão, até o empregado chegar e abandonar a mesa com o nosso pedido.
- Falaram de quê? – Perguntou ela.
- Fantasias sexuais…prazer…sexo…apenas isso…e enquanto isso a velocidade da vibração ia aumentando…e eu estava quase a vir-me e levei a minha mão inadvertidamente à perna dele e subi…queria sentir o caralho dele. Mas primeiro olhei para ela e perguntei: “May I?”…e ela percebendo que lhe queria tocar…acenou afirmativamente e sentir aquele caralho duro por baixo das calças, com ele a controlar o meu vibrador, fez-me ter um orgasmo em pouco tempo. E depois olhei para ele e perguntei-lhe o mesmo relativamente a ela…passando-lhe o comando do vibrador dela para a mão. “May I?”….”yes…yes…yes…but with one condition…we are all end up fucking tonight…”. Acenei afirmativamente e coloquei uma das mãos na perna dela, subindo pela perna dela, macia, suave, obrigando-a a fechar os olhos para sentir o meu toque, enquanto ele controlava a velocidade da vibração dentro dela….e os meus dedos deslizavam pelos lábios dela até lhe apertar o clitóris…e ela se deleitar com um orgasmo que senti, até mel escorrer pelos meus dedos…Depois saboreamos a sobremesa num ápice e viemos até aqui a casa…de táxi…e com o Martin no meio das duas…com o caralho quase a rebentar as calças e o taxista sem tirar o olhar dos três.
- Fodassss….toca-me tu….só um pouco…quero ouvir o resto contigo a masturbar-me. – Pediu-me algo que nunca tinha feito antes.
- Tens a certeza? – Perguntei…
- Quero…mais…quero essa intensidade em mim…
E pela primeira vez a minha amiga deixou que um outro prazer entrasse no rol dos que já conhecia.
- Tens de me contar como foram as tuas férias…porque este teu pedido, a mim, é uma estreia. – A nossa intimidade apesar de grande nunca tinha ido tão longe.
-Agora quero saber o que aconteceu depois…conta o resto e toca-me… - Pede-me e eu aproximo-mo mais dela no sofá e percorro uma das pernas dela com uma das mãos, deixando as minhas unhas acompanharem este movimento sob a pele bronzeada que ela exibia.
- Saímos do carro a rir como se fossemos três adolescentes e quando entramos em casa, fiz questão de lhes perguntar se queria algo para beber…e juntos preparamos um gin. Mas confesso que foi a primeira vez que preparava a bebida e me iam despindo, enquanto imprimiam o mesmo gesto neles. – E Elsa suspira quando começo a deslizar os meus dedos pelos lábios da cona dela…molhada…melada…e que me faz desejar lamber. A intimidade que tínhamos não me inibiu de o fazer e levei quase instantaneamente um dos dedos à minha boca, lambendo-o….e voltando à cona dela, enquanto a via acariciar as mamas. E continuei: - E brindamos quando ergo o meu copo e digo “cheers”…e eles sorriem e devolvem o brinde e trocam um beijo apaixonado. Denoto paixão e amor e fico contente por ter sido uma escolha de ambos…consentida…e sentida. E ele aproxima-se de mim e pergunta-me “do you know how we love to drink gin?”, pergunta-me ele e despeja delicadamente sobre o meu corpo nu apenas um pouco, que Rebecca não se inibe de começar a lamber…no meu pescoço e depois, partilha comigo diretamente na boca…e deixa escorrer um pouco e é ele que começa a lamber, o que ela propositadamente deixa escorrer nas mamas, nos mamilos. – E parei pois enfiei um dos dedos dentro da cona da Elsa e só parei de o mover quando ela se veio…. – Eu posso continuar amanhã, deves estar cansada. – Digo eu, vendo-a ainda recuperar o fôlego.
- Nem penses…vais buscar o plug anal…e vais continuar a puta da história porque eu quero continuar a sentir-te.
- Elsa…já te contei milhentas histórias minhas e nunca… - E ela não me deixou terminar.
- Estas férias foram muito interessantes…e tenho também muito para te contar…mas hoje, quero essa. – Exigiu e eu voltei a levantar-me, regressando pouco depois e já ela tinha voltado a encher os copos, após ter aberto uma nova garrafa.
- Mudaste de vinho? – Perguntei…
- Fiz uma pequena maldade…escolhi o vinho que bebeste com o Lorenzo na última noite. – Disse-me e por momentos parei e tive a sensação que ia desmaiar.
- És muito puta. – E as lágrimas escorriam-me pela cara abaixo, sem eu sequer conseguir controlar.
- Mas hoje preciso que saboreies este néctar comigo…porque amanhã….
- Amanhã tenho imenso trabalho na loja…. – Confessei pegando no copo com a mão a tremer.
- Amanhã vou contigo para a loja e vou-te contando como foram as minhas férias. – Diz ela, pegando no copo dela.
- A que brindamos? – Pergunto eu…
- Eu ao resto da história e tu? – Perguntou-me Elsa.
- Ao amor…
- Tu continuas igual… - Diz a minha amiga e é ela que a vejo com os olhos cheios de lágrimas.
- Há coisas que mesmo que não nos matem não nos mudam….e ele mudou-me…para muito melhor…
- Abriu a caixa de pandora. – E brindamos. Depois de pousar os copos na mesa de apoio, dei-lhe o plug anal e ela colocou-se ligeiramente de lado, não me limitando os meus movimentos no corpo dela. Sem que me pedisse peguei no vibrador que ela antes tinha usado e enfiei-o lentamente na cona dela…ela esperava um prazer duplo…e era isso mesmo que lhe ia dar.
- E lentamente fomos bebendo o gin…e o último gole dei-o e puxei Martin para mim e dei-lhe a provar da minha boca, deixando que grande parte dele, escorresse pelo corpo dele, pois sabia que ela iria deliciar-se em lamber, mas foi ele que me pediu: “suck me…” e deslizei por ele, roçando o meu corpo no dele, molhado pelo gin, e parei quando aproximei os meus lábios do caralho dele. Ainda olhei para ela, mas ela estava deliciada em lamber o gin que escorria pelas minhas costas e terminava nas minhas nádegas…roçando-se em mim…e por isso voltei-me para ele e comecei a lamber o caralho dele, até à ponta, envolvendo-o de seguida com os meus lábios e enfiando-o na minha boca, chupando-o e retirando-o, lentamente…deixando o caralho dele cada vez mais duro. – E enquanto as minhas palavras fluíam sem dificuldade, os movimentos do vibrador na cona de Elsa tinham uma cadência maior e vejo-a de novo estremecer, com uma intensidade ainda maior…
- Inês…continua…por favor…
- Vou buscar o meu vibrador com o comando…assim vou ter um orgasmo também.
E volto a levantar-me e o telefone de Elsa toca. Ignoro, pois já é habitual…mas estranho o facto de ela se ter levantado para ir falar na varanda. Continuo a saborear aquele vinho e a lembrar-me da lasanha que o acompanhava, feita no forno de uma casa algures no meio do nada e que descobrimos por acaso. As memórias ficaram, mas pareciam tão recentes que quase tive vontade de fazer lasanha e comer, mas entretanto Elsa terminou o telefonema.
- Desculpa…quando te contar as minhas férias…vais entender, mas agora eu quero saber o que aconteceu a seguir.
Voltei a dar um gole no vinho e prossegui:
- Ergui-me e convidei-os a seguir-me até ao quarto. Precisava de foder…eles precisavam de foder…mas queria ver, queria ver a entrega dela, queria reconhecer aquela entrega. E fui eu que pedi para ela se colocar de quatro na cama e pedi-lhe a ele: “fuck her…first…”. E ele nem hesitou e de pé perto da cama, começou a fodê-la, vendo-me aproximar dela e abrir as pernas, não sendo preciso dizer-lhe, ela começou a lamber a minha cona…enquanto ele a fodia…e os gemidos misturavam-se todos, numa melodia perfeita…e eu estava prestes a vir-me, o que não tardou e precipitou o orgasmo dele… - E parei quando aumentei a velocidade no comando do meu vibrador….
- Conta-me…
- Ele veio-se, mas continuou com o caralho duro…e ela aproximou-se dele, lambendo-lhe o caralho e depois virando-se para mim: “your turn Inês”. Colocou um preservativo que ela lhe deu e elevou-me as pernas e enfiou o caralho todo dentro da minha cona, enquanto ela se esfregava em mim, deixando o esperma dele espalhado pelo meu corpo e quando se sentou, sob a minha cara, virada para ele…deixou-me saborear algumas gotas do esperma misturadas com o mel dela e que ficaram nos lábios dela. Venho-me quase de imediato…e precipito o orgasmo dele quando aperto o caralho dele com os espasmos da minha cona….e julguei que iria ficar por ali…mas continuou a foder-me…”yes, baby, fuck her because I’m coming too”…ouço-a dizer e pouco depois sinto-o de novo a gemer de prazer….e sinto o mel dela escorrer por mim… - E venho-me nesse momento, sentindo o prazer na pele que tive naquela noite. E olho para Elsa e vejo-a contorcer-se de prazer também…e que intensifica quando me aproximo dela e lhe derramo um pouco de vinho em cada mamilo e começo a lamber. - Vem-te para mim. – Peço-lhe…..- Só mais um porque a história terminou e eles foram embora depois de um longo banho e eu adormeci com ar de demónio no rosto, mas como um anjo.
E depois daquele orgasmo, adormecemos as duas no sofá, sendo apenas acordadas pelos primeiros raios de sol.
Saímos apressadas de casa, mas rapidamente abri a loja e tudo voltou à normalidade…à minha normalidade, à minha cápsula de segurança…
A Elsa foi-me ajudando numa ou noutra tarefa e a placa “Aberto” foi virada e destranquei a porta. Estranhamente achei a minha amiga agitada.
- Tu não me contaste nada das tuas férias…é por isso que estás assim? – Perguntei.
- Assim como? – Perguntou comprometida.
- A olhar para o telefone constantemente e agitada?! – Digo-lhe e apesar de ter já ligado o rádio, distingui uma sonoridade proveniente da rua que me deixou os pelos eriçados e que se aproximava mais e mais. Uma mota…
Fechei os olhos e vi que Elsa me observava. Era certamente um modelo parecido com aquela que Lorenzo conduzia…e parei…senti a mota abrandar…e depois deixei de ouvir qualquer barulho. Retomei o que estava a fazer, ordenar as peças por cores e tamanhos na prateleira e o primeiro cliente apareceu. Sei-o pois, por cima da porta, coloquei algo que me indicava cada vez que alguém entrava.
- Ciau amore… - A voz…o som da mota…as mesmas palavras…não podia ser e virei-me na direção do som.
- Lorenzo? – E quando vejo que é ele…as lágrimas escorrem-me e Elsa não consegue conter-se também. Mas não consigo sair do sítio, estou petrificada. – Que fazes aqui? – Pergunto, sabendo que ele me entende perfeitamente.
- Ti amo… - E foi-se aproximando de mim e eu recuando… - Ti amo…ti amo…
- Não…não…Elsa faz qualquer coisa. – Implorei que a minha amiga me ajudasse.
- Vieni con me… - Diz ele pedindo-me que fosse com ele.
- Não saio daqui…não…não, vai-te embora por favor.
- Ti amo amore…
E ele alcança-me nesse momento e sente o meu corpo a tremer e coincidentemente sinto o mesmo tremor no corpo dele, cheiro o perfume boss que ainda usa e empurro-o.
- Não…vai embora. A nossa história acabou e eu agora tenho namorado. – Menti e as lágrimas escorriam-me com a mesma intensidade.
- Ti amo…vieni con me…
- Para onde? Tu deixaste-me vir embora e agora queres que vá contigo. Vai-te foder…. – Digo-lhe e ele volta trava o meu impulso de me afastar e beija-me.
E nesse momento o mundo parou…deixo cair tudo que tenho nas mãos no chão e vejo Elsa a sair e a colocar a palavra fechado antes de abandonar a loja.
- Porquê? – Perguntei.
- É amore…é per sempre…solo per sempre.
FIM





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