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3SOME - PARTE I


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Devorei o chocolate que a minha amiga me trouxe rapidamente e acho que só depois me perdi em abraçá-la, depois de um longo mês sem a ver. Tinha ido passar as férias com uns amigos, no iate do pai. E quando terminei.

- Delicioso, mas agora quero as novidades. – Disse expectante e de olhos postos no bronze invejável dela.

E um chorrilho de novidades choveram, desde um namorado por semana, a orgias a bordo, a festas com desconhecidos…deixei-a contar tudo, com o detalhe que ela queria e precisava. Mas por momentos parou e ficou a olhar para mim.

- Porque não vieste comigo? – Perguntou-me.

- Não quis… - Disse evasivamente. – Sabes que nunca fui grande apologista desse tipo de festas. – Confessei a verdade, mas omiti o resto da história.

- Estiveste só? – Perguntou ela, quase tentando ler-me através do olhar.

- Não. – Não conseguia mentir-lhe.

- Agora sou eu que quero saber detalhes. Quem é ele? Ou ela? Ou eles? Conta-me. – Pediu quase exigindo.

- Porque achas sempre que tem que ser uma grande história? Algo grandioso? – Perguntei quase lhe virando as costas.

- Desculpa, sabes como fico empolgada com estas coisas: sexo, mar, sol, calor, festas, álcool. – Diz ela…e reconheço a minha amiga.

- Sei…mas eu fugi desse registo. – Disse não revelando tudo.

- Tu? Mas eu também te conheço e sei que tu foges, mas não assim tanto… - Disse aproximando-se de mim…

- Ele chama-se Martin e ela Rebecca…são dois ingleses que passaram pela minha loja e me convidaram para jantar. E eu, não tendo planos, aceitei. – Disse e parei propositadamente.

- Um jantar a três? Isto promete… - Diz ela. – Afinal andei em alto mar e tu a divertires-te na minha ausência.

Não consegui articular palavra…as minhas faces mudaram de cor e o meu corpo reagiu à simples lembrança da noite em que os três tínhamos acabado a noite entrelaçados na minha cama.

- Bem, eu tenho tempo… - Disse ela de olhos postos nos meus mamilos endurecidos por detrás do top justo ao corpo. - E eu trouxe aquele vinho ao qual tu nunca resistes…e hoje como se costuma dizer: todas as garrafas vazias estão cheias de histórias…e hoje eu vou ouvir a tua. – Diz-me, tentando comprar-me com o chianti que eu adoro.

- Puta…uma não chega nem para a introdução… - Digo-lhe provocadoramente.

- Chatice…tenho mais…e temos a noite toda. - Remata em grande.

- Já te disse que és a puta mais puta que eu conheço? – Disse sem esperar resposta.

- Não, mas garanto-te, que tu…com esse ar sereno, impenetrável, és muito mais puta que eu…e eu quero ouvir…essa história...toda e vai ser esta noite.

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