3SOME - PARTE V
- Eva Ribeiro
- 31 de ago. de 2020
- 4 min de leitura

- E lentamente fomos bebendo o gin…e o último gole dei-o e puxei Martin para mim e dei-lhe a provar da minha boca, deixando que grande parte dele, escorresse pelo corpo dele, pois sabia que ela iria deliciar-se em lamber, mas foi ele que me pediu: “suck me…” e deslizei por ele, roçando o meu corpo no dele, molhado pelo gin, e parei quando aproximei os meus lábios do caralho dele. Ainda olhei para ela, mas ela estava deliciada em lamber o gin que escorria pelas minhas costas e terminava nas minhas nádegas…roçando-se em mim…e por isso voltei-me para ele e comecei a lamber o caralho dele, até à ponta, envolvendo-o de seguida com os meus lábios e enfiando-o na minha boca, chupando-o e retirando-o, lentamente…deixando o caralho dele cada vez mais duro. – E enquanto as minhas palavras fluíam sem dificuldade, os movimentos do vibrador na cona de Elsa tinham uma cadência maior e vejo-a de novo estremecer, com uma intensidade ainda maior…
- Inês…continua…por favor…
- Vou buscar o meu vibrador com o comando…assim vou ter um orgasmo também.
E volto a levantar-me e o telefone de Elsa toca. Ignoro, pois já é habitual…mas estranho o facto de ela se ter levantado para ir falar na varanda. Continuo a saborear aquele vinho e a lembrar-me da lasanha que o acompanhava, feita no forno de uma casa algures no meio do nada e que descobrimos por acaso. As memórias ficaram, mas pareciam tão recentes que quase tive vontade de fazer lasanha e comer, mas entretanto Elsa terminou o telefonema.
- Desculpa…quando te contar as minhas férias…vais entender, mas agora eu quero saber o que aconteceu a seguir.
Voltei a dar um gole no vinho e prossegui:
- Ergui-me e convidei-os a seguir-me até ao quarto. Precisava de foder…eles precisavam de foder…mas queria ver, queria ver a entrega dela, queria reconhecer aquela entrega. E fui eu que pedi para ela se colocar de quatro na cama e pedi-lhe a ele: “fuck her…first…”. E ele nem hesitou e de pé perto da cama, começou a fodê-la, vendo-me aproximar dela e abrir as pernas, não sendo preciso dizer-lhe, ela começou a lamber a minha cona…enquanto ele a fodia…e os gemidos misturavam-se todos, numa melodia perfeita…e eu estava prestes a vir-me, o que não tardou e precipitou o orgasmo dele… - E parei quando aumentei a velocidade no comando do meu vibrador….
- Conta-me…
- Ele veio-se, mas continuou com o caralho duro…e ela aproximou-se dele, lambendo-lhe o caralho e depois virando-se para mim: “your turn Inês”. Colocou um preservativo que ela lhe deu e elevou-me as pernas e enfiou o caralho todo dentro da minha cona, enquanto ela se esfregava em mim, deixando o esperma dele espalhado pelo meu corpo e quando se sentou, sob a minha cara, virada para ele…deixou-me saborear algumas gotas do esperma misturadas com o mel dela e que ficaram nos lábios dela. Venho-me quase de imediato…e precipito o orgasmo dele quando aperto o caralho dele com os espasmos da minha cona….e julguei que iria ficar por ali…mas continuou a foder-me…”yes, baby, fuck her because I’m coming too”…ouço-a dizer e pouco depois sinto-o de novo a gemer de prazer….e sinto o mel dela escorrer por mim… - E venho-me nesse momento, sentindo o prazer na pele que tive naquela noite. E olho para Elsa e vejo-a contorcer-se de prazer também…e que intensifica quando me aproximo dela e lhe derramo um pouco de vinho em cada mamilo e começo a lamber. - Vem-te para mim. – Peço-lhe…..- Só mais um porque a história terminou e eles foram embora depois de um longo banho e eu adormeci com ar de demónio no rosto, mas como um anjo.
E depois daquele orgasmo, adormecemos as duas no sofá, sendo apenas acordadas pelos primeiros raios de sol.
Saímos apressadas de casa, mas rapidamente abri a loja e tudo voltou à normalidade…à minha normalidade, à minha cápsula de segurança…
A Elsa foi-me ajudando numa ou noutra tarefa e a placa “Aberto” foi virada e destranquei a porta. Estranhamente achei a minha amiga agitada.
- Tu não me contaste nada das tuas férias…é por isso que estás assim? – Perguntei.
- Assim como? – Perguntou comprometida.
- A olhar para o telefone constantemente e agitada?! – Digo-lhe e apesar de ter já ligado o rádio, distingui uma sonoridade proveniente da rua que me deixou os pelos eriçados e que se aproximava mais e mais. Uma mota…
Fechei os olhos e vi que Elsa me observava. Era certamente um modelo parecido com aquela que Lorenzo conduzia…e parei…senti a mota abrandar…e depois deixei de ouvir qualquer barulho. Retomei o que estava a fazer, ordenar as peças por cores e tamanhos na prateleira e o primeiro cliente apareceu. Sei-o pois, por cima da porta, coloquei algo que me indicava cada vez que alguém entrava.
- Ciau amore… - A voz…o som da mota…as mesmas palavras…não podia ser e virei-me na direção do som.
- Lorenzo? – E quando vejo que é ele…as lágrimas escorrem-me e Elsa não consegue conter-se também. Mas não consigo sair do sítio, estou petrificada. – Que fazes aqui? – Pergunto, sabendo que ele me entende perfeitamente.
- Ti amo… - E foi-se aproximando de mim e eu recuando… - Ti amo…ti amo…
- Não…não…Elsa faz qualquer coisa. – Implorei que a minha amiga me ajudasse.
- Vieni con me… - Diz ele pedindo-me que fosse com ele.
- Não saio daqui…não…não, vai-te embora por favor.
- Ti amo amore…
E ele alcança-me nesse momento e sente o meu corpo a tremer e coincidentemente sinto o mesmo tremor no corpo dele, cheiro o perfume boss que ainda usa e empurro-o.
- Não…vai embora. A nossa história acabou e eu agora tenho namorado. – Menti e as lágrimas escorriam-me com a mesma intensidade.
- Ti amo…vieni con me…
- Para onde? Tu deixaste-me vir embora e agora queres que vá contigo. Vai-te foder…. – Digo-lhe e ele volta trava o meu impulso de me afastar e beija-me.
E nesse momento o mundo parou…deixo cair tudo que tenho nas mãos no chão e vejo Elsa a sair e a colocar a palavra fechado antes de abandonar a loja.
- Porquê? – Perguntei.
- É amore…é per sempre…solo per sempre.
FIM
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