A MULHER DO TOP EM CROCHET
- Eva Ribeiro
- 3 de jul. de 2023
- 5 min de leitura
Atualizado: 13 de nov. de 2023

- Um café por favor. – Peço já sentada no café perto de casa. Olho pela janela e acabo por fazer sinal à funcionária que me vou sentar no exterior. A esplanada está vazia porque ainda é relativamente cedo para um sábado.
Aguardo o meu café e em vez de olhar o visor do telefone e fazer um scroll rápido nas notificações que foram, entretanto, chegando, olho em volta. Nada de novo, tirando o sol tímido que quer aparecer por trás de uma ou outra nuvem esparsa no céu. Ia estar um dia quente e por isso aceitei o convite para ao lago da cidade. O pretexto perfeito para dar um mergulho e deixar o sol deste início de verão dourar um pouco a minha pele. Trazia o biquíni na mochila e um pareo para poder estender, não prescindindo do protetor solar para evitar que estes primeiros raios me marcassem em demasia. E por isso escolhi para vestir uma saia de ganga curta e o top em crochet branco.
E o café que tinha pedido, chegou finalmente à mesa. A funcionária afastou-se e quase simultaneamente vejo aproximar-se um homem que se senta de frente para mim, mas na mesa ao lado. Calções, t-shirt vermelha e ar descontraído. Reparei nos olhos claros, no cabelo escuro e que combinavam com a pele morena. Ergueu o olhar na minha direção e encontrou o meu, também claro, bem mais claro que o dele, um azul celeste e que juntamente com o cabelo loiro e a pele clara, me davam um ar angelical. Vejo-o descer pelo meu corpo e reparar no meu top em crochet e nas linhas entrelaçadas do crochet, mais largas do que seria suposto, acabando por perceber o mesmo que eu, que um dos mamilos irrompia pelo meio das linhas. O mamilo de cor clara endureceu e encaixou-se bem no meio das linhas do top, um encaixe perfeito e uma visão, acredito de outro mundo. Ele percebeu, não só a forma das minhas mamas como a cor clara dos meus mamilos e que o top não escondia, como me mostrou que gostou. Os calções não escondiam a ereção e ele não se inibiu em mostrar, afinal eu também mostrava. E vejo o olhar dele continuar a descer por mim, fixando-se na linha onde termina a saia e começam as minhas pernas. Cruzo-as, numa atitude provocatória e volto a olhar para ele.
- Talvez seja melhor ires lá dentro pedir o café. – Sugeri, olhando de novo para ele.
- Pois, estou a ver que sim. – Diz ele e levanta-se, entrando pouco depois no interior do café.
Sentou-se na mesma mesa que antes tinha ocupado e olhou para o telefone. Pareceu-me estar a ver horários de transportes.
- Para onde vais? – Perguntei curiosa e sem qualquer receio de ser mal interpretada.
- Vou para o lago. E tu? – Perguntou-me.
- Também. – Digo e o café que ele pedira, chega por fim.
E depois do café, puxa um cigarro e só depois da primeira passa olha para mim de novo, primeiro para o top e só depois para o meio das pernas e que, entretanto, descruzei. Não diz uma palavra, limita-se simplesmente a observar-me, a perscrutar-me com o olhar e que eu devolvo com a mesma intensidade.
- Queres um? – Pergunta-me se quero um cigarro, por me ver olhá-lo como estou a fazer.
- Dá-me o teu. – Peço e ele estende-me o cigarro e dou uma passa rápida, dando-lhe o cigarro para a mão pouco depois. Esse movimento faz com que me refastele na cadeira para sentir o sol em mim. E despreocupadamente, pouso a cabeça na parte de trás da cadeira e abro as pernas, relaxadamente. Nisto sinto uma mão pousar numa das pernas e subir pelo meio delas. Deixo-me estar, gosto do toque e o meu corpo já me denuncia. Sinto os meus mamilos endurecerem e humedeço os lábios, quase instantaneamente, para os trincar de seguida.
- Apanhamos o mesmo comboio? – Pergunta-me ele, já com a mão por baixo da saia.
- Pode ser. – Digo e não tarda muito e já estamos dentro do comboio, ocupando dois lugares. Deixei-o ficar perto da janela e ocupo o assento do lado do corredor. Ajeito o top e a saia e sinto o toque dele, desta vez no braço, descendo lentamente, quase de forma impercetível, mas que me arrepia o corpo inteiro. Parou a meio do braço e passa para o tecido rendado. Olha-me nesse momento e vê que o ar angelical se dissipou por completo. Trinco o lábio como que pedindo que continue. E ele continua, passando o dedo pelo tecido rendado, desenhando o mamilo através do tecido e depois demorando-se quando o sente. Toca-o levemente, fazendo-me suspirar por mais. E o toque volta ao braço e passa à perna, voltando a subir por ela. Viro-me ligeiramente de lado e deixo que a mão dele toque nas minhas cuecas, uma e outra vez.
- Onde vais? – Pergunta ele quando me vê erguer do assento.
E não lhe respondo, mas certifico-me que me segue. Não tarda e a luz verde da casa de banho acende, deixando sair uma mulher do interior para me dar lugar a mim. Entro só, mas depois ele entra quase a seguir e fecha a porta atrás de nós.
Não ficamos muito tempo a olhar um para o outro. Ele aproxima-se mais de mim e beija os meus lábios, tocando-me numa das mamas, retesando propositadamente o mamilo que ainda não fora tocado. Envolve a língua na minha e intensifica o beijo que me dá, enquanto aperta o meu mamilo e depois o outro, alternando o toque com mais e menos suavidade. Desce por mim e é por entre as malhas do top que saboreia a dureza de cada um dos mamilos, molhando-os e brincando com cada um com a língua. O meu suspiro, faz-me afastá-lo ligeiramente e desapertar os calções dele, também em ganga. Desço por ele e lambo o caralho bem duro e molhado e que aponta na minha direção. Não me demoro neste toque, apenas o suficiente para o sentir e saborear, retirando-o e metendo-o na minha boca e brincando com a minha língua na ponta molhada.
Ergo-me lentamente e viro-me para o espelho que está à nossa frente. Sinto a minha saia subir, deixando a descoberta as cuecas brancas rendadas em asa delta e que ele afasta quando aproxima o caralho das nádegas.
O comboio abranda a marcha e a primeira paragem chegou, aguardam-nos mais 4.
Sinto a ponta do caralho dele deslizar nos meus lábios e só depois entrar dentro da minha cona, molhando e ficando molhada. Vejo o olhar dele nas minhas mamas refletidas no espelho e no meu rabo e que se move num vai e vem que se descontrola a cada estocada. O caralho dele sai bem molhado de dentro da minha cona e aperto-o quando cedo ao primeiro orgasmo. Ele continua a foder-me, enquanto sobe ligeiramente o meu top, sentindo as minhas mamas todas. Movo-me habilmente contra ele, sentindo o movimento dele, contrário, mas complementar contra o meu corpo.
Gemo e o prazer que volto a sentir acaba por descontrolá-lo, permitindo-o sentir, quase de imediato, o esperma dele escorrer dentro de mim, em golfadas de leite morno que me preenchem. Dispo as cuecas e guardando-as, de seguida no bolso da saia, que baixo para compor a minha imagem. Um olhar pelo espelho e vendo que também está composto, saio, sem olhar para trás, caminhando para o lado oposto de onde tínhamos vindo. Imagino-o baralhado, sem saber se me deve seguir ou voltar ao lugar onde estivéramos sentados os dois.
Olho para trás, sabendo dessa hesitação. Vejo-o com um ar sereno, mas meio perdido a ver-me ir no sentido contrário. Mando-lhe um beijo e coloco a língua de fora, num sinal claro de provocação, mas deixando clara a minha despedida.
FIM
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