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A(S) PORTA(S) - PARTE II

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro


Porta 7

- E agora? - Perguntas com um certo gozo na voz...

- Agora temos mais 11 portas...tens a certeza? - Pergunto tentando demover-te.

- Não sei porque esperamos... - Dizes com sorriso perverso.

- Que porta queres abrir? - Perguntei eu, tentando que também ele jogasse comigo.

- A experiência é tua..és tu que escolhes Eva. - Dizes-me.

E sigo para a porta 7 e contigo ao meu lado, mas antes de rodar a maçaneta da porta,

olho para ti e volto a perguntar.

- Vamos mesmo? - Pergunto-te.

- Sempre...

E o sempre fez-me rodar a maçaneta e entrar contigo. O que nos aguardava ali? Nenhum dos dois sabia, mas estávamos juntos...

A porta fecha-se atrás de nós e nesse momento a minha mão procura instintivamente a tua e que percebo nesse momento que já vinha ao encontro da minha. Os dedos entrelaçam-se e sabemos que nada nos irá separar, vergar ou magoar...pois somos um só em dois corpos.

- Boa noite Eva. Vejo que mudou as regras do jogo por ter superado, com excelência uma das provas. - Ouvi uma voz de uma mulher, mas que eu ainda não conseguia ver o rosto. - Parabéns! Mas entraste na porta 7 e esta é a porta reservada aos limites. Quais sãos os teus Eva? - Perguntou ela e nesse momento aparece uma mulher com o mesmo

manto que todos vestiam...apenas com um body por baixo, rendado e semitransparente.

- E os teus? - Perguntou olhando para ti.

Ficaste um tempo parado a olhar para mim e dizes o que eu não esperava ouvir por palavras:

- O meu limite és tu. - Disseste-lhe mas de olhos voltados para mim. Fazes-me estremecer com a sinceridade.

- Eva? - Voltou-me a inquirir a mulher. - Preciso de saber...quais são os teus limites... - E nesse momento, olho para ti e a resposta é a mesma. E pensei, embora n as o dissesse pensei: tu és a minha vulnerabilidade, sem dúvida nenhuma...mas eu tenho medo de dizer isso em voz alta.

- Obrigada pela tua resposta Eva. - Diz ela com firmeza, tendo lido, naturalmente o meu pensamento.

- Mas eu não disse nada...ainda. - Digo eu com medo.

- Tens medo de admitir o mesmo? - Perguntas-me, estranhando aquela postura defensiva.

- Tenho medo de me perder...de te perder...de me sentir vulnerável por isso...

- Pára. - Dizes tu. - E tu achas que eu não tenho? O que mais me custou foi mudar...e estar assim...nas tuas mãos. - Confessas o que eu já sei.

Ele tinha razão, mas o meu medo era grande...de o perder e da vulnerabilidade que sentia em entregar-me a ele.

- O meu limite és tu... - Digo com tom de voz mais baixa.

- Muito bem, agora que ambos disseram o mesmo, eu vou pedir que cada um entre em

cada uma destas portas. São dois quartos...onde ambos receberão uma visita...mas tu Eva entras neste quarto e tu neste. - Explicou e o meu coração começou a bater descontroladamente.

- Eu quero ir com ele. - Digo mas temendo que isso não vai poder suceder.

- A diferença dos quartos é grande...mas a base foi o que me revelaram. Por isso boa experiência. - Disse ela e dei-te um beijo antes de entrar e disse-te: - Tenho medo...

- Não tenhas...confia em mim e em ti. - E é nesse momento que entendo a prova de confiança a que nos submetem... a ti e a mim. Entramos, cada um em cada quarto...e automaticamente a porta fecha-se. Entre 4 paredes, uma da quais espelhada...sinto-me presa e fujo para a que tem o espelho...e que sem saber te esconde do lado de lá, precisamente no outro quarto, mas que te permite ver tudo o que se passa no meu. Eu não sei isso nem tu...julgas que te vejo...mas a minha expressão mostra-te que não.

E nesse momento percebes o medo que tenho de estar só mesmo sabendo que estás

ali...que és meu como nunca ninguém foi. É nesse vidro que bato...

- Socorro...tirem-me daqui...

- Eva, meu amor...aguenta... - Dizes mas não te ouço e tu sabes isso. Percebes o meu sofrimento, vês o meu medo...e tu próprio tentas sair dali para me ir buscar, mas estás preso tal como eu. A porta abre-se...e entram dois homens com capuz. Mal os olho, mas

aproximam-se de mim.

- Larguem-me. - Digo quando tentam despir-me. - Levem-me até ele. - Pedi.

- És tão bonita. Fodemos primeiro e depois quando voltares a sair por aquela porta, ficará tudo na mesma. - Disse ele roçando ao de leve uma das mãos numa das minhas mamas.

Do outro lado tu socavas a parede...

- Mesmo que ele não saiba eu não quero trair o que nos liga...o que temos...ele é o meu

dono e eu até posso morrer neste quarto mas só ele pode tocar-me.

Eles saíram pouco depois e eu fiquei encolhida num dos cantos. Nisto a porta volta abrir-se e já não levanto os olhos...mas o perfume denuncia-te e sem dizeres uma palavra estendes a mão para mim e ergues-me.

- Qual é o teu limite Eva? - Perguntas de novo já comigo nos teus braços.

- Tu e o teu? - Pergunto.

- Tu...Sempre foste tu.

A porta volta a abrir-se e a mulher de capuz entra de novo...desta vez sem nada por baixo e entrega-nos a chave para sair dali.

- Antes de sair gostava de.... - Digo eu mas paro a meio...

- De me tocar? - Pergunta ela, lendo o meu pensamento e exibindo por baixo do manto com capuz o corpo nu... as mamas redondas e o ventre liso e que terminava nos lábios da cona...

- Sim...e de... - E queria ver-te a fazer o mesmo, mas apenas pensei.

- Esta é a porta dos limites...é isso que vocês querem? - E entreolhamo-nos com a cumplicidade de sempre...e ambos respondemos ao mesmo tempo:

- Sim....

E já bem perto dela, despi o meu vestido, ainda preso pelas alças no pescoço e deixo-o escorregar pelo meu corpo nu, ficando apenas de saltos altos e que rapidamente também me libertei deles. Vejo-te igualmente despir a roupa, com a mesma rapidez e ela continua com o manto vestido. Olhas-me, ciente de que sou tua...e devolvo-te exatamente o mesmo olhar e mostro-te que também és meu antes de nos perdermos. É de ti que me aproximo e beijo os teus lábios, lambendo-te com a língua cada um dele, até intensificar o beijo e deixar a minha língua enrolar-se na tua, num beijo sôfrego, mas que antecede o que vem: a nossa perdição.

E vou para trás dela e vejo-te olhar-me, prevendo o meu gesto, deliciado com o meu movimento, suave e ao mesmo tempo fatal. Não perdes o foco em mim, mas sabes o que nos move: ela.

Tiro-lhe o manto que tem ainda sobre um corpo e vejo-te aproximar dela, sem desviar o olhar, aproximando-te do pescoço dela e deixando a marca dos teus lábios neles, deslizando provocadoramente até instintivamente uma das tuas mãos acariciar uma das mamas dela...e ao mesmo tempo as minhas mãos percorrem as costas dela até às nádegas e rapidamente me aproximo mais e mais até ter o meu corpo colado ao dela...roçando os meus mamilos nas costas nuas dela, e deixando as minhas mãos livremente percorrerem o corpo nu dela, até encontrarem de novo as nádegas. Olho de soslaio para ti e desces pelo peito dela, já tendo uma e outra mama dela nas mãos e que te delicias em lamber avidamente os mamilos, que adivinho já bem endurecidos. Os gemidos dela denunciam-na, de tal forma que desço o meu corpo por ela abaixo e abro ligeiramente as nádegas, trincando uma e outra...e lambendo a marca que deixei. A minha língua continua a deslizar por uma das nádegas e é no cu dela que se fixa. Tento perceber o que ela sente quando a minha língua lhe lambe o cu e percebo que a

respiração se torna mais ofegante e os gemidos se misturam e, percebendo o prazer que lhe dou, abro-lhe ligeiramente as pernas e obrigo-a a apoiar-se ligeiramente na cadeira do quarto, enquanto avanço propositadamente para os lábios da cona, molhados...sedentos de prazer.

E deparo-me contigo sentado na cadeira, elevando ligeiramente uma das pernas dela e obrigando-a a aproximar-se mais de ti, para lamberes a cona que tens á disposição.

Por breves instantes, penso deter-me e acariciá-la como me apetece, mas deixo isso para mais tarde e contorno-a, aproximando-me de ti e ajoelhando-me. Enfio o teu caralho na boca e começo a lambê-lo demoradamente, ao mesmo ritmo que te vejo lamber os lábios da cona dela. Gemes de prazer também, pelo que dás e pelo que recebes, sem estar à espera, deixando-te pronto. E nesse momento, abandono-te e volto para trás dela...e enquanto te vejo lamber a cona dela, começando a lamber-lhe o cu...demoradamente, até sentir que lateja por mais. E nesse momento enfio um dos meus dedos dentro do cu dela, bem devagar, bem lentamente...intercalando este movimento com o da minha língua. Ela geme de prazer...

E sussurro-lhe bem baixo ao ouvido:

- Monta o caralho dele.

E sou eu que a faço aproximar mais de ti...e te vejo olhar para mim, descontrolado, mas perfeitamente orientado. Sabes onde está o ponto cardeal que precisas para chegar a mim. Serei sempre o teu norte e é assim que me vês.

- Anda cá minha puta...vou-te foder essa cona toda. - E puxas por ela, exatamente como eu queria que o fizesses e ela começa a montar-te o caralho. As mamas dela ficam livres para as acariciares e não demoras em agarrar uma e outra até as juntares e apertares enquanto ela fode o teu caralho. Eu coloco-me atrás dela e continuo a foder aquele cu com um dos meus dedos. Ela geme, tu gemes e eu estou cada vez mais excitada com isso.

- Fode-lhe o cu cabrão... - Peço e tu não obedeces porque sim, obedeces porque também queres...e levantas-te e obrigas a que ela se coloque no chão, onde anteriormente eu estivera de joelhos e enquanto lhe lambo o cu e o teu caralho, vou vendo-o entrar dentro do cu dela de uma vez, até estar todo lá dentro.

- Fodassss... - O teu prazer é o meu, mas não satisfeita, tiro o teu caralho do cu dela e volto a lambê-lo antes de o voltar a ver entrar no cu dela. E levanto-me, de seguida, e sento-me em frente a ela, precisamente na posição que antes ocupavas e abro as e ofereço-lhe a minha cona para ela lamber.

- Faz-me vir...porque ele vai-se esporrar todo nesse cu...

E olhas para mim...olho para ti...e não são precisas palavras para descrever o que se sente quando a entrega é total. O teu prazer é o meu e o meu é o teu. Observo-te a fodê-la enquanto sinto a língua dela percorrer a minha cona e incisivamente lamber o meu clitóris, deixando-me a pontos de me vir. Atraso este momento, não sei bem como consigo controlar-me, mas quero vir-me ao mesmo tempo que tu. E começo a apertar os meus mamilos e a molhá-los com a minha saliva, enquanto a língua dela me percorre e um dos dedos dela entra na minha cona, repetindo os teus movimentos...as estocadas do teu caralho no cu dela.

- Vem-te para mim... - Peço-te e venho-me já sem conseguir travar o orgasmo. Tu dás- lhe uma palmada no cu e tiras o caralho do cu dela, para o voltar a enfiar de novo...e repetes esse movimento...uma e outra vez, até me dizeres.

- Vou-me vir...anda cá... - Pede-lhe a ela para se aproximar. - E esporras-te na boca dela, enquanto ela te lambe o caralho que há momentos lhe fodeu o cu. - Não engulas, quero que partilhes com ela... - E ela sobe por mim acima e beija os meus lábios e dá-me o teu esperma, deixando-me saborear o sabor que reconheço como meu. Quando se afasta, um fio de esperma escorre entre nós e és tu que te aproximas de mim e me beijas.

- Quero... - Pedes-me. E aproximas-te de mim e beijas os meus lábios e saboreias

comigo o que ainda não engoli.

- Vamos sair daqui. - Disse-lhe enquanto nos beijávamos. - Quero saber o que nos reservam as outras portas.

E rapidamente a mulher voltou ao seu estado normal, de novo coberta com o manto com que a vimos pela primeira vez e só tivemos tempo de nos vestir a correr e sair pela porta do quarto e depois pela segunda porta até voltar ao corredor.


Porta 9

Paramos quando alcançamos o corredor e a mesma pergunta foi feita pelos dois um ao

outro:

- Continuamos?

A resposta não precisou de ser dada, porque a curiosidade venceu-nos e precisávamos

de percorrer aquele caminho.

- Escolhe um número...amor... - Peço-te.

- Número 9. - Dizes sem pensar muito.

E avançamos pelo corredor até chegar à porta e ver o número 9 bem destacado na

mesma.

- Entramos? - Perguntas-me.

Eu nem respondo...rodo a maçaneta da porta e imediatamente somos sugados para

dentro e a porta fecha-se atrás de nós.

De novo a escuridão...e de novo tudo volta a clarear, mas desta vez ninguém aparece.

Uma voz surpreende-nos atrás de nós...

- Bem vindos ao passado.

- Merda. - Digo eu.

- Fodasss. - Dizes tu.

- Olá Eva, chegou o momento de ambos irem até a um momento do passado do outro. Será um momento de muito prazer e vocês serão apenas meros expectadores. Por isso convido-vos a sentar neste sofá vermelho e assistirem tranquilamente. São livres de fazer tudo o que quiserem, mas só podem abandonar esta sala após verem tudo...sentirem tudo....e aceitarem tudo.

Olhamos um para o outro, já depois de estarmos sentados e sorrimos...pois sabíamos que íamos acabar a foder, naquele sofá...e mal começamos a ver as imagens de ti e duas mulheres, soube exatamente a que momento fomos parar....

- Fode-me... - Pedi, mas sentei-me de frente para o holograma onde te via com a tua namorada e uma amiga.

- És muita puta...quero ver se me vais dizer o mesmo quando nos aparecer o teu amigo

espanhol. - Dizes...

- Ele não vai aparecer. O que tu vais ver é sexo a quatro...algures num quarto de uma casa. - E tu estremeces, pois sabes também a que momento te vou levar.

- É isto que queres? - Perguntaste-me com algum receio na voz.

- Sim é, quero ver tudo...quero que vejas tudo e saibas tudo de mim.

- Que seja feita a tua vontade....

E sentados naquela poltrona vermelha, o holograma que nos aparecia diante dos olhos, parecia que a história que te tinha ouvido contar estava a desenrolar-se à minha frente.

Um quarto de um qualquer motel...tu...a tua namorada e uma amiga com quem ela quisera partilhar-te. Reconheço a ligação, a interligação de almas e vejo que as regras inicialmente impostas se vão quebrando à medida que o calor e a excitação aumenta. E neste momento dou comigo a procurar a tua mão, a qual me conduzes ao teu caralho, já duro, de rever aquelas imagens que ainda tens bem presentes. E não são precisas palavras...facilmente alcanço os boxers e retiro o teu caralho duro e começo a masturbar-te. Tu gostas e adoras quando o meu toque se intensifica quando acaricio demoradamente os teus tomates.

- Fodassss – Ouço as palavras de sempre...e o teu caralho lateja de tesão...

Mas paro, propositadamente e deixo-te continuares o que comecei...

- Não te venhas já...aguenta esse orgasmo até ao limite...

- Puta... - Chamas e reconheço-me...ignoro-te e continuo vidrada no orgasmo que tens nas imagens que vou vendo passarem diante dos meus olhos e não me passa despercebido o teu caralho se manter duro depois disso. Olho para ti, ainda com a mão no caralho, com movimentos controlados, pois estás na iminência de te vir e é o que eu

quero evitar.

E não muito tempo depois, começa a decorrer outra cena completamente diferente...a

minha...e o que começa com um informal jantar...em que as conversas vão aquecendo

e depois disso começa um jogo a quatro...onde os corpos cedem ao prazer mais

primário. Ver e ser visto pelo par...a foder...a ter prazer com outro homem que não ele.

Uma imagem que te começa por corroer, pois sei exatamente os fantasmas que levanto

com aquela simples imagem.

- Vê cabrão... - E nesse momento levanto o vestido e começo a tocar-me também...lentamente...enquanto vejo a mesma fusão de corpos que anteriormente vi,

mas com a agravante de não ser suposto haver envolvimento emocional...

- Fodassss...

- Quero ver-te com outro homem. – Dizes e continuas a masturbar-te, reparando que

também o faço...porque me excita o que vejo e mais ainda o quanto isso te altera.

- Tu és louco... - Digo e continuo fixada nas imagens que me são familiares. – Não sabes o que pedes.

- Sei, sei exatamentesei o que quero ver...quero ver-te mudar de forma com outro a foder-te...com outro a usar o teu corpo, mas a não chegar onde eu chego...quero ver a tua entrega...quero ver tudo...e quero que tenhas prazer comigo a ver, quero que sintas

o meu prazer... - Confessas e sinto o teu orgasmo na iminência de acontecer.

- Sabes uma coisa?! – Pergunto, não esperando uma resposta, apenas captar a tua atenção.

- Eu também quero...quero que vejas e quero que dites as regras. – Digo e sinto-te a controlar o orgasmo.

- Contigo? – Perguntas, retoricamente.

- Sim...

- Não. Eu quero ver a caçadora...e ver a presa... - Confessas.

- A minha única regra é quando ele me começar a foder tu te aproximares... - Digo sem

medo.

E venho-me nesse momento, mas aproximo-me de ti e deixo-te masturbares-te até te

esporrares e na minha boca.

- Engole puta... - Dizes e gritas de prazer...e rapidamente as imagens se dissipam e a

chave aparece exatamente onde as víamos desenrolar.

- Temos a chave. Avançamos? – Pergunto-te já recomposta.

- Contigo...vou até ao fim do mundo e sabes porquê? – Perguntas-me com a maior

simplicidade.

- Não, mas sei que me vais dizer. – Digo confiante.

- Porque és minha.

E selamos a saída da sala com um beijo e voltamos ao corredor...

 
 
 

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