AQUELA PRAIA
- Eva Ribeiro
- 15 de jul. de 2023
- 4 min de leitura

Aquela que me permite tirar a parte de cima do biquini e deixar que os raios de sol dourem ainda mais o meu corpo.
...adoro despir-me...e sobretudo adoro saber que, de longe a longe, passa alguém perto de água, mas suficientemente longe de mim e fica a observar...adoro a sensação...
...adoro percorrer o areal e ir tropeçando de longe a longe com homens e mulheres que, como eu, escolheram aquela praia para serem um pouco mais livres...esquecerem os olhares indiscretos de curiosos...
...observo atentamente...duas mulheres, essas completamente despidas, que estão absolutamente mergulhadas nos livros que têm em mãos...o casal que apesar de apenas ele ainda ter os calções de banho, ela está nua...e antevejo que quando regressar desta caminhada, os calções já não estão no corpo...
...adoro esta liberdade...adoro ver e ser vista...
...adoro cruzar estes limites e outros...e saber que a primeira coisa que farei quando chegar à toalha é masturbar-me, sem pressa, apenas com o som da rebentação ao fundo...uma ou outra voz longínqua...até....
- Cheguei... - Dizes-me sem aviso...
E nesse momento o meu mundo ganha uma nova cor, afinal o ir buscar algo para comermos e bebermos demorou menos do que esperava.
- Porque esperas para pousar tudo e....?
- E? - Perguntas, dificultando-me a tarefa de querer mais...
Mas como não me apetece ceder, levanto-me lentamente, sem nada dizer, fingindo desinteresse, caminho na direção da água, enquanto pousas as coisas que compraste debaixo do guarda-sol. O mar está calmo e molho-me primeiro, antes de mergulhar nas águas que retemperam o calor do meu corpo.
- Tens cá um feitio.... - Ouço-te dizer e volto a mergulhar, sabendo perfeitamente que o não te ter respondido e desaparecido de perto de ti te fez ficar quase furioso, mas ao mesmo tempo o impacto é o que eu quero. Sei bem o efeito que provoco...sei bem o quanto te desnorteio.
- Tinha muito calor. - Digo quando finalmente assento os meus pés na areia, vendo-me ainda rodeada de água e contigo à minha frente.
Aproximo-me de ti, sem te dizer nada...e tiro a parte de baixo do biquini e que fica a boiar e agarro-me a ti, começando a puxar os calções que tens ainda no corpo e que saem sem dificuldade. E sem pedir licença, monto o teu caralho sem dificuldade, pois mesmo com a água fria estás quente...excitado...e sentes-me toda...
- Tu.... - Dizes e os teus lábios procuram os dois, com uma fome desmedida...
- Eu sou... - E não paro até sentir o meu corpo ceder ao prazer que me dás.
Cedes pouco depois...e cedo de novo a ti, quando olho para o areal e um casal passa e percebe exactamente o que fazemos. Sentam-se na areia descontraidamente, a contemplar o horizonte, mas de olhar fixo em nós. Devem ter aproximadamente a mesma idade...as mesmas vontades...os mesmos devaneios...e gostam das mesmas loucuras. Ambos percebemos isso rapidamente.
Percebes, tal como eu, que eles gostam de ver...de observar...e ficas a olhar para mim, como que a contemplar o que sabes que eu adoro...
- Tu és...? - Perguntas finalmente.
- Sou aquela que se prepara para convidar aqueles dois para uma bebida ao fim da tarde...
- Ao fim da tarde...? - Perguntas, mas reformulas. - Porquê só ao fim da tarde.
- Porque até lá vamos ser nós a sentar e a assistir...depois não sei... - Digo enquanto visto a parte de baixo do biquini e vou a caminho deles.
Segues-me pouco depois. Sento-me ao lado deles, em silêncio e fico a ver....eles a olhar...curiosos e algo intimidados pela proximidade, pela intromissão que apesar de ser consentida, não deixa de o ser.
- Adoro as mamas dela... - Digo em voz alta, sem me preocupar se é adequado ou não o que digo. - Redondas, com os mamilos claros e que ficam duros quando está excitada. - Digo descrevendo, enquanto o homem vai passando a mão numa das mamas e ela suspira de prazer. - E tu, gostas? - Pergunto-te, como se estivessemos a assistir a um filme em 3D e não pudéssemos ser ouvidos, mas a verdade é que somos vistos e ouvidos e isso excita-nos e provoca o mesmo impacto neles.
- Gosto... - E enquanto observas, delicio-me em ver o teu prazer...a erecção que os calções de banho já denunciam. Igual à que vejo nos dele.
- Que achas que vai acontecer? - Pergunto como se tentasse seguir ou até mesmo dar as instruções para um guião de um filme.
Não me respondes...
Mas ao olhar para o lado vejo a mulher inclinada sobre o homem, com os calções semi descidos, numa alternância perfeita entre a mão que toca o caralho dele e por onde desliza...até ao guiar até à boca dela.
Sem dar por isso começo a tocar-me. Já não consigo ficar indiferente a estas imagens e olho para ti e já estás a masturbar-te.
Ergo-me, sentado-me nas tuas pernas e masturbando-me para ti...enquanto o fazes para mim...olhando para o lado para ver o que vai sucedendo. E nisto, vejo-a erguer-se e baixar o biquíni e a deixar-se tocar...ser saboreada pelos lábios dele...pela língua dele...enquanto eu me aproximo de ti e volto a montar-te, enfiando o caralho até ao fundo.
Ver e sermos vistos...
Eles vão olhando...e ela em vez de o montar, vira-se de costas para ele e roça-se no caralho dele, bem molhado e eu opto por me deitar na areia...obrigando-te a segurares nas minhas ancas...
Eu quero ver...e tu também...
E ouvimos as primeiras palavras vindas deles e que são dirigidas a nós:
- Preferem anal ou vaginal?
A nossa resposta foi em simultâneo.
- Anal...
FIM
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