DANIELLE - PARTE II
- Eva Ribeiro
- 14 de set. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 15 de set. de 2022

Sorrio…trinco o lábio e tento libertar-me de ti…aquela tentativa de mostrar resistência e de me travar, mas sem sucesso pois tu prendes-me a ti, como é habitual, deixando-me sentir o teu corpo quente e a ereção por baixo dos calções que, mesmo com aquela tempestade trazes vestidos. Beijas, de imediato, os meus lábios, enquanto simultaneamente sinto uma das tuas mãos deslizarem pela linha do meu pescoço, numa carícia demorada, mas que me impede de te travar.
Procuro a tua língua com a minha e depois de a encontrar, enrolo-a na tua…brincando, lambendo e sentindo a tua sugar a minha. Quase ao mesmo tempo a tua mão continua delicadamente a desenhar o meu corpo…sem pressa, quase ignorando a excitação que eu sinto, mas tornando-a mais evidente. A minha respiração denunciava-me, as batidas do meu coração também, e nem falo no meu corpo e que já estava numa longa conversa com o teu. Depois, a tua mão continua a deslizar pelo meu corpo, descendo pelo meu ombro, pelo meu braço e voltando a subir, fazendo descer a alça do top e deixando o ombro a descoberto. E nesse momento, os teus lábios deixam os meus e passas a língua no meu ombro.
- Já te disse que adoro ombros? – Perguntas, mas sabendo que não era uma resposta que eu te daria.
E eu não respondo, pois sei que tudo o que te disser, te vai fazer obrigar-me a esperar propositadamente mais pelo prazer que o meu corpo clama.
Nisto, passas ao outro ombro e repetes o gesto, afastando a alça do top até ficar ligeiramente descaída.
Novo trovão ecoa e o meu corpo reage ao teu toque e ao som.
- Fodasss…- Digo já não conseguindo aguentar-me.
- Que se passa? – Perguntas a sorrir, sabendo perfeitamente que me estás a torturar tardando o meu prazer.
- Nada...a tempestade…tu…eu…- E as palavras ficam propositadamente retidas.
- Nós…sim? – Perguntas e aproveito aquela fração de segundo e começo a retribuir as carícias, tocando no teu corpo através da t-shirt que tens vestida e que tiras de imediato. Toco finalmente a tua pele, sinto o pulsar do coração…acelerado como o meu e aproximo-me de ti, roçando o meu corpo no teu, deixando as alças do top cederem, permitindo que as minhas mamas fiquem a descoberto. Simultaneamente passo as minhas mãos no teu peito e vou descendo, deixando-te também sentir os meus mamilos duros deslizarem por ti…toque este ao qual junto os meus lábios e depois, inevitavelmente a minha língua, lambendo cada centímetro de pele que vou percorrendo, desapertando-te os calções com uma habilidade que nem costuma ser habitual. Deixo-te ficar apenas ficar em boxers, mas delicio-me em explorar as linhas que eles delimitam, exatamente como fizeste com as alças do meu top, tardando assim o toque que o teu corpo também pedia. Mesmo sem te tocar no caralho, vejo-o latejar através do tecido dos boxers, um movimento muito subtil, mas que não me passou despercebido.
- Abrimos um vinho? – Perguntas. – Trouxe aquele que tu gostas…e que eu, por acaso também. – Dizes-me.
- Como dizer que não? Como dizer-te que não? – Pergunto e afasto-me, imaginando-te a sorrir enquanto me vês desfilar pela cozinha, em cuecas, continuando com o top semi descido, em busca do abre garrafas. Quando me volto, percorres-me com o olhar e fixá-lo nas minhas mamas, que balançam à medida que caminho até ti. Sorrio, mas ignoro-te, pegando subtilmente na garrafa que tens na mão e preparava-me para a abrir, quando decides tu assumir o controlo. Deixo, mas aproveito a tua deixa para roçar o meu corpo no teu quando vou buscar os dois copos necessários para servir o vinho para os dois.
Adoro os impulsos aos quais não resistimos, mas sou absolutamente fascinada pelos compassos de espera, como este ou outros, que adiam o nosso prazer.
Servimos o vinho e pouco depois vamos até ao sofá, onde sentamos a beber um e outro gole enquanto a chuva continuava a cair, não parecendo haver sinais de a tempestade mostrar clemência. Olhei pela janela e novo raio atravessa o céu, já ligeiramente escurecido, ouvindo-se quase de seguida um trovão. E nem sequer tive tempo de reagir, pois o candeeiro que tinha acendido apagou-se de imediato.
Ambos percebemos que tínhamos ficado sem luz, mas nenhum dos dois se mostrou muito preocupado com isso.
Pousei o meu copo e preparava-me para me levantar para acender umas velas, quando me travas.
- Agora não. Agora quero fazer amor contigo…
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