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FARM BOY - PARTE I


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O despertador toca. São 5 da manhã e quase mando o meu telefone ao chão quando vejo as horas no visor. Não me apetece nada levantar, mas tinha prometido à minha amiga Cláudia que a ia ajudar no campo, daquelas tarefas solidárias a que me costumo dedicar e só dou conta do que me tenho pela frente quando já estou nelas.

Um banho rápido e só tenho tempo de vestir uma t-shirt e uns calções velhos, daqueles que apesar de já terem alguns rasgões, são confortáveis pois já tem muito uso e com a vantagem de moldarem o corpo e permitirem qualquer movimento. Café forte e saio porta fora. A minha amiga aguardava-me já no carro que nos levaria até ao terreno na aldeia.

- Diz-me que trouxeste alguma coisa para nós comermos. – Disse eu, já estando o carro em andamento, pois percebi que ia ter, garantidamente, fome.

- Não te preocupes com isso, não vai faltar que comer por lá. – Diz ela muito descontraída para mim.

- Que trazes tu vestido? – Pergunta-me ela e eu olho por mim abaixo.

- Porra, não vês? T-shirt, calções e estas sapatilhas. – Digo e enfio o boné na cabeça e ajeito o cabelo que apanhei, de forma a sair pela parte de trás do chapéu.

- Não te esqueceste de nada? – Pergunta ela, entre risos, enquanto estaciona.

- Água e comida, mas disseste que não ia faltar. Mas ouve lá, o que é que a minha roupa tem a ver com o assunto? – Perguntei intrigada. – Tu vens como eu. – Digo olhando para ela e percebendo que apenas diferia a cor da t-shirt e os calções, os dela de ganga, os meus em tecido. – Só acho estranho não te teres lembrado de ter vestido um top ou um soutien por baixo. Só falta dizeres-me que não trouxeste cuecas. – Diz ela muito depressa e rindo no fim.

- Tu já viste bem a hora? São 5h30 da manhã. Achas que ia lembrar-me desses detalhes? – Pergunto e saio da beira do carro, prosseguindo até chegar à entrada do terreno, onde já se encontram mais algumas pessoas, umas mais velhas, outras mais novas e que eu nem sequer conhecia e certamente não era àquela hora que iria passar a conhecer, muito menos socializar.

Ela nem me responde, pois sabia que eu apenas ia continuar a resmungar e não valeria a pena, pois poucas horas depois, estaríamos a sair dali e o dia começava.

- Vamos preguiçosa? – Digo eu para ela e ela desata a rir, pois ali a preguiçosa era mais eu. – De quem é o terreno, hoje? – Pergunto eu quando nos começamos a dirigir a uma pequena casinha de madeira, onde deduzo que tenhamos que ir buscar algo para nos ajudar a colher o que formos apanhando.

- É do Rui, mas acho que ele ainda não chegou. – Respondeu-me e fiquei a saber o mesmo.

- Mas que grande lata. Vimos ajudá-lo e ainda aqui não está! – Resmungo e continuo a caminhar.

- Estou aqui sim, mas quem quiser pode voltar para trás. – E depreendo que aquele homem moreno de olhos claros seja o Rui. T-shirt vermelha sem manga, calções pelo meio da perna e chapéu na cabeça.

- Ups, tu deves ser o Rui. Eu sou a Ana e tenho um péssimo acordar, mas sou um doce de pessoa uma hora depois, pelo menos é o que dizem. – Digo, tentando redimir-me da estupidez que tinha dito.

- Leva este balde e não deves precisar de mais nada. – Entrega-me e, de seguida, viro-lhe as costas, sabendo exatamente o que tenho que fazer. Sinto o olhar dele em mim e faço o que não me é habitual, olho para trás e encontro-o a olhar para o meu rabo. Tendo percebido que já só estávamos os dois, não me contenho e provoco-o.

- Pois, a minha amiga também já me disse que devia ter trazido roupa interior, por isso não me digas o mesmo também. Mas sabes, isto de me levantar a estas horas, ainda antes do sol nascer, não é para mim. Aliás, por isso mesmo é que acontecem estas coisas. Mas se não disseres a ninguém, ninguém vai reparar. – Digo e começo a rir-me da parvoíce que disse.

- Eu guardo o teu segredo, mas tenho-te a dizer que… - E parou porque um dos homens se aproximou.

- Preciso de uma enxada. Arranja-me uma. – Pediu e não tardou muito a ter uma na mão e a prosseguir o seu caminho. E eu fiz o mesmo, toda satisfeita com o meu balde preto na mão e percebi, nesse momento, que já tinha perdido de vista a minha amiga.

- Ora bolas, para onde foi a Cláudia? – Perguntei para mim. E nisto dou com ele ao meu lado.

- Deixa lá tua amiga, hoje vens comigo. – Diz ele num tom autoritário.

- Se eu não tivesse sido tão indelicada há pouco, mandava-te passear. Quem pensas tu que és? Ir agora contigo…ai. - E sorrio. – Ainda por cima sabes o meu segredo… - Digo e quando olho para ele, está a sorrir.

- Anda daí. Precisamos de apanhar batatas. Consegues? – Perguntou-me desafiadoramente.

Parei e fiquei a olhar para ele, estarrecida com o comentário dele. E mais estupefacta fiquei quando o vejo descer o olhar até às minhas mamas e depois continuar a descer o olhar, por mim. Trinquei o lábio inferior e vejo-o olhar-me nos olhos. Corei quase instantaneamente e de imediato cruzei os braços sobre o peito, pois os meus mamilos ficaram duros e a t-shirt era fina demais para encobrir esta súbita reação do meu corpo.

Ele sorri e a mim só me apetece bater-lhe.

- E se fossemos trabalhar? – Pergunto eu, tentando que ele desvie o olhar para outro lado.

- Vamos, vai ser uma manhã difícil. – Diz ele e ignoro o comentário.

- Fraquinho. – Digo entre risadas e vejo-o olhar para mim.

- Já deve ter passado uma hora, agora entendo o porquê da mudança de humor. – E inadvertidamente desceu o olhar até aos meus lábios e não contenho o impulso de os lamber.

- Estás com piadas. Deves achar que és engraçado. – Digo eu e começo a imitar o que ele faz. Baixa-se e começa a retirar as batatas da terra e coloca-as no meu balde.

- Vou para aquela fileira e vou deixar aqui o balde. É que ele vai começar a pesar. – Digo e nem espero pela resposta dele.

E começo a fazer o mesmo e já não tendo mãos para guardar as batatas, o que me obriga a guardar as batatas temporariamente na t-shirt que tenho vestida. De seguida, já não conseguindo colocar mais nenhuma batata na t-shirt, volto atrás para ir buscar o balde e percebo que ele tinha avançando com ele. Coloquei lá as minhas batatas e continuei o meu trabalho. Dou por mim a deixar cair as batatas no chão quando tentava ajeitar os calções que se tinham metido dento das nádegas. Olhei para trás, mas ele não se ria, a expressão era diferente, era comprometida. E não me consegui conter e olhei para os calções dele, percebendo a ereção que se desenhava por baixo.

- Daqui a pouco vou precisar de água. – Digo e continuo a minha tarefa, fingindo que nada sucedera.

- Temos mais à frente uma fonte, podes beber e se quiseres refrescar-te. – Disse, mas noto mais seriedade na voz dele.

- Olha que boas notícias. – E continuo a apanhar as batatas, mas exagero um pouco na quantidade de batatas que apanho, mas ele antecipando o desastre que ia acontecer, aproximassou.se de mim com o balde e ajudou-me a colocar as batatas dentro dele. E no meio destes gestos mais atrapalhados, tocou numa das minhas mamas e subiu o olhar na minha direção. Finjo não ter percebido e continuo:

- Continuamos ou vais continuar a olhar para as mamas? – Perguntei e viro-me de cu para ti, sem perceber se eu própria quero provocar-lhe uma reação ou se consigo escapar disso. – Curioso! – Digo. – As batatas tem tamanhos diferentes. – Digo eu surpresa, tendo uma pequena e uma maior na palma da mão. Ele não me responde e eu continuo a apanhar as batatas e a colocá-las no mesmo sítio, uma e outra vez.

- E chegamos à fonte. – Diz apontando. - Não querias beber água? – Perguntou-me ele e eu rapidamente me aproximei do fio de água que corria, saído de uma pequena torneira e comecei a beber. No fim, tive de me molhar, tal já era o calor que fazia.

– Isso não vai refrescar-te. – Disse ele e aproximou-se de mim, pegando em água da fonte e colocando-a nas mãos que pôs em forma concha, derramando-a por cima de mim.

- Espera lá, assim fico toda molhada. – Digo reclamando com ele.

- Mas não tinhas calor? – Perguntou ele.

- Mas já viste bem como ficaram as minhas mamas? – Pergunto e apercebo-me da pergunta que lhe faço.

- Pois vejo. Mais água? É que isso vai secar num instante. – Diz e reparo, novamente, no volume dos calções dele entre as pernas.

- Não queres molhar-te também? – Perguntei-lhe com um sorriso nos lábios.

E aproximou-se da fonte e bebeu água, mas depois retirou o boné e é a cabeça que coloca debaixo, molhando o cabelo.

- Agora sim, estou bem melhor. – Diz e dou por mim a olhá-lo curiosa. – Vou levar este balde e trazer outro. Aproveita e liga a mangueira e molha-te. – Sugere e afastasse.

Mal o vejo afastar-se, pego no cabo da mangueira e prendo-o à fonte. Olho em volta e com um muro atrás de mim e com o tempo que depreendo que ele vai demorar a chegar, consigo despir-me, molhar-me e voltar a vestir-me. E tiro cuidadosamente os calções e a t-shirt e molho-me com satisfação.

- Tu não perdeste tempo. – Ouço a voz dele ao longe e rapidamente fecho a torneira e visto-me apressadamente. Prendo o cabelo, coloco o chapéu de novo e pego num dos baldes que ele trouxe. Estou furiosa com ele, mas sobretudo comigo.

E afastei-me dele, começando a apanhar as batatas e enfiando-as dentro dele, quase maltratando cada uma. Mas o peso começou a ser demasiado e tive que o pousar, repetindo os gestos anteriores.

- Faltam muitas batatas? – Pergunto depois de termos enchido uns quantos baldes.

- Sim, mas vamos deixar o resto para amanhã. Vou só buscar ali umas cenouras e uns pepinos para o almoço. Vens? – Perguntou-me, pegando no último balde cheio. Fizemos o percurso inverso. Devíamos ter enchido quase uma dúzia de baldes durante o tempo que tínhamos estado ali.

Segui-o até a uma parte mais recuada do terreno.

- Onde foram todos? – Perguntei, pois não tinha visto ninguém desde que ali chegara.

- Estão mais acima. O terreno é grande e por isso pedi ajuda à associação. – Justificou-se.

- Pois, como te entendo. Vamos lá às cenouras e pepinos. – Digo eu e desato a rir. – Só agora percebi que estou cheia de fome. – Digo e sinto o meu estômago dar sinal.

- Anda, vamos apanhar isto e depois comemos qualquer coisa. – E começou a tirar umas 6 cenouras da terra e um pouco mais à frente percebi que eram os pepinos.

- Queres um ou uma? – Perguntou-me.

- Eu dizia-te o que fazia se estivesse aqui sozinha e com tantos pepinos e cenouras…… - E de imediato levo a mão à boca, tapando-a e não estando a acreditar no que tinha acabado de dizer. – E vejo-te a sorrir com a minha confissão.

- Eu dizia-te o que fazia agora, se estivesse aqui sozinho. – Disse ele muito depressa.

- Pois, apanhavas as cenouras e os pepinos e ias embora depois. – Digo, tentando que a conversa não tivesse aquela carga sexual que já não era possível deixar de ter. – Podemos lavar estas coisas, pois eu até comia uma. – Digo e vejo-te a olhar para mim com um ar faminto, perverso e dou um passo atrás.

- Eu já venho. – E afastou-se para ir lavar o que tinha colhido num tanque que estava ali perto. E quando voltou entregou-me uma cenoura.

- Posso comê-la? Toda? – Perguntei-te com ar faminto.

- Eu acho que amanhã te vou pedir para ficares em casa. – Disse ele.

- Mas então porquê? Não ajudei? – Perguntei quase ofendida com o comentário dele.

- Estou…quero… - E não terminou a frase.

- Fala. Diz lá. Eu sei que não sou uma especialista, mas aprendo depressa… - Digo eu chateada.

- Cala-te…e anda cá. – Pediu e avancei até ti. E aproximo-me dele e vejo-o pegar numa cenoura e a partir a extremidade para me dar a comer. Trinco um e outro pedaço perante o olhar dele, mas depois vejo-o deslizar a cenoura por mim, contornando o tecido da t-shirt. Suspiro quando a sinto passar num dos mamilos. Desceu a cenoura por mim, acabando por continuar mesmo quando chegou aos calções. Sinto-a toda, ainda mais porque os calções são finos e estou sem roupa interior. – Passei quase a manhã toda de pau feito e a culpa é tua. – Disse-me.

- Eu reparei e? – Pergunto, tentando desvalorizar esse facto.

- Tenho vontade de… - E não terminou.

- Diz… - Peço em tom autoritário.

E não respondeu, começou a esfregar a cenoura nos meus calções, movendo-a estrategicamente, de forma a roçar os lábios da minha cona. E enquanto isso vejo-o esfregar a ponta do caralho com uma das mãos, mesmo que por cima dos calções.

- Ana, Ana…onde estás? – Ouço uma voz que reconheço e afasto-me dele um pouco.

- Estou aqui atrás. – Digo e sorrio perante aquela interrupção.

- Já terminamos por hoje. Vamos levar isto à associação. – Diz-me ela.

- Nós também vamos. Deixa-a experimentar vir no trator. – Sugere ele, referindo-se a mim.

- Muito bem. Vemo-nos lá. – E desapareceu, nem me deixando dizer se aceitava ou não.

E nisto ele voltou a aproximar-se de mim.

- Temos de despejar os baldes em sacos e carregá-los no trator. – Disse-me quase colado a mim.

- Vamos? – Perguntei eu, ignorando esta proximidade e o que antes tinha sucedido.

- Não penses que me escapas. – Disse-me ele.

- Tu não sabes com quem te meteste. – Digo enquanto me afasto.

- Nem tu. – Diz-me e acompanha o meu passo, mas com semblante mais carregado. – Isto não vai ficar assim, não penses.

- Eu não tenho medo, mas tu devias. – Digo-lhe e dou uma corrida, escapando-me dele, pelo menos naquele momento.

 
 
 

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