LEDO ENGANO - PARTE II
- Eva Ribeiro
- 20 de jul. de 2020
- 3 min de leitura

Viro-me. Apesar de estar bastante escuro, encontro facilmente o olhar dele e pergunto-lhe:
- Achas que sim?
Ele não me respondeu, mas acenou afirmativamente.
- Enganas-te. – Digo-lhe enquanto deliberadamente o faço recuar em direcção à parede mais próxima. E, sem qualquer hesitação, deslizo por ele abaixo, tocando-lhe por cima das calças e voltando a sentir a erecção que ele não se inibe de me deixar sentir. Abro-lhe as calças, propositadamente mais devagar do que o habitual e deixo-as cair no chão, dividindo, de seguida, a minha atenção entre os boxers dele e o seu olhar…
- Tira-os. – Pede-me imperativamente.
E sem desviar o meu olhar do dele, desço num só movimento os boxers dele e absorvo o que vejo inscrito nesse olhar… aproximo-me mais, deixando a minha língua passar pelo pénis dele até alcançar a sua ponta, já molhada….e volto a repetir o gesto, mas em sentido contrário. E depois, agarro o pénis com firmeza e deixo que os meus lábios o percorram ao mesmo tempo que a minha língua se deleita em saboreá-lo. Gosto do sabor dele…deixa-me mais perdida ainda.
E quando envolvo a ponta do pénis com os meus lábios, meto-o gradualmente dentro da minha boca, descendo com a outra mão as alças do meu vestido, para depois procurar a outra extremidade do vestido…levantando-o…e deixando a minha mão mergulhar na minha vagina e tocar nos meus lábios. Começo a masturbar-me…quero misturar o prazer dele com o meu.
Mas pouco depois, ele puxa-me para a si e procura os meus lábios e beija-me com mais força do que eu previa, mas que apesar disso eu gostei….até ao momento em que me obriga a ocupar a posição dele. Toca no meu corpo semi-despido sôfrega, mas intensamente…e vira-me de costas para si…aproxima-se mais um pouco, junta o seu corpo ao meu e já sinto o pénis dele roçar o meu corpo, ainda através do vestido. Estou quase a enlouquecer, mas não quero que ele sinta isso e, por isso, afasto-me ligeiramente, mas ele volta a aproximar-se de mim e repete o gesto.
- Quero foder-te de pé. – Diz-me e quando o faz, levanta o meu vestido e toca-me com a ponta do pénis, primeiro nas nádegas e depois nos lábios…penetrando-me de seguida Não evito um gemido e mais outro, quando sinto o pénis dele entrar e sair de dentro de mim….
E nesse momento ouço vozes de pessoas do lado de fora e que se aproximam, mas isso não o inibe de continuar, bem pelo contrário, noto que o excita ainda mais e isso mexe terrivelmente comigo.
Pouco depois vejo dois vultos entrarem pela sala dentro e que, entre risadas e beijos, se dirigem até ao outro extremo da sala. E tão depressa entram como começam a trocar carícias que se traduzem em gemidos…ora de um, ora do outro.
E enquanto isso as mãos dele vão percorrendo o meu corpo, começando nas nádegas, que acaricia, dando-me de seguida uma forte palmada…até subir pelas minhas costas, ainda semi-cobertas pelo vestido, até procurar os meus seios…que balançam ao ritmo que o pénis entra e sai de dentro de mim…e depois encontra os meus lábios, que se entreabrem ligeiramente para lamber um dos seus dedos, para depois descerem até aos meus seios, onde acariciam os mamilos, endurecendo-os mais ainda com esse toque…enquanto me vai penetra, cada vez com mais celeridade…fazendo-me gemer, fazendo-me esquecer por completo que também partilhamos o espaço com mais duas pessoas…que deixei de ouvir, porque a intensidade daquele momento ofuscou-os por completo.
No entanto pergunto-lhe, desinteressadamente, entre gemidos:
- Sabes quem entrou?
- Sim, sei…a minha mulher e o teu marido. – Diz-me também visivelmente alterado com a informação que me dá.
E o meu orgasmo acontece nesse momento e sinto que o dele não tarda em me acompanhar…o que acaba por suceder instantes depois quando retira o pénis de dentro de mim, deixando o seu esperma escorrer por mim.
E já depois de recomposta, volto-me para ele, dou-lhe um beijo nos lábios e saio da sala, sem antes olhar para o outro extremo da sala e sorrir ao perceber que eras mesmo tu.
Caminho descontraidamente pelo corredor até chegar à sala onde decorria à festa. Entro e volto a apoiar-me na coluna onde há pouco estivera encostada, tentando inteirar-me do que perdi e que, pelos vistos não foi grande coisa, quando o empregado que agora trazia alguns aperitivos frios, me entrega um envelope negro.
- Pediram-me para lhe entregar isto. – Disse-me.
- E quem foi? – Pergunto curiosa, aguardando essa informação com expectativa.
- Isso não poderei dizer-lhe, mas sei que terá aí todas as informações de que necessita. – Disse-me deixando-me mais intrigada ainda.
Deixei-o afastar-se e só depois decidi abrir o envelope selado que ele me tinha entregue, retirando de dentro um cartão da mesma cor:
- Não, não pode ser…só podem estar a brincar comigo. – Digo quando percebo que a única coisa que o cartão tem inscrito em letras douradas é um número de telefone.
FIM
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