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MANAROLA - PARTE VI


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Entro primeiro eu na banheira e tu segues-me. Sentas-te atrás de mim e, apesar de estar de costas para ti, puxas-me de forma a que o meu corpo fique junto ao teu. Repouso nesse momento a cabeça no teu ombro e fecho os olhos, na esperança de poder eternizar este simples mas cúmplice momento. E de olhos fechados sinto a água envolver-me e ao mesmo tempo o toque dos teus dedos no meu corpo, sem se deterem em nenhuma zona específica, apenas se preocupando em acariciar, transmitir o que não é possível fazer através das palavras. Deixo-me envolver por esse toque, que me percorre desde o pescoço até às pernas, passando pelos seios, pelo ventre e depois pela vagina.

- Quem és tu? - Pergunto-te apesar de saber que o nome é perfeitamente irrelevante...

- Isso interessa? - Devolves-me.

Não, isso não interessava. Viro ligeiramente o meu rosto de encontro ao teu e procuro os teus lábios...que envolvo e ainda sinto o sabor a sal deixado pela água do mar.

- Sabes a sal. - Digo, enquanto a minha língua percorre os teus lábios. - Sabes deliciosamente. - Digo, sem reservas imprimindo maior intensidade ao beijo que iniciei.

E nesse momento o teu toque muda de registo e passa de doce a intenso, perdendo-se em cada recanto erógeno do meu corpo. Suspiro por essa mudança e o toque em si faz-me gemer.

E sem descolar os meus lábios dos teus, a minha língua da tua...começo a sentir tua erecção nas minhas nádegas, provocando-me...

- Eva. - Dizes o meu nome numa voz que me parece estranhamente familiar e que julgo conhecer desde sempre.

- Sim? - Pergunto-te, sabendo o que desejas.

E ergo-me, viro-me para ti e sento-me, desta vez de frente para ti. E nesse momento o meu olhar cruza-se com o teu e devolve-lhe o mesmo desejo...o desejo de te voltar a sentir dentro de mim.

- Quero fazer amor contigo. - Dizes-me.

Não percebo. Não entendo. Não consigo explicar. Só assim faz sentido ter-te. Não percebo, não entendo e não consigo explicar.

Volto a beijar-te e aproximo mais o meu corpo do teu e, nesse momento, sinto a tua mão percorre-me, inflamando mais ainda o meu desejo.

E já não conseguindo resistir mais, pego no teu pénis erecto e conduzo-o aos meus lábios e faço-o deslizar por eles até me ser insuportável mantê-lo fora de mim. E por isso conduzo-o até à entrada da minha vagina e deleito-me com a subtileza dos movimentos seguintes, até ser surpreendida pela tua mão no meu rosto que o segura, obrigando-me a cruzar o meu olhar com o teu. Sim, perco-me em ti, mas já te sinto perdido nesse momento.

Fazemos amor e em seguida deixamo-nos simplesmente ficar em silêncio e entrelaçados um no outro. E já quando a água começa a ficar demasiado fria, saímos da banheira e rumamos em direcção ao quarto, onde a cama nos parece o local ideal para nos rendermos ao cansaço. E nesse momento, deitamo-nos, sentindo o sono lentamente tomar conta de nós.

"Entramos na pequena casa de banho do avião e a porta rapidamente se fechou atrás de nós. Obriguei-te a sentar, tal era a urgência da minha vontade e tu não te fizeste rogado. Sentaste-te no tampo da sanita e eu virei-me de costas para ti, retirando nesse momento as cuecas que trazia vestidas. Recostei-me ligeiramente para trás e sussurrei-te em tom de provocação:

- E agora Carlos?

Rapidamente me fizeste levantar, encostando o meu corpo à porta da casa de banho, descendo de seguida as calças que trazias, os boxers e voltaste à posição anterior. Mas eu não me mexi, mantive-me exactamente na mesma posição e deixei que fosses tu a aproximar-te de mim. Senti o teu pénis roçar-me as nádegas e suspirei com esse toque e com o seguinte quando o teu pénis começou a percorrer subtilmente os meus lábios vaginais, deixando-me ainda mais molhada do que eu já estava e a ponto de perder o controlo. Empurro-te ligeiramente para trás, obrigando-te a sentar pela segunda vez e ouço-te devolver-me a mesma pergunta:

- E agora Eva?

Sorrio com toda a perversão que já me conheces e levanto apenas um pouco o meu vestido e enquanto me sento em ti pego no teu pénis e faço-o deslizar até à entrada da minha vagina, metendo-o de seguida dentro de mim. Ouço-te gemer com esse gesto e com os seguintes, provocados pelo ritmo que imprimo aos movimentos, e que gradualmente nos fazem perder mais e mais, até ser impossível controlar o orgasmo...primeiro o meu e só depois o teu.

Saí primeiro da casa de banho e pouco depois tu fizeste o mesmo percurso até aos lugares onde estavam sentados. E pouco depois a hospedeira chegou à nossa beira e percebi alguma atrapalhação da tua parte, mas que rapidamente se dissipou mal viste que ela nos passou para a mão duas taças de champanhe.

- A ti. - Disse-te depois de ela sair.

- A nós. - Corrigiste-me.

Algumas horas depois aterramos na Escócia.


FIM

 
 
 

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