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MY LORD



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Ano 1977, algures numa província do interior de Portugal, longe dos olhares citadinos e numa distinta família...


- Aaaannnnaaaa. - Uma voz gritava pelo meu nome pouco depois de eu ter batido a porta de casa. Podia ter voltado atrás, mas estava demasiado furiosa para ouvir nova reprimenda da minha mãe, sobretudo se sabia que rapidamente poderia desencadear num castigo. Os meus 22 anos já deveriam ser suficientes para ela confiar em mim, deixar-me ser como sou, porque lá no fundo sabia algo que também eu sabia: eu não ia mudar.

Olhei para as horas e já pouco passava das 19h00. Fui em direção aos estábulos da casa, que ficavam ainda a uns bons metros da porta traseira da quinta, e fui ter com o meu cavalo.

- Lord. - Chamei pelo nome dele, e ele logo se ergueu, exibindo majestosamente a sua crina preta e o pelo negro. - Vamos dar um passeio? - Perguntei como se falasse com uma amiga. E o relinchar dele de contentamento por me ver e de me devolver a pergunta na linguagem dele. - Sim, voltamos a discutir por causa do David. - E o simples facto de ter falado no nome dele, fez com que ele desse um pequeno salto. - Pois, tu também gostas dele, verdade? Mas ela não...e ontem, viu-nos à noite perto da cerca, junto à árvore onde me costumo encostar a ler e sabes? - Falei como se de uma pessoa se tratasse. - Eu adoro conversar com ele desde sempre, tu sabes...

E de imediato o cavalo avançou sobre mim, depois de eu ter aberto e porta e cheirou-me, para depois se vergar numa vénia, dando-me permissão para o montar.

- Já não há cavalheiros como tu...my Lord. - Digo e num ápice e com a agilidade que anos de prática me deram, montei-o graciosamente e acariciei o pelo macio dele. - Leva-me até...ele.

E nesse momento saímos a galope do estábulo, mas rapidamente a agilidade dele nos colocou fora da propriedade. A floresta que envolvia a casa era ainda mais densa e com o rápido anoitecer, era quase um perigo andarmos por ali. O trotar dele, pelo caminho sinuoso e a forma como eu encaixava nele, eram sem dúvida uma simbiose perfeita. E pouco depois, numa clareira mais à frente, um conjunto de casas aparece no horizonte. Puxo ligeiramente as rédeas para o fazer abrandar e percorremos, lentamente, o piso irregular do vilarejo, deixando que as luzes dos candeeiros nos iluminassem mais que o percurso que anteriormente fizemos.

- É ali... - Digo e faço sinal para ele parar e acompanho-o, lado a lado, até à porta de casa dele. Toquei à porta e não demorou muito a perceber movimento no interior. Uma voz familiar sobressaía em relação às restantes e eu reconhecia-a, era a dele. A porta abre-se e vejo aqueles olhos escuros reconhecerem-me, percorrerem o meu corpo, ao qual pouco depois um sorriso lhe sucede:

- Mãe, a Ana chegou...vou sair. - Diz batendo a porta e vindo ao meu encontro.

Parou a uns centímetros de mim. O Lord bateu com um dos cascos no chão, fazendo barulho, como que não estando satisfeito por aquele compasso de espera.

- Calma Lord... - Diz ele, afagando o meu cavalo. - Olá Ana. - Diz ele, dando-me um beijo no canto da boca.

- Olá David. - Digo parecendo mais tímida do que sou na realidade e colocando-me a par com o Lord.

- A tua mãe já recuperou de nos ter visto a conversar, ontem à noite? - Perguntou-me...enquanto fomos caminhando para fora do caminho iluminado. Eu segurava firmemente as rédeas do Lord, não sei se para o travar ou me travar a mim de ir depressa demais.

- Não recuperou. Eu e o Lord acabamos de fugir de lá. - Digo, fazendo-o parar e olhar para mim.

- My lady, adoro quando quebras as regras, cruzas o limite...por mim. Mas devias regressar....

- Uma desculpa para também dar um passeio. Sabes como eu gosto de ver as estrelas...a lua... - Digo, tentando relativizar a importância que ele tinha.

- Então vamos até ali mais à frente. Conheço o sítio ideal para admirares o firmamento. - Diz ele, sorrindo, mas não se inibindo de me mostrar aquele lado mais perverso e que tanto me fascinava e ao mesmo tempo me enfurecia. E por momentos sinto-me observada.

- Porque me olhas assim, David? - Perguntei, corando.

- Ana, são raras as mulheres com a tua idade que ousam deixar os vestidos e ousam vestir calças e umas botas altas...isto para não falar em sair de noite, sem serem acompanhadas pelas damas de companhia. Tens noção que estás a pisar o risco? Comigo? - Pergunta-me.

Claro que tinha noção de tudo isso, mas jamais me iria conformar com essa mentalidade.

- Ana, vais ter problemas, quando simplesmente podíamos encontrar-nos durante o dia, para beber um chá, em tua casa, na companhia de mais alguém...e escolhias um dos teus muitos vestidos, não necessariamente discretos...e eu ficaria encantado na mesma. - Diz-me e eu paro derrepente e dou-lhe um valente estalo no rosto.

- Estás a tentar dizer-me que sou menos respeitosa por vir ter contigo? Que é igual se for lá em casa ou noutro local qualquer? É isso? - Perguntei verdadeiramente furiosa e preparando-me para nem ouvir a resposta e voltar pelo caminho inverso. A mão dele trava-me o movimento e puxa-me para ele.

- Ana...Ana... - Disse o meu nome, como que para me chamar a ele, à realidade. - Eu gosto de ti assim, estava apenas a provocar-te... - Diz-me e continua: - Estás tão bonita. Anda comigo... - Pede-me e quase hesito em ir, mas ele puxa-me para ele e a milímetros de mim, sussurra-me: - Quero...

- O que quererá ele, Lord? - Perguntei eu para o meu cavalo, já com um sorriso, ainda mais perverso no rosto.

E fomos por um caminho cada vez mais sinuoso, cada vez mais escuro e nesse momento, ele acende uma pequena lanterna que tira do bolso, o que nos permite prosseguir. Um pouco mais à frente, deparamo-nos com uma cerca, que ele abre e passamos, fechando-a atrás de nós.

- Onde estamos? - Perguntei eu, não reconhecendo o local.

- Este celeiro está abandonado há anos e tem uma vista fabulosa...do telhado. - Diz e pouco depois aproximamo-nos da casa, praticamente em ruínas e prendo o Lord a um poste e entramos pelo interior da casa. Ele seguiu à minha frente e segui-o, sem medo. Já conhecia David há anos e sempre fora o meu melhor amigo, mas nos últimos tempos, algo tinha mudado...ele mudou e eu mudei.

- Sobe estes degraus com cuidado... - Disse-me, dando-me passagem. - Vou atrás de ti, para te amparar. - E dá-me passagem e começo a subir degrau a degrau e já perto do último, propositadamente, hesito no movimento e ele segura-me, agarrando-me firmemente a anca. - Caramba Ana, que susto me pregaste. - Diz ele e eu sorrio sem ser notada.

E só quando chegamos ao topo do telhado apercebo-me da altura e sinto algumas vertigens.

- Já sei, tens vertigens....espera que te dou a mão. - Diz e caminhamos lado a lado pelo telhado e pouco depois ele pega num cobertor que está num canto, já reservado para quem quer ver certamente as estrelas como nós, e estende-o.

- My lady... - Diz convidando-me a sentar.

- My...lord... - Digo e ele senta-se ao meu lado.

Deito-me pouco depois perdida nas imensas luzes que piscam no firmamento...e a lua, a lua parece que escolheu a noite para se revelar...está maior e mais perto...está cheia...e sem uma única nuvem por perto.

- Vamos continuar o nosso jogo? - Perguntou ele.

- Não sei a que te referes... - Digo tentando dificultar-lhe a tarefa de se aproximar mais de mim.

- Quente e frio...aquele jogo que sempre jogamos para tentar saber algo mais sobre o outro, mas desta vez, quero experimentar no teu corpo. - Diz ele e volta-se para mim nesse momento.

- David, isso parece-me demasiado ousado para nós. - Digo, mas o meu sorriso retira-me a seriedade que queria ter dado àquela frase para o deixar sem saber o que fazer.

- Ana...

- David...então hoje começo eu... - Digo segura do que quero.

E tal como quando éramos crianças, um e outro despiu-se até ficar em roupa interior...era algo tão natural que não sentíamos qualquer tipo de constrangimento por isso. Tinha escolhido um conjunto azul celeste, um soutien de renda...e umas cuecas a condizer...e ele vestia umas cuecas escuras.

Comecei pelos pés dele, demorando-me no toque.

- Frio... - Diz ele e eu nem precisava que ele mo dissesse. E continuei a subir pelas pernas dele, chegando aos joelhos, numa carícia delicada. - Ainda um pouco frio, mas...

- Só passa para ti a vez quando ficar quente...já sabes isso, não comeces a tentar acelerar o jogo. - Digo e ele deixa-se ficar, de olhos postos em mim e a sentir a minha mão continuar a subir, agora pelas coxas, pelo interior...de uma e de outra perna, subindo um pouco mais.

- Quente...se continuares... - Diz ele e percebo que o corpo dele começa a reagir ao meu toque.

- E se continuar um pouco mais para cima, fica mais quente? - E a mão dele trava-me.

- É a minha vez. - Diz ele e ao contrário de mim começa pelo meu pescoço. E estremeço com o toque, que me eriça a pele. E desce as alças do soutien...e fico quente, mas não revelo logo...

- Frio... - Minto, sem saber se ele percebeu, mas prossegue, como se fosse verdade.

Desce um pouco mais e começamos a percorrer uma parte do meu corpo ainda não explorada. O calor começa a aflorar-me ao rosto e sinto a minha pele clara, ficar ruborizada, mas felizmente, a noite protege-me de ser descoberta, mas a respiração começa a denunciar-me.

- Continua frio...ou está a aquecer? - Pergunta-me.

- Está morno, mas longe de estar quente. - Digo e a minha voz treme.

E ele prossegue...e procura o meu olhar, começando a tocar-me numa das mamas, suavemente, apenas com um dos dedos. E não foi preciso dizer-lhe que estava quente para ele saber que estava, pois os mamilos claros começaram a fazer-se notar pelo tecido rendado.

- Estás quente Ana....não me mintas... - Disse baseado no que o meu corpo lhe dizia.

- Minto...hoje vou mentir-te a noite toda...

- Ana... - Diz quase em jeito de reprimenda mas adorando a sugestão.

- Posso ir-me embora se não queres jogar comigo.... - Adianto, mentindo.

- Então vamos ter de mudar as regras. - Diz ele.

- Como assim? - Pergunto, sem saber o que ele quer dizer.

- Mudamos apenas quando esfriar. Aceitas o meu desafio? - Perguntou ele, a medo.

- És a pessoa que melhor me conhece...descobre-me...apenas as estrelas e a lua saberão...

- Ana... - Tenta, dizendo o meu nome que o trave, que a razão o trave. - É isso que tu queres? - Pergunta por fim...

- Estou quente...continua por favor. - Pedi com urgência na voz.

- Yes, my lady... - E baixa o tecido do meu soutien rendado...

- Quente, quente, quente... - E ele aproxima-se mais, não com o toque que era habitual dos dedos, mas com os lábios, que tocam pela primeira vez a minha pele...


E quando os lábios dele tocam a minha pele, sinto que todo o meu corpo se entrega...e depois, sem contar, a língua dele lambe o meu mamilo e não contenho um gemido.

- Estás bem? – Pergunta-me ele, não me reconhecendo neste registo.

- Simmm...e cada vez mais quente... - Digo e o olhar dele cruza o meu, aproximando-se mais do meu rosto, beijando-me a face, ruborizada pelo calor e pela excitação que o toque dele provocava. E os lábios dele iam deslizando, subtilmente, pelo meu rosto até chegarem perto dos meus e tocarem neles, ao de leve, sem pressa, depositando neles um beijo doce e quente e que rapidamente devolvi. Dou por mim a tocar no rosto dele e a intensificar o beijo que me deu, moldando os meus lábios ao dele, enquanto, deslizo a minha mão pelo rosto dele, numa carícia tão natural como o respirar, mas que acontecia pela primeira vez, apesar da nossa imensa cumplicidade. - David... - Digo, entre suspiros e com a respiração demasiado ofegante.

- My lady... - Diz-me e deixo-me levar naquele beijo que me envolve e me tolda os sentidos. E numa dança lenta os lábios dele entreabrem os meus, deixando que a sua língua procure a minha.

- Frio ou quente? - Pergunto, sabendo perfeitamente as altas temperaturas que emanam dos nossos corpos.

E por instantes travo o beijo intenso que nos consumia e vejo-o contemplar-me, no meio da escuridão, olhar em volta e devolver-me um olhar quase incandescente. Volta-se para o meu pescoço e desliza a língua até chegar ao tecido do meu soutien e nesse momento, desinibidamente, baixo um pouco mais as alças deste, deixando cada uma das minhas mamas à vista dele.

- Lembras-te quando tomávamos banho nus, quando éramos mais pequenos David? - Perguntei inocentemente, fazendo-o recuar no tempo em que ele olhava para mim com a mesma intensidade.

- Lembro-me sim, mas também me lembro de uns anos mais tarde, espreitar pela janela do quarto de banho enquanto tomavas banho. - Confessou-me.

- David e que idade tínhamos quando isso aconteceu? - Perguntei curiosa.

Ele parou por uns momentos para se tentar lembrar e achei curioso, pois estava também a recordar.

- Talvez 15 ou 16 anos. - Disse-me, perdido no tempo.

- E que viste tu? Conta-me. - Perguntei, é que estou a ficar mais quente...

- Via-te a passar o sabonete pelo corpo...e a água a escorrer... - E parou, por breves instantes.

- E que sentiste? - Perguntei, querendo saber mais, ouvir mais.

E nesse momento vejo-o descer as cuecas, exibindo o caralho duro, tão diferente do que me lembro quando era mais pequena e brincávamos juntos.

- Queres que te mostre o que senti quando te vi nua...várias vezes...que te espreitei sem perceberes? - Perguntou, sabendo a minha resposta.

- Quero...diz-me... - E vejo-o tocar no caralho e começar a masturbar-se enquanto os lábios dele voltam a repousar numa das minhas mamas, lambendo o mamilo endurecido pelo toque... - Tocavas-te a ver-me? - Pergunto, querendo saber mais...

- Sempre e às vezes mais que uma vez. - Confessou, não deixando de continuar a tocar-se.

- Nunca me disseste... - Disse lamentando não ter sabido.

- Não sei se irias entender, gostar...não sei, achei que se o fizesse, deixarias de me falar, impedirias que te visse.... - Acabou por dizer.

- É bom? - Perguntei, sem saber de facto o prazer daquele toque.

- Tão bom...já experimentaste tocar-te, quando estás sozinha? - Perguntou-me.

- Não...ensina-me. - Pedi, sem saber exatamente o que estava a pedir, mas ciente que ia gostar de sentir.

E nesse momento, deitou-se ao meu lado, e disse-me:

- Baixa as cuecas e toca-te. Onde sentires que o toque te deixa mais quente, continua...explora...descobre...sem pressa... - Respondeu-me e fiz o que me sugeriu, ficando a olhar para ele, a vê-lo ter numa das mãos aquele caralho duro, a deslizar, molhado na ponta.

- Gosto de te observar...a...

- Toca-te...eu também vou gostar de ver...

E nesse momento abri ligeiramente as minhas pernas e levei instintivamente uma das minhas mãos aos lábios da cona, que senti molhados...e deslizei os dedos uma e outra vez por eles, gemendo, sem qualquer vergonha ou pudor.

- É...é...bom....e... - Quando um dos dedos desliza pelo meio dos lábios, sinto um desabrochar, como se o meu clitóris fosse uma flor a abrir e repito instintivamente o movimento... - Hmmmm... - E sem me conseguir conter, levo uma das mãos a uma das mamas e aperto, afagando levemente o mamilo endurecido, na mesma intensidade com que esfrego aquele ponto no meio dos meus lábios...e que me faz ficar mais e mais molhada. Os meus gemidos e a minha respiração descontrolada, juntamente com a imagem de David a tocar-se, enquanto me observa, faz-me querer mais. - David, eu quero... - E fecho os olhos quando um dos meus dedos desliza bem devagar para dentro da minha cona...e quando isso acontece o meu corpo cede a um prazer desconhecido, nunca experimentado...e as estrelas acompanham-me neste descontrolo...e quando olho para o lado, vejo David ainda a tocar-se e a olhar-me...um olhar felino, de predador e nesse momento vira-se de costas para mim.

- My lord... - Chamo por ele, docemente. - Eu quero ver...tudo...

- Não sei se consigo...

E nesse momento, sou obrigada a fazê-lo recuar no tempo e faço-o voltar-se para mim e peço para me imagina-me no banho, a passar o sabonete no meu corpo e nesse momento ele grita, descontroladamente, e vem-se, com tal intensidade, que quase receio ter sido ouvido. Mas apenas ouço o relinchar do Lord no andar de baixo e um silêncio sepulcral em nosso redor, depois daquele grito. Pouco depois consigo já consigo ouvir outros sons, o de uma coruja e o som que o vento vai emitindo ao passar pelas árvores em redor da casa.

Deixamo-nos ficar assim durante algum tempo a olhar as estrelas...a lua...e olho para ele, que ao mesmo tempo me devolve o olhar.

- E agora? - Pergunto eu.

- Devíamos ir embora. A tua mãe, a esta altura deve estar à tua procura. - Diz ele tentando que ambos voltássemos à realidade.

- Vou, vamos...mas amanhã quando tomar banho, quero que tu me espreites como fazias...quero ver-te...quero que me vejas...quero que te toques e quero...

-...Deixar-me louco my lady.... - Conclui.

- Também... - E pouco depois daquele momento, saímos os dois dali em direção à casa dele.

E junto ao cavalo, quando preparava para o montar, ele puxa-me para ele e pergunta-me.

- Promete que quando fores para casa, vais mais devagar e vais-te roçar no selim do cavalo... - Disse, dando-me um beijo nos lábios.

- Vou gostar? - Perguntei, percebendo a sugestão dele.

- Vais-te vir...e vais lembrar-te de mim...pois um dia serão os meus dedos a dar-te esse prazer.

- Leva-me a casa. - Pedi. Queria aquilo...queria aquele prazer...

- Não my lady...não hoje...

- Amanhã aguardo-te...do lado de fora da janela. - E desapareço a galope, abrandando o movimento, para sentir o prazer que ele me prometera que eu iria experimentar...e quando cheguei a casa, com as faces todas ruborizadas.

- Anaaaa. Chega aqui imediatamente. - Ouço a minha mãe reclamar.

- Mãe, devo estar doente....estou tão quente. Fui ver o Lord e adormeci ao lado dele. Acho que apanhei frio. - Menti.

- Oh Ana...vai deitar-te minha filha. Queres que peça à Maria para te ir ajudar no banho? - Perguntou.

- Não, mãe. Tomo banho amanhã, estou demasiado cansada e dói-me o corpo. - Disse afastando-me dali e subindo em direção ao meu quarto e que ficava no outro extremo da casa.

Lembro-me de nessa noite apenas ter adormecido com o mesmo toque dos dedos na minha cona, com o leve roçar dos dedos no fino tecido da camisa de noite por cima dos mamilos e de fazer deslizar o meu dedo, repetidamente, para dentro da minha cona, uma e outra vez, perdendo a conta ao prazer que consegui atingir...e adormeci...por fim...


Acordei já com o sol a entrar pelas janelas do meu quarto e com a Maria a entrar lentamente, aproximando-se com o meu pequeno almoço. Pousou o tabuleiro na mesa perto da janela e foi dispondo tudo, até se aproximar da cama.

- Bom dia menina Ana. Já servi o pequeno almoço, precisa de mais alguma coisa? – Perguntou-me.

- Não Maria, obrigada. Vou levantar-me. – E quando a vejo dirigir-se à porta, destapo-me e percebo que adormeci, sem as cuecas com que me deitara. Sorri perversamente, pois sabia exatamente como tinha adormecido e levei um dos dedos ao nariz e rapidamente me apercebi do odor que neles ainda estava impregnado. E não me demoro a procurar, no meio dos lençóis, as cuecas que perdi, encontrando-as pouco depois...repetindo o gesto de há momentos...levando-as ao meu rosto, inalando o meu perfume misturado com um odor diferente: o resultado do meu prazer.

Ergui-me e dirigi-me à janela, abrindo-a, só me sentando depois para saborear o meu pequeno almoço e que devorei num ápice tal era a fome que tinha. Só nesse momento me lembrei que na noite anterior não tinha sequer jantado.

E pouco antes de sair do meu quarto, escolhi umas calças de outra cor, desta vez optei por umas de cor castanha e optei por uma blusa nos mesmos tons, mas mais claros, não esquecendo as botas e o casaco de pelo, já a pensar numa hipotética saída a cavalo. Abri a gaveta da roupa interior e pela primeira vez, hesitei na escolha da roupa interior, no entanto acabei por não fugir das minhas preferências...tecido rendado, transparente e em tons bege. Saí do quarto, desejando não me cruzar com a mãe, que devia andar pela casa a ver com que se ocupar.

- Bom dia Ana, como se sente hoje? – Perguntou-me, depois de eu ter passado por ela sem sequer a ter visto.

- Bom dia mãe. Estou um pouco melhor, a precisar de um banho quente e acho que ficarei melhor depois. – Digo a verdade. – Obrigada pelo pequeno almoço, estava fabuloso. – Disse sabendo que estes elogios aliviavam a tensão e desviavam as atenções para outra coisa que não eu. E resultou pois deixou-me prosseguir o meu caminho em direção à casa de banho.

Já no andar de baixo, entrei na casa de banho, fechando a porta atrás de mim e pousando as roupas na cadeira próxima da porta. E o primeiro instinto que tive foi de me aproximar da janela e abri-la para confirmar se o David já tinha chegado. E quase gritei quando, ao abrir a janela, ele me surpreende com uma flor. Aceitei a flor, mas nada lhe disse...pois ainda estava a recuperar do susto que ele me pregara. Virei costas e pousei a flor no meu toucador, mas quase ao mesmo tempo, dirigi-me à porta e fechei-a à chave, pois algo me dizia que ia ser necessário.

-Se alguém aparecer, entra para dentro. Até lá, quero que fiques onde sempre estiveste, do lado de fora... – Eu sei...dito desta forma parecia de uma grande insensibilidade, mas a verdade é que tinha vontade de recriar os mesmos momentos que no passado tinham acontecido e eu não tinha percebido. Queria sentir tudo da mesma forma...e sei que ele tinha percebido isso.

Ele assentiu sem me responder, percebendo as regras do jogo que apesar de não ser novo, tinha regras novas, mas os jogadores, esses apesar de serem os mesmos, não estavam a jogar da mesma maneira...tinham aprendido algo mais...e tinham passado a outro nível.

Deixei a água correr até ficar quente e comecei a despir a camisa de noite, deixando-o perceber que tinha dormido sem roupa interior. Ainda de costas, olhei para ele, que estava com o olhar fixo em mim, mas extremamente atento ao que o circundava.

Entrei na banheira e deixei que a água escorresse pelo meu corpo nu, ainda de costas para ele, para depois, lentamente, me aproximar do sabonete de banho e, me virar para ele, com a mesma naturalidade que no dia anterior, quando estivemos juntos no telhado daquele celeiro.

Olhei para ele com a água a escorrer por mim e percebi que algo mudara no seu semblante e ele, num ápice entrara, dentro da casa de banho e fechara a janela, o mais discretamente que conseguiu. Voltei-me de costas, de novo, e tentei conter uma gargalhada...mas deixei o sorriso. Percebi que ele quase fora apanhado...risco e prazer sempre de mãos dadas, definitivamente era o que me movia...

-Estás a rir-te? – Perguntou ele e sinto a voz dele cada vez mais próxima de mim.

Opto pelo silêncio e finjo que ele continua do lado de fora da janela, a olhar para mim e de olhos fechados, viro-me de novo para ele e esfrego o sabonete no corpo, demorando-me nas mamas...endurecendo os mamilos ao toque e já com o corpo coberto de espuma, esfrego-me...toco-me...e abro, nesse momento, os olhos, vendo-o sentado, na parede entre as duas janelas apenas com uma t-shirt no corpo e a tocar-se, maravilhado a observar-me...desta vez consentidamente.

E propositadamente, decido encher a banheira com água e mergulho, ficando quase ao nível dele e repousando a cabeça numa das extremidades...

Nisto, quando olhei para o lado, ele estava quase colado a mim, mas do lado de fora, a ver-me ter o mesmo prazer que tive na noite anterior...a tocar-me...sem vergonha ou pudor, e inesperadamente, a mão dele mergulhou dentro da água quente e começou a tocar a minha pele, subindo pelas minhas pernas...e depois passando o meu ventre, as minhas mamas, até tocar os meus lábios, que molhou, propositadamente.

-Toca-me... – Peço sem medo. E vejo-o olhar para mim, sabendo exatamente o que eu queria...a continuidade do meu toque...

E, sem me responder, entrou dentro da banheira, libertando-se antes da t-shirt que ainda tinha vestida e ficou, por breves instantes a olhar para mim...e deixando-me olhá-lo...observar o caralho duro, imponente a indicar-lhe o caminho...o dele sobre mim...o único possível...

-My lady...

- Sim, my Lord? – Digo abrindo ligeiramente as pernas, num claro convite ao pecado...

da forma mais inocente, incito-o a aproximar-se mais de mim e a mergulhar ligeiramente na mesma água que me banha. Procura os meus lábios, mas desta vez, troca os dedos pelos lábios e beija-me com intensidade, mordiscando propositadamente o meu lábio inferior, que ficou ligeiramente ensanguentado.

- Porque fizeste isso? - Perguntei, sem perceber.

- Doeu? - Perguntou-me, não me respondendo à pergunta.

- Um pouco... - Digo e vejo-o beijar-me de novo e lambendo uma ou outra gota de sangue que tinha derramado, o que me deixa estranhamente excitada. - Fizeste de propósito... - Digo e por breves instantes sorrio, um sorriso perverso, muito meu...mas que ele conhece, há mais tempo do que eu e ele temos noção certamente.


Ele não me responde, mas prolonga o beijo enquanto vai acariciando uma e outra mama, endurecendo cada um dos mamilos com o toque dos dedos, umas vezes de forma mais suave, outra mais intensa, mas que eu gosto. A língua dele provoca, de seguida, a minha enquanto a mão dele desce pelo meu ventre e continua, ultrapassando a fina linha de pelos acima dos lábios da minha cona e para, por breves momentos. Os nossos rostos ficam a milímetros um do outro, de olhar fixo um no outro. Ele hesita em prosseguir e sou eu que pego na mão dele e, sem dizer, uma palavra, levo-a até aos lábios da minha cona, por onde passo os dedos dele. Os olhos dele descem ligeiramente até onde os dedos dele se começam a perder, comandados por mim e, nesse momento, largo a mão dele e deito a minha cabeça na borda da banheira, saboreando o toque que ele imprime no meu corpo, como se o conhecesse desde sempre.


O movimento da água, igual à cadência dos dedos dele, o deslizar pelos meus lábios, uma e outra vez, até se centrarem no meu clitóris. E o olhar dele volta a subir por mim, como uma carícia que me incendeia o corpo todo e repousa nos meus olhos...no que lhe devolvo...e a minha respiração acelera mais, o ritmo cardíaco também e as minhas faces ruborizam. Sinto-me em chamas e levo a minha mão à boca para tentar silenciar os gemidos quando um dos dedos dele entra na minha cona...entrando e saindo...entrando e saindo...movendo a água em volta...revolvendo-a...até eu morder os meus dedos quando me venho com o toque dele.

- Daviiiiiid...

- Ana...

- Aproxima-te de mim...quero...tocar-te... - Digo eu, puxando-o para mim.

Ele nada disse, limitou-se a aproximar-se de mim lentamente, com o caralho apontado a mim, duro, molhado pela água e levo uma das mãos ao ventre dele, tocando-o...com a mesma cumplicidade que sempre nos ligou, desde pequenos. E o meu olhar sobe até aos olhos dele quando toco no caralho dele e o faço deslizar na minha mão, imitando o gesto dele, mas com uma cadência diferente...a minha...a que ele desconhece.

- Hmmm....Ana.... - Ouço os gemidos dele e nesse momento apetece-me fazer algo diferente...apetece-me levar o caralho dele à boca e sem hesitar, desencosto-me da borda da banheira e coloco-me de joelhos, começando a lamber o caralho molhado pela água, mas misturado com um leve sabor a sal.

- Menina Ana. - Ouço a Maria do lado de fora da porta a chamar por mim. - Está tudo bem? - Perguntou ela, provavelmente por eu estar a demorar mais tempo que o habitual.

- Está tudo bem Maria. Estou ainda dentro de água, mas daqui a nada saio. - Disse e percebi que ele ficou atrapalhado, mas quando percebeu que eu ignorei a pressão da empregada, entregou-se de novo ao prazer que a minha boca lhe estava a dar.

- My lady...my lady...é melhor parar... - Diz ele e percebo que vai vir-se, mas tentando travar-me...

- My Lord, devia saber que não deixo nada a meio. - Digo e continuo a chupá-lo, a lambê-lo, com maior intensidade, a seguir o meu instinto e a saborear cada centímetro do caralho dele, até sentir o esperma dele na minha boca, e que a seguir deixo propositadamente escorrer pelo meu corpo.

Pouco depois e já ligeiramente recomposto do orgasmo, ele desce sobre mim e coloca-se de joelhos, ao mesmo nível que eu, segurando o meu rosto com as duas mãos e olhando-me fixamente.

- Ana...my lady...

- My lord...está na hora de ir embora, pois não posso ficar aqui fechada mais tempo. -Respondo com a verdade.

- Leva esta manta contigo...mais logo vamos precisar. - E sem dizer nada ele percebeu tudo. E tão depressa o vejo diante de mim a roubar-me um beijo de despedida, como me vejo de novo só, a desejar que as horas passem depressa, para o poder voltar a tocar de novo.

Desta vez não fui a cavalo ter com ele, pois iria atrair demasiada atenção sobre mim. Optei por vestir algo mais formal, mais adequado e saí assim que escureceu e quando vi que a mãe estava entretida com os seus bordados, no entanto antes tive o cuidado de dizer que já me sentia bem melhor e que me ia deitar. Desta forma, tinha a certeza que só de manhã a Maria iria ao meu quarto.

Saí silenciosa e rapidamente, percorrendo o caminho que no dia anterior fizera na companhia do Lord, o meu cavalo negro. Estava escuro e eu, estupidamente, nem sequer tinha levado comigo uma lanterna para iluminar o meu caminho, o que tinha sido, no mínimo imprudente dada a hora tardia. A minha sorte foi estar uma noite estrelada e a lua ser o meu farol, de outra forma tinha-me perdido ou mesmo magoado, mas sei que o que pesara para me ter esquecido desse detalhe fora a minha necessidade de passar despercebida quando saí de casa. O desejo de sair de casa e ver o David de novo ultrapassara o meu habitual bom senso. Ainda pensei voltar atrás algumas vezes e até teria sido mais fácil, mas já era tarde demais para isso e eu nunca fui de recuar, em nenhuma circunstância na minha vida, por isso não seria agora que iria suceder.

Cerca de 10 minutos depois de caminhar praticamente, guiada pelo instinto e pelas estrelas, vejo as primeiras luzes das casas e percorro, o mais silenciosamente que consigo o caminho, que no dia anterior também percorri, com a diferença de ter o Lord ao meu lado.

Bati à porta e algum tempo depois apareceu uma mulher, que deveria ter sensivelmente a mesma idade que eu, e que me disse que o David tinha saído para ajudar um amigo. Agradeci e saí dali, com vontade de fazer o percurso inverso, com receio que ele se pudesse ter esquecido do que tínhamos combinado, mas algo me dizia que ele estaria à minha espera. Sentia-me perdida e ao mesmo tempo com o sangue a ferver….de desejo, de medo, tudo misturado. Dei alguns passos na direção do celeiro onde tinha estado com ele na noite anterior e entrei a medo, quase tateando a minha entrada.

- David… - Chamei e não demorou muito e senti alguém atrás de mim, a cobrir os meus olhos com um lenço, mas sem se fazer anunciar. Reconhecia o perfume dele…mas fizera questão de se manter em silêncio e foi assim, em silêncio, que me guiou pela escadaria que no dia anterior tínhamos subido. Quando chegamos ao topo, obrigou-me a sentar e a aguardar…

Aquela espera desesperava-me, mas ao mesmo tempo obrigou-me a apurar os meus sentidos.

E não tardou muito que se sentasse atrás de mim, aquecendo o meu corpo com o dele, obrigando-me a deitar a cabeça no ombro dele e retirando-me a venda apenas nesse instante. Mantive-me exatamente no mesmo local, deixando-o guiar-me, por caminhos que eu ainda não conhecia.

- Tu sabes que eu adoro ver as estrelas contigo. – Digo e quase simultaneamente sinto os lábios dele percorrem o meu pescoço. – Hmmmm. – E nesse instante sinto-o aproximar-se mais ainda de mim, juntando o corpo dele ao meu corpo, roçando-se em mim, e dando-me a sentir o volume da ereção que as calças que trazia escondiam.

- Como tu me deixas. – As primeiras palavras que o ouço dizer-me, enquanto se vai roçando mais em mim.

E nesse momento, desço as alças do meu vestido e deixo-o perceber que estou sem soutien.

- Vieste assim ter comigo? – Perguntou num misto de choque e excitação.

- Apeteceu-me, fiz mal? – Perguntei-lhe, numa clara provocação, quando já tinha o vestido descido até à cintura.

- Ana…eu não sou de ferro….e... – Diz enquanto sinto uma das mãos dele percorrer-me, numa leve carícia pelo meu corpo enquanto a outra acariciava uma das minhas mamas.

E ignoro o que me diz, pois é a voz da razão e do bom senso a tentar imperar sobre a minha sensibilidade e desejo....e não é de todo a voz dele que quero ouvir.

Liberto-me do vestido e fico nua, percebendo que ele ainda continua completamente vestido, mas nisto, liberto-me das mãos dele e ergo-me, virando-me de frente para ele, mas permanecendo de pé, nua, iluminada pela lua e pelas estrelas, aguardando pelo próximo passo: o dele. E num ápice, vejo-o despir-se e ainda sentado, puxa-me para ele, abrindo-me ligeiramente as minhas pernas, para, sem aviso prévio, começar a lamber-me os lábios da cona, pela primeira vez, enquanto um dos dedos acompanha os movimentos da língua em mim, numa dança que eu já reconheço, que gosto...e que me dá tanto prazer.

E não tarda muito e deita-me sobre a manta que eu lhe tinha dado, ainda nesse dia, e continua a tocar-me, fazendo-me contorcer de prazer pouco depois, num orgasmo tão intenso, que faz estremecer todo o meu corpo, quase perder os sentidos, tal foi a intensidade. E após recuperar ligeiramente o fôlego, vejo-o cobrir o meu corpo com o dele, fixar o meu olhar, começando a roçar o caralho nos lábios da minha cona, lentamente...lentamente, mas numa cadência que me faz gemer de prazer, ainda antes de o sentir em mim.

- My lady… - E a respiração ofegante dele, misturada com o perfume, com o som de uma ou outra ave noctívaga, misturam-se com a minha…

- Por favor. – Peço, imploro-lhe por mais...

- Tu não sabes o que estás a pedir-me. – Diz ele, tentando ainda racionalizar o que já não tinha retorno.

- David…eu quero o mesmo que tu…

- Ana… - E nesse momento, ao dizer o nome dele, o meu corpo cede-lhe a passagem…e lenta, mas vigorosamente sinto o caralho dele entrar na minha cona, deslizar por ela dentro, rasgando-me delicadamente e fazendo-me gemer…num misto de dor e de prazer… - Queres que pare? – Pergunta-me ele cautelosamente quando percebe que é a primeira vez.

- Se o fizeres, não voltas a ver-me. – Digo, convicta do que quero. – Quero…que continues... - Digo, sem medo...

E começamos a fazer amor iluminados pela lua, rodeados pelas estrelas e com a noite como pano da fundo. E repetimos…uma e outra vez…até eu perder a conta ao prazer e ao tempo.

No fim, lembro-me de ficarmos enrolados naquela manta, nus e de novo fundidos um no outro e minha vontade era ficar ali o resto da noite com ele, mas ambos sabíamos ser impossível.

- Tenho de regressar a casa. – Digo e ele prontamente se oferece para me acompanhar, depois de cobrir o meu corpo com beijos e uma carícia de cima abaixo.

- Estás bem? Sentes-te bem? – Pergunta-me, quando finalmente chegamos ao portão de casa, depois de percorrermos o caminho que eu anteriormente fizera sozinha.

- Sim. Sinto-me… - E não digo “tua”…não termino, propositadamente a frase, porque não é preciso, porque ele sabe-me de cor, conhece-me bem demais para saber a ligação que temos e sabe, com toda a certeza o que sinto...o quanto significou...o quanto nos ligou...

E o silêncio tomou conta do espaço entre nós, até ele me puxar para ele.

- Sinto-me tão teu…e sinto-te tão minha - E beija-me quando se despede, vendo-me caminhar na direção oposta à dele, mas em silêncio.

- Ana?! – Chama por mim. – Não me dizes nada?


Volto-me e mando-lhe um beijo, quase uma provocação para a intensidade do que se viveu....do que se sentiu...do que ficou.

- Tu sabes tudo…sabes tudo o que eu poderia dizer-te David.

- Sei? – Perguntou, parecendo-me inseguro, mas era algo mais...ele queria ouvir-me...

- Sabes tudo e amanhã... - E continuei. - Amanhã convido-te para tomares o pequeno almoço comigo e depois um banho, bem quente… - Digo afastando-me dele.

- Vou-te…vou-te... - Diz e fica em suspenso o que ele ia dizer, mas que eu concluo, com prazer.

- Eu sei, vais-me foder de novo…e é isso que eu quero e preciso…


FIM


 
 
 

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