O CLUBE SECRETO
- Eva Ribeiro
- 13 de jul. de 2023
- 16 min de leitura

Aquela não seria uma aula tradicional de natação, de hidroginástica ou qualquer outra atividade aquática, seria uma aula de iniciação a novos membros naquele clube de que não se ouvia nunca falar, porque era secreto, tão secreto que eu jamais ouvira alguém falar nele ou conhecer a sua. Um clube secreto, organizado por alguém que eu jamais ia conhecer e frequentado por membros que eu nunca vira, apenas com um propósito: sexo, prazer, nas suas mais variadas formas.
E tudo começou com uma casualidade, a vinda de um amigo, não muito próximo e que passou pela cidade. E, no meio de uma conversa trivial, ele falou-me destes encontros, confessou-me que assumiam muitas formas e decorriam em lugares distintos de cada vez que aconteciam. Fiquei intrigada, curiosa e ele partilhou comigo a mensagem que me permitiria ter acesso ao clube.
"Red 112", vi escrito no visor do meu telemóvel, após ele me ter enviado a mensagem.
Fiquei a olhar para a mensagem que ele me mandou e perguntei-lhe:
- "Red 112". O que é isto? Algum nickname, código de entrada? Vais ter de me contar tudo.. - Disse eu com toda a convicção que sempre me caracterizou.
E nova mensagem chegou, desta vez com um número de telefone. Preparava-me para fazer mais perguntas quando o Ricardo me travou.
- Chiu...fala mais baixo. Eu explico... - Disse ele olhando em redor, como que temendo que alguém nos ouvisse. - Terás de ligar primeiro para esse número e quando te perguntarem pelo nome e pelo código, vais dizer o que te mandei na mensagem anterior. A partir desse momento ficam com o teu número e associado ao nome e ao código.
- Só isso? - Perguntei ainda mais intrigada.
- No dia anterior ao encontro... - Continuou ele. - Vão mandar-te uma mensagem com a morada e o dress code, se houver um.... - Contou, esperando a minha reacção.
- Gosto... - Disse já a tentar imaginar como seria. - Por ser secreto...não ir ninguém que eu conheça, por não saber o que me espera....mas diz-me, tu vais? - Perguntei, sem saber que resposta queria ouvir.
- Antes de te responder preciso de saber se te sentirias à vontade com a minha presença, ou se por outro lado preferias estar sem ninguém conhecido por perto. - Disse, deixando-me a pensar.
- Hmmm...acho que preferia saber qual o teu desejo, afinal tu és mais experiente neste tipo de encontros, eu não....já estiveste e viste muitos rostos, muitos corpos, conhecidos e desconhecidos....o que te apetece Ricardo? - Perguntei, sabendo a resposta que queria ouvir e que ele iria dar.
- Pondo as coisas nesses termos, a minha resposta só pode ser uma: ir. - Disse, precisamente o que eu esperava ouvir.
- E porquê? - Perguntei talvez sabendo também qual seria a resposta também.
- Tenho o mesmo desejo que tu, mas por outro lado, apetece-me cruzar aquele limite....
- Qual limite? - Perguntei já quase sussurrando.
- Saber que és tu, saberes que sou eu...e desejar, desejares....
Fiquei surpresa com a frontalidade dele. Aliás estava à espera que se esquivasse de me dizer, ou que me desse uma resposta ambígua, mas a forma como me disse que me desejava deixou-me um pouco atónita.
- Maria, o encontro é já amanhã. Vens comigo ou preferes ir sozinha? - Perguntou-me.
Por momentos bloqueei. Era demasiada informação para processar.
- Vamos juntos, claro. Vou dar-te a minha morada para me ires buscar. Pode ser? - Perguntei recuperando algum do controlo perdido naquela conversa.
- Antes de qualquer coisa, liga para o número que te dei. Precisas de confirmar a tua ida, pois sem isso não podes entrar. - Aconselhou.
- E tu já fizeste isso? - Perguntei-lhe, já quase esperando a resposta.
- Sim.
- Eu já volto. - Disse-lhe, preparando-me para sair por momentos do café e fazer o telefonema. O Ricardo percebeu e aguardou por mim. E só me lembro de estar a tremer, não de medo, mas a tremer face a algo que ainda não sabia qualificar.
Quando voltei a entrar dentro do café o Ricardo olhava para mim, tentando decifrar-me sem fazer qualquer pergunta.
- Passas em minha casa às 22h amanhã, pode ser? - Perguntei eu.
- Sim claro, mas primeiro tens de me dar a tua morada. - Acenei afirmativamente e quase simultaneamente lhe mandei a morada. - E já sabes o que vestir?
- Sim, vou seguir à risca o dress code e tu?
- Também, por isso irei a condizer contigo. - Respondeu-me.
A conversa entre nós não se alongou muito mais pois a tensão sexual criada por toda a nossa conversa acabou por determinar o seu fim. Despedimo-nos pouco depois, cientes que o dia seguinte seria um dia diferente de todos os outros e com a certeza de outra coisa, iria deixar marcas, não sabíamos bem era quais seriam.
Foi a meio da tarde do dia seguinte que recebi a mensagem a indicar apenas uma morada. Sabia do que se tratava, mas a partir desse momento todos os esforços que tinha feito durante o dia para me manter ocupada e desligada da tensão sexual do que me aguardava caíram por terra. E entre preparativos, banho, roupa, cabelo, adereços, o tempo vai passando. Perto das 22h00 o meu telefone dá sinal de mensagem. Olho o visor e percebo que é o Ricardo a dizer que chegou e me aguarda.
Olho pela última vez ao espelho. Vestido preto acetinado de alças, cravejado de brilhantes e ligeiramente justo no peito, onde o decote proeminente lhe dava o devido destaque, caindo depois sobre o corpo até meio das pernas. Não era um vestido demasiado curto, nem demasiado comprido, mas tinha o tamanho certo para salientar as minhas pernas bem torneadas e bronzeadas pelo sol daquele verão. Um colar singelo com um pendente estava no meu pescoço, terminando um pouco mais abaixo e brincos a condizer. As sandálias, essas eram de salto alto e prateadas, combinando na perfeição com a echarpe acetinada e da mesma cor e com uma pequena carteira onde guardei o mínimo de coisas necessárias para aquela noite: maquilhagem, cartões de identificação e bancário e, claro, preservativos, estes últimos achei que não iriam ser precisos, mas achei que era melhor estar precavida. Quando fechei a carteira e olhei para a minha imagem refletida no espelho, tive a certeza de que esta seria uma viagem sem regresso, mas que a queria fazer.
E ali estava o Ricardo à minha espera, no seu carro desportivo, último modelo provavelmente e que saiu do carro mal me viu aproximar do carro.
- Boa noite Ricardo. - Disse quando ele me alcançou para me abrir a porta do carro.
- Estás tão bonita! - Disse da forma mais simples possível e a única que me poderia impressionar.
- Sempre vieste a condizer comigo. - Disse retribuindo desta forma o elogio que ele lhe tinha dirigido antes.
- Obrigada Maria. - E ao passar por ele senti o perfume dele. Um perfume fresco e que nos prende em segundos, felizmente, o meu nervosismo naquele momento deu-me forças para me concentrar no que se seguiria. E assim prosseguimos rumo a um destino incerto.
Certamente se lhe perguntasse como seriam estes encontros, provavelmente ele iria contar-me, mas eu até nem queria saber, afinal a surpresa de não saber o que me esperava estava a ser o afrodisíaco mais poderoso que tinha experimentado.
Pouco falamos durante o trajeto até ao local, mas percebi que estávamos a chegar pois ele abrandou quando nos aproximamos de um portão. Olhou para mim e perguntou-me, com toda a calma do mundo:
- Tens a certeza?
Eu sabia lá. Sabia lá o que me esperava, só sei que o marasmo em que me encontrava não era suficiente. Precisava de um desafio, de algo que me fizesse sentir, algo mais.
- Sim, tenho. - Disse convicta do que queria.
- Bem-vinda a um mundo novo. - Disse e pouco depois o portão abriu-se.
Fiquei petrificada, quase colada ao assento. Dentro do portão, uma vivenda moderna ocupava a propriedade, com jardins em redor e alguns carros estacionados, mais de uma dezena. E atrás de nós o portão voltara a abrir-se e vi outro carro a entrar.
- Bem, não estamos sós nisto. - Disse-lhe constando algo que era óbvio mas queria dizer tanto ou mais do que eu conseguia.
- Não, não estamos. Prosseguimos?
- Vamos. - Disse eu com a adrenalina a percorrer-me o corpo e a fazer-me sair do carro com a certeza de querer ir e talvez não voltar.
Tocamos à campainha. Pouco depois uma mulher em lingerie abriu-nos a porta e convidou-nos a entrar.
- Boa noite. - Disse ela sedutoramente.
- Boa noite. - Dissemos quase em simultâneo.
- Estejam à vontade. - Disse apontando para o interior da casa, dando-nos permissão para poder percorrer cada recanto livremente.
Nesse momento, instintivamente, procurei a mão dele e entrelacei os meus dedos nos dele. Não sei o que me levou a ter este gesto, mas de alguma forma disse-lhe o que jamais conseguia transmitir-lhe por palavras.
Percorremos toda a casa, encontrando homens e mulheres sensualmente vestidos, nos recantos por onde íamos passando. Reparei no pormenor de toda a iluminação ser em enormes candelabros que iam aparecendo no nosso caminho, dando ao ambiente o glamour e a cor certa.
A dada altura descemos ao andar de baixo e entramos num enorme openspace, com uma piscina, relativamente grande no centro, que me parecia aquecida pelo calor que se sentia naquele espaço e quatro jacuzis em cada um dos cantos da sala. Tal como no andar de cima da casa, a luz das velas predominava, mas desta vez não em candelabros, mas em candeeiros pendurados nas paredes de toda a divisão e havia uma música, não uma música qualquer, uma melodia que nos envolvia e aquecia.
Nesse momento e não sabendo exatamente o que me esperava, comecei a ficar excitada com todo aquele ambiente e mais ainda quando percebi que, lentamente os convidados começaram a reunir-se neste espaço, na expectativa de algo.
- Boa noite a todos. - Ouço e viro-me para trás e percebo que quem falou foi um homem com uma máscara no rosto, diferente de todos os outros que tinham o rosto descoberto. - É um prazer receber-vos em mais um dos nossos encontros e perceber que há rostos familiares e outros novos. - Disse e senti os olhos dele e de outros cravarem-se em mim. Nesse momento o Ricardo apertou a minha mão e segurei-a com a mesma intensidade. - Esta noite teremos um ritual sexual diferente.
- Ricardo. - Sussurrei ao ouvido dele. - Se te disser que estou excitada, acharias normal?
Ele olhou para mim. E devolveu o sussurro:
- Não te convidei por acaso. - Disse-me ele com um ar perverso.
- Esta noite, o elemento água será predominante. – E parou estrategicamente antes de prosseguir com a mesma imponência no discurso. – O acaso será o outro. Sei que a maioria está habituada a ver e poder escolher, mas esta noite...eu quero caos. Quero que nenhum dos presentes saiba o que lhe espera e as mãos que lhe podem tocar. Estas serão as regras do jogo. Pedia a todos os que não estão de acordo com as regras desta noite, de se ausentarem neste momento. – E aguardou algum tempo.
Durante esse tempo o Ricardo olhou para mim à espera de um sinal que lhe desse a resposta. E a resposta obteve quando me viu trincar o lábio em sinal de aprovação. Curiosamente houve meia dúzia de pessoas que se ausentaram, mas as que ficaram eram as que tinham aceite as regras do jogo.
- Pedia a todos os homens que fossem até ao andar de cima, se despissem e apenas descessem quando ouvirem o meu sinal. – E voltou a aguardar. Nesse momento os homens, cerca de uns vinte ou talvez um pouco mais, subiram a escadaria da casa e desapareceram da nossa vista. – Muito bem minhas senhoras. – Disse desta vez dirigindo-se apenas às mulheres. - Vou pedir que vocês também se dispam, ficando apenas em cuecas e permaneçam dentro dos jacuzzis, espalhados por esta sala e lá se deixem ficar.
Comecei a despir-me bem devagar, tentando não ser a primeira a ficar em cuecas. E o vestido foi a primeira peça de roupa que tirei, deixando-me ficar algum tempo de saltos altos e lingerie. Olhei em redor, curiosa, e foi os olhos do único homem na sala que reparei estarem fixos em mim. Rapidamente desviei o olhar e contemplei os corpos esculturais de algumas mulheres que tinha perto de mim e já estavam em cuecas. Nesse momento descalcei os saltos altos e de seguida retirei o soutien. Não me virei logo para ele, fi-lo apenas quando a voz dele se fez ouvir.
- Já sabem o que tem de fazer minhas senhoras. - E nisto uma a uma foram entrando dentro dos jacuzzis da sala.
Optei por não as seguir e ir para os mais afastados da sala, tendo sido seguida por mais duas mulheres.
Novo sinal. Desta vez, um som emitido pela música fez com que os homens que estavam no andar de cima começassem a descer lentamente as escadas. Um a um iam aparecendo, entrando na piscina e ocupando as paredes da mesma, preenchendo-a quase na totalidade.
- Minhas senhoras, pedia o favor de uma a uma sair do jacuzzi lentamente e se colocar atrás de um homem. São livres, para já, de escolherem. – E nesse momento uma a uma foi saindo de cada um dos quatro jacuzzis espalhados na sala e ocupando posições aleatórias ou não necessariamente. Eu tinha visto o Ricardo entrar e sabia exatamente onde ele se encontrava e optei por me colocar precisamente atrás do homem que estava em frente a ele. Percebi a expressão carregada dele, sobretudo pela provocação que lhe acabara de fazer e também reparei que a mulher que estava atrás dele era extraordinariamente bonita e as formas arredondadas apeteciam. Estranhamente tinham sobrado duas mulheres e que ficaram perto do homem da máscara.
- Minhas senhoras podem entrar na água. Quero que passem por todos os homens que se encontram dentro da piscina e depois disso voltem a colocar-se junto do mesmo homem que escolheram mas, desta vez, de costas para todos os outros homens.
Entrei dentro de água depois de já algumas o terem feito e percorri a piscina, tocando ao de leve em cada homem que passava, tendo bastado isso para que o meu corpo me denunciasse. Os bicos das minhas mamas começaram a endurecer e sorri, sem qualquer atrapalhação, até encontrar o Ricardo, o olhar dele preso em mim, no meu corpo, e sentir o aroma do perfume dele. Continuei a caminhar dentro de água até encontrar o homem que escolhera, ficando assim de frente para ele e virada de costas para o Ricardo.
- Minhas senhoras vou dar-vos uma venda para colocarem no homem que têm à vossa frente. – Disse, tendo entregue as vendas às mulheres que se encontravam perto de si e indicando-lhes que as distribuíssem pelas mulheres dentro de água.
Depois de receber a minha venda, encostei-me mais ao homem que estava à minha frente e que era bem interessante por sinal, rocei propositadamente o meu corpo por ele e vendei-o de seguida.
– Agora também vocês irão receber uma venda, que deverão colocar. – E aguardei que me fosse entregue, por uma das duas mulheres, a venda e que coloquei sobre o rosto, toldando-me por completo a visão.
- Estão reunidas as condições para o nosso ritual começar. Vou pedir às mulheres para trocarem de posição com os homens e se encostarem à parede da piscina. Senti nas minhas costas a parede da piscina, que não era alta nem baixa, e um pouco abaixo das minhas mamas, a água que agora estava um pouco agitada pelos últimos movimentos.
- E agora meus senhores deixo –vos livres para circularem, no mesmo sentido que as senhoras escolheram. E temos uma nova regra: tem liberdade total. Quanto às senhoras, aplica-se a mesma regra, apenas com a restrição de terem obrigatoriamente de permanecer no mesmo lugar onde se encontram. A mobilidade é dos homens, a entrega é de ambos, se assim o desejarem. E que comece este ritual.
E começou.
- Quero três voltas, pelo menos, antes de poderem escolher...quero caos. Quero que não saibam quem elas são...quero que as sintam e sejam o que não vêem, mas sentem que vos faz escolher. E o resto...o resto deixo nas vossas mãos. – Disse o homem de máscara.
E nesse momento senti, pela agitação da água, que os homens começaram a movimentar-se em redor da piscina, e pouco faltou para sentir a presença física deles à medida que iam passando por mim. Senti um mais próximo, depois outro, mas iam passando...até o meu corpo reagir a um perfume que me era familiar, o do Ricardo. Aquela dança lenta continuou e a minha excitação ficou quase incontrolável.
E terminadas as três voltas, ou algo próximo disso, e digo isto pois ninguém tinha verdadeira noção de quando a volta começava de novo ou acabava pois estávamos todos de olhos vendados e sem qualquer ponto de referência. E a quarta e nova volta recomeça, a derradeira pensei eu, e desta vez os meus sentidos ficam um pouco mais apurados, pois a ânsia de sentir, de absorver tudo acabou por ditar a minha forma de sentir. E nesse momento sinto um homem aproximar-se de mim. Não é o Ricardo, percebo pelo perfume...não é ele. Sinto-o aproximar-se mais de mim e as mãos começam a percorrer o meu corpo. Acaricia ao de leve as minhas mamas, endurecendo os meus de mamilos com o toque ousado com que me toca...primeiro com os dedos, até ser a língua dele que sinto molhar-me cada mamilo alternadamente.
- Hmmmm.... - Digo, tomando a iniciativa de o começar a tocar por cima dos boxers. E quando o faço percebo a ereção que ele exibe e isso deixa-me louca. E mais louca fico quando sinto o perfume do Ricardo perto de nós. Não sei se ele sabe que estou perto, mas eu sei que ele está. E faço o inevitável.
Tento encontrar esse corpo, procuro esse aroma. Não tenho a certeza que é ele, até sentir a mão dele entrelaçar a minha.
Ele aproxima-se de mim e procura os meus lábios, beijando-me com a vontade que tentou travar desde que nos encontramos. Devolvo-lhe o beijo, enquanto me perco com as carícias do homem que está à minha frente e que ainda me fazem perder mais o controlo.
- Trocar. - Diz o homem de máscara, sobressaltando-me. - Agora devem abandonar a mulher que escolheram, sem saberem quem é, e passar à próxima mulher a seguir à vossa escolha. Sem regras, sem limites, está nas vossas mãos explorarem o que o homem anterior começou.
- Ricardo....- Digo num sussurro quando ele se aproxima de mim.
- Schhhh... - Diz ele, dando seguimento à intensidade do toque que o homem que passara à mulher ao meu lado havia iniciado. Não se inibe de me lamber os mamilos demoradamente, mordiscá-los e apertar-me as mamas, excitando-me ainda mais. E quando sinto a ereção por baixo dos boxers, lenta mas vigorosamente começo a tocá-lo por cima deles, até não resistir e baixá-los lentamente. E nesse momento algo inesperado acontece, ele eleva-me e senta-me na beira da piscina e desembaraça-se das minhas cuecas. Reclino-me completamente quando ele me abre as pernas e me começa a lamber os lábios, o clitóris...e os meus gemidos ecoam pela sala. Perco-me com o toque dele em mim e deixo-me ir...ele deixa-me ir até me vir.
Desço pouco depois, ainda ofegante e viro-me de costas para ele, esperando o próximo movimento. A ereção dele tenta-me, junto das nádegas, percorre-me os lábios, torturando-me, prolongando mais o meu e o prazer dele.
- Fode-me. Não aguento mais. - E nesse momento sinto o pénis dele dentro de mim, entrando e saindo ao ritmo certo.
E inesperadamente, sinto alguém sentar-se na beira da piscina onde me encontro apoiada. Percebo tratar-se de outro homem, mas não sei quem é. Será o da máscara? Pergunto-me sabendo que não terei uma resposta e sabendo que o Ricardo nem imagina o novo elemento que se juntou à equação.
Mas a ereção que sinto perto dos meus lábios, faz-me esquecer todas as perguntas e leva-me ao inevitável....a lamber o pénis desse outro homem avidamente, enquanto o Ricardo me fode como sempre o desejou fazer desde que nos conhecemos há 15 anos.
Perco-me naquela montanha russa de sensações. É tudo novo para mim...o espaço...o prazer...o desejo...o secretismo...a luxúria....perco-me de novo e deixo-me simplesmente ir.
Gemidos, suspiros, palavras soltas e lânguidas...e inesperadamente deixo de ter o pénis do homem na minha boca para o sentir entrar dentro de água e colocar-se entre mim e a parede da piscina. E foi nesse derradeiro momento que o Ricardo se apercebeu que havia mais um homem entre nós. Não sabia qual seria a reação dele ao perceber isso, mas rapidamente percebi que o aumento da intensidade do toque dele foi a inevitável consequência. Sucumbi, sem reservas, àquela intensidade, mas pouco depois, interrompi-a, voltando-me lentamente, de frente para Ricardo e de costas para o outro homem. Sabia o que me esperava: o confronto com um desconhecido, mas o que mais me excitava naquele momento era o confronto com aquele conhecido que eu desejava - o Ricardo. Senti as mãos do outro homem começarem a acariciar o meu corpo até alcançarem as minhas nádegas e a fazer o movimento ascendente até alcançarem as minhas mamas. Aquele toque forçou-me a aproximar- me mais de Ricardo e a procurar os lábios dele.
- Porquê? - Perguntou ele.
Sabia o que ele queria saber, mas a minha resposta foi o mais evasiva que consegui dar:
- Porque quero e porque posso. - Mesmo sem o ver, percebi que ele ficou petrificado com a frieza da minha resposta.
E a resposta dele, foi a que eu queria sentir. Primeiro os lábios dele nos meus...a língua dele à procura da minha e quando a encontrou, enrolou a dele na minha, fazendo-me desejar mais, querer mais. E instintivamente, prevendo o movimento que se iria seguir, aproximei-me ainda mais dele....justamente no momento em que comecei a sentir o pénis do outro homem a roçar as minhas nádegas. Com a proximidade de Ricardo propositadamente deixei as minhas mamas roçarem no peito dele, até que ele não ficasse indiferente a este toque e me tocasse. E fê-lo.... primeiro delicadamente para depois o fazer com a intensidade que eu precisava, apertando cada um dos meus mamilos até eu quase gritar de dor, enquanto me beijava e o outro homem me fodia. Depois, não satisfeito, inclinou-se mais sobre mim e para além do toque de cada uma das suas mãos, foi a língua dele que senti percorrer cada centímetro dos meus mamilos, enrijecendo-os ainda mais...
- Ahhhhh - O meu orgasmo foi tão intenso que não consegui evitar um grito de prazer que ecoou pelo espaço à volta e que previsivelmente impulsionou o orgasmo do outro homem. Sem contar sinto o esperma quente dele nas minhas costas e ao fim de algum tempo, percebo que se afasta, deixando-nos sós.
- E agora? - Pergunto eu.
- Agora vou acabar o que comecei. És minha...... - Disse pegando em mim ao colo e encostando-me à parede da piscina.
E saiu o que eu não queria.
- Agora sou.
E começou a foder-me...sem pressa...ao som de música, de gemidos e algumas palavras que já se ouviam aqui e ali...e fui arremetida por novo orgasmo...mais intenso ainda que o anterior. Sem que tivesse qualquer intervenção, colocou-me no chão da piscina e de frente para ele, fez-me apoiar na beira da piscina e elevou as minhas ancas até me começar a foder de novo.
- E agora o derradeiro momento chegou. Estão autorizados a tirar as vossas máscaras. - Disse o homem de máscara.
E ecoaram pela sala vozes de espanto, risos contidos, gemidos...eu não sabia se queria tirar a minha máscara ou não, quando senti a mão do Ricardo retirar a minha venda. Nesse momento, senti-me inexplicavelmente despida...quase vulnerável e olhei em redor... ninguém parecia reparar em nós, em mim ou nele, em mim apenas tinha os olhos do Ricardo cravados...e depois eu nele....
- 15 anos.
Sorri e disse-lhe quase num sussurro.
- Cala-te e fode-me.
E só me lembro de umas horas depois estar a deixar-me à porta de casa, com os sapatos de salto alto pela mão, inebriada e a tresandar a sexo por cada poro.
- Maria. - Disse ele quando me abria a porta para entrar, obrigando-me a parar e a olhar para ele. - Olha. - Disse, voltando-me para ver o nascer do sol e fazendo-me pousar a cabeça no ombro dele.
Tinha sido uma noite memorável e eu não sabia se queria aquele momento...não sabia se queria aquela proximidade.
- Obrigada pela fantástica noite. - Disse-lhe sorrindo perversamente.
- Que me dizes se daqui a um mês vier bater-te à porta de novo ? - Perguntou ele deixando-me sem palavras.
- Vai haver um novo evento? - Perguntei.
- Sim, mas venho antes. - Disse, deixando-me sem saber o que pensar.
- Um mês? Vens antes? Não entendo...- Perguntei e calei-me a seguir.
- Hoje à noite venho buscar-te para jantar. Aceitas o meu convite? - Perguntou-me.
- Não sei. Quais são as tuas intenções? E quero a verdade. - Perguntei-lhe tentando esconder o sorriso.
- As melhores. É um jantar e adoro a tua companhia.
- Está bem vem buscar-me daqui a.... - olhei para o relógio... - daqui a 12 horas.
E nisto beijou-me. Não contava com o beijo dele. Foi rápido e quente.
- Até logo Maria.
- Até logo Ricardo.
FIM
Comments