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- Quero três voltas, pelo menos, antes de poderem escolher...quero caos. Quero que não saibam quem elas são...quero que as sintam e sejam o que não vêem, mas sentem que vos faz escolher. E o resto...o resto deixo nas vossas mãos. – Disse o homem de máscara.
E nesse momento senti, pela agitação da água, que os homens começaram a movimentar-se em redor da piscina, e pouco faltou para sentir a presença física deles à medida que iam passando por mim. Senti um mais próximo, depois outro, mas iam passando...até o meu corpo reagir a um perfume que me era familiar, o do Ricardo. Aquela dança lenta continuou e a minha excitação ficou quase incontrolável.
E terminadas as três voltas, ou algo próximo disso, e digo isto pois ninguém tinha verdadeira noção de quando a volta começava de novo ou acabava pois estávamos todos de olhos vendados e sem qualquer ponto de referência. E a quarta e nova volta recomeça, a derradeira pensei eu, e desta vez os meus sentidos ficam um pouco mais apurados, pois a ânsia de sentir, de absorver tudo acabou por ditar a minha forma de sentir. E nesse momento sinto um homem aproximar-se de mim. Não é o Ricardo, percebo pelo perfume...não é ele. Sinto-o aproximar-se mais de mim e as mãos começam a percorrer o meu corpo. Acaricia ao de leve as minhas mamas, endurecendo os meus de mamilos com o toque ousado com que me toca...primeiro com os dedos, até ser a língua dele que sinto molhar-me cada mamilo alternadamente.
- Hmmmm.... - Digo, tomando a iniciativa de o começar a tocar por cima dos boxers. E quando o faço percebo a ereção que ele exibe e isso deixa-me louca. E mais louca fico quando sinto o perfume do Ricardo perto de nós. Não sei se ele sabe que estou perto, mas eu sei que ele está. E faço o inevitável.
Tento encontrar esse corpo, procuro esse aroma. Não tenho a certeza que é ele, até sentir a mão dele entrelaçar a minha.
Ele aproxima-se de mim e procura os meus lábios, beijando-me com a vontade que tentou travar desde que nos encontramos. Devolvo-lhe o beijo, enquanto me perco com as carícias do homem que está à minha frente e que ainda me fazem perder mais o controlo.
- Trocar. - Diz o homem de máscara, sobressaltando-me. - Agora devem abandonar a mulher que escolheram, sem saberem quem é, e passar à próxima mulher a seguir à vossa escolha. Sem regras, sem limites, está nas vossas mãos explorarem o que o homem anterior começou.
- Ricardo....- Digo num sussurro quando ele se aproxima de mim.
- Schhhh... - Diz ele, dando seguimento à intensidade do toque que o homem que passara à mulher ao meu lado havia iniciado. Não se inibe de me lamber os mamilos demoradamente, mordiscá-los e apertar-me as mamas, excitando-me ainda mais. E quando sinto a ereção por baixo dos boxers, lenta mas vigorosamente começo a tocá-lo por cima deles, até não resistir e baixá-los lentamente. E nesse momento algo inesperado acontece, ele eleva-me e senta-me na beira da piscina e desembaraça-se das minhas cuecas. Reclino-me completamente quando ele me abre as pernas e me começa a lamber os lábios, o clitóris...e os meus gemidos ecoam pela sala. Perco-me com o toque dele em mim e deixo-me ir...ele deixa-me ir até me vir.
Desço pouco depois, ainda ofegante e viro-me de costas para ele, esperando o próximo movimento. A ereção dele tenta-me, junto das nádegas, percorre-me os lábios, torturando-me, prolongando mais o meu e o prazer dele.
- Fode-me. Não aguento mais. - E nesse momento sinto o pénis dele dentro de mim, entrando e saindo ao ritmo certo.
E inesperadamente, sinto alguém sentar-se na beira da piscina onde me encontro apoiada. Percebo tratar-se de outro homem, mas não sei quem é. Será o da máscara? Pergunto-me sabendo que não terei uma resposta e sabendo que o Ricardo nem imagina o novo elemento que se juntou à equação.
Mas a ereção que sinto perto dos meus lábios, faz-me esquecer todas as perguntas e leva-me ao inevitável....a lamber o pénis desse outro homem avidamente, enquanto o Ricardo me fode como sempre o desejou fazer desde que nos conhecemos há 15 anos.
Perco-me naquela montanha russa de sensações. É tudo novo para mim...o espaço...o prazer...o desejo...o secretismo...a luxúria....perco-me de novo e deixo-me simplesmente ir.
Gemidos, suspiros, palavras soltas e lânguidas...e inesperadamente deixo de ter o pénis do homem na minha boca para o sentir entrar dentro de água e colocar-se entre mim e a parede da piscina. E foi nesse derradeiro momento que o Ricardo se apercebeu que havia mais um homem entre nós. Não sabia qual seria a reacção dele ao perceber isso, mas rapidamente percebi que o aumento da intensidade do toque dele foi a inevitável consequência. Sucumbi, sem reservas, àquela intensidade, mas pouco depois, interrompi-a, voltando-me lentamente, de frente para Ricardo e de costas para o outro homem. Sabia o que me esperava: o confronto com um desconhecido, mas o que mais me excitava naquele momento era o confronto com aquele conhecido que eu desejava - o Ricardo. Senti as mãos do outro homem começarem a acariciar o meu corpo até alcançarem as minhas nádegas e a fazer o movimento ascendente até alcançarem as minhas mamas. Aquele toque forçou-me a aproximar- me mais de Ricardo e a procurar os lábios dele.
- Porquê? - Perguntou ele.
Sabia o que ele queria saber, mas a minha resposta foi o mais evasiva que consegui dar:
- Porque quero e porque posso. - Mesmo sem o ver, percebi que ele ficou petrificado com a frieza da minha resposta.
E a resposta dele, foi a que eu queria sentir. Primeiro os lábios dele nos meus...a língua dele à procura da minha e quando a encontrou, enrolou a dele na minha, fazendo-me desejar mais, querer mais. E instintivamente, prevendo o movimento que se iria seguir, aproximei-me ainda mais dele....justamente no momento em que comecei a sentir o pénis do outro homem a roçar as minhas nádegas. Com a proximidade de Ricardo propositadamente deixei as minhas mamas roçarem no peito dele, até que ele não ficasse indiferente a este toque e me tocasse. E fê-lo.... primeiro delicadamente para depois o fazer com a intensidade que eu precisava, apertando cada um dos meus mamilos até eu quase gritar de dor, enquanto me beijava e o outro homem me fodia. Depois, não satisfeito, inclinou-se mais sobre mim e para além do toque de cada uma das suas mãos, foi a língua dele que senti percorrer cada centímetro dos meus mamilos, enrigecendo-os ainda mais...
- Ahhhhh - O meu orgasmo foi tão intenso que não consegui evitar um grito de prazer que ecoou pelo espaço à volta e que previsivelmente impulsionou o orgasmo do outro homem. Sem contar sinto o esperma quente dele nas minhas costas e ao fim de algum tempo, percebo que se afasta, deixando-nos sós.
- E agora? - Pergunto eu.
- Agora vou acabar o que comecei. És minha...... - Disse pegando em mim ao colo e encostando-me à parede da piscina.
E saiu o que eu não queria.
- Agora sou.
E começou a foder-me...sem pressa...ao som de música, de gemidos e algumas palavras que já se ouviam aqui e ali...e fui arremetida por novo orgasmo...mais intenso ainda que o anterior. Sem que tivesse qualquer intervenção, colocou-me no chão da piscina e de frente para ele, fez-me apoiar na beira da piscina e elevou as minhas ancas até me começar a foder de novo.
- E agora o derradeiro momento chegou. Estão autorizados a tirar as vossas máscaras. - Disse o homem de máscara.
E ecoaram pela sala vozes de espanto, risos contidos, gemidos...eu não sabia se queria tirar a minha máscara ou não, quando senti a mão do Ricardo retirar a minha venda. Nesse momento, senti-me inexplicavelmente despida...quase vulnerável e olhei em redor... ninguém parecia reparar em nós, em mim ou nele, em mim apenas tinha os olhos do Ricardo cravados...e depois eu nele....
- 15 anos.
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Sorri e disse-lhe quase num sussurro.
- Cala-te e fode-me.
E só me lembro de umas horas depois estar a deixar-me à porta de casa, com os sapatos de salto alto pela mão, inebriada e a tresandar a sexo por cada poro.
- Maria. - Disse ele quando me abria a porta para entrar, obrigando-me a parar e a olhar para ele. - Olha. - Disse, voltando-me para ver o nascer do sol e fazendo-me pousar a cabeça no ombro dele.
Tinha sido uma noite memorável e eu não sabia se queria aquele momento...não sabia se queria aquela proximidade.
- Obrigada pela fantástica noite. - Disse-lhe sorrindo perversamente.
- Que me dizes se daqui a um mês vier bater-te à porta de novo ? - Perguntou ele deixando-me sem palavras.
- Vai haver um novo evento? - Perguntei.
- Sim, mas venho antes. - Disse, deixando-me sem saber o que pensar.
- Um mês? Vens antes? Não entendo...- Perguntei e calei-me a seguir.
- Hoje à noite venho buscar-te para jantar. Aceitas o meu convite? - Perguntou-me.
- Não sei. Quais são as tuas intenções? E quero a verdade. - Perguntei-lhe tentando esconder o sorriso.
- As melhores. É um jantar e adoro a tua companhia.
- Está bem vem buscar-me daqui a.... - olhei para o relógio... - daqui a 12 horas.
E nisto beijou-me. Não contava com o beijo dele. Foi rápido e quente.
- Até logo Maria.
- Até logo Ricardo.
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