O MEU DIÁRIO

23/08/2023

O bar estava movimentado e sentei-me com dois amigos a beber uma sangria num bar perto da praia. Não estava muito calor, mas a companhia convidava a isso.

Na mesa à esquerda duas mulheres de meia idade saboreavam um cocktail todo colorido e iam tirando fotos. À direita duas mulheres mais novas conversavam entusiasmadamente enquanto também bebiam algo. Reparei logo na que estava mais perto da nossa mesa e se, inicialmente foi o macacão decotado que me chamou à atenção, depois foi o movimento que ela fez para ir buscar algo à carteira. Os meus olhos fixaram o decote e o que ele me permitiu ver. As mamas e os mamilos escuros que sobressaíram durante o tempo que ela esteve curvada na direção da carteira. Demorei-me no olhar porque ela também tardou a encontrar o que procurava, o isqueiro e depois o maço de tabaco.

Fizemos um brinde na mesa, mas o meu olhar continuava fixo na mulher loira da mesa do lado e agora naquilo que o macacão tapava mas, felizmente, não encobria. Ela começou a fumar e até esse gesto tinha algo de gracioso, erótico, tremendamente excitante. Apetecia-me a sangria e o cigarro e eu nem fumo.

Tive vontade de te ligar e dizer para vires ao meu encontro. Queria que a visses e sentisses o que eu estava a sentir. Queria que me tocasses, queria tocar-te, pois sentia o corpo quente e sabia que o teu, com a mesma visão que eu, ficaria igual.

Bebi a sangria mais rapidamente do que o habitual e só consegui sossegar depois, quando te liguei a contar e tu ouviste a minha história.