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O SAL NA NOSSA PELE


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Num banal sábado fui fazer as habituais compras ao supermercado e raramente encontro alguém, primeiro porque vou relativamente cedo fazer compras e segundo porque a minha concentração naquilo que estou a fazer impede-me de reparar, mas ouço alguém chamar por mim.

- Xana – E olho em volta e não vejo ninguém que reconheça e continuo concentrada naquilo que estou a fazer. – Alexandra Isabel. – E desta vez sei que é para mim, pois ninguém tem a ousadia de me chamar pelos meus dois nomes. E pouco depois de me virar vejo uma amiga que já não via há algum tempo aproximar-se de mim. – Olá, desaparecida. – E abraçou-se a mim, quase me deixando sem ar.

- Patrícia. Que bom ver-te. - Digo, depois de ver que tinha mudado ligeiramente de visual. Estava habituada a vê-la com o cabelo arruivado e comprido, exibindo alguns caracóis aqui e ali, mas desta vez, o castanho predominava, mas os olhos claros continuavam a ser a imagem de marca e que juntamente com todas as sardas que eu conhecia lhe davam aquele toque. – Bem me parecia que me chamavam, mas não te via, pois estás com um visual diferente. Gosto. – Elogiei.

- Tu continuas… - E olhou-me de alto a baixo.

- Patrícia…não vais começar… - Disse tentando travar os ímpetos que já conhecia. – Mas porque é que eu só atraio amigas assim? – Pergunto-lhe mas falando para mim.

- Por falar nisso tenho um convite para te fazer. – Disse-me.

- Convite? Ui… - E nesse momento encosto o carrinho das compras e espero que me revele.

- Tu sabes que eu e o Bruno mudámos de casa há pouco tempo e tu ainda não conheces a minha casa. – Disse e parou, durante algum tempo propositadamente.

- Patrícia…estás a convidar-me para ir conhecer a tua nova casa, é isso? – Perguntei um pouco desconfiada.

- Também. – E não adiantou mais.

- Patrícia… - Disse, dando-lhe claramente a entender que tinha percebido a mensagem.

- Apareces ao fim da tarde, bebemos algo e jantas connosco. – Disse com uma simplicidade que, se não fosse dito por ela, facilmente acreditaria…mas aquela proposta era indecente e tanto uma como a outra sabia.

- Liga-me para combinarmos e aproveitas para me dar a tua morada. – Pedi.

- Não te vou ligar…estou a fazer o convite para vires hoje, mas mando-te por mensagem a morada, que me dizes? – Perguntou-me, apanhando-me de surpresa.

- Não resisto aos cocktails dele e a verdade é que estou cheia de saudades tuas. – Digo, tentando dar um ar normal à conversa. - Manda a morada… - E dei-lhe um beijo na cara e quando preparava para lhe dar um beijo na outra face, beijou-me os lábios. – Caramba, tu sabes onde estamos? – Perguntei olhando em volta para ver se alguém tinha reparado.

- Vá, relaxa que ninguém viu. Mando-te a morada daqui a pouco e espero por ti ao fim da tarde.

- Está bem, manda. Vou terminar as compras, pois a seguir quero ver se ainda vou até à praia apanhar sol. – Disse, enquanto me afastava dela.

E deixei de a ver, tentando manter a concentração necessária para acabar as compras. Pouco depois já estava estendida na minha toalha de praia, grande o suficiente, mas não o bastante pois adorava sentir a areia fina nos meus pés, como uma eterna carícia, enquanto o sol aquecia o meu corpo e os meus olhos iam lendo, de página em página, o livro que tinha trazido comigo. Escolhera aquele pequeno espaço, atrás de uma rocha e onde podia, sem dificuldade apenas permanecer com a parte de baixo do biquíni, sem ter olhares indiscretos sobre mim.

E com o meu chapéu e óculos de sol, entrei naquele mundo só meu e que o livro abriu caminho. Mas a dada altura, embalada pelo sol e pela sombra que a rocha me proporcionava, o sono levou a melhor, só despertando quando ouço o telefone tocar. Praguejo sozinha e quando olho o visor do telefone, sorrio quando vejo o nome da Patrícia.

- E eu a achar que só ias mandar uma mensagem. – Disse rindo.

- Nah…tinha de ter a certeza que podia contar contigo. Onde estás? – Perguntou-me.

- Na praia.

- Com o livro perto e deixa-me ver se acerto… - Diz ela conhecendo bem os meus hábitos. - E apenas com a parte de baixo do biquíni…

- Já me conheces. – Disse eu, ciente de que era provavelmente uma das amigas que melhor me conhecia.

- Vou-te mandar a nossa morada espero-te às 18h… - Diz-me e pouco depois de desligar, volto ao livro, mas preciso de me refrescar no mar. E aproximo-me da água, sentando-me numa pequena rocha e deixando que a água me vá gradualmente molhando. E nesse momento nem apercebo que alguém se aproxima de mim e fica também a molhar-se perto de mim. Olho para o lado de soslaio, pois nunca me senti muito confortável com estas aproximações e dou por mim a reparar que não tinha colocado a parte de cima do biquíni. A maré estava baixa e optei por me afastar um pouco dele, entrando mais um pouco dentro de água, até ter a água pela cintura. Esperei por uma pequena onda e mergulhei, sentindo a frescura que estava a precisar. E volto-me para regressar e vejo-o mergulhar na minha direção, vindo à superfície bem perto de mim.

- Fica mais um pouco. – Pediu-me aquele estranho.

E por momentos, dou por mim a olhar em volta e a perceber que a praia está deserta. Mas não é medo que sinto, bem pelo contrário, é atração pelo desconhecido que, reparo nesse momento ser um homem bem mais alto que eu e que me faz olhá-lo até ao limite onde a água lhe dá, um pouco abaixo dos calções de banho.

- Sim, estamos sós. – E dizendo isto dá um passo em direção a mim. – Queres voltar àquela rocha onde te molhavas há pouco? – Pergunta-me simplesmente.

- Desculpa, mas tenho de ir embora. Uns amigos aguardam-me. – Disse-lhe a verdade e ao passar por ele, percebo a ereção que os calções não disfarçam e dou por mim a fechar os olhos e praguejar comigo própria, por hesitar, por querer mais…e acabo por, ao invés de ir para a toalha secar-me, sentar-me na pequena rocha e deixar que a água me continuasse a molhar e a vê-lo percorrer o mesmo caminho que eu tinha feito e ficar simplesmente a olhar-me, a observar as minhas mamas e a ver o meu olhar percorrê-lo e fixar-se na linha dos calções, para depois o observar deleitada tocar-se por cima dos calções, percorrendo com o olhar a linha que o caralho dele duro desenha nos calções molhados e a estender instintivamente a mão e a tocar-lhe primeiro no peito, descendo, passando o ventre bem definido e parando propositadamente na linha dos calções.

- E agora? – Pergunto, olhando-o fixamente, desafiando-o.


Parte II

- Estou nas tuas mãos desde que me aproximei de ti. – Uma verdade que já me é familiar, mas que nem sempre aceito pacificamente.

- Desce os calções… - Peço àquele estranho, sem reservas. E ele baixa –os e deixa-me observar o caralho duro que exibe, mas sem se mexer, aguardando pelo que a seguir antecipa que eu lhe peça. – Toca-te para mim, quero ver…

E sem perguntas, respostas, instala-se um silêncio, apenas interrompido pelo rebentar de uma ou outra onda…o som das gaivotas, que parece estarem a perceber o caminho pecaminoso que seguimos.

Trinco o lábio enquanto o vejo tocar-se, o seu olhar vagueia pelo meu corpo, percebendo que é nos meus lábios e nos meus olhos que se fixam e, nesse momento, começo a tocar-me por cima do tecido molhado do biquíni, olhando entretanto para trás para perceber se ainda continuamos sós.

- Relaxa…estamos sós…. – Diz-me tranquilizando-me.

E, sem pudor, baixo a parte de baixo do biquíni e coloco-a em cima da pedra, ficando completamente nua, medindo forças com aquele desconhecido. Atrevo-me a passar por ele e volto a mergulhar naquela água e ele alcança-me, sem dificuldade, uns metros à frente. Sinto a areia por baixo de mim e vejo-o parar, mas desta vez, puxa-me para ele e as minhas pernas entrelaçam-se naturalmente no corpo dele.

Os lábios dele procuram os meus e devolvem a intensidade com que me dou e lhe mostro o que quero. Sinto o caralho dele roçar nos lábios da minha cona, duro…e a provocar-me…a tentar-me.

- Porque esperas para me foder? – Pergunto já fora de mim, enquanto o olho e espero pela reação dele.

- Essa pergunta… - E nesse momento sinto o caralho dele entrar em mim, obrigando-me a abraçar-me a ele e a mover-me comandada apenas pelo prazer que sinto, entregando-me a ele, sem pensar…uma entrega desprendida e sentida.

Não tardo a vir-me e nesse momento, começo a tocá-lo para que se venha em mim…e não tarda a esporrar-se nas minhas mamas, misturando o esperma com o sal do mar…que levo á boca e saboreio...

Mergulho de novo, deixando-o para trás de novo…cenário que volta a mudar quando se aproxima de mim, depois de um pequeno mergulho para chegar a mim.

- Os teus amigos…ainda te aguardam? – Perguntou-me sorrindo perversamente.

- Sim, tenho mesmo de ir…

- Espero-te aqui amanhã…faça chuva ou sol… - Diz-me, mergulhando e afastando-se de mim.

Caminho em direção à pedra onde deixei a parte de baixo do biquíni. Visto-a, percorrendo, de seguida, o areal até à minha toalha, na qual me enrolo, ficando a observá-lo também regressar. Deito-me já depois de me sentir mais quente…e percebo que ele imita ao meu gesto, não tendo qualquer problema em se deitar ao meu lado. O silêncio volta a instalar-se entre nós, mas não é aquele silêncio que incomoda…é de novo um silêncio que envolve, que harmoniza.

- Tenho de ir. – Digo, ao fim de algum tempo, levantando-me e gradualmente afastando-me dele…daquele estranho que ocupava um lugar que sempre fora o meu, mas que não me deixava minimamente desconfortável com isso, bem pelo contrário.

- Até amanhã. – Diz ele com uma segurança que me deixa sem palavras, apenas pela certeza que tem e sabe que irei aparecer.

Rapidamente cheguei a casa e arranjei-me para ir até casa da Patrícia e do Bruno. Estava um dia quente e só me lembrei de pegar num vestido claro, fresco e decotado e numas sandálias e seguir, depois de um longo banho.

Pouco passava das seis da tarde quando cheguei a casa deles. A Patrícia fez de novo uma festa quando me viu e o Bruno, aproximou-se lentamente e pegou literalmente em mim ao colo quando me abraçou.

- Que saudades miúda. – Diz ele como se já não me visse há uma eternidade.

E fico sem jeito pela forma como pega em mim, roçando o corpo dele no meu, mas a ligação que temos permite isso e mais, por isso acabo por rapidamente deixar outros pensamentos pecaminosos de lado. E de divisão em divisão, ambos foram-me mostrando orgulhosamente cada recanto de uma casa que, não sendo grande, tinha espaços encantadores. Até a varanda, tinha pormenores que eu amei.

- Acho que vou ficar aqui. – Disse eu sentando-me num dos enormes almofadões que tinham dispostos no terraço, rodeado de madeira e plantas e, também, adornado com lamparinas, aqui e ali.

- E eu vou preparar algo para nós bebermos. Alguma preferência? – Perguntou-me o Bruno, sempre muito atencioso.

- Já conheces os meus gostos…mas pode ser algo doce, fresco e com álcool…. – Disse e ouvi o eco da minha amiga.

- O mesmo para mim… - Diz ela prontamente.

- É para já. – Diz ele saindo dali e não tardando a voltar, também ele com um copo para ele numa das mãos.

- Temos de fazer um brinde… - Digo eu entusiasmada.

- Eu já sei a que vamos brindar… - Diz Patrícia muito depressa.


- À vossa casa nova e a todas as coisas boas que ainda virão. – Digo eu esticando o meu braço e tocando em cada um dos copos deles. Copos que todos juntos faziam uma mistura de cores digna de uma tela. Música ambiente e boa conversa e rapidamente o tempo foi passando, sem darmos conta.

- Tu estás diferente de hoje de manhã. – Diz-me a minha amiga, tentando ver para além do que os meus olhos lhe revelavam.

- Mudei de roupa…. – Digo eu, ficando um pouco atrapalhada. Bebi um pouco do meu gin hiper colorido…com travo a maça caramelizada e a canela.

- Não me parece. Bruno, olha bem para ela. – E falaram como se eu não estivesse ali.

- Pronto eu vou desvendar o mistério: hoje na praia conheci um homem…e na verdade nem o nome dele sei, mas fez-me companhia num primeiro mergulho e depois….depois….

- Conta tudo… - Pede Patrícia com aquela curiosidade típica e que eu já conheço há anos.

- Vá…aconteceu e foi na água…. – Disse eu tentando conter as palavras, revelando menos…

- Essa história acho que tem demasiado potencial para ser reduzida dessa forma. Vá conta-nos. – Pediu ela de novo e vendo o Bruno aproximar-se também para ouvir.

- Porque é que és assim? – Perguntei eu, dando novo gole na minha bebida. – Adoro este gin, Bruno. – Elogiei, ganhando fôlego para a confissão que se seguia.

- Obrigada Xana, mas ias contar algo que estamos os dois interessados em ouvir. – Disse ele, desta vez.

E contei, com todos os detalhes…o que vi e senti…e no fim ficaram ambos a olhar para mim.

- Que se passa? – Perguntei eu vendo-os, de alguma forma, tensos e até poderia usar outros adjetivos. – Disse algo que não devia? – Perguntei, fingindo uma falsa timidez.

- Definitivamente Patrícia, temos que jogar strip poker depois do jantar ou começamos já? – Perguntou Bruno para a minha amiga.

- Pessoal…não vamos voltar ao mesmo… - Digo, tentando manter alguma sensatez naquele início de noite.

- Não te apetece? – Perguntou-me ele mais diretamente do que eu estava à espera. E olhei para a Patrícia antes de responder e o ar descontraído dela sossegou-me, por um lado, por outro desassossegou o meu demónio.

- Patrícia…apetece-te jogar? – Perguntou o Bruno, percebendo que eu não respondi logo.

- Sim, mas à noite…e aqui, com a luz destas lamparinas…

Bebi o resto do gin e devolvi o copo ao Bruno.

- Muito bem, jogámos, mas quem dita as regras do jogo de hoje sou eu. – Digo, sem saber muito bem o que mudar no jogo mais elementar para nos despirmos e começarmos a foder os três.

- You can change the rules, my friend, but never the game itself… - Diz ele, levantando-se de seguida e deixando-me atordoada com a inevitabilidade do que se seguiria nessa noite.

E lentamente o terraço ganhou vida e a mesa baixa que existia começou a ficar salpicada de algumas tapas que ele ia trazendo e que fomos acompanhando com um vinho tinto que ele só de descrever os sabores, me deixou excitada…e quando o provei pude confirmar cada um deles, um toque de madeira e caramelo que permanecia e se envolvia com o que eu ia comendo.

A Patrícia foi acendendo as lamparinas lentamente e eu fui-me perdendo entre aquelas iguarias e o vinho que rapidamente, com o fluir da conversa, desapareceu num ápice.

Noite estrelada, salpicada pelas velas naquele terraço e com a companhia certa, dificilmente podia desejar mais. Eram provavelmente os meus amigos mais antigos, mas com os quais nem sempre estava, pois tinham sempre imensos programas, no entanto a sensação era sempre a mesma, parecia que apenas tinha passado um dia desde a última vez e isto só acontece com os mais especiais.

Um brinde e mais outro, risos, conversas trocadas e pouco depois peço:

- Preciso de um baralho de cartas…

Reparo no olhar deles um no outro, claramente cientes que o nosso jogo ia começar e foi ela quem se levantou para ir buscar o que eu tinha pedido. Não tardou a aparecer o que eu tinha pedido e que ela me deu, ciente de que seria eu a ditar as regras.

- Cada um tira uma carta e o que retirar a carta mais baixa, tem de tirar uma peça de roupa e fazer uma confissão…de cariz sexual…aceitam? E se a que tirou a carta mais alta precisar de esclarecimentos, o que tirou a mais baixa deve prestá-los. Entende-se que esclarecimentos possam ser de qualquer teor…verbal ou não verbal…aqui a imaginação dita as regras e cada um joga como gosta.

Entreolharam-se, com perversidade não dissimulada.

E logo na primeira rodada, foi a vez do Bruno retirar uma peça de roupa e se confessar. Tirou sem dificuldade os ténis que tinha calçados e olhou para ambas, antecipando alguma expectativa, para o que se preparava para dizer.

- Isto de ser o primeiro a revelar algo assim…. – Começa por dizer, mas rapidamente deixou essa resistência. – Adoro foder com mais alguém a ver… - E ficou à espera que uma das duas o pudesse interpelar sobre o que ele perguntou e fui eu, pois tinha sido eu a tirar a carta mais alta. Antes disso voltei a beber mais um pouco de vinho e só depois me atrevi:

- Deixa-me ver se eu entendi o que quiseste dizer. – Comecei, criando suspense. – Tu gostas de foder com a Patrícia e ter mais alguém a ver…é isso? – Perguntei e ele confirmou-me de imediato. – E podes especificar, se tens preferência que seja um desconhecido ou um conhecido a assistir? – Perguntei –lhe.

- Gosto de ambas as situações…uma situação parece-me mais mundana e que nos expõe, fruto de uma casualidade e isso excita-me muito. Por outro lado, ver-te a ti, por exemplo a observar-nos, deixa-me igualmente fora de mim, porque me exponho a alguém que nos conhece…e isso é daquelas coisas que….gosto mesmo muito. Mais alguma pergunta Xana? – Pergunta ele quase me desafiando.

- Para já estou satisfeita. Vamos à próxima rodada. Quem tira a primeira carta? – Perguntei estendendo o baralho de cartas e cada um tirando de imediato uma carta.

Ficamos todos a olhar para as cartas e pouco depois colocamos as mesmas em cima da mesa. A minha era a mais baixa e a Patrícia tinha a carta mais alta.


Optei pelas sandálias e retirei-as lentamente de cada um dos pés e preparava-me para confessar, mas estava um pouco intimidada, pois tinha os olhos deles cravados em mim. Sorri antes de prosseguir e finalmente disse-lhes o que me apeteceu:

- Adoro provocar…exibir-me…e dar a entender que foi acidental… - Disse e o meu silêncio foi interrompido pela voz da Patrícia enquanto pegava num pedaço de queijo derretido e lambia a tosta onde o tinha colocado.

- Qual foi a última vez que o fizeste? Conta tudo e com detalhes…. – Pergunta ela sem esperar sequer.

- Deixa ver…foi há uns dias, numa loja de roupa…nos vestiários. Levei algumas peças de roupa para experimentar e, percebendo que o homem do vestiário em frente tinha deixado a cortina quase aberta, deixei a minha da mesma forma e comecei a despir-me….ignorando que me via, mas sabendo que o fazia… - E parei propositadamente neste ponto.

- Isso não acabou aí…. – Diz o meu amigo e sinto-o excitado com a confissão.

- De costas para mim e de frente para o espelho masturbou-se enquanto me observava e esporrou-se todo quando o olhei fixamente, desafiando-o, incitando-o a prosseguir.

- És muito puta. – Diz a minha amiga.

- Mas não é isso que gostas em mim? – Perguntei eu sem medo.

- É por isso que adoro comer-te….


E o jogo continuou. E foi a vez de a Patrícia tirar uma peça de roupa e eu a fazer-lhe uma pergunta. Julguei que ia imitar o nosso gesto e retirar as sandálias, mas não o fez. Levantou-se e ergueu o vestido e desceu, e sem qualquer pudor, as cuecas que trazia por baixo do vestido e colocou-as, delicadamente, ao seu lado, sentando-se de seguida. E preparava-se para fazer a confissão, que ambos aguardávamos com expectativa.

E sem mais delongas, disse:

- Adoro ver-te foder com outra mulher. – Confessa e não se inibe de dizer e não perco a oportunidade de dar seguimento a um sério pedido de esclarecimentos.

- Que mulher? Uma mulher qualquer? – Pergunto curiosa.

- Não. Excita-me vê-lo contigo, por exemplo. – Diz de forma simples, mas eu continuo.

- Mas porquê? – Pergunto.

- Porque adoro aquele limite em senti-lo meu e de sentir uma perda ao mesmo tempo. – Diz e entendo-a, é estranho o sentimento, mas consigo compreender.

As cartas circulam de novo e eu perco para ela…sei que vai doer desta vez, mas será sempre a favor do prazer, isso é uma certeza.

- Confesso que assim como gosto de provocar desconhecidos/as, adoro fazê-lo com amigos/as. Adoro, inocentemente, provocar desejo…não sei bem como dizer isto.

- Deixa. – Diz ela. – Mostra-me como o farias com ele. – Diz apontando para o Bruno que, por momentos, viu algo concentrado nele sem perceber que reação ter, que postura assumir….e limitou-se a esperar.

E acelerei o jogo quando me libertei das cuecas e abri as pernas na direção dele, não lhe dando alternativa a não ser olhar…e uma das alças do vestido desce propositadamente e vejo o meu amigo meio perdido, fixo em mim, e a perceber que eu jogava, mas ao mesmo tempo estava a fazer o que gostava e me excitava.

- Isso, mostra-me como gostavas que ele te visse… - E derrepente a parte de cima do vestido vai descendo e pouco depois olho para ela e paro.

- Podemos tirar mais uma carta? – Pergunta ele, certamente ansioso por se libertar das calças que já lhe apertam o caralho.

Ele perde e eu ganho a rodada…e as calças dele saem, tal como eu previa e a confissão aproxima-se.

- Vale tudo certo? – Pergunta ele.

- Sim. – Dizemos nós, sabendo perfeitamente que estamos naquele ponto do jogo em que o controlo já era.

- Puta, chupa-me o caralho para ela ver. – Diz ele aproximando-se de mim e fazendo-me pedir os esclarecimentos à minha maneira.

E baixei os boxers dele e comecei a lamber o caralho dele, sem pressa, até me deliciar em enfiá-lo todo na minha boca e em vê-lo pegar no meu cabelo e a mover-se gulosamente.

- E adoro ver duas mulheres chuparem o meu caralho ao mesmo tempo. – Diz ele. E não foi preciso muito para que a Patrícia se aproximasse de nós e me desse primeiro um beijo, sentindo o sabor dele nos meus lábios, na minha língua…até comigo começar a partilhar o caralho dele….ocupando-se de lhe lamber os tomates, enquanto eu lhe lambia a ponta, molhando-a mais e mais, até sentir um travo salgado que o denunciou. E nesse momento deixo que seja ela a enfiá-lo na boca e a chupá-lo, libertando-se dele em seguida e sentando-se mais perto de mim.

- As cartas? – Perguntei eu, tentando dar um ar mais normal àquele cenário.

- Esquece as cartas Xana… - Diz ela aproximando-se de mim e beijando, de novo, os meus lábios e pouco depois começo a sentir o toque das mãos dele subir pelas minhas pernas, lentamente, até as abrir, enquanto ela me desce o vestido, expondo-me mais. – E eu adoro ver como ele lambe a tua cona. – E nesse momento a língua dele começa a lamber os meus lábios e nesse momento sei que perdi o jogo, mas ganhei em prazer…. – Estas mamas merecem o toque dos meus dedos…da minha língua… - Diz enquanto me lambe, me toca nelas e ele me lambe a cona…molhando-me…mais e mais…até uma das minhas mãos fazer descer o vestido dela, expondo-a da mesma forma para mim…

- Quero ver-te a fodê-la…enquanto….

E nesse momento coloco-me de quatro e abro as pernas dela e começo a lamber a cona já molhada dela…

- Vais-te vir na minha boca…isso é certo. – Digo eu para a minha amiga enquanto sinto o Bruno roçar o caralho dele nas minhas nádegas…depois nos meus lábios e começa a foder-me pouco depois.

E nesse momento, o sabor dela ocupa-me os sentidos e o caralho dele preenche-me o corpo…

Dou-me…dão-se…a amizade por vezes assume contornos que nem sempre se compreendem. Acordo de madrugada, no meio dos dois e sob o luar, voltando a fechar os olhos, sabendo que nesse dia ainda terei de passar na praia para ver o estranho que conheci na praia e cobriu a minha pele de sal…


FIM

 
 
 

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