OS VIZINHOS DA FRENTE - PARTE II
- Eva Ribeiro
- 29 de abr. de 2022
- 4 min de leitura

A porta fecha-se atrás de mim e a sigo-os pelo hall até à sala do apartamento.
- Queres beber alguma coisa? – Perguntou-me ele atenciosamente.
- Se vocês também beberem, eu acompanho-vos. – Respondi cordialmente e depois olhei pela janela e percebi que o sol ainda estava bem alto, apesar de já ser fim de tarde.
- Mojito, caipirinha, Limoncello, Martini, tens alguma preferência? – Perguntou ela, tentando seduzir-me com bebidas mais doces.
- Limoncelo, não conheço. Sei que é uma bebida que sabe a limão, verdade? – Pergunto e vejo-a acenar afirmativamente com a cabeça.
- Estás certa. Este fui eu que fiz. Queres provar? – Perguntou-me.
- Aceito, obrigada. – E fiquei na sala com ele e naquele momento olhei para o lado oposto, como que tentando evitar o olhar dele. Percebi que se afastou um pouco de mim e foi até uma pequena aparelhagem e pouco depois já se ouvia música. – Conheço esta música. – Disse e depois corei. Era a música que tinha ouvido durante algum tempo quando os ouvira.
- Pois conheces. – O sorriso perverso que encontrei fez-me imediatamente morder o lábio inferior.
E ela chegou pouco depois, com pequenos copos e com a bebida num frasco de vidro todo trabalhado. Pousou na mesa e encheu cada um dos copos, estendendo de seguida a cada um o seu. E quando pegou no dela, exibiu-o na minha direção e dele.
- Um brinde à música, ao sexo e às coisas inesperadas. – Disse ela e sorriu para mim, devolvendo-me o mesmo sorriso que ele há pouco me tinha mostrado.
- Cheers. – Disse eu devolvendo um sorriso igual, com o habitual trincar de lábios e com o olhar que acompanha este semblante.
- Cheers. – Repetiram os dois quase ao mesmo tempo e aproximaram-se um pouco mais.
- Adoro. – Disse eu quando saboreei a bebida. – Delicioso. Hmmm. – Um gemido que me saiu ao provar a bebida e que é vulgar suceder sempre que provo algo que gosto muito. E bebo lentamente o resto enquanto os vejo beijarem-se demoradamente, percebendo que o beijo se intensifica quando a língua dele circunda os lábios dela e os trinca depois. Desvio o olhar apenas um pouco enquanto me desloco até à mesa onde ela pousara o frasco com o limoncello, voltando a encher de novo o pequeno copo. Quando olho para eles, o robe dela já se encontra ligeiramente aberto e uma das mãos dele percorrem o corpo dela. Suspiro profundamente e levo o copo à boca, aproximando-me deles depois.
- Posso? – Pergunto e dou um pequeno gole de novo e ele percebendo que me quero aproximar dela, afasta-se ligeiramente, dando-me espaço para olhar nos olhos amendoados dela e beijar-lhe o pescoço demoradamente. Em seguida, desço apenas um pouco até encontrar uma das mamas dela e que acaricio, tocando com um dos dedos no mamilo já endurecido e sobre o qual deixo escorrer, propositadamente, um pouco de limoncello da boca. Lambo-o pouco depois, sugando-o e saboreando a bebida no corpo dela ao mesmo tempo. Procurei a outra mama, mas elevei, por instantes, o olhar na direção do olhar dela, e voltei a mergulhar no outro mamilo e que aguardava o meu toque. Repeti o gesto, deixando escorrer um fio de limoncello sobre o mamilo dela e lambi-o com maior intensidade até a ouvir gemer. Em seguida, desço pela barriga dela, lambendo e beijando cada centímetro da pele dela, até me deter já perto dos lábios da cona dela. Subo de novo por ela e fico, breves instantes, a mirá-la antes de procurar os lábios dela. Ele entretanto colocara-se atrás dela e acariciava os mamilos dela entre os dedos, impedindo-a de recuperar da excitação provocada.
Agora é ela que bebe um pequeno gole da bebida quando eu me afasto dela, procurando os lábios dele, onde saboreia e partilha o néctar com sabor a limão. Delicio-me em vê-los com as línguas entrelaçadas e pouso o copo na mesa da sala, voltando a eles. E contrariando a minha vontade inicial, coloco-me atrás dele. Ele sente o contacto do meu corpo com o dele, embora a roupa que tinha vestida e o robe dele impedissem o verdadeiro toque, da pele com a pele.
Retiro-lhe o robe, sem pressa, e deixo-o sentir os meus movimentos ainda com roupa nas costas dele....deixo-o sentir o toque das minhas mamas. Pouco depois, afasto-me apenas um pouco, retirando a sweat e voltando a roçar-me nele, mas desta vez roçando nele as mamas que ainda escondo por trás do soutien rendado de cor preta. Volto a afastar-me e desaperto os jeans, baixando-os pouco depois. Liberto-me das calças, depois de retirar as sapatilhas, ficando descalça e em lingerie. Volto a encostar-me a ele, mas desta vez circundo-o com as mãos e percorro o corpo dele em sentido ascendente, mas depois faço o movimento inverso, parando, propositadamente quando encontro o tecido dos boxers. Baixo a renda do soutien e deixo os meus mamilos já duros roçarem nas costas dele e só aí voltando ao ponto onde tinha parado, a linha dos boxers. Percorro a linha do tecido, provocadoramente, como que adiando o prazer dele e só depois desço uma das mãos, o suficiente para sentir o caralho dele duro por trás do tecido. E nesse momento, ele tira-lhe o robe, deixando-o cair no chão e revelando o corpo nu dela.
- Silvia... – Digo o nome dela pela primeira vez.
- Eva... – Ela diz o meu e, nesse momento, sai da frente dele e coloca-se atrás de mim. Começa a desapertar o meu soutien enquanto ele se vira para mim, deixando-me assim entre os dois…com ele na minha frente e ela atrás de mim. Olho-o nos olhos, sem medo e sinto-me encurralada entre os dois, presa por opção, numa história onde costumo ser eu a caçadora. Sorrio perversamente para ele, sentindo os dedos dela fazendo pressão para as minhas cuecas descerem.
- Agora sim estás pronta para a nossa conversa. – E as cuecas deslizam pelas minhas pernas até caírem no chão. Afasto-as de mim, de seguida, e deixo-os iniciarem aquela que se antevia ser uma longa conversa, apenas com hora de início, mas sem previsão de hora de fim.
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