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ROSSO

Atualizado: 19 de jul. de 2023



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Finalmente tinha iniciado férias e estas seriam certamente diferentes de todas as que até hoje tinha tido até ao momento. Não que as férias até ao momento não tivessem sido fantásticas, mas quando se juntam 4 amigas de longa data, pesando naturalmente todas as cumplicidades inerentes e onde eu me incluía, era algo que prometia ser inesquecível. Tínhamos finalmente conseguido alinhar uns dias e decidido ir passar uma semana de férias a Itália, tendo escolhido a Sardenha, mais precisamente San Teodoro para retemperar as energias e sobretudo desfrutar do calor e das praias.

Tínhamos já todas pouco mais de 40 anos, exceto a mais nova, a Carol, que ainda tinha a jovialidade e a irreverência dos seus 27 anos. Todas divorciadas e com um ou outro amigo colorido sempre no horizonte, somente a Carol, tinha uma relação relativamente recente e que até fora a dada altura, motivo para repensarmos se deveria vir connosco ou não. Mas quis o destino e a própria, contrariar que a relação recente fosse impeditiva de vir connosco.

A primeira luta foi decidir quem se sentaria ao lado de quem, mas rapidamente peguei nos papeis e os baralhei de tal forma que nenhuma contestou. E acabamos todas a rir com a palermice e a sentar-nos duas de um lado de uma janela e as outras duas do mesmo lado, mas nos bancos da frente. A viagem demorava cerca de 2h30 minutos e ainda iríamos chegar a tempo de nos instalarmos e mergulhar naquelas águas azuis de San Teodoro.

A Carol ficou ao meu lado e rapidamente adormeceu, depois de me confessar que o namorado tinha lá ficado em casa e praticamente tinham passado a noite a foder.

- Foi simpático, uma forma inteligente de te colocar um cinto de castidade. – Digo eu quando a vejo fechar os olhos e depois a abri-los muito depressa.

- Mas ele sabe que eu venho bem equipada com os meus vibradores e um deles até está aqui. – Diz e volta a fechar os olhos.

- Trouxeste o vibrador na carteira? Que tola! São pouco mais de duas horas de viagem…mas, tu lá sabes. – Digo prontamente, olhando para a janela à minha direita.

- Carteira? Nah…o vibrador está neste momento desligado, mas dentro da minha cona e se eu precisar…carrego no botão do comando e rapidamente….me deixo ir. – Confessa, mas já com os olhos fechados.

- Vanessa… - Digo chamando pela amiga que estava junto à janela na fila da frente. Apesar de gostar muito da Mónica, a amiga que estava ao lado dela, eu e a Vanessa tínhamos uma cumplicidade diferente e ela era só a minha amiga mais antiga.


Ela olhou para trás e eu peguei no comando que a Carol tinha na mão e mostrei-lhe, o que era diferente do que qualquer uma de nós tinha levado para se entreter. Eu tinha levado um livro, a Vanessa tinha o tablet ligado e estava a ver certamente alguma série e a Mónica estava ainda a desfolhar uma revista.

- Tu trouxeste um vibrador na carteira Carol? – Perguntou-lhe a Vanessa.

- Não estás a perceber… - Digo eu com aquele meu sorriso de menina perversa.

- Joana, diz às nossas amigas que já tenho o vibrador na cona, mas deixem-me dormir…pode ser? O Francisco não me deixou dormir a noite toda…. – Disse ela, não se queixando, mas querendo dormir e assim deixando todas informadas da razão de estar mais apática.

- E não achas que devias dormir, só um pouquinho e deixar esses jogos para quando aterrarmos, estivermos na praia…sei lá? – Perguntou a Mónica, olhando para ela, com ar sério mas gozão.

- Eu estou a tentar, mas vocês não me deixam… - Disse e abriu os olhos mirando as três num misto de riso e fúria… - Permitem-me?

- Dormir ou clicar no botão? – Perguntou a Vanessa, olhando para mim e piscando o olho.

E ela, sem reservas, pega no comando e liga-o, deixando-nos às três estupefactas a ver o que se segue.

- Dão-me licença e voltam aos vossos passatempos de viagem? – Perguntou e fechou os olhos, começando a aumentar a potência do vibrador.

- Vaginal e clitoriano ou só vaginal? – Pergunto ao ouvido, sem nenhuma delas se aperceber.

- Ambos……… - Diz e arrasta ligeiramente a voz e virando-se ligeiramente para mim.

- Eu ia ler…- Digo ainda falando baixo, como que fingindo lamentar-me de ter que presenciar na primeira fila ao desenrolar deste filme.

- E vais, mas agora ficas com o comando…usa-o… - Diz e entrega-mo.

A Vanessa olha para trás e acabou por perceber tudo. Não me importei, ela sabia tudo de mim…todas os desejos e vontades…e um em particular, era bissexual. Dizem que está na moda, mas eu faço questão de guardar essa opção para mim.

E ligeiramente virada para mim, Carol estava de olhos fechados, como se estivesse a dormir e com o vestido ligeiramente subido, propositadamente para eu ver. As pequenas cuecas rendadas deixavam ver apenas a parte preta do vibrador, a que tocava o clitóris…olhei em frente e discretamente para os lados e ninguém parecia ter reparado em nós. Cliquei no botão para aumentar a intensidade e ela começou a trincar o lábio inferior e a respiração começou a ser mais ofegante.

E nesse momento, o comandante tinha colocado o dístico no visor a pedir para os cintos serem colocados.

- Faz de conta que estás a dormir. Eu vou apertar o teu cinto… - Disse, mas diz mais que isso…a minha mão subiu pela perna dela e tocou ao de leve no tecido rendado, deixando-o pouco depois. Olhei para o decote do vestido e percebi que ela não trazia soutien porque os mamilos notavam-se através do tecido.

- Mais… - Pediu-me ela um pouco ofegante.

A Vanessa voltou a olhar para trás e deixou-se ficar a ver. Era hétero assumida, no entanto, qualquer manifestação libidinosa a excitava.

- Estou quase…diz a Carol.

- Mais? – Pergunto…sabendo que já íamos na terceira velocidade.

- Sim…a última. – Diz ela a custo e pouco tempo depois as pernas dela fecham-se e o corpo cede à descarga que ela aguardava.

- Posso agora ler? – Pergunto eu quando ela olha para mim depois de se ter vindo.

- Não…preciso de mais um…não faças nada…estou quase de novo. – Diz ela e vejo-a contorcer-se de novo em mais um orgasmo.

E sabendo que tinha sido o último, desligo o comando e coloco-o na mão dela, deixando-a recompor-se. Não demorou muito a estar a dormir profundamente e eu sorria, só de pensar o que tinha acabado de acontecer.


Aterramos no Aeroporto di Cagliari Elmas e mal começamos a sair do avião, o calor que se sentia era inacreditável, comparativamente com os 20 graus que tínhamos deixado no Porto.

- Bem-vindas ao paraíso meninas. – E pouco depois desta explosão de alegria das quatro, não tardamos a ser encaminhadas para uma sala que nos conduziu a outro espaço no aeroporto, esse de acesso a aviões mais pequenos. Seria o que nos iria levar a San Teodoro. Iam mais alguns turistas connosco e a viagem que demoraria o mesmo tempo de carro que demorámos a ir de avião do Porto até ali, acabou por ser bem mais rápida.

Aterramos pouco depois em San Teodoro e não tardou muito a sermos encaminhadas para o nosso hotel. Tinha sido eu a organizar a viagem toda e quando pedi para nos levar ao hotel que escolhi…um sorriso apareceu no rosto do motorista. Certamente conhecia o hotel, mas nós não.

- Uau. - Diz a Mónica quando pega na mala dela…

Eu ia revelar-lhes o tipo de hotel que escolhera, mas preferi que fosse uma surpresa.

Quando chegamos à receção do hotel, foi-nos mostrado um pequeno mapa do hotel e resumidamente explicado como tudo funcionava, apesar de sabermos que tínhamos todas as despesas incluídas.

- Esta zona vermelha o que é? – Perguntou a Vanessa pois tinha sido a única que ele não explicara.

Olhei para o jovem italiano e depois de um leve piscar de olhos, incentivei-o a dar a explicação.

- Esta é a zona naturista. A parte do hotel onde tem os mesmos serviços…mas existe uma regra.

- Elas sabem o que é. Obrigada pela sua explicação. – E saímos da receção e paramos um pouco mais à frente, dando as malas a um dos empregados para nos levar até à nossa villa.

- Não é justo… - Diz a Carol muito depressa.

- O que não é justo? – Pergunto eu, sabendo perfeitamente o que ela quer dizer.

- Viemos para um antro de pecado…onde se pode foder, ver foder, andar nu…eu não venho equipada….. – Diz ela e desatamos a rir todas.

- Nós também não. – Digo eu muito calmamente.

- Não precisam…podem foder sem ter que recorrer, como eu, ao meu arsenal. – Diz ela muito depressa.

- Lembra-te que tens o Francisco, tens algo muito valioso…sabes bem o que isso significa. – Diz a Vanessa com ar muito sério e que me leva quase a rir descaradamente.

- Serve-me de muito neste momento. – Disse ela a resmungar e prosseguindo pelo hall até sair para o caminho que nos levaria aos nossos aposentos. Mas ao pegar no mapa, de tão atrapalhada estar, esbarrou num homem e quando levantou o olhar:

- Peço desculpa…estou um pouco perdida… - Disse, desculpando-se em inglês. E vimos que ele pegou no mapa para a ajudar a saber o caminho a seguir e depois prosseguiu o caminho, mas sem antes lhe fazer uma caricia no braço e dizer algo quase num sussurro que nenhuma de nós conseguiu ouvir.

- Estás perdida? – Perguntou a Vanessa.

- Agora não. – Diz ela muito atrapalhada.

- O que te disse ele ao ir embora? – Perguntei eu muito depressa e cheia de curiosidade.

- Red. – Disse e corou.

- Bem, e tu vais continuar a queixar-te? – Perguntou a Vanessa.

- Não, mas parece-me que temos uma semana pela frente e que vai começar pelo reconhecimento de todos os recantos deste sítio…

- Sobretudo pela zona vermelha…não é D. Carol? – Perguntei eu metendo-me com ela.

- Puta…se o Francisco sonha, mata-me. – Diz ela muito depressa.

- Mas tu vais contar-lhe? – Perguntou a Vanessa.

- Achas? Só se fosse maluca. – Diz a Carol e desatamos de novo a rir…

- Afinal vens tão munida como nós… - Digo eu quando lhe dou o braço.

- Putas, putas, putas….eu só me meto com putas……………. – Diz ela e acaba a rir-se do que vai dizendo.

E nem 30 minutos tinham passado e estávamos a sair da villa em direção ao bar. A ideia de um cocktail e um mergulho tinha agradado a todas.

A última a sair fui eu, indecisa se devia levar o cabelo apanhado ou solto com uma fita, acabando por preferir apanhá-lo, sobretudo por causa do calor.


Não tardou muito e aproximamo-nos do bar perto da piscina. Era impossível não sermos notadas, senti isso ao virar-me com uma pina colada numa das mãos e já com a palhinha na boca.

- Boa vida. - Digo enquanto saboreio aquele néctar fresco, uma mistura explosiva de rum e ananás, enquanto vou olhando em redor. Vejo um pouco de tudo...casais hetero, gay, grupos de amigos, amigas...mas tinham todos algo em comum, espalhavam sorrisos e sim, o ar tinha um perfume que eu reconhecia à distância…feromonas…aquele aroma que quando aparece vem para fazer estragos sérios, mas aqueles que eu gosto e preciso.

E voltei-me depois para a Vanessa, que estava ao meu lado, apreciando o Martini que ela bebia delicadamente…lambendo a azeitona que estava no palito espetada, para depois a enfiar dentro da boca, sem se aperceber do olhar atento do barman nela. A Mónica tinha optado por um mojito e a Carol, a habitual Cuba Livre.

Não tardou muito e já com as bebidas no fim, sugiro ir até à praia, mas só a Vanessa manifesta vontade de me acompanhar, ficando a Mónica e a Carol na piscina.

Caminhamos por um pequeno carreiro em madeira que desembocou na areia da praia e pouco depois acabamos por ser brindadas por um areal não muito extenso, mas por um mar de um azul turquesa que nos deixou às duas, literalmente boquiabertas….

Estendemos as toalhas na areia e pouco depois, uma e outra tirou a parte de cima do biquíni e prosseguiu na direção da água, sem qualquer reserva, mesmo percebendo que havia algumas pessoas na praia, muito provavelmente hóspedes como nós, pois a praia não tinha acesso a não ser pelo hotel ou pelo mar, dado ser cercada de ambos os lados por arribas, não muito altas, mas que não permitia o acesso.

A Vanessa continuava com o mesmo corpo delgado que eu sempre conhecera. Alta, delgada, arruivada, pele e olhos claros. Era uma mulher muito bonita, impossível de não reparar por onde passasse. Discreta, mas magnética. O peito pequeno, era bem redondo, mas chamava a atenção pelos mamilos bem delineados e rosados. O ballet que tinha feito parte da vida dela durante anos tinha esculpido o corpo dela. O oposto de mim que era apenas um pouco mais baixa, morena e com as formas mais proeminentes, apesar de a elegância continuar a ser uma característica comum.

- Já temos a praia toda a olhar-nos. - Diz ela sem qualquer pudor.

- Gosto tanto... - Confesso enquanto desfilamos até à água.

Depois de vários mergulhos, sentamo-nos numa das rochas perto da água e ficamos a conversar, sentindo uma e outra vez a água refrescar-nos.

- Não olhes para trás de ti…vamos ter companhia. – Diz-me ela olhando discretamente para o lado, mas fingindo ignorar quem se aproximava de nós.

- Homem ou mulher? – Pergunto-lhe mudando o registo e o timbre. Acho que até o meu corpo se moldava à informação que estava a processar. Mesmo às cegas, era como se a predadora sentisse que a presa se aproximava.

- São dois homens, ou melhor… - Diz ela e hesita.

- São homens ou não? – Perguntei falando baixo, mas ela já não me ia responder, porque eu já ouvia as passadas na areia de alguém a aproximar-se.

- Ciao ragazee. – Ouço quando finalmente vejo dois homens, que pouco mais de 20 anos deviam ter.

- Olá… - Disse e apesar de terem ambos um corpo escultural, eram demasiado novos e deixei que os raios de sol continuassem a dourar o meu corpo. – Vanessa diz para darem um mergulho, pode ser que esfriem os ânimos, não estou com paciência para aturar putos com esta idade. – Digo, sabendo que ela era bem mais delicada que eu.

- Hi. Where are you from? – Ouço-a perguntar e nem quero acreditar que está a dar conversa.

- Spain and you? – Pergunta um deles.

- Diz que somos do Dubai, só que nos esquecemos de trazer a burca e os maridos estão em negócios durante uns dias. – Digo e comecei a rir da palermice e um deles aproxima-se da rocha onde eu estava e tapa o sol e obriga-me a olhá-lo.

- Italia, Portugal? – Pergunta ele fixando o olhar no meu.

E atrás de mim, a Vanessa responde por mim.

- Portugal. A minha amiga é um pouco tímida… - Ela era tão querida, mas mentia tão mal e em inglês ainda era pior.

- Não sou nada tímida Vanessa, sou uma puta…e vocês são demasiado novos. Vão nadar e depois façam uns castelos na areia. - Digo e olho para ele e ele sorri, mas sem se deixar intimidar.

- Se és uma puta…eu sou um cabrão, aquele que tu não vais esquecer. – E ergo-me ligeiramente, tentando que o meu corpo semi-nu o intimidasse, mas isso não parece ter o efeito desejado.

- Por favor. – Digo ainda em inglês. – Nós viemos acompanhadas com amigas. Vão nadar e …– E percebo que a Carol e a Mónica acabaram de chegar à praia também. – E por falar nelas, as nossas amigas chegaram, porque não vão ter com elas? Tenho a certeza que vos vão adorar. – Digo e começo a rir e levanto-me, passando por ele, como se fosse apenas mais uma rocha no mar e aceno a Carol e a Mónica, que retribuem o gesto e depois de se despirem começam a caminhar até perto de nós.

- Venham. – Digo para elas. – A água está ótima…. – E mergulho naquele imenso azul e nado um pouco, deixando aquilo tudo para trás. Já mais afastada, fico a boiar, embalada pelo mar, mas percebo que tenho companhia. Algo me diz que não é nenhuma das minhas amigas, mas aquele tipo chato que se acha a última bolacha do pacote. Se ao menos fosse mais velho e menos parvalhão. E olhei para o lado e dou de caras com ele…um olhar negro e que me mirava com curiosidade.

- Paciência. – Digo praguejando.

- Adoro as tuas mamas. – Diz e rapidamente mergulho e me afasto dele.

Paro de nadar um pouco mais à frente e ele, que me tinha seguido, apenas me diz.

- Deixei os calções na areia. Toca-me. – Diz-me e naquele momento, aquelas palavras atingem-me como um raio…

Fujo, é mais fácil…e nado até à rocha mais próxima, mas rodeada de água e encosto-me a ela, olhando para a praia e para as minhas amigas que conversavam tranquilamente com o outro homem. E entretanto já havia mais outro homem e uma mulher. Quem seriam?

- São teus amigos? – Perguntei.

- Sim, são e ela é a minha namorada. – Diz e aquele olhar de cabrão enfrenta o meu. – Algum problema com isso? – Pergunta enquanto a mão dele toca ao de leve uma das minhas mamas.

- Ela sabe que és assim? – Pergunto.

- Assim como? – Pergunta, agora sim num jogo em que procuramos o mesmo. - Suspeita, mas temos uma relação aberta. – Diz e depois passa para a outra mama e os meus olhos fecham com o toque dele.

- Tu és um miúdo…nem deves saber foder…….. – E sorrio e liberto-me do toque dele e rapidamente começo a nadar para outra rocha, mas longe do olhar de terceiros.

E já com pé, ergo-me e deixo-me ficar de costas para ele e escorro a água do cabelo e ele aproxima-se de mim. Está mesmo sem calções, pois sinto o caralho a roçar nas minhas nádegas e viro-me para o encarar. Dou-lhe um estalo e depois fico a olhar para o caralho dele…duro…a apontar para mim…a implorar o toque, não o de outra qualquer, o meu….

- Fodasss…que se lixe. – E baixo-me e começo a lambê-lo, a chupá-lo. Mas pouco depois ouço chamarem o meu nome. Sorrio, porque vou interromper justamente quando os gemidos dele pediam que continuasse.

- Puta…continua…nem te atrevas a parar. - Diz, mas era tarde de mais e naquele momento eu já começava a afastar-me dele, mas antes digo-lhe com satisfação.

- Não, a puta vai ali conhecer a tua namorada…e se calhar interessa-me mais que tu. – Digo e nado, mas rápido, de forma a que ele não consiga alcançar-me.

E já perto deles, percebo que já conversam fluidamente.

- Olá, eu Joana. – Digo e afasto-me, seguindo na direção da toalha. Preciso de sol…preciso que o sol seque todas as pequenas gotículas de água do mar que tenho no meu corpo...mas sinto-me quente, excitada e não demora muito e levanto-me e vou até perto deles, aproximando-me lentamente.

- Joana jantamos no red logo? – Pergunta a Vanessa e quando o meu olhar encontra o dela, ela fica a saber o mesmo que eu. Fico um tempo a pensar e depois digo.

- Não sei. Querem apresentar-me os vossos amigos primeiro? Recuso-me a jantar com estranhos e nua muito menos. – Pedi, com um sorriso perverso e rapidamente foi a Mónica que o fez.

- O Pablo é amigo do Diego, com quem foste nadar e a Andressa é namorada dele e este é o Xavi. – Diz ela muito sucintamente e olho para todos, com olhar de quem analisa, tentando avaliar o potencial. Sabe-me tão bem fazer aquilo.

- Parece-me bem, mas há uma condição, pelo menos para mim…preciso de foder…antes de me deitar…. – Digo e ficam todos a olhar para mim com um olhar de quem sente o mesmo, mas não ousa dizer, exceto o Diego que me fixa como se me quisesse matar com o olhar.

- Tudo bem amor? – Ouço as palavras de Andressa ao aproximar-se de Diego. – Vamos beber alguma coisa? – Perguntou, tentando que ele a acompanhasse. E eu que até pretendia abandonar aquele meeting, deixei-me ficar…

Ele não respondeu, estava tenso e eu relaxada e divertida com toda a situação.

- Vocês já lá foram? – Perguntei ao Pablo, referindo-me à zona vermelha, pois pareceu-me dos três amigos o mais assertivo.

- Não. Chegamos ontem e ainda não o fizemos... – Disse mas deixou a questão em suspenso.

- Quem já fodeu desde que aqui chegou? – Perguntei eu para os 4 e todos levantaram o braço.

- Todos? – Perguntou a Vanessa. – Vocês foderam os dois, mas e vocês? – Perguntou para o Pablo e para o Xavi.

E ficaram os dois um bocado embaraçados por contar...mas revelaram, que um engatou uma inglesa no bar e outro uma espanhola a caminho do quarto.

Rimos todas e eles também, até o casal Andressa e Diego partilhou a boa disposição.

- Muito bem, temos um pacto…todos devem foder antes de se deitarem… - Digo eu para todos…

- E se isso não acontecer? – Perguntou o Diego ao grupo, mas de olhar fixo em mim…

- Carol não conta sexo virtual com o Francisco. – Digo eu apelando a que também ela pisasse a linha proibida.

- Joana…não posso… - Diz ela e sinto que o compromisso dela é demasiado sério e eu estou a ser parva demais para prosseguir com aquele jogo com ela.

- Tu tens desculpa, ou melhor….e se for mulher? – Pergunto eu, aproximando-me dela…sem problemas de ser bem ou mal interpretada pelos outros.

- Se fores tu… - E as palavras que ficaram no ar ainda deixaram o ambiente mais tenso…carregado…

- E esta é só a primeira noite. – Ouço a Mónica dizer e aproximar-se de Xavi e desviando-se para passar, mas roçando-se nele…o mesmo fez a Vanessa com o Pablo.

Percebi que tinha havido match entre todos…havendo uma ou outra ponta solta…que seria eu a unir, tendo a perfeita convicção que naquela noite iria ter à minha disposição um homem e uma mulher.

As horas iam passando e saímos todas ao mesmo tempo…com vestido, sandálias e maquilhagem…mas dificilmente conseguia saber o que cada um tinha por baixo do que vestia.

- Carol… - Digo quando percorremos juntas o caminho até à zona proibida.

- Já falei com o Francisco…e ele está bem. – Confessou, mas percebi-a inquieta.

- O que te preocupa? – Perguntei falando mais baixo.

- Fazer o que me apetece. – Confessou-me sem pudores.

- Imagina que tudo é possível…e que nenhuma de nós o revela…tu gostavas de algo diferente? – Perguntei, tentando perceber os limites dela.

- Preciso de uma bebida…. – Disse e tivemos de fazer uma paragem no bar antes de chegarmos ao ponto de encontro com os nossos amigos.

Todas bebemos algo e depois fomos tranquilamente para o spot combinado. Eles já nos aguardavam. Nem pareciam os mesmos. Andressa estava com um vestido branco comprido branco e que contrastava com o moreno da pele dela e com os caracóis loiros a penderem sobre os ombros e as mamas, mesmo pequenas, sobressaiam no vestido. Adivinhava que nem cuecas trazia e que tinham fodido antes de estarem ali, pelo ar tranquilo de um e de outro, contrariamente à tensão dos outros dois e das minhas amigas. Eu simplesmente tinha colocado um vestido curto vermelho…sem mais nada por baixo…umas sandálias e apanhado o cabelo. A Mónica estava de preto, um vestido de alças, mas percebi pelas marcas que teria lingerie por baixo. Já a Vanessa, estava com um vestido branco…curto, mas suficientemente largo para não se perceber o que tinha por baixo.

Eles apenas tinham vestido uns calções mais formais e um polo…e sim, era-me impossível adivinhar se traziam boxers.

E entramos e depois de referirmos a marcação feita, começamos a despir-nos. Vi um ou outro olhar trocado, mas preferi ficar mais calma pois sentia a Carol muito alterada e sobretudo pressionada e era a última coisa que queria.

Já todos nus, percebi que os homens se tapavam…o que significava que estavam excitados…

- Assim não vamos entrar… - Digo eu num misto de fúria e diversão.

E não tardou muito em que pensar em foder uma múmia ou a avó do outro tivesse tirado a tesão dos três.

Escolhemos a mesa mais afastada e perto do mar. Aquele azul era hipnotizante e eu por momentos tive de ouvir o meu nome repetidamente chamado para começar a escolher o que queria para jantar.

Um vinho branco e uma cataplana de marisco tinha sido a opção consensual.

Levantei-me para fazer um reconhecimento do local e a Carol veio comigo. Notei o medo dela, que se confundia com adrenalina, tensão e tesão…tudo junto. Ia perder-se e se não encontrasse o caminho, estava perdida porque ia fazê-la perder-se comigo. Ela não sabia e naquele momento também não achei que essa informação fosse relevante.

- Relaxa. Viemos para nos distrair…relaxar…divertir-nos… - Digo e ela interrompe-me.

- Não me entendes…eu preciso foder. – Diz ela e paro para a encarar.

- Fazemos um acordo. Se não foderes com ninguém…vamos as duas para a cama e resolvemos a questão…pode ser? – Pergunto, tentando relativizar o medo dela.

- Tu e eu? – Perguntou ela. – Mas e se tu tiveres companhia? – E achei curioso o pormenor dela.

- Um menagem à trois? Não tinha pensado nisso…gostavas? – Perguntei, tentando não a assustar.

- Quem não gostava? – Pergunta ela retoricamente….

- Então relaxa…não te deixo dormir sem um orgasmo, mas agora aprecia…aproveita e deixa-te ir… - Digo-lhe e sinto-a descontrair, nem sabendo o que a esperava.

Quando chegamos à mesa todos nos miravam, como que querendo saber o que tínhamos visto e propositadamente acabo por lhes saciar parte da curiosidade.

- Estive a falar com a Carol e como ela tem namorado…ou termina a noite comigo ou comigo e mais alguém….isso vale? – Perguntei, bebendo um pouco do vinho que tinham colocado na nossa mesa.

- Um menáge….à trois…? – Pergunta o Diego, cerrando os pulsos.

- Sim, vale certo? – Pergunto eu, deixando-o irritado, fora de si.

- Se vale…. – Diz a Vanessa, tentando que o ambiente normalizasse, mas pontuando positivamente a minha escolha.

E depois fiz o teatro completo.

- Estamos as duas sozinhas e a Carol tem namorado…o meu pacto é que acaba na cama comigo, mas como eu sei que vou encontrar um homem para me foder…ele vai ter que foder as duas. – E dizendo isto, virei-me para as minhas amigas e disse. – E isto é para não ser revelado….nunca.

Curiosamente na mesa, eu tinha ficado ao lado do Diego e da Andressa e ao meu lado tinha ficado a Carol e as minhas duas amigas alinhadas com os respetivos pares. Estava tudo certo até eu sentir uma mão no meio das minhas pernas. Olhei para o lado e percebi que não era o Diego, mas Andressa que tentava chegar a mim…

O Diego percebeu, mas não conseguiu travá-la e a dada altura no jantar, quando ele foi à casa de banho, fiquei com o lugar dele.

- A 4? – Pergunto-lhe depois de enfiar um dos dedos dentro da cona dela, que ia abrindo as pernas, deixando-se levar pelo prazer. Olhei para Carol que percebeu o que estava a acontecer. O Diego não tardou a chegar e quando se sentou no meu lugar, digo-lhe ao ouvido.

- Aguentas com três, ou é demais para ti puto? – Pergunto e vejo o caralho dele ficar duro.

- Carol…. – Chamo por ela e digo-lhe perante o olhar de todos. – Passou de uma menáge a um foursome….

- Estou tão fodida contigo…. – Diz ela, tapando o rosto e eu sorrio porque me sinto a jogar em casa com aprendizes…

- É só hoje vá lá… - Digo eu olhando fixamente para o Diego.

E viro-me para Andressa que está já naquele ponto em que se continuo a tocar-lhe o clitóris dela, ela vai vir-se. Vejo o olhar de Pablo nela e continuo até a ver contorcer-se num orgasmo sentido e visível para todos.


E brindamos ao primeiro orgasmo da noite, mas sem saber sequer o que a noite ainda nos iria reservar.

O jantar estava delicioso…uma mistura explosiva de aromas, sabores…mas o que eu ouvia, sentia e via eram música para os meus ouvidos. E mais que isso sabíamos que não havia limites…

- O chef sugere que a sobremesa seja servida dentro de água? – Diz-nos o empregado depois de recolher os nossos pratos.

- Dentro de água? – Perguntou a Mónica e olhou para a piscina perto de nós e tal como todos percebemos que era uma piscina que mudava de ambiente conforme a utilização…e já com a noite a cair, o azul deu lugar a um vermelho, que depois mudou para laranja, amarelo, azul…e do fundo da piscina emergiram várias mesas e algumas cadeiras.

- Uau. – Digo eu e levanto-me num ápice, deixando as minhas ancas roçarem no rosto do Diego, que quando encontrou o meu olhar, teve a ousadia de me perguntar:

- Vamos, claro. – Disse como se não estivesse mais ninguém.

E fomos os primeiros a seguir para a água, mas pouco depois já todos estavam lá dentro e a mesa que escolhemos…dava exatamente para 4…e nem foi preciso escolher os lugares. Numa mesa perto da nossa ficaram a Mónica e a Vanessa, mais o Xavi e o Pablo e eu e Carol, ficamos com o outro casal noutra mesa.

A sobremesa foi servida com champanhe, uma mistura inebriante.

Olhei para o lado e a Vanessa estava já sentada no colo do Pablo…oferecendo-lhe fruta, misturada com chantilly e chocolate. A Mónica estava sentada ao lado de Xavi e ia saboreando com ele a sobremesa, mas o toque, de um e de outro, por baixo da mesa já era notório… o toque era subtil mas, o meu olhar captava sempre tudo.

Na nossa mesa, reparei que a Andressa se aproximou de Carol e lhe fazia algumas perguntas, sem qualquer interesse, enquanto a mão do Diego, me tocava…e sim, este toque, ninguém perceberia, porque ambos continuamos a comer e a conversar como se nada fosse.

- Está uma noite fabulosa… - Digo, tentando a custo disfarçar um gemido quando sinto um dos dedos dele friccionarem o meu clitóris…depois os meus lábios…

- Está e a temperatura da água perfeita para terminar o jantar. - Diz o Diego e começa a masturbar-me e olho para a Carol e vejo que a Andressa começa a saborear o chocolate no corpo dela…começando no pescoço e sinto a minha amiga ceder, mesmo não estando habituada àquele toque feminino.

E num sussurro, ouço Diego dizer-me:

- Olha discretamente para a mesa do lado. A tua amiga Vanessa já tem o caralho do Pablo na cona…será que vai até ao fim? – Perguntou-me ele..

Não lhe respondi, mas percebi que já fodiam enquanto saboreavam a sobremesa, enquanto a masturbação mútua entre a Mónica e o Xavi era cada vez menos discreta.

- Carol…a Mónica e a Vanessa, estão à nossa frente, pelo menos a Vanessa. – Digo e nesse momento, em que a atenção dos presentes na nossa mesa estava na mesa do lado…Diego senta-me no colo dele e eleva-me ligeiramente os quadris e enfia-me o caralho na cona de uma vez.

Não disfarço e movo-me ao ritmo que preciso…como quero…como gosto e nesse momento, a Andressa apercebe-se e olha para ele, para mim e depois para Carol. Olho para ela e apetece-me provocá-la até ao limite. E as mãos dele já tocam as minhas mamas e eu estou com dificuldade em focar-me…em ter lucidez para me controlar…


E do nada, Carol, chama o empregado e pede-lhe que leve tudo da mesa, pois terminamos a sobremesa, mas inesperadamente quando termina de falar com ele, sobe para cima da mesa e deita-se nela…com as pernas abertas para Andressa e virada com a cabeça na nossa direção. Elevo-me um pouco, já sem estar preocupada em que vissem que o Diego me fodia e coloco-me de quatro, com o rabo de fora da água e junto ao rosto dele, mas procuro os lábios da Carol.

- Estás molhada. – Diz ela quando a beijo… - Muito…- E depois dos lábios, avanço ligeiramente até às mamas dela e desenho-as, apertando uma e outra, até os mamilos escuros estarem entre os meus dedos. E atrás de mim, Diego começa a lamber a minha cona bem devagar e depois o meu cu…

- Cabrão que me fazes? – Pergunto olhando para trás…

- Nada… - Diz ele, mentindo tão mal.

E baixo-me até sentir um dos mamilos de Carol na minha boca e ela acaba por sentir as minhas mamas roçarem o rosto dela, numa provocação à qual acaba por não resistir. Agarra uma e outra e começa a chupar os meus mamilos, gesto que repito nela, enquanto vejo a Andressa tocar na cona dela, primeiro com um dos dedos, mas depois, ergue-lhe um pouco mais as pernas e é um dos mamilos dela que tocam e roçam nos lábios e no clitóris dela…alternando esse toque com o da língua, mistura esta à qual junta um dos dedos e a Carol começa a gemer sem controlo, deixando-se literalmente ir. Vendo tudo aquilo acontecer à minha volta, não consigo já sequer pensar e baixo ligeiramente as ancas, o suficiente para o caralho dele voltar a entrar na minha cona, enquanto um dos dedos dele continua a entrar e a sair do meu cu.

- Andressa… - E digo o nome dela, porque quero que ela veja, sinta o que é ter o namorado a foder-me.

E ela olha e observa-nos e sinto que aquilo ainda a excita mais…e a ele também. A Carol começa a gemer mais alto e não tarda muito a vir-se, sem qualquer controlo…

Pouco depois disso, Andressa sobe a mesa e senta-se sobre rosto dela, oferecendo-lhe a cona, enquanto ao mesmo tempo ela começa a aproximar-se de mim e inevitavelmente os nossos lábios tocam-se e é o sabor de Carol que sinto…e aquilo ainda me excita mais. E quando ela começa a acariciar as minhas mamas, apertando-as entre os dedos, ele fode-me…e ao mesmo tempo a língua de Carol continua a lamber a cona dela. Eu já não consigo controlar-me mais e venho-me com tal intensidade que lhe aperto demasiado o caralho e ele acaba por se esporrar todo dentro de mim. Sinto os espasmos dele e o jacto de esperma que me percorre a cona e que se juntam aos meus de descompressão…numa sintonia, pela qual nem eu esperava.

Julgo que Andressa não contava com aquilo pois mal se apercebeu disso, afastou-se e saiu da piscina, em silêncio…

- Que se passou? – Perguntei eu virando-me para ele e continuando a sentir o caralho duro, mas agora a tocar na minha cona…

- Ciúmes possivelmente… - Disse ele, mas parecia-me pouco certo do que dizia.

- Mas, não faz sentido nenhum. Ela estava a ver, estava a gostar até incentivou, por isso ciúmes de quê? – Perguntei sem entender de facto o que a tinha levado a deixar a mesa dentro da piscina. – A relação não é aberta ao ponto de foderem com quem quiserem, na presença ou ausência do outro? Entendi bem, correto?

- Sim, mas ela nunca me viu foder assim e a descontrolar-me ao ponto de me vir dentro de alguém, de ti…nunca aconteceu com ninguém. – Confessou-me e pareceu-me quase assustado, inseguro…meio perdido até.

- Diego…one night stand e estamos bem. – Digo e preparava-me para sair dali, mas ele segura-me e volto a sentir o caralho dele entrar na minha cona. – Não, não pode ser….

- Sim, ela vai ter que perceber que há coisas que não se controlam…sentem-se…fazem-se e, apesar de nada mudar, eu fazia de novo…- E ouvindo isto, afasto-me dele e dou-lhe um beijo nos lábios e depois digo-lhe bem baixo, apenas para ele ouvir.

- Vai ter com ela…fode-a como ela gosta e amanhã nem se lembra. Eu vou até ao bar com a Carol, porque as minhas amigas estão divertidas com os teus amigos. – Aconselho e preparo-me, pela segunda vez, para sair da piscina, mas ele trava-me de novo.

- Eu vou…mas volto… - Diz ele e sai da piscina.


E pouco depois aproximei-me da mesa do lado e fiz sinal à Vanessa que ia dar uma volta com a Carol. Naquele momento só ela estava sobre a mesa com Pablo a fodê-la, pois a Mónica estava de costas na borda da piscina e com a Xavi a fodê-la por trás, bem no cu como ela sempre me disse que gostava.

E saímos as duas da água, com as pernas a tremer da tensão e do que tínhamos vivido as duas.

- Já está…desafio cumprido, vamos a uma bebida antes de para o quarto? – Pergunto quando nos secávamos, vestindo a roupa que tínhamos pendurado na entrada do recinto.

- Acho que prefiro ir já para o quarto… - Dizia ela, e senti que era a culpa a falar mais alto.

- Carol…nenhuma de nós vai alguma vez falar do que aconteceu. O importante agora é saber se tu estás bem, se gostaste… - Tentei acalmar aquela crise existencial que se estava a apoderar dela.

- Tu não estás a perceber…eu quero mais…eu preciso de mais, mas… - E interrompi-a.

- Falas com o Francisco, se ele for o homem para ti vai entender e se não for, acredita, tu própria vais afastar-te lentamente…e esse caminho, amiga, és mesmo tu que o tens de percorrer, não sou eu, nem a Vanessa ou a Mónica, és tu. – Disse, falando sério e revendo-me no que lhe dizia. Vidas passadas talvez…encontros e desencontros furtuitos…o prazer e a perdição versus a culpa e a razão.

- Anda até à praia. Vamos ver as estrelas e depois vamos até ao quarto. Eu também já tive a minha dose por hoje. – Digo e pego-lhe no braço e caminhamos juntas até à praia.

- Tu? Só hoje? Julgo que aqueles dois…ou se entendem muito bem ou a relação já era….

- Se já era Carol, é porque não tinha de ser. Entraram num jogo perigoso e ou jogam com regras e limites ou perdem e se perdem no próprio jogo. – Digo e sei bem do que falo.

- Ele fode bem? – Pergunta ela quando já estávamos só as duas sentadas na areia da praia.

- Tenho que admitir que para um miúdo, é melhor que muitos com o dobro da idade dele…e ainda tenho a cona a latejar do estado em que me deixou. Tremo só de pensar, mas gostei e com este stress todo com a namorada, não quero saber mais dele... – Digo e deito-me…vi a primeira estrela cadente e peço um desejo…

- Lamento informar-te, mas do que eu vi hoje…ele não te vai largar… - Diz-me ela e tenho a mesma certeza.

- Vai saber da pior forma que na vida há limites…….e eu preciso de variar….. – Digo, mas volto a ela. – E tu gostaste do toque dela? Conta lá…essa experiência com outra mulher, nunca tinha acontecido, pois não?

- Acho que só nos escuteiros, nos balneários e nada que se compare ao que aconteceu hoje…foi tão bom, que só de pensar…. – E não diz muito mais, ficando ambas e silêncio a contemplar o firmamento e com a melhor banda sonora…o mar…

Fecho os olhos por pouco tempo e ouço umas vozes ao fundo, mas estou tão relaxada que nem abro os olhos, mas sinto que a Carol se move e apenas me diz…

- Os casais vem aí…e a Andressa e o Diego também… - Diz-me e levanto-me.

- A dica que precisava para ir beber qualquer coisa ao bar e depois ir para o quarto. Vens comigo? – Perguntei-lhe.

Entretanto eles chegaram todos animados e as minhas amigas tinham um daqueles sorrisos de quem fodeu muito e se vieram em igual proporção. Já os outros dois vinham mais tensos, mas ela vinha com outra expressão, o que significava que deviam ter estado a foder e a prova disso era que o Diego nem conseguiu olhar para mim.

- Ora desafio cumprido my friends. Fodemos todos e alguns mais que uma vez. Nós as duas só vamos ali ao bar, beber algo interessante e ver o ambiente e depois vamos dormir. Vocês as duas ficam? – Perguntei às minhas amigas. A resposta afirmativa, fez com que eu e Carol saíssemos dali a rir.

- Putas, putas, putas….eu não digo…só me dou com putas… - Dizia a rir e eu ria-me com ela.

Lembro-me de ter chegado ao bar, de beber uma ou outra bebida, mas já não me recordo de como tinha ido parar à minha cama.

- Deve ter sido bonito. – Digo e ergo-me lentamente, tentando não acordar ninguém, mas rapidamente percebo que a Carol está na cama ao lado e no andar de baixo, as camas estão vazias.

- Putas…ficaram a foder a noite toda, está-se mesmo a ver. – Digo eu em voz baixa e pouco depois ouço alguém bater à porta da villa. – Devem ser aquelas duas desavergonhadas, não podem ter um caralho que ficam assim. Eu não as aturo… - Digo e quando abro a porta é o Diego que vejo à minha frente e sozinho.

Preparava-me para fechar a porta, mas ele impede-me.

- Onde está a tua namorada? – Perguntei-lhe.

- Não sei…

- Como não sabes? – Perguntei.

- Dormi sozinho e és a primeira pessoa que encontro. – Diz-me e deixo-o entrar nesse momento.

- E eu nem sei como vim parar à minha cama, honestamente nem sei o que é pior. A Carol ainda dorme e a Mónica e a Vanessa nem sei onde estão. – Disse-lhe e ele acabou por me contar o que eu já adivinhava.

- As tuas amigas ficaram a dormir na nossa villa, podes ficar descansada, pois estão em boas mãos, literalmente falando. Quanto a vocês as duas, fui eu que vos trouxe, depois de terem estado a beber no bar. Isto depois de tu teres tentado subir para uma das mesas e te preparavas para descer o vestido. Mal isso aconteceu, peguei em ti e nela e trouxe-vos até aqui. – Confessou, fixando o meu olhar.

- E a Andressa também te ajudou nessa difícil tarefa? – Perguntei curiosa, mas já antevendo a resposta dele.

- A Andressa, quando vos trouxe, desapareceu. Nunca mais a vi. Estava convencido que ao chegar à nossa villa ela estaria lá à minha espera, mas só estavam eles e elas. – Acabou por me revelar, mas não me parecia muito afectado com a questão.

- Bem, eu acabei de acordar e só preciso de tomar um banho rápido. Se esperares podemos sair para tomar o pequeno almoço juntos. – Digo, tentando normalizar uma amizade que começou nuns moldes diferentes do habitual. E dito isto, começo a tirar a roupa até à casa de banho e enfio-me na banheira. Honestamente depois de tudo o que se tinha passado na noite anterior, não estava propriamente preocupada com a minha nudez e avancei nua pela casa de banho, deixando a água quente correr pelo meu corpo.

- Posso? – Perguntou ele, já nu e prestes a entrar na banheira, que dava para mais uns três ou quatro para além de nós.

- Diego…

- É só um banho, juro… - Diz ele mas ao percorrer o corpo com o olhar e ver aquele caralho já duro só de olhar para o meu corpo, deixou-me logo num estado de tensão incrível. Tentei abstrair-me, virar-me ao contrário, de forma a que ele não percebesse. - …apesar de saberes o efeito que tens em mim. – Diz e faço um esforço para me conter, mas não consigo. Comecei a tocar-me, o mais discretamente que consegui e de costas para ele era difícil ele perceber. - Vira-te para mim enquanto te tocas…pelo menos. – Ele tinha percebido, mas nesse momento, ignoro-o completamente. Tomo o banho, ligo propositadamente a água fria, para eu própria conseguir controlar os meus ímpetos e saio depois da banheira, deixando-o ainda com o caralho duro, mas a olhar para mim. – Fodasss…. – Diz e vejo-o colocar-se debaixo da água fria enquanto me observa vestir o biquíni e a seguir, olhar-me ao espelho, colocar um creme no rosto, para só depois vestir uma túnica semi-transparente a condizer com o biquíni florido e finalmente calçar as sandálias.

- Estou pronta, vamos? – Pergunto eu olhando na direção do chuveiro.

E naquele momento vejo-o a olhar para mim, num estado de tesão tal, a tocar-se e perto do orgasmo. Não consegui travá-lo, reprimi-lo, porque adorava ver um homem assim, descontrolado. E para culminar, vejo-o esporrar-se todo, pintando parte da parede negra da banheira de branco…de esperma, que eu lamberia, mas aquele não era o momento, nem o homem e eu estava cheia de fome...e agora a precisar de me tocar.

- O estado em que me deixas….. - Vociferou ele furioso pela falta de controlo.

- Diego…eu só tomei banho…

Mas o rosto dele a olhar para mim por baixo da água fria que ainda corria era de quem praguejava com todos os sentidos que tinha, como se eu fosse ao mesmo tempo o inferno e o paraíso numa só pessoa.

Não tardamos a sair da Villa e a Carol continuava a dormir tranquilamente.

- Conheço aqui perto uma praia fantástica. Vamos até lá até o pessoal acordar todo? – Perguntou-me ele.

- Mas vamos como? A nado? – Perguntei pois não percebia como ele queria sair dali.

- Vamos? – Perguntou ele de novo, numa pressão que quase não me dava espaço de manobra.

- Não trouxe toalha, só tenho protetor solar…

- E tens-me a mim… - Disse ele muito depressa.

- Não me parece boa ideia. Acho que devíamos ir todos. – Digo eu tentando resistir.

- Mas eu quero ir só contigo. – Diz-me ele muito depressa, aproximando-se mais de mim. E quando dá um passo na minha direção eu afasto-me outro.

- E como vamos? A nado? – Digo eu a sorrir perante a dificuldade que prevejo antecipar aquela súbita vontade.

- Não. Vamos de barco. – Responde-me.

- Vais-me dizer que tens um barco...e que até sabes conduzir. Isso ia ser giro. – Digo eu mas já a pensar em como vou regressar à villa e acordar Carol. Não se pode dormir tanto, com tanto para explorar.

E nisto aparecem na praia, vindos do nada, os outros dois casais.

- Afinal vamos acompanhados… - Digo eu para ele, numa atitude mais provocatória e que o deixa completamente fora de si.

E não tardou muito depois de um contacto telefónico de um barco atracar um pouco antes da praia do hotel e de um pequeno semi-rigido vir até nós.

- Quem vem? – Perguntou ele, mas de uma forma nada convidativa.

- Mónica e Vanessa, vamos? – Perguntei eu, quase como que suplicando que viessem comigo e o que acabou por se concretizar e fomos os 6.

Fiquei a pensar na Carol e o quão só se sentiria na nossa ausência, mas o prazer de ir explorar outra praia perto pareceu-me divino. E no meio daquela divisão de sentimentos e sensações…aparece Andressa no meio da praia, com a mesma roupa do dia anterior.

- Também vou. – E de repente o ambiente ficou um pouco mais pesado, mas no meio de toda aquela alucinação talvez fosse a forma mais inteligente de me livrar do Diego.

- Tenho pena que a Carol esteja ainda a dormir. Tenho a certeza que ia gostar muito de ir connosco. – Digo, deixando todos sem saber o que dizer, pois eu estava a dar-lhe passagem para entrar em algo que sempre lhe pertencera, mas por alguma razão lhe escapara.

- Se calhar deviam ir vocês. Eu fico. – Disse eu, querendo apenas testar reações perante o meu falso gesto de altruísmo, mas que na verdade também refletia alguma a verdade.

- Tolice. Isso não faz sentido nenhum. – Diz a Vanessa completamente furiosa comigo. – Ninguém tem culpa de ela gostar de dormir até tarde e não vais ficar pendurada e sozinha por causa disso.

- E se fosses tu, Vanessa? – Pergunto-lhe e olho-a nos olhos…e quero que ela leia mais do que lhe digo. Ela estremece com a pergunta…e diz a verdade.

- Sentia que se tinham esquecido de mim…. – Confessou a verdade, mas entrou no mesmo jogo.

- Vão…eu e ela…temos tanto para explorar…e vocês…3 casais…o que querem mais? É perfeito. Aproveitem. – E vi Diego tão furioso com a felicidade que Andressa transbordava e as minhas amigas estavam bem…isso bastava-me. E com uma simples frase acabara por repor o equilíbrio naquele jovem casal e que percebia muito do pouco do que era ser, ter e dar.

Mas antes de entrar no semi-rigido, a Vanessa vem ao meu encontro e diz-me o que sabe.

- Podes fugir, podes tentar tudo, até arranjar as desculpas mais incríveis, mas eu conheço-te e ele quer-te ali e não a ela. Espero que saibas o que estás a fazer….a ti…sobretudo a ti. – E dá meia volta e entra no barco.

Vejo a Mónica com o mesmo ar…e Diego com o ar mais perdido, mas Andressa finalmente reconquistou o seu terreno e é assim mesmo que tem de ser e a tempestade sempre me deu alguma paz.

- Se não souberem de mim onde me podem encontrar? Digam a resposta certa…vá… - Digo para suavizar aquele clima.

- Red zone…my friend…. – Diz a Vanessa.

E viro costas e mostro o dedo do meio para eles.

- Uma puta será sempre uma puta… - E deixo-os ir, ciente de que preciso de mais, muito mais para abalar o meu mundo…e vou, ciente de que vou tropeçar no próximo pecado.

Fui até à villa de novo, pois queria acordar a Carol que ainda dormia quando cheguei.

- Ou te levantas agora ou meto-me na cama contigo. - Digo e ela vai lentamente abrindo os olhos, ciente de que não estava a brincar e que faria isso mesmo se não se levantasse.

- Mas onde é que elas estão? Onde estão todos? E porque estás só tu aqui? - Fez tantas perguntas e não me apeteceu responder a nenhuma.

- Eu já te conto tudo, mas primeiro vamos tomar um banho e depois vais tomar um bom pequeno almoço...temos algo a fazer. – Digo e ela fica a olhar muito séria para mim.

- Tu não achas que já fizemos estragos suficientes Joana? – Perguntou ela tapando o rosto.

- Anda…quero saber a que estragos te referes… - Digo, puxando por ela e empurrando-a de seguida para a casa de banho.

- Dormi nua. Foste tu que me deitaste assim? – Perguntou-me.

- Não, é uma longa história…conto-te já. – Digo e consigo que se meta debaixo do chuveiro e rapidamente lhe escolho algo prático para vestir.

E já quando estávamos as duas deitadas na praia, quando lhe comecei a contar, em pormenor como tinha corrido a noite de ontem, demorando-me propositadamente em alguns detalhes, mas terminando no cavalheirismo do Diego em nos deixar às duas na cama. No final, Carol ficou a olhar para mim, sem saber muito bem o que dizer. Contei-lhe também a aventura dos 3 casais que tinham ido para a outra praia e perguntei-lhe.

- Vamos fazer as duas uma massagem ao SPA? – Perguntei.

- Joana…que tipo de massagem? – Perguntou ela já com as faces ruborizadas.

- A que as duas precisamos? Homem ou mulher? – Perguntei sem estar sequer preocupada com o que ela pudesse pensar.

- Homem… - Diz ela muito depressa.

- E tu? Já sabes o que vais escolher? – Perguntou-me curiosa.

- Escolhe por mim. – Pedi, quase que a desafiando a escolher o prazer que iria ver.

- Homem também… - Disse ela e o olhar meio envergonhado dela baixou um pouco e eu aproximei-me dela e beijei os lábios dela.

- Sabes uma coisa? Tens um sabor delicioso… - Digo sem rodeios.

- Como sabes? Nunca me tocaste… - Diz ela, mas não se afasta.

- A Andressa sabia a ti quando me beijou ontem…tinha o teu sabor nos lábios, na língua…e fiquei com vontade de…

- Paras? É que me estás a excitar… – Pediu, já me sentindo quente.

- Eu sei. E gosto, vamos? – Perguntei eu, sabendo que me seguiria sem hesitar.

Pouco depois entramos as duas na área de spa e lazer do resort. Aguardamos uns minutos e pouco depois fomos encaminhadas para uma sala apenas iluminada por algumas velas dispersas e que conferia à sala um ar acolhedor, intimista e quente.

- Podem despir-se, deitar-se e aguardar um pouco. - Disse a mulher que nos acompanhou até ali, deixando-nos pouco depois.

Entreolhamo-nos e trocamos um riso perverso quando lentamente nos fomos desfazendo de uma ou outra peça de roupa que tínhamos vestida no corpo...e por fim percorremos o caminho até à marquesa, deixando apenas os chinelos debaixo desta, antes de nos deitarmos, cobrindo somente das nádegas para baixo o nosso corpo nu, com a toalha branca que nos fora deixada em cima de cada uma delas.

E não tardou muito e apareceram dois homens na sala e durante breves instantes tirei as medidas a um e a outro e só depois escolhi uma das vendas que tinha em cima da marquesa…optando pela preta e ouvi a Carol perguntar-me:

- Há duas vendas qual escolho? – Perguntou e senti-a perdida…sem saber a opção que era compatível com o que queria.

- Depende do que quiseres. Eu quero explorar os sentidos…quero sexo…e não quero ver…quero ser surpreendida. E tu o que queres? – Perguntei.

- Quero o mesmo, mas quero ver…tudo… - Diz ela, acabando por me surpreender. – E eles entendem o que queremos? – Perguntou e legitimamente porque no caso dela, poderia ser qualquer uma das opções.

- Não no teu caso. Vais ter de dizer o que queres. – Explico.

- Como? – Pergunta-me.

- Carol…desliga…e sente…..ele saberá, pois o teu corpo dará os sinais que ele precisa de saber para prosseguir…e agora ciao bella. – E desliguei dela e foquei-me nas mãos que começaram a tocar os meus pés e subir por mim, relaxando-me e excitando-me ao mesmo tempo.

Suspirei…

E ouvia o mesmo arfar ao meu lado, o que significava que Carol seguia as mesmas pisadas ao ritmo dela, mas rapidamente desliguei dela e foquei-me no prazer que aquelas mãos quentes e bem oleadas me provocavam lentamente. Um calor…uma vontade de mais…

Ele estava bem à minha frente e massajava as minhas costas, naqueles pontos onde estrategicamente costumo ficar mais tensa…suspirava, arfava de alívio e ao mesmo tempo de prazer pelo toque infligido.

- Pode virar-se. – Diz-me e eu obedeço cegamente literalmente.

A toalha continua sobre as minhas ancas, mas as minhas mamas ficaram a descoberto e sinto-o tocar-me numa e noutra, um movimento síncrono…que me arrepiava o corpo e ele reagia, sem pudor ao toque de um estranho que me tocava…sem nunca me ter visto, sem sequer saber o meu nome, de onde era, para onde ia…apenas sabia que queria ter prazer com as mãos dele em mim…

Senti algum rebuliço na marquesa do lado e percebi, mesmo sem olhar que os movimentos eram parecidos, mas a forma de Carol reagir ao toque nos mamilos era maior que o meu…tinha uma sensibilidade maior e eu sabia disso. Ela não suspirava, gemia…e sei que o toque do outro homem se deve ter demorado mais tempo nos mamilos dela…

- Hmmmm… - Ouvia-a gemer… - Isso é bom…

Não aguentei e tirei a venda. Queria ver, vê-la ter prazer e ver o meu prazer nas mãos de mais um estranho.

Ele apertava-lhe os mamilos entre os dedos e o corpo dela reagia a este toque, mais intenso que eu esperava. Fechei os olhos e o homem que me tocava deslizou com o corpo lateralmente e facilmente senti a ereção dele tocar-me no braço direito.

- Hmmm… - A minha vez de reagir a um toque deliberado, mas de uma leveza inacreditável.

E nesse momento unta as mãos, com mais óleo aromatizado, e desliza-o pelo meu ventre e adivinho exatamente onde vai terminar. Deixo…quero…preciso…e ele não hesita e começa lentamente a rodear-me a cona…depois aproxima-se lentamente dos lábios, fazendo os dedos deslizarem ritmadamente por eles…até começar a massajar-me o clitóris…e sem me aperceber as minhas pernas arqueiam e ele continua, mas desta vez a massagem assume os contornos de uma masturbação consentida e quando olho para o lado vejo o caralho do outro homem na boca de Carol enquanto uma das mãos dele começa a masturbá-la.

Os gemidos ecoam pela sala, os meus…os dela…os do outro homem….e venho-me sem contenção…livre de preconceitos e peço.

- Lambe-me….toda…. – E o meu pedido levou-o ao meio das minhas pernas e a lamber-me a cona, o clitóris…e voltar a fazer um dos dedos deslizar para dentro da minha cona…uma e outra vez até me fazer vir de novo… - Agora anda cá…um prazer tem de complementar o outro….e quando começo a toca no caralho dele, duro…a latejar e já a pingar…ouço claramente as estocadas de quem começou a foder…desenfreadamente…sem controlo…enquanto eu, demoradamente me delicio em tocar aquele falo duro e hirto, até o aproximar dos meus lábios e lamber demoradamente, saboreando cada centímetro.

- Paguei para ter o pacote todo, mas o que é que tu queres? Quero que faças o que te apetece agora…. – E a partir desse momento, apesar de continuar a ser uma cliente que tinha pago para ter prazer, ele ia assumir o controlo…e começou a foder a minha boca…até se colocar em cima da marquesa e me erguer as pernas, por cima dos ombros dele e começar a foder-me.

Olhei para o lado…e vi Carol de costas, com o rabo ligeiramente empinado e com o homem a foder-lhe o cu…

E nesse momento ela cruza o olhar com o meu e ficamos a observar o prazer que estávamos a ter…com um e com outro…

Quatro gemidos…o mesmo prazer…o mesmo fim…


E quando saímos dali as duas, estávamos verdadeiramente zen. Almoçamos quase sem conseguir articular uma palavra de tão relaxadas estarmos. O café veio com pedras de gelo…e uma e outra deixou uma ou outra escorregar pelo corpo, fazendo-as derreter sem dificuldade.

O telefone da Carol tocou e percebi pela tensão que era o Francisco a ligar. Fiz sinal para se ausentar dali, mas ela quis que eu ficasse.

- Amor…temos de falar…

Aquelas palavras ecoaram em mim e tive de me levantar, pois já tinha perdido a conta à quantidade de vezes que as tinha dito e do outro lado…o entendimento das minhas palavras era inexistente…

- Sim…estou a gostar…. – Ouvi-a dizer e ao mesmo tempo vejo entrar no restaurante as nossas amigas. Vinham sós e só me lembro de correr para elas…e depois de ter visto um sorriso perverso numa e noutra, abraçar a Vanessa e não a largar.

- Ui…onde andaste? Que tens? O que se passa? – Perguntou, um pouco preocupada, enquanto a Mónica caminhava para a mesa onde a Carol estava sentada e a olhava para tentar perceber o que eu não conseguia dizer.

O telefonema acabou e regressei com ela à mesa.

- Então essa manhã na praia que tal correu? – Perguntei, curiosa.

- A Andressa e o Diego passaram o tempo a discutir até estar cada um de um lado e de outro e nós…bem, nós…estivemos numa red zone alternativa. – Disse a Vanessa e eu não estava a entender nada do que ela me dizia. – Mas eu quero saber o que andaram as meninas a fazer, porque estão as duas com cara de caso? – Perguntou.

- Red zone alternativa? – Pergunta Carol. – O que é isso? Nudismo? – Perguntou-lhes.

- Não propriamente. – Disse a Mónica, com um ar um pouco comprometido. - Conta tu Vanessa. – Pediu ela.

- Como os vimos num ambiente tenso, decidimos explorar a praia…longe deles e fomos os quatro…pelo areal…até não estar ninguém por perto. E sim fizemos nudismo…e sim fodemos…mas, a dada altura trocamos. E no meio de tudo isto…fodemos literalmente uns com os outros… - E parou propositadamente pois queria saber até que ponto queríamos saber mais.

- Continua por favor… - Pedi.

- Eles foderam um com o outro, tal como nós… - Contou-nos.

- Qual é a sensação de ver um homem foder outro? – Perguntei sem rodeios, percebendo claramente o que tinha acontecido e ficando excitada com isso.

- A mesma que ver uma mulher com outra e um homem com uma mulher…não há diferença…há um factor comum: o prazer…é a única coisa que nos move.

E já bem distante do telefonema que tinha recebido, ouço a Carol perguntar:

- Algum deles se esporrou no cu do outro? – Perguntou, esperando uma resposta. E todas ficamos a olhar para ela, perante a pergunta demasiado explícita, pornográfica…

- Um deles no cu do outro e o outro na minha boca e na dele…lambemos o caralho juntos. – Diz a Mónica, como se estivesse a explicar algo trivial.

- E os outros dois perdidos algures na praia onde o barco parou, certo? – Perguntei.

- Nem sabemos bem, mas julgo que sim…pois estavam em silêncio quando regressamos os quatro.

- Mas e vocês? – Perguntou a Vanessa, olhando para mim, mas contrariamente ao que ela esperava foi a Carol que lhe respondeu.

- Putas do caralho…como não ser uma igual ou pior, se vos tenho por perto? – Perguntou. E contou-lhe a nossa experiência na sala de massagens.

- Amanhã quero o mesmo…agora preciso de me alimentar… - Diz a Mónica muito depressa e a Vanessa segue-a para o buffett do restaurante.

- Carol…o Francisco…está tudo bem com vocês? – Perguntei com o ar mais sério do mundo.

- Igual…não lhe posso contar o que ando a fazer sem olhar nos olhos dele…é demasiado. – Confessa.

- Para ti ou para ele? – Perguntei friamente.

- Para mim…sou um puta…e ele nem imagina. – Confessou e segurei no rosto dela e disse o que ela não esperava.

- Eu também sou e vês-me quebrar? Assume isso e serás mais feliz. Conta como és e se ele te ama, fica…se não vai. A menos que queiras um homem para exibir e outro para foder? É isso que queres…ou queres a plenitude? – Pergunto e sei do que falo.

- Quero um homem que me compreenda, que me aceite…

- Fodasss….é isso mesmo…aceita isso e serás mais feliz. – Aconselho-a.

- Tu és? – Perguntou depressa demais.

- Ainda não encontrei o homem certo…um dia quem sabe… - Digo e olho para a porta e vejo entrar os três homens – Xavi, Pablo e Diego.

- E elas achas que os encontraram? – Pergunta-me.

- Não sei. Não tenho as respostas todas, as respostas dos outros e nestas coisas amiga não há respostas certas ou erradas…a alma diz sim e o corpo responde….

- Onde vim parar? Ao céu ou ao inferno? – Pergunta ela num misto de riso e nervosismo virada para mim.

- Eu estou no céu…mas o meu céu pode ser o teu inferno e vice-versa… - Digo e rapidamente o meu registo muda quando eles se aproximam de nós.

- Olá…então a vossa manhã foi boa? – Perguntaram e as duas trocamos um olhar cúmplice e olho para cima e encaro o olhar de todos e termino no Diego.

Nada dizemos, mas ele sentiu cada palavra não dita.

- E vocês divertiram-se na praia? – Pergunto eu desprendidamente.

- Imenso. – Responde Diego muito rapidamente e sei que mente. E mente tão mal.

- A Andressa ficou lá retida ou o voto de silêncio já terminou Diego? – Pergunto astutamente, dando a entender saber tudo.

- A Andressa já deve estar no aeroporto para regressar a casa. – Confessou. – Vou comer qualquer coisa e depois vou ver pornografia.

E agarro-o pelo braço e digo-lhe ao ouvido.

- Alimenta-te, mas guarda esse leite para derramares em cima de mim…o meu cu hoje ainda não foi explorado……… - Digo e deixo-o pior do que estava, mas os calções mostram o oposto da expressão pesada dele.

- Queres que te foda o cu, é isso? – Pergunta-me num sussurro…

- Por favor....e demoradamente…o da Carol foi bem aberto…….. – Digo no mesmo registo…num sussurro, apenas para ele ouvir.

- Pessoal vou comer e depois vou dar uma volta por aí…a Joana vem comigo. – Ouço-o dizer e sorrio cumplicemente para as minhas amigas.

- Vais com ele? – Pergunta-me a Vanessa e respondo o que ela já esperava.

- Sim, vou. – Digo.

E depois daquele repasto, saio com Diego do restaurante, deixando-os aos 5 a ver-nos desaparecer.

- Que achas que ficaram a pensar? – Perguntou-me ele…tentando a custo disfarçar um sorriso.

- Que vamos passear, apanhar conchinhas na areia e explorar as praias perto. – Digo o que ele não esperava ouvir.

- Fala puta…fala o que eu quero ouvir….

E volto a dar-lhe um estalo como no dia anterior e ele pára e fica a olhar para mim à espera de uma resposta.

- Vamos ser a puta e o cabrão que se conheceram ontem…


FIM

 
 
 

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