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17º ANDAR - II PARTE

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro






- E agora Raquel? – Perguntou depois de o elevador estar parado, exibindo já uma erecção difícil de disfarçar.

- Agora vamos negociar. - Disse-lhe sem pestanejar. Ele não me respondeu, aproximou-se simplesmente de mim e eu, propositadamente, não me mexi. E tal como previa, ele foi-se aproximando lenta, mas decisivamente, empurrando-me, pouco depois, com o corpo dele, contra o espelho atrás de mim. Uma rápida troca de olhares entre presa e predador, sem saber naquele momento qual dos dois assumia o papel de presa ou de predador, até os lábios dele tocarem os meus num beijo destemido, sôfrego, que não mascarou o desejo contido e me deixou literalmente sem fôlego.

- Sim, podemos negociar. De acordo com os meus termos ou os teus? – Perguntou-me repentinamente.

Não lhe respondi, mas gostei daquela súbita proximidade....e aproximei-me mais dele, descendo como uma serpente por ele abaixo, sentindo o fino e delicado tecido do fato dele, até me deparar com o fecho das calças e que abri mais habilmente do que é habitual. E depois, antes de qualquer outro gesto, olhei para cima apenas para me deleitar com o olhar dele em mim, ansiando pelo toque seguinte, e que ele, sem dificuldade, adivinhava. E sem a pressa que o momento exigia e apesar das circunstâncias, não demorei a afastar os boxers dele, bem justos ao corpo, e já com o caralho a querer irromper pelo tecido suave e que me impediam o toque....e comecei a lamber o caralho dele, já bem duro, com a ponta bem molhada e que os meus lábios começaram por envolver, deixando a minha língua saboreá-lo como eu sei e gosto.

- É assim que tu gostas....de negociar? - Perguntou-me ele entrecortadamente.

E parei de lhe chupar o caralho para olhar para cima e o encarar nos olhos....ver os olhos dele em mim.

- Não, falta uma coisa. - Disse-lhe e quase ao mesmo tempo desço o meu vestido ligeiramente, exibindo as mamas sem qualquer soutien a cobri-las. - Só me faltaria tirar as cuecas para te mostrar como costumo negociar, mas a verdade é que me esqueci de as vestir.

- És muito puta Raquel, sabias? - Pergunta-me ele retoricamente e eu sabia, aliás eu já tinha ouvido esta pergunta tantas vezes e tantas vezes a mesma tinha ficado sem resposta. Mas a verdade é que era a minha forma de estar e não só de negociar...a verdade é que era muito difícil resistir a um homem interessante, sobretudo dentro de um elevador e que me desejava daquela forma.

E sem lhe responder continuei a lamber o caralho dele, mas parei pouco depois, voltando a subir por ele, beijando os lábios dele, deixando que ele sentisse o sabor dele, enquanto sentia uma das mãos dele acariciar uma das minhas mamas, desenhando com um dos dedos o meu mamilo escuro e já bem endurecido, para depois lhe sussurrar:

- Acho que isto ainda poderá demorar. - Disse, sabendo perfeitamente que iríamos acabar a foder ali se eu não o travasse. - Saímos neste piso e vamos até às escadas mais próximas ou vamos embora? - Perguntei-lhe, sabendo perfeitamente a resposta que ele iria dar-me.

- Sim...vamos até às escadas, mas primeiro vou até à recepção. Vou reservar um quarto, pediremos algo para comer e vamos foder até....- E nesse momento carrego no botão e deixo o elevador seguir o seu curso até à recepção...não desviando o olhar do dele enquanto subo o vestido e o vejo enfiar o caralho, com dificuldade, nas calças.

- Mesmo a tempo. - Digo quando a porta se abre.

- Raquel?

- Sim, Marco? - Pergunto olhando para ele, claramente vestindo a pele de predadora.

- Tens a certeza? - A pergunta de uma presa já enclausurada.

- Marco...reservas tu ou eu? - Perguntei eu, dando-lhe a resposta que lhe tirou todas as dúvidas que pudesse ter.

- Reservo eu. - Disse e deixei-o aproximar-se da recepção e parei perto de uma mesa com alguns folhetos e fingi interesse num e noutro enquanto o observei de longe. Decidido, mas percebi que eu poderia ser uma estreia, mas naquele momento era um dado tão pouco relevante comparativamente com a vontade que tinha de foder.

Pouco depois voltou para junto de mim, agarrando-me por trás:

- Subimos? - Perguntou-me.

- Sim, claro. - Digo carregando no botão para voltar a chamar o elevador. - E em que andar paramos para experimentar as escadas antes de ir para o quarto? - Pergunto desafiadoramente, sabendo exactamente o que iria provocar.

- 10º andar, naturalmente. Vamos? - Perguntou ele entrando no meu jogo e no elevador, depois de me dar a passagem como qualquer cavalheiro.

- Adoro quando me entendem. - Digo sorrindo perversamente.

E a porta do elevador volta a fechar-se.

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