CARNAVAL - PARTE II
- Eva Ribeiro
- 4 de mar. de 2022
- 7 min de leitura

Acordei com os primeiros raios de sol da manhã a entrar pela janela e dei por mim a apreciar o dourado da minha pele pelo seu reflexo. Levantei-me e fui até à janela, desfilando até lá apenas em cuecas e descalça. O quarto estava quente e os raios de sol ainda lhe conferiam um tom mais quente, mas que contrastou com o fresco que senti quando abri as portadas da varanda. O frio de uma manhã de inverno solarenga, mas que mesmo assim não me impediu de dar um passo para o exterior e observar o movimento na rua àquela hora da manhã, bem diferente do de ontem à noite quando ali estiver acompanhada. Não me demorei e fechei, pouco depois, as portadas e peguei no telefone, discando o número da receção. Não me apetecia levantar para tomar o pequeno almoço na sala comum, optando, por isso, por fazer o pedido para que o mesmo me fosse entregue no quarto. E enquanto aguardei que o mesmo chegasse abri o guarda-roupa e contemplei o meu vestido…diferente de todos os que tinha, mandado fazer para o efeito…prateado e com alguns apontamentos em vermelho aqui e ali. A capa vermelha que tinha escolhido assentava na perfeição em cima do vestido, aquecendo-me até chegar ao local. Tinha optado por escolher uns sapatos de salto alto vermelhos e uma pequena bolsa na mesma cor. Os brincos eram discretos, e de cor rubi e que combinavam com o colar em forma de pendente e que preenchia discretamente o meu peito, fazendo sobressair a máscara, com diferentes tons de vermelho e com as plumas todas em prateado e que conferia a todo o conjunto um toque de elegância que ultrapassava tudo aquilo a que estava habituada.
Não descurei as meias de liga cor da pele, nem o conjunto rendado cinzento e cuja renda desvendava cada centímetro da minha pele e cujas cuecas tinham a particularidade de apertarem lateralmente. Cetim e renda maximizando a sensualidade que o meu corpo revelaria.
E perdida naquela montra, ouvi o bater na porta do quarto. O pequeno almoço tinha finalmente chegado. Ia dirigir-me à porta, mas olhei para mim e dei conta que deveria cobrir o meu corpo. Peguei no robe acetinado que tinha aos pés da cama e prossegui até à porta, reparando que o toque do cetim nos meus mamilos, os deixara endurecidos, sobressaindo no tecido que ia até meio das pernas. Paciência, pensei eu, pelo menos estava coberta. E quando abri a porta, vi um empregado do hotel que se dirigiu gentilmente a mim em inglês, pois sabia que era uma hóspede portuguesa. Entrou no quarto para me pousar o tabuleiro na mesa que tinha perto da janela, mas reparei no seu olhar em mim. Agradeci a simpatia e o meu sorriso perverso acabou por surgir quando me despedi dele, agradecendo o serviço.
- Sou o Rafael, se precisar de mais alguma coisa, pode ligar diretamente para o bar e trago-lhe imediatamente. – Disse-me quando me preparava para fechar a porta.
Agradeci, deixando as palavras dele ecoarem algum tempo como um perverso convite. E influenciada por esse súbito despertar de desejo, acabei por devorar o pequeno almoço, sabendo que a minha fome era outra. Ainda olhei algumas vezes para o telefone e quando fiz a chamada foi ele que me atendeu em italiano. E quando ouviu a minha voz percebeu exactamente quem eu era. Pedi mais sumo, mas disse que entretanto iria tomar banho e que entrasse no quarto. Percebi que ficara meio atrapalhado, mas respondera afirmativamente ao meu convite.
Entrei na banheira e deixei a água escorrer pelo meu corpo, pelo meu cabelo, e não tardei a passar o gel de banho pelo corpo, o champô no cabelo e quando caiam as últimas gotas de água, senti que alguém tinha entrado no quarto. Não tardou a que entrasse na casa de banho. Desliguei a água e saí nua em direção à toalha, deixando-o olhar para o meu corpo.
- Trouxe o meu sumo? – Perguntei enquanto me enrolava na toalha que estava pendurada na parede.
- Claro que sim. Pousei-o ali. – E mal disse isto, segui em direção à mesa e dei um gole e outro até terminar o sumo. Assumi que estaria a olhar para mim, a observar os meus movimentos e pouco depois acabei por voltar à casa de banho, percebendo-o um pouco atrapalhado. E aproximei-me dele, sem uma palavra, aguardando o gesto seguinte dele e que não tardou. Abriu-me a toalha com subtileza e deixou-a cair no chão, puxando-me para ele. Começou a lamber-me exactamente onde os seus lábios tinham ficado, no ventre, subindo lentamente por mim, lambendo-me os mamilos endurecidos e apalpando cada uma das minhas mamas, antes de a língua percorrer o meu pescoço e os lábios beijarem os meus.
E nesse momento, habilmente desaperto o cinto das calças e liberto-o delas, fazendo-as cair no chão. Vejo que tem boxer pretos, que sobressaem na pele dele e quando começo a tocar no tecido destes, rapidamente sinto a ereção que ele não consegue esconder e à medida que o toco, são os gemidos que não consegue disfarçar. Liberto-me do beijo dele e desço por ele, encostando-o com alguma força à parede, impedindo-o de resistir à minha investida gulosa e que culminou quando comecei a lamber o caralho dele, demoradamente como gosto, molhando-o de uma ponta à outra…até o ver descontrolado a ponto de, usando a força, me colocar a mim contra a parede. Elevou graciosamente a minha perna sobre o banco onde anteriormente esteve sentado, dando-lhe espaço para se aproximar e começar a lamber os lábios da minha cona, o meu clitóris, deixando-me fora de mim. Enquanto isso, uma das mãos dele procuram uma das minhas mamas, que aperta para depois procurar o mamilo que deixa escorregar entre os dedos, numa prolongada carícia que acompanha a da língua e dos restantes dedos. Deixo-me ir, entregando-me ao prazer que ele me dá. E já bem excitada, quase a explodir de prazer, vira-me ao contrário e inclina o meu corpo, ficando com o rabo empinado para ele. Não me penetra logo, primeiro volto a sentir a língua dele, desta vez percorrendo-me desde o cu até aos lábios da cona, e demorando-se num e noutro lado, explorando a forma como reajo a um e a outro toque…e os meus gemidos denunciam-me, fazendo com que o toque dê lugar a outro…e desta vez é o caralho dele que sinto tocar-me, roçar-se nos meus lábios, percorrendo-o até me começar a foder e investida após investida, ambos nos entregamos a algo mais forte e que foge de qualquer controlo…o orgasmo, um sucede ao outro.
Ainda consegui durante o dia voltar a perder-me nas ruas de Veneza e voltei a acabar o meu dia na praça de S. Marcos, pois ficava perto do Hotel e até agora tinha sido o meu local preferido para me perder em pensamentos. Comi qualquer coisa antes de regressar ao hotel e regressei ao hotel pouco depois. Tomei um banho rápido e depois vesti-me a rigor para aquela que sabia que iria ser a festa do ano…
Passei, sem passar despercebida, na receção do hotel e pouco dirigi-me à praça de S. Marcos, apanhando um Vaporetto que me levaria à ilha de Murano, onde iria decorrer a festa. Pouco depois apercebi-me que entraram no mesmo transporte aquático, algumas pessoas, fantasiadas como eu, por isso não foi difícil perceber que iriam para o mesmo local que eu, a menos que houvesse mais festas iguais. Ficaria a dúvida, mas o facto de estar só, chamava à atenção e mais ainda vestida como estava.
Chegando à ilha de Murano, rapidamente percebi que havia alguém no cais que nos encaminhou por uma das ruas mais adiante e não tardou muito em ter à minha frente um enorme palácio. Fiz uma chamada rápida para uma amiga, depois de lhe mandar a minha localização.
- Onde estás? – Pergunta ela curiosa.
- Vim a uma festa de carnaval. Só para saberes onde estou. – Digo como se o facto de saber que me iria perder, me fizesse desligar da realidade e quiçá ficar em perigo.
- Que festa é esta, para me estares a ligar de Itália? – Perguntou ainda mais curiosa.
- Digo-te depois… - Digo, rindo com ela, deixando-a claramente perceber a que tipo de festa eu iria.
- Diverte-te e…. – Desliguei a chamada pois adivinhava o que ela me ia dizer.
Entrei sozinha e fui olhando para cada recanto iluminado daquela casa senhorial, percorrendo os jardins até às escadas que davam acesso à porta de entrada, onde estava um homem e uma mulher fantasiados. Aproximei-me dela e entreguei o meu convite. Depois de me olhar de cima a baixo, convidou-me a entrar e não demorei muito a estar dentro do edifício. Estava quente no interior e não foi difícil entregar a minha capa vermelha a um homem que se dirigiu a mim. Fez-me uma vénia quando me afastei e prossegui por corredor e desemboquei num enorme salão tenuemente iluminado por candelabros ornamentados com velas acesas e que eram a única luz do salão. A música ambiente que se ouvia era envolvente, quente e apesar de não conhecer ninguém, sentia-me bem ali.
E no centro do salão percebi que uma mulher se estava a começar a despir e encostei-me a um pilar, ficando a contemplar àquele que me pareceu o primeiro show da noite. Sinto alguém se aproximar de mim e permanecer perto, do outro lado do pilar.
- Tu… - Diz-me o italiano do primeiro dia. – Bem te disse que te encontraria.
- Espera. Deixa-me ver… - E nisto ignorei-o por completo, tendo os olhos fixos na mulher loira que se despia demoradamente no meio do salão, mantendo a máscara e começando a circular depois pelos presentes.
- Se continuares a olhar assim para ela…virá ter contigo. – Diz ele, mas tarde demais, pois o olhar dela tinha já cruzado o meu e vinha na minha direção.
Sussurrou palavras em italiano que não percebi e, enquanto as mãos dela percorriam o meu corpo, não me inibi e ergui uma das minhas mãos para a tocar numa das mamas dela. Permitiu e cedeu, oferecendo-me a outra até se aproximar mais de mim e me beijar os lábios pintados de vermelho.
Percebi que ele se remexia excitado com aquela visão e pior ficou quando me inclinei para lhe lamber um dos mamilos, sugando-o demoradamente, mordiscando-o e depois passando ao outro. Outro homem aproxima-se dela por trás e começa a roçar o corpo dele nela. E tinha começado o segundo show da noite e eu participava nele.
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