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ENVELOPE PRETO - PARTE II


O meu dia foi atarefado como sempre e tu, subtilmente foste-me sondando relativamente à prenda que te aguardava. Sorria, cada vez, que via uma mensagem tua chegar, pois era um pretexto para tentares saber mais e eu deliciada em te fazer aguardar. Eu que sempre tive tanta dificuldade em guardar segredos…em esperar…e desta vez, pela primeira vez, estava a conseguir fazê-lo e em nenhum momento te revelei o que te/nos esperava.

Cheguei a casa primeiro que tu, o que me deu tempo de tomar um banho e ainda enrolada na toalha começar a escolher o que ia vestir. Apesar de saber que tinhas uns assuntos pendentes a resolver na empresa, chegaste pouco tempo depois de mim. E em silêncio aproximaste-te de mim e beijaste-me, libertando-me da toalha que tinha enrolada no corpo.

Desço sobre ti e rapidamente te desembaraço das calças de ganga…e começo a sorver o caralho duro que exibes.

- Chupa-me puta. – Pedes cheio de desejo…


E não precisei de mais nenhum incentivo para te lamber demoradamente o caralho até à ponta, bem molhada e o fazer deslizar para dentro da minha boca…num vai e vém que te é familiar e que te deixa sempre ainda mais duro e mais molhado com a minha saliva. E olho-te, para ter a certeza que partilhamos o mesmo, e sim, estás claramente perdido…e eu rendida à perdição para onde te levo comigo.

E pouco tempo depois já não controlas e esporras a minha boca, as minhas mamas….e delicio-me em esfregar-me no teu esperma…que vai secando lentamente.

Novo banho…mas desta vez contigo ao meu lado.

Vestimos algo mais formal…eu vestido curto preto e saltos altos…e tu uns jeans e uma camisa branca. A noite está quente e por isso, levo apenas uma echarpe dourada pelos ombros.

- Para onde vamos? – Perguntas tu quando nos sentamos no carro.

E rapidamente introduzo a morada no GPS do carro e ficas a saber o mesmo, ou seja, nada. Estavas tenso…tenso de não saber o que te aguardava, mas tenso por alguma excitação que adivinhavas advir da prenda que te reservei.

- O seu destino encontra-se à direita. – Diz-nos o GPS e rapidamente estacionas e vejo-te com olhar perscrutador à procura de alguma pista.

- Relaxa e desfruta comigo. – Digo, tentando acalmar-te.

E sem me responderes, saímos juntos do carro e esperamos junto a um enorme portão.

- Dás-me o teu cartão por favor? – Peço.

E procuraste num dos bolsos e não o encontraste.

- Acho que o devo ter deixado em casa. Mas para que queres um cartão com um número? – Perguntaste.

- Porque é o nosso código de entrada. – Digo eu muito rapidamente, sentindo-me quase frustrada.

- Mas o número eu sei. – Dizes e eu fiquei a olhar para ti baralhada.

- Sabes, mas como? Decoraste o número? – Perguntei-te.

- Não…são os primeiros algarismos do π. – Dizes e o meu coração pára. – Eu não sei o que nos aguarda por detrás deste portão, mas vou marcar os 5 números.

E metodicamente marcas os cinco primeiros números…e o portão abre-se instantaneamente. Não mostro surpresa…porque sei tudo o que há para saber e tu não mostras descontentamento por eu não reagir, porque sabes que te sei.

E percorremos o caminho até chegar a uma casa moderna, depois de uma fonte, já iluminada por estar a anoitecer.

- É a primeira vez? – Pergunta o homem que nos recebe. E eu confirmo, entregando a minha echarpe e a minha pequena carteira.

- Acompanhem-me por favor. – E dizendo isto, ambos o seguimos.

Olhaste para mim…olhei para ti. E o que vi no teu olhar não foi medo ou dúvida, mas confiança…em mim e no que nos aguardava. Sempre questionara como conseguias confiar cegamente em mim…e devolvias-me a mesma pergunta, mas referindo-te a ti…e a resposta que te dava era a mesma…era sempre a mesma.

- Desfrutem. – Disse-nos e apontando para um quarto. - Este é o vosso quarto, disse apontando para uma pequena divisão com uma cama e uma casa de banho. Não vos maçarei com as regras do nosso clube, mas tenho de vos dizer duas coisas: aqui tudo é permitido, excepto se disseram não e segundo, no vosso quarto ninguém entra se estiver o dístico “não incomodar” pendurado na maçaneta, do lado de fora.

E pouco depois a porta do quarto fecha-se e faço questão de deixar o dístico “disponível” do lado de fora.

- Conta tudo… - Dizes empurrando-me lentamente até à parede mais próxima, com a mão no meu pescoço.

- Nem sei por onde começar… - Digo revelando a verdade. – Tens fantasias sexuais? – Perguntei provocadoramente.

- Sim, várias, tal como tu…

– Parabéns amor….estamos no local certo para as concretizar.

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