top of page

FESTA PRIVADA - PARTE I

Atualizado: 21 de jul. de 2022


ree

Hoje o final do dia significava o corolário de uma longa lista de tarefas que tivemos de efectuar para conseguirmos ir à festa privada desta noite.

Respondemos a questionários, testes, perguntas e mais perguntas e até uma entrevista para conseguir uma tão restrita autorização. Estivemos para desistir, mas a curiosidade foi-nos dando a força a para ultrapassar todas as etapas.

Agora íamos a caminho. Muito apresentados, de acordo com o dress code imposto. Tu de fato preto, camisa branca e sapato de verniz e eu de vestido vermelho escuro, comprido e de alças. Pelas costas levava uma echarpe preta e na mão uma pequena bolsa da mesma cor, a condizer com os sapatos de salto alto.

Nessa noite o meu cabelo ia solto com alguns caracóis que sobressaiam no cabelo liso preto.

Conhecíamo-nos há pouco tempo, mas o bastante para que a cumplicidade fosse grande e nos permitisse uma saída como aquela. Eu gostava das coisas assim, gostava de simplesmente não saber o que esperar, de ser surpreendida. Não me tinhas dito onde iríamos naquela noite, apenas me tinhas dito qual seria o dress code imposto. Não questionei, nem o faria porque isso estragaria metade do prazer que eu já sentia. Foste-me buscar de táxi, mas saíste mal me viste aproximar. Sorriste-me e deste-me um beijo tímido, mas com uma imensa perversidade latente. Sorri já de costas para ti quando entrava dentro do carro. Já tinhas dado as indicações ao motorista porque ele arrancou sem fazer qualquer pergunta relativamente ao destino onde nos levaria.

Procurei a tua mão, na qual entrelacei os meus dedos nela e olhei pela janela. Estava uma noite quente, daquelas (como eu costumo dizer) que inspira o pecado...uma noite que mesmo eu não sabendo como iria decorrer sabia com certeza onde me iria levar.

Chegámos. O táxi parou em frente a um portão de um edifício centenário. Saíste primeiro, dando-me a mão de seguida para eu me apoiar ao sair.

E quando o táxi arrancou e senti o teu olhar fixo em mim e que antecedeu as tuas primeiras palavras dessa noite:

- Estás verdadeiramente......

Não te deixei terminar e beijei-te nesse momento, dei-te o beijo que já queria ter-te dado e só depois disse:

- Eu sei. Vamos?"

A casa ficava ao fundo de uma alameda rodeada de grandes tílias e sequóias. Pelo chão estava marcado um caminho com archotes de fogo que nos limitamos a seguir.

Caminhávamos lenta e descontraidamente até chegar à porta. Batemos e antes que nos abrissem a porta, entregas-me uma máscara, que coloco sem questionar depois de te ver fazer o mesmo. A porta abre-se nesse momento e entramos.

- Renovatio.

- Pasen señores, a festa xa comezou.

Dentro do vestíbulo outros dous servos esperaban aos convidados. Mentras o primero deles nos indicou educadamente que o mellor era que deixaramos tú o bolso e eu a chaqueta, o segundo ofreceunos a cada un de nós unha capa con capota. Entón sorriches y dixéchesme ao oído:

-Vaia ¿A qué me lembra todo isto?

Despois de deixar as nosas pertenzas no gardarroupa, o primeiro servo franqueounos a puerta do salón principal ao tempo que nos lembraba as dúas regras:

- Non teñen que facer algo que no desexan. Só toquen o hombro da persoa en cuestión e ésta deberá irse.

- Poden soltar a capa, pero nunca quiten o antifaz.

A luz era ténue e soaba Sarah Vaughan interpretando “Body and soul”. Era un salón de pranta oval e, igual que o resto da mansión, estilo lixeiramente Art Nouveau. Dobre alto e unha escada nun dos laterais que, supoño, daba acceso á pranta superior.

O mobiliario estaba constituido por cadeiras e mesas de formas y tamaños variados dispostos aleatoriamente en toda a súa superficie. Ao fondo, sobre unha gran mesa atendida por dous servos, estaban as bebidas y os aperitivos.

Ao entrar no salón suspirei e dixenche que me necesitaba unha copa, asentiche coa cabeza e esquivando ao resto de invitados diriximonos hacia a mesa das bebidas. Mentras camiñábamos vimos unha sala lateral que permanecía case en penumbra, miramonos e sorrimos...

- Bombay azul sen xelo, por favor.

Ao pouco rato, dimonos conta de que a temperatura do salón ía subindo. Mentras algúns invitados comezaban a acariciarse, outros - os máis ansiosos- empezaban a desfilar para a sala lateral.

A poucos metros de nós unha muller movía a mao dentro dun pantalón… un pouco máis alá, un par de parellas, que ata facía só un momento estaban falando amigablemente, comezaban a tocarse e a bicarse os uns aos outros… ao noso lado un rapaz que parecía muy novo lamía os senos de unha muller…

Mireite no mesmo instante no que humedecías os labios… coñecía perfectamente ese xesto teu e o qué significaba. Deixei o vaso na mesa, coloqueime detrais de tí e comencei a masajear os teus peitos.

Non trascorreron nin 30 segundos cando unha menina se acercou a nós. Xa se tiña liberado da capa pero, por suposto, conservaba o antifaz. Non era nin mui alta nin mui delgada. Baixo o antifáz podíase adiviñar bonita, un pouco pecosa (sardenta), loira, de nariz pequeña e con un lindo corpo no que destacaban especialmente as suas cadeiras.

- ¿É a vosa primeira vez?

- Si. - Contestache.

Inmediatamente e, sen máis conversación, suxetou a túa cara e comezou a pasar a punta da lingua polos teus labios… as miñas maos quedaron entre os teus peitos e os seus e o meu pene deu un salto de alegría.

Mentras vos bicabades, a poucos centímetros da miña cara, eu xa tiña liberado os vosos peitos e xogaba cós catro pezóns… moviche unha mao hacia atrais, sacache o meu pene da súa prisión e comezache a masturbarme frotando o meu pene contra o teu cú.

Deixache caer a capa e levantamosche a saia ata a cintura… inmediatamente ela axeonllouse, apartou a túas bragas e alí mesmo, de pé no medio do salón, comenzou a lamer e chupar a túa vaxina. Coa túa mao libre sobre a súa cabeza e a outra entre o meu pene e as túas nádegas, empezache a mover as cadeiras contra a súa boca.

Apesar de não estar muito habituada a este tipo de jogos, percebi que a mulher que se aproximava de nós ia seduzir-nos, iria tentar-nos, mas foi o desconhecimento da forma como o iria fazer que mais me excitou…sim, era absolutamente impossível ficar indiferente à sua beleza, ao toque que se adivinhava, mas mais que isso ao que vi reflectido, por breves momentos, nos teus olhos e certamente ao que também tu viste nos meus…


Ela tentava-me, de todas as formas que era possível tentar alguém…primeiro pela facilidade com que se aproximara de nós, ondulando o corpo até nos alcançar, transbordando sensualidade e inspirando luxúria…depois pela delicadeza aparente com que envolveu os meus lábios com os dela, com que me tocou ao de leve nos seios antes de descer pelo meu ventre, me levantar o vestido e afastar as reduzidas cuecas que eu trazia para me tocar na vagina…e lentamente comecei a sentir a língua dela apoderar-se dos meus lábios vaginais, passando ao de leve no meu clítoris e quando isso sucedeu não pude evitar estremecer com esse toque…e que misturado com a visão que tinha de ti a masturbar-te enquanto olhavas para nós, ia perder-me com facilidade.

Nisto ela ergue-se e beija-me novamente, mas desta vez procura a minha língua e que envolve com a sua, provocando-me um arrepio inconfessável e depois disso afastou-se ligeiramente de nós e pediu que a seguíssemos.

Olhei para ti nesse momento e o teu olhar disse-me tudo aquilo que eu não precisei de perguntar. Seguimo-la e nesse momento a música tomou outros contornos, alternava entre a clássica e alternativa, entre o piano misturado com o som de tambores, uma mistura quase exótica…uma tentação para os sentidos. Seguimo-la pelo salão, subimos uma grande escadaria que desembocou num longo corredor, coberto por uma tapeçaria preta em toda a sua extensão, e que se encontrava adornado por candeeiros antigos que estavam estrategicamente colocados nas altas paredes em pedra, conferindo ao ambiente misterioso, quase sombrio.

A meio do corredor, abrandei ligeiramente o meu passo e procurei instintivamente a tua mão nesse momento. Sei que olhaste para mim nesse momento, mas escondi deliberadamente o meu olhar do teu.

Ao fundo do corredor havia uma série de portas, todas elas semi-abertas. Ela entrou na primeira e segui-mo-la. Quando entramos, deparámos com uma sala apenas iluminada por velas estrategicamente colocadas nos cantos da sala. Ao centro num pequeno palco com apenas um divã, dois homens, um de cor escura e outro branco, e uma mulher ruiva desenvolviam um acto erótico para uma assistência que se dispersava aleatoriamente pela grande sala, de pé, sentados em divãs ou sentados em grandes almofadas dispostas aqui e ali. O indivíduo branco estava agora deitado. A mulher ajoelhou-se sobre o seu rosto, de frente para o parceiro negro, oferecendo-lhe a vagina húmida e a visão do seu ânus. O negro, enquanto acaricia os seios da mulher, sodomiza o homem deitado no chão que oferece alguma resistência quando ele começa a fodê-lo devido ao seu enorme pénis. Aquela cena excitou-me e tu percebeste isso.

- Carol. – Senti o teu sussurro no meu ouvido, enquanto te roçavas o pénis erecto em mim, dando-me a perceber a erecção que já se notava por baixo das calças.

Não respondi à tua provocação e tu acabaste por me puxar para que continuássemos a seguir a mulher loira. Ela levou-nos para um dos cantos da sala, onde, apesar de mais afastado do centro da sala, facilmente poderíamos ser vistos pelos presentes. Isso agradou-me, mas naquele momento eu não ia permitir que ela voltasse a assumir o controlo.


Comentários


bottom of page