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O PRIMEIRO FIM DE SEMANA - PARTE III

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro


E começas a ler:

“Sou um ser de hábitos e (maus) vícios! Acordo com vontade de ti…..

A tua voz começa a toldar-lhe os sentidos exactamente com a mesma intensidade que a mim, com a diferença que sei que estas palavras foram escritas para mim.

Aproximo-me dela e pergunto-lhe, sem nenhuma inocência:

- Que te apetece fazer enquanto ele lê? Não te apetece tocar...sentir...despir? - Pergunto, querendo levá-la para o nosso Inferno.

Timidamente vejo-a acenar afirmativamente. E, nesse instante, aproximo-me mais dela e começo a beijar-lhe o pescoço, a sentir a fragrância delicada que ela exibe no corpo e eu inalo...e que misturada com as tuas palavras me transformam….me enlouquecem…já não me lembro a última vez que toquei assim no corpo de outra mulher.

- Posso? - Pergunto retoricamente, num sussurro ao ouvido dela, quando quero continuar algo que ela e eu já sabemos que não pode ser travado.

E ouço-te ler:

“A minha língua viaja num percurso, entre o teu clitóris, passando pelos lábios que me servem, só parando na entrada do teu cuzinho!...”

Lês para mim e para ela....e as minhas mãos já delineiam o vestido dela, subtil mas firmemente....e o toque deixa as marcas que eu preciso de ver para saber que posso continuar....e assim continuo, deixando um ombro a descoberto para trincar ao de leve a pele esbranquiçada da Pauline.

E nesse momento, é ela que avança sobre mim....num primeiro beijo, inocente mas sôfrego, para depois ir gulosamente saboreando os meus lábios e eu os dela, sentindo o movimento da minha língua e que se entrelaça na dela...num vai e vem descontrolado e que a faz descer a alça do meu vestido. Tinha escolhido um vestido bege, propositadamente para contrastar com o tom da minha pele e o negro dos meus longos cabelos e uma lingerie a condizer e que escolhi para estrear nesta nossa primeira noite, ainda sem saber o que o destino tinha reservado para nós.

…e continuas a ler o poema: “Estás tao húmida...que te vais fazendo descer, fazendo com que a cabeça do meu dedo...te vá entrando no cuzinho. Estou imóvel nesta mão, sendo tu que estas a controlar este movimento...”

E os movimentos das mãos dela acompanham as linhas do meu corpo, fazendo eriçar cada centímetro, endurecendo os mamilos quando o toque incisivamente torneia a auréola de um deles….e noto, naquele preciso momento, que esta não é de todo a primeira vez dela. Olho para ti nesse instante e hesitas ligeiramente, como que querendo registar aquele momento, em que cedo….e percebo, pela ereção que se nota já através das calças, que estás a gostar tanto como eu. E os dedos dela dão lugar a uma língua que me molha o tecido e me faz arquear de prazer. E delicadamente desceu-me a outra alça do vestido e repetiu o gesto, sem pressa….

- David…. – Digo o teu nome, num gemido, quando ela desce a alça de um dos lados do soutien e toca a minha pele diretamente. Já não consigo dissimular o prazer, nem os gemidos….e invisto sobre ela, mas como o vestido dela não permite a acessibilidade que o meu dá (os anos de prática ensinaram-me alguns truques), tiro-lhe o vestido justo e deito-a na cama, mas contrariamente a ela, começo a acaricia-la pelas pernas, pelas meias de liga escuras que lhe cobrem a pele clara, até sentir a pele dela quando as desço por completo. Subo um pouco mais…e passo a minha língua ao de leve pelo tecido rendado e acetinado das reduzidas cuecas negras que veste, sentindo os lábios dela e o clitóris, que parece querer irromper pelo fino tecido, mas esquivo-me de continuar propositadamente naquela zona e subo um pouco mais…tento subir…mas ouço-a pedir-me:

- Continua, por favor. – Pede-me a Pauline…

….e quase no fim do poema ouço-te ler….“Afastas-me de ti, empurrando-me para o lado, sorrindo com ar de quem me vai comer....”

- David, queres continuar tu? – Pergunto-te…querendo mais, precisando de ti….ali, envolvido também, mais ainda do que já estás.

- Pauline, queres que seja a Rita a ler para nós agora? – Perguntas-lhe, dando-lhe a ela a opção de escolha. Ela não te responde, mas diz-te que sim e, nesse momento, sabemos ambos que passamos a um outro nível....e a história que vos vou ler será apenas o continuar a subir a escadaria que ambos construímos.

Levanto-me naquele momento, pego no meu livro e aproximo-me de ambos, mas antes liberto-me do vestido que me cobre o corpo e junto-me a vocês, que já me aguardam deitados sobre a colcha branca….à espera do próximo episódio, o real e o literário, tal como eu. Folheio, hesitante, o livro e procuro um ou outro excerto que tu já tão bem conheces...e que eu até sei de cor, pois lembro-me de cada uma delas, como se fosse hoje... Escolho um excerto da história da Iolanda, a prostituta que se cruzou comigo numa noite em Lisboa e escolho aquele pedaço da história que se aproxima mais daquele momento presente. E depois de um pequeno impasse, deito-me ao vosso lado, lendo as palavras escritas noutros tempos e que te fizeram aproximar de mim com a intensidade que nos levou a estarmos juntos, de uma forma que se tentássemos explicar, ninguém iria entender ou jamais compreender.

Começo a ler…e contrariamente ao que eu esperava, Pauline, já em lingerie apenas….vira-se para mim e sem me retirar as meias de liga, desliza por mim acima, repetindo o meu gesto de há pouco, mas não perturbando a minha leitura. Contrariamente a mim, quando alcança as minhas cuecas rendadas, demora-se no toque que os seus dedos imprimem em mim e fazem-me de imediato reagir e querer mais…

Tu, atrás dela, desapertas por completo o soutien e acaricias os mamilos dela com a ponta dos dedos, endurecendo-os ao teu toque. O meu olhar desvia-se por momentos das palavras que estou a ler para ambos e vejo-te consumido pelas mesmas chamas em que ardo, pelo prazer que sinto naquela mescla de toques….

- Hmmm – Gemo quando a língua de Pauline se substitui ao toque dos seus dedos, molhando-me o tecido das cuecas.

Pouso o livro, depois de ter lido o breve excerto que escolhi, e deito-me completamente….expectante pelo que se segue….ansiando pelo toque dela e pelo teu e que não tardam. Aproximas-te de mim, e beijas os meus lábios….e nesse momento Pauline faz deslizar habilmente as minhas cuecas pelas minhas pernas, retirando-as por completo, deixando a minha cona á mercê do toque dela…

Sussuras-me:

- Puta de tesão….

E nesse momento, aproximas-te de mim…colocas-te de joelhos e começas a tocar no teu caralho. Ergo-me ligeiramente para ti e deixo-te provocares-me um pouco mais, até não resistir mais à tentação e começo lentamente a lamber-te o caralho, já bem molhado enquanto sinto a língua dela lamber-me os lábios da cona, onde se demora…até alcançar o clitóris, que toca levemente apenas, uma e outra vez, e faz-me vir…

E nesse momento a Pauline sobe por mim acima, roçando provocadoramente o corpo dela no meu, deixando-me apenas o soutien vestido….mas que rapidamente me retira. E nesse momento puxo-a para mim e beijo-a com a mesma intensidade daquele momento e inevitavelmente, depois desse longo beijo, em que as línguas se entrelaçam, na mesma cadência temporal que os corpos se tocam…que os mamilos endurecidos roçam uns nos outros…convido-a a mergulhar comigo…a partilhar o teu caralho comigo, envolvendo-o sofregamente na boca, sorvendo-o gulosamente e depois devolvendo-me de novo para o provar com ela….deliciando-nos com o teu caralho duro e naquele ponto já quase sem retorno….

E é quando olho para ti, aquele olhar que reconhecerias mesmo sem ver e quase evitas por saber a consequência…..e inevitavelmente……….vens-te em cada uma das nossas bocas, que se deliciam em saborear o teu esperma…até se esgotar este néctar dos deuses com que nos brindas.

- Quero mais…. – Ouço Pauline reclamar…

E recomeçamos de novo…e temos apenas um alvo……ela.

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