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O PRIMEIRO FIM DE SEMANA - PARTE V

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro

Tomámos um banho rápido, mas inevitavelmente a tensão acumulada pela noite anterior e a contínua vontade um do outro acabou connosco de novo a foder na banheira.

Depois acabamos por vestir algo quente e casual para podermos dar um passeio pela cidade e saímos do hotel.

Entrei no teu carro, com a maior naturalidade do mundo....e depois dei por mim a reflectir no meu gesto. Pela primeira vez não tinhamos de nos esconder, pois ninguém nos conhecia e o tempo já não era o maior inimigo, pelo menos até ao dia de amanhã, em que tínhamos de regressar às nossas vidas, às que ainda tínhamos.

- Que te apetece fazer? - Perguntas e parece estranho, mas na verdade é daquelas perguntas que se faz quando se conhece tudo um do outro, mas não se tem a vivência do dia a dia....24 sobre 24 horas.

- Passear, namorar, passear.....vamos sem destino....e logo vemos onde nos apetece parar, que achas? - Perguntei mas com a mesma sensação que tinhas tido.


E fomos...


Paramos o carro no centro da cidade e quisemos dar um passeio a pé pelo centro histórico, que nem um nem outro conhecia.

Todos os recantos, sobretudo os mais perto do rio, pela magnífica paisagem, serviam de pretexto para pararmos e nos perdemos a contemplar em conjunto e a tirar uma ou outra foto....as primeiras juntos. Era estranho, mas já sabíamos tudo o que havia para saber um sobre um o outro, mas estranhamente partilhávamos momentos simples pela primeira vez....e que apesar da simplicidade nos diziam tudo e a verdade é que era isso precisamente que queríamos e precisávamos.

Atravessamos a ponte e a igreja que estava à nossa frente, em estilo barroco, obrigada a uma paragem. Entreolhamo-nos e o mesmo deve ter ocorrido aos dois.

- Preciso de entrar... vens? - Pergunto mesmo sabendo que tu és um descrente.

- Sim, vamos. - Dizes naturalmente e prosseguimos. Não perguntaste a razão de querer entrar, nem eu te disse....mas percebeste algo que até ali nunca tínhamos falado.

Entramos e percorri sozinha o interior da igreja, maravilhada com o interior e parei num dos bancos da frente e sentei-me. Não demorei muito tempo, apenas o necessário e depois tu alcanças-me sem dificuldade. Sentas-te ao meu lado e ficas a olhar para mim. Devolvo o olhar e dou-te um beijo carregado de amor.

- Se não sairmos daqui depressa. - Dizes-me. Vou acabar a violar-te num confessionário. - Digo ficando sem jeito com o teu olhar em mim, querendo perceber...saber mais.

- Rita...estás a brincar?

- Não estou..... - Digo perversamente. - Sou uma católica muito particular.

- Estou a ver que sim. Mas aqui não é pecado, dado não sermos casados? - Perguntas com a mesma inocência que uma criança perguntaria.

- Aos olhos Dele...já somos desde que estamos ligados, pelo menos é nisso que eu acredito. - E dizendo isto pego na tua mão e levo-te comigo....olho para trás e percebendo que não há mais ninguém na igreja, levo-nos ao confessionário perto do altar e mais afastado da porta por onde entramos.

- Tu és louca....

- Sou...por ti..... - Digo a verdade e tu sabes isso.

- Tens a certeza? - Perguntas tentando que a razão predomine.

- Sim... é amor para a vida toda.

- É....então posso pedir-te em casamento? - Fico tão atrapalhada que me agarro a ti com tanta força....e não te respondo.

E sem te dar qualquer resposta baixo as calças de ganga e obrigo-te ao mesmo gesto.

- Puta... - Dizes e viro-me de costas para ti e, sem tocar no teu caralho, deixo que ele deslize pelos lábios da minha cona.... molhando-os.... torturando-te a ti e a mim...até já não ser possível travar o impulso seguinte....o teu caralho entra na minha cona e começamos a foder....não a fazer amor como era suposto.

- Cabrão...eu estou viciada em ti....no teu caralho...em nós....e preciso.... - E paro propositadamente.... - Que me fodas até te vires porque estou quase a vir-me.

- Casa comigo? - Nunca... dizias-me tu estiveste habituado a pedir, a voltar atrás....mas estávamos a fazer história pela primeira vez e tanta coisa já tinha caído.

Venho-me intensamente, mas continuo sem te responder....e o teu caralho está mais duro....mais molhado....e sei que o teu orgasmo está perto.

- Espera.... - E afasto-me de ti, puxo as calças de ganga para cima e levanto a camisola....e baixo-me, começando a lamber-te o caralho.

- Puta....queres leitinho quente é? - Perguntas provocadoramente.

E continuando a não te responder....quero tudo....

O teu orgasmo foi tão intenso que quase gritaste...nem estarmos na igreja te impediu.

E já fora da igreja puxas-me para ti e beijas-me....sentes o sabor a esperma na minha boca.

- Rita.... - Dizes e obrigas-me a olhar para ti.

- David..... - E olho sem medo.

- Rita? - A tua pergunta....deixa-me tão feliz que me agarro a ti nesse instante.

- Sou tua...e hoje quero esse anel, a primeira aliança. Posso escolher? - Pergunto-te e os teus olhos brilham como os meus....


Não me respondes....mas não é preciso....porque era o dia e ambos sabíamos.

Para o almoço escolhemos alguns petiscos, daqueles que só algumas terras nos podem oferecer, numa qualquer esquina de uma rua apertada naquela cidade, para depois retomarmos o passeio em busca de uma joalharia. Antes de entrar olhei para ti, claramente com o mesmo olhar que olharia para ti numa noite de natal a abrir "aquele presente" e aquele que já conhecias e que te devolvia sempre que te via. - Vamos? - Encorajas-me tu. - Tens a certeza? E chegou o teu momento de não me responder e simplesmente me puxares para dentro. Saímos de lá com um anel, exactamente como eu precisava, simples e discreto...em níquel e que guardaste no bolso do casaco para outro momento. E de mãos entrelaçadas, caminhamos calmamente pelas ruas que iam escurecendo pelo anoitecer...sem destino, mas sabendo exactamente onde o destino nos ia conduzir. Voltamos ao hotel. E quando chegamos à recepção era a Pauline que lá se encontrava. Antecipando algum ciúme que podia persistir, seguraste a minha mão e pediste a chave do quarto, depois de um cordial cumprimento e subimos. Mas, já no elevador, e inevitavelmente devido àquele momento de tensão, acabamos por tentar controlar o nosso apetite a muito custo....e quando a porta do elevador se abre no nosso piso, apresso-me a sair, tentando propositadamente afastar-me de ti, provocando aquilo que sabia que inevitavelmente ia acontecer dentro do quarto, mas que queria tardar. - Rita.... - David.... E a porta do quarto fecha-se.... Aproximas-te, calmamente de mim...como se tentasses aproximar-te de um animal selvagem ou com medo. Na verdade é exactamente assim que me sinto, mas não desvio o olhar do teu....espero, pelo teu avanço e voltas a encostar-me contra a parede...fixas o olhar no meu...e nesse momento, os teus lábios procuram os meus, imprimindo uma intensidade crescente a um beijo que termina contigo a convidar-me para um banho a dois e que não resisto. Já dentro da banheira, aguardo por ti...que apareces nu, com uma brutal erecção e com a caixa que contém o anel numa mão e na outra um papel, que pousas perto de nós. Entras e ficas atrás de mim, abraçando-me prolongadamente...e sem dizer qualquer palavra dissemos tantas...mas a proximidade dos nossos corpos não é tolerável e sem aviso, sentas-me num dos bordos da banheira e começas a tocar-me...a lamber-me os lábios da cona, lenta, mas incisivamente e quando chegas ao clitóris, o meu orgasmo acontece quase instantaneamente. Puxas-me para ti e voltas a beijar-me e gosto do teu sabor, pois é o meu. E depois obrigo-te a ocupar o lugar que anteriormente eu ocupava, para te começar a lamber o caralho duro, molhado e pronto para mim....e enquanto te lambia pegaste no papel que tinhas pousado na beira da banheira e começaste a ler algo que eu conhecia tão bem: a aliança: - Contigo aprendi o verdadeiro significado de aliança...não somos sequer dois...somos um só... - E continuas a ler enquanto os meus lábios, habilmente te lambem o caralho, não esquecendo nenhum centímetro e enquanto te olho, também a minha língua se delicia em saboreá-lo enquanto o toque de uma das minhas mãos acompanha o prazer que te dou. Sinto-te perto do orgasmo, que controlas, com esforço...pois queres chegar ao fim... - Uno-me em ti...pois é sempre onde pertenci...alianças-me comigo...até sempre... - E vens-te na minha boca com intensidade. E puxo-te para mim, partilhando contigo o sabor que deixaste em mim. - Casas comigo Rita? - Perguntas tentando a custo recuperar o controlo perdido. Abraço-me a ti e respondo o que já esperas.... - Sim....é o que mais quero.... E nesse momento, pegas no anel que escolhemos e colocas no dedo anelar da minha mão direita e deixas o níquel fundir-se com a minha carne...selando o teu amor ao meu...deixando mais uma marca em mim. E depois olhas para mim e olho para ti....e tudo faz sentido.

Saímos do quarto para o nosso jantar de comemoração...apesar de casualmente vestidos....o meu vestido curto e a tua camisa e as calças de sarja marcavam claramente a diferença.

- Gosto to teu perfume. - Digo após sairmos do quarto.

Sorris ao ouvir algo que te digo desde o primeiro dia.


A escolha do restaurante acabou por ser influenciada pela opinião que fomos lendo online....e por isso recaiu num restaurante premiado com uma estrela Michelin na cidade....uma escolha promissora para a nossa noite, afinal íamos comemorar. Qualquer escolha seria "a escolha", mas uma noite como esta.... achamos que tinha que ficar na nossa memória e por isso quisemos algo diferente.

Domino perfeitamente a etiqueta e tu também....e ao olhar em redor, vejo as mesmas simetrias....e é nessa busca com o olhar que reparo num casal com uma idade parecida com a nossa. Ela ruiva e vistosa e ele moreno e de semblante carregado, mas com um olhar intenso e que me prende por uns momentos. Reparo nisso, mas depois o meu olhar divaga por outras mesas e regressa a ti.

- Dá-me as tuas cuecas. - Pedes-me sem aviso.

- Como sabes que tenho cuecas vestidas? - Pergunto-te provocadoramente.

- Dá-me. - Uma ordem....que me excita e tu sabes.

- A toalha da mesa é curta e quem nos rodeia vai perceber o meu gesto. É isso que queres? - Pergunto aumentando o risco e a excitação.

- Sim... sobretudo do homem para quem olhas desde há uns minutos.

- David...

- Dá-me....

E sem discutir, tento disfarçadamente tirar as cuecas que trago e dar-tas.

- Ele continua a olhar para ti? - Perguntas-me.

- Sim...mas porque queres saber isso?

- Percebeu o que fizeste?

- Sim..

- Excitou-te que ele percebesse?

- David?

- Quero uma resposta....

- Sim.... - Digo num misto de sentimentos.

- Afinal não me enganei....és mesmo tu....

- Queres o anel de volta? - Pergunto a provocar-te....mas ao mesmo tempo a falar seriamente.

- Não...claro que não....esse anel está cravado em ti....e não vai sair de ti....nunca.

- Muito bem... então temos um desafio para esta noite....

E sabes o que isso significa, por isso ficas a olhar para mim, sabendo perfeitamente que aquele homem iria estar incluído.....

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