top of page

O PRIMEIRO FIM DE SEMANA - PARTE VI

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro


- Puta. Eu sei o que tu estás a tentar fazer… - Dizes experimentando um misto de excitação e algum ciúme à mistura.

- Sabes? – E peguei no copo de vinho e dei um pequeno gole e fiquei a olhar para ti e depois para ele. – Ora diz-me lá o que tu achas que sabes….

- Rita…

- Diz-me David…mas diz tudo. – Digo provocadora e perversamente…quero ouvir-te.

Percebo algum nervosismo misturado com excitação.

- Queres levar aquele casal connosco para o nosso quarto de hotel…foder…ser fodida….estou longe do que queres? – Perguntas-me.

- Desta vez estás. – Digo perentoriamente. – E com o maior ar de puta, levanto-me, pouso o guardanapo em cima da mesa e digo-te quase num sussurro. – Já volto, vou à casa de banho.

- Cabra. – Dizes entre dentes.

E saio da mesa, desfilando pela sala, assumindo com certeza os vários olhares que repousam em mim e um dos quais sei é o teu. Entro na casa de banho e quando me preparava para sair, encontro a mulher dele junto ao espelho onde eu ia lavar as mãos.

- Boa noite. – Digo.

- Boa noite. – Devolve-me o cumprimento e pouco depois sai da casa de banho.

Fiquei algum tempo a olhar-me através do espelho…vi tanto…e quando comecei a lavar as mãos, voltei a sorrir quando encontro a tua marca no meu dedo.

Saí da casa de banho e sentei-me, com a mesma descontração com que me levantara.

- Tiveste um encontro imediato na casa de banho com a mulher dele, presumo. – Dizes-me, tentando que eu dissesse mais qualquer coisa.

- Sim, uma mulher muito interessante… - Confesso-te sem pudores.

- Excitou-te? – Perguntaste, querendo por ali chegar onde tínhamos ficado.

- Sim, mas hoje não é o dia dela…hoje quero dois homens na cama…pode ser? – Perguntei, sem reservas, como se estivéssemos a falar da coisa mais banal. Tu ficas simplesmente a olhar para mim, com o garfo ainda sobre o teu lábio e sem reação ao que acabo de te dizer.

- Rita….tu queres foder comigo e com ele? Mas e ela? – Perguntas-me inquieto e excitado ao mesmo tempo.

E propositadamente adio a minha resposta para levar o garfo à boca, o que te deixa ainda mais nervoso.

- Rita? – Chamas por mim, já não conseguindo sossegar na cadeira. – Estou de pau feito no restaurante….queres por favor terminar de me explicar o que queres.

- David…meu amor…eu quero…tu queres – E nesse momento roço a minha perna na tua - …Nós queremos e ele também quer. E como ele quer, vai livrar-se dela. – Digo, fazendo com que a complexa questão passasse a parecer simples.

- Tu…

- Diz. Chama-me os nomes que quiseres…estou toda molhada e ainda por cima sem cuecas, mas tu estás com uma brutal ereção e queres-me dizer que ficaste chateado com a minha proposta? – Pergunto-te confrontando-te com a realidade.

- Essa é uma proposta indecente e eu não sei se estou preparado para te partilhar…com outro. – Dizes o que o coração te pede e que sabes que eu sei que é verdade.

- E que te pede o caralho? – Pergunto quase friamente.

- Quero o mesmo que tu... – Dizes a medo.

- Eu sei que queres... – Digo sabendo a verdade, mas sabendo o custo da mesma.

- Rita….

- David…será uma noite…apenas…

- Rita…

- Diz-me… - E sei o que me vais dizer….

- Tu vais enlouquecer-me Rita… - Dizes e eu tenho perfeita noção da loucura a que te referes e sei que é verdade….

Sorrio…trinco o lábio e pergunto-te:

- Acho que está na altura de fazermos um brinde. – Digo e desta vez o meu olhar muda por completo….

- Sim. E a que sugeres tu que se brinde? – Perguntas-me tentando relativizar o momento.

- Ao nosso amor, a ti cabrão…a mim…a nós….e a esta história que apesar de ter começado há pouco tempo, já é a história da nossa vida. – Digo-te tentando que as poucas palavras resumam o que nos liga. – Hmm…e posso brindar, por antecipação à noite de hoje ou só amanhã?

E o teu copo toca o meu…e nesse momento, ficas a olhar para mim e o que dizes desconcerta-me:

- És a mulher da minha vida…e mesmo conhecendo todos os teus segredos, eu quero-te comigo para sempre…exactamente assim como és. - Os teus olhos brilham e o meu coração quase me salta pela boca.

- Vou pedir a sobremesa…queres partilhar comigo? – E aquilo que perguntei ingenuamente, acaba por ser entendido de forma diferente.

- Sim, quero…sempre. – Dizes e a alusão que fazes à noite que se aproxima deixa-me ainda mais quente.

E nisto, peguei num cartão pessoal e escrevi na retaguarda, chamando posteriormente o empregado e pedindo para que ele o entregasse discretamente ao homem da outra mesa. Ele acedeu ao meu pedido e quando já tomávamos o café, a mulher dele voltou a ir à casa de banho e reparei que ele foi ao encontro dele naquele preciso momento, entregando-lhe o meu cartão. Vejo-o a olhar na direção da nossa mesa, e posteriormente a escrever algo noutro cartão e a devolver ao empregado o mesmo para nos fazer chegar.

- Senhora, tenha a bondade. – Disse, entregando-me o cartão dele e afastando-se pouco depois da nossa mesa.

- Será que posso perguntar o que escreveste e que ele te respondeu? – Perguntas tu, num misto de excitação e ciúme…de novo e que eu adoro.

E mostrei o cartão que ele nos mandara e onde tinha escrito:

“ Sim, estarei lá daqui a 1h e sozinho.”

- Posso perguntar o que a puta da minha mulher lhe escreveu? – Perguntas-me…e as palavras “a minha mulher” gravam-se no meu coração…e “puta”, claramente me deixa mais excitada ainda.

- Claro que sim. O que lhe escrevi foi….deixa ver se me recordo das palavras exatas… - Tento demorar-me propositadamente para te deixar mais tenso…mais louco…mais tudo - Já sei: ”tenho uma proposta indecente a fazer-te: quero dois homens a foder-me…ele e tu. Vens ter comigo, sozinho, esta noite ao hotel?” E claro dei a morada do Hotel.

- Puta…puta…claro que ele só podia responder que sim a uma proposta dessas…. – Dizes-me…

- Podia dizer que não…. – Disse eu sabendo perfeitamente que isso jamais sucederia.

E pouco depois, saímos do restaurante, com o mesmo ar apaixonado com que entramos, mas muito mais comprometido…sabendo o que nos aguardava na nossa última noite, daquele fim de semana, num simples quarto de hotel.

1h depois alguém toca à porta do nosso quarto. Sabíamos que era ele mesmo antes de abrir a porta. Entreolhamo-nos antes de eu me dirigir à porta, como que medindo aqueles últimos instantes….e aproximo-me mais de ti e beijo os teus lábios.

- Amo-te tanto. Sabes isso não sabes? – Pergunto não estando propriamente à espera de uma resposta.

- Amo amar-te. – A expressão que te ouço dizer inúmeras vezes e que repetes de olhar fixo no meu e que ainda me faz mais ter a certeza de que tudo faz cada vez mais sentido.

E lentamente afasto-me de ti para ir abrir a porta do quarto, constatando sem surpresa que ele estava sozinho tal como lhe tinha pedido...vestia o mesmo fato preto...e eu exatamente o mesmo vestido curto, tendo apenas mudado a lingerie. Tu, naturalmente mantiveste as mesmas calças de sarja escuras e a camisa branca....e estavas irresistível, como sempre. - Boa noite. - Diz ele ao entrar no quarto. - Boa noite. – Retribuo o cumprimento. - Obrigada por ter aceite o meu convite. Eu sou a Rita. O meu....- E antecipas-te:

- …marido. Boa noite sou o David. – Dizes deixando-me sem respiração, mas contente por te ver tão afincadamente querer marcar o teu território. - Eu sou o Nuno. Muito prazer em conhecer-vos. Posso perguntar se é habitual convidarem desconhecidos para o vosso quarto? – Perguntou tão rapidamente que nos desarmou aos dois.

- Claro que não. – Respondi prontamente. - Mas esta é uma noite especial e quisemos algo diferente. – Digo, não deixando margem para dúvidas. - Então, obrigado pelo vosso convite….na verdade era impossível resistir…resistir-te. – Diz, olhando para mim…confessando aquilo que eu e tu já sabíamos. - Rita e David...não posso dizer que esteja acostumado a este tipo de convites, não estou... nem eu nem ela....mas não vir não era opção. Por isso para mim será também é uma estreia.

E aproximei-me mais dele…despi-lhe o casaco e depois de o pendurar voltei a ele, convidando-o a vir até à nossa cama. Ele deixou-se conduzir por mim até à cama, ficando ligeiramente deitado e apoiado num dos braços, como que expectante pelo meu próximo movimento. Deslizei até ele como se fosse uma gata e, sem aviso, beijei-lhe os lábios, com a intensidade certa, ciente que ele iria retribuir, o que acabou por acontecer quase instantaneamente quando a língua dele procurou a minha, sem pressa, puxando-me para ele e deixando-me literalmente de costas para ti e de rabo empinado e com o vestido já bem subido, deixando a descoberto as reduzidas cuecas e as meias de liga. E nesse momento sinto-te atrás de mim, fazendo deslizar cada uma das meias de liga pelas minhas pernas fora, até te livrares de cada uma delas…e quando voltas a mim, sinto os teus lábios percorrerem as minhas pernas, em sentido ascendente.

- Hmmm… tão bom…- Ouves-me gemer quando a tua língua chega ao interior das minhas coxas…e continua a subir. E quase simultaneamente, ele desce-me uma das alças do vestido e aproxima-se do meu ombro e dá-me uma ligeira e deliciosa mordida. A mesma que sinto quando alcanças as minhas nádegas. Cabrão, sabes bem do que gosto…e como gosto.

E sem pedir licença ele desce-me a outra alça, de forma a ver-se o soutien e as mamas que ele encobre…e nesse momento, começo a tocar-lhe por cima das calças, sentindo o caralho que já se destaca no tecido macio do fato.

E enquanto me delicio em tocar no caralho duro dele por cima das calças…que começo lentamente a desapertar, ele faz descer as alças do meu soutien, obrigando-me a desapertá-lo por completo….deixando-o ver finalmente as minhas mamas e os mamilos bem endurecidos. E aproveitando esse momento, ele levanta-se e liberta-se das calças e dos boxers….e quando se aproxima de novo da cama vem com o caralho bem duro e sei exactamente o que quer de mim…e, nesse momento, olho propositadamente para ti…quero ver o teu olhar e quero que vejas o meu….sinto-te e sentes-me…continuas meu e eu tua….

E depois recomeço onde tinha ficado….

…Sem ser preciso pedir, aproximo-me um pouco mais da beira da cama, e começo a lamber, deliciada, aquele caralho bem duro, enquanto sinto a tua língua a percorrer demoradamente os lábios da minha cona….deixando-me completamente fora de mim….

Comments


bottom of page