SENTIDO(S) PROIBIDO(S)
- Eva Ribeiro
- 11 de set. de 2020
- 4 min de leitura

No dia seguinte sento-me num dos bancos daquele parque a ler, sem estar preocupada com horas, com o tempo, com quem passa. Aliás a dada altura, estou tão compenetrada no que leio que acabo por me deitar no banco completamente deixo-me guiar pelas palavras que vão passando diante dos meus olhos. Ele aparece sem aviso por trás de mim e beija-me ao contrário, obrigando-me a pousar o livro sobre o meu peito e a levar as minhas mãos ao pescoço dele, trazendo-o para mais perto de mim. O vestido do dia anterior dera lugar a uns calções reduzidos e a uma t-shirt larga…e acabara por prender o cabelo numa trança que me pendia para um dos ombros.
- Senta-te…tenho uma história para te ler…. – Digo enquanto pego no livro e o vejo elevar a minha cabeça ligeiramente e deitá-la sobre as pernas dele. – Ele continua silencioso, diria quase introspectivo e observa cada gesto meu. – Está tudo bem? – Pergunto com genuíno interesse antes de iniciar a minha leitura.
- Sim, está tudo bem… - Diz, mas não me convence. Sinto-o inquieto, apesar de ser uma imagem de tranquilidade que passa.
Tinha escolhido um livro erótico, daqueles que contém pequenos contos…e compactam o prazer facilmente e que me parecia o ideal para aquele momento. O meu corpo já estava a reagir às palavras e ele acabou por perceber isso, não se inibindo de me tocar por cima da t-shirt…sentindo sem dificuldade as minhas mamas, o endurecer dos mamilos, pois o soutien que trazia era bastante fino e hoje tinha a particularidade de ser todo transparente. Dado que a t-shirt era larga, conseguiu sem dificuldade, enfiar uma das mãos lateralmente e tocar-me numa das mamas, enquanto me ouvia ler…reagir às palavras e ao toque dele, enquanto simultaneamente sinto o caralho dele latejar por baixo dos jeans que vestia.
- Preciso de foder…. – Digo, sem reservas, depois de terminar de ler. – Digo, erguendo-me ligeiramente e virando-me de barriga para baixo, preparando-me para lhe abrir os jeans.
- Aqui? – E sinto-te reagir quando me perguntas isto e assim voltar à normalidade que eu conheço.
- Porque não? – Perguntei.
- Acho que podemos ser facilmente vistos por alguém que passe. – Diz ele muito rapidamente.
Olho em volta e não obstante saber que estamos num local de passagem, sei também que estamos num parque pouco movimentado, sobretudo àquela hora do dia.
- Acho que não corremos esse risco até porque ainda ninguém passou por aqui desde que chegamos e certamente ninguém passará até sairmos. No entanto, podemos correr esse risco…ou não…eu estou disposta a corrê-lo porque…. – E sou interrompida.
- Porque te apetece foder…estás excitada e já percebeste que eu também….é isso? – Perguntou-me.
- Sim, a ti não te apetece? – Perguntei sem qualquer filtro.
- Claro que apetece…desde que te vi… - Assumiu ele sem medo.
E nesse momento começo a abrir-lhe os jeans e rapidamente começo a lamber gulosa e sofregamente o caralho dele, vendo-o fechar os olhos e suspirar com o que o meu gesto lhe provoca.
- Puta, senta-te no meu caralho e fode-me….
E obedeci cegamente porque queria foder, queria foder ali e queria foder com ele. Tirei os calções e as cuecas, ficando apenas em t-shirt e abri-lhe um pouco mais os jeans…enterrando de uma vez o caralho dele na minha cona, já bem molhada.
- És muito puta…como tu estás… - Diz ele ao perceber a excitação em que me encontro.
E nesse momento, sem que eu pudesse controlar, ele levanta-se e obriga-me a ficar de joelhos no banco de rabo virado para ele, colocando-se nas minhas costas e preparando-se para me foder de pé.
- É assim que me queres foder cabrão? – Perguntei-lhe, olhando-lhe de lado…provocando-o ainda mais.
- É puta…é assim que te vou comer até me esporrar todo nessa cona…
- Porque esperas? – Perguntei, atiçando-o ainda mais.
E nesse momento ficaste cego e começaste a foder-me com uma paixão desmedida, uma tesão completamente descontrolada, agarrando no meu cabelo e puxando-me mais para ti, impondo a cadência dos movimentos de acordo com o prazer que ias sentindo.
- Fodassss….a tua cona…. – Ouço-o gemer.
E marca-me os dedos numa das nádegas com uma palmada e mais outra.
- Quero mais… - Digo e volto a sentir a mão dele bater numa das minhas nádegas. – Hmmm…gosto… - Digo entre gemidos e não me contenho, devolvendo-lhe uma explosão de prazer que sinto por me estar a foder com esta intensidade.
- Puta que pariu… - E vens-te dentro de mim pouco depois...
Deixo escorrer o esperma pelas pernas abaixo e só depois visto as cuecas e os calções, vendo-te ajeitar os jeans…e desta vez, contrariamente à anterior, sentamo-nos os dois…a olhar o horizonte. Vemos uma pessoa aproximar-se e que passeia o seu cão e passa por nós, não imaginando o cenário que há minutos presenciaria.
- Afinal o parque até é movimentado. – Diz ele sorrindo.
- Ainda bem, é isso que torna tudo isto ainda mais interessante, não achas? – Pergunto.
- És doida…e eu gosto tanto disso…
- És doido…e eu gosto tanto de ti… - Confesso-lhe e ele fica atónito a olhar para mim. – Sou a puta, mas chamo-me Carla.
- Eu sou um grande cabrão e chamo-me Pedro. – Diz ele sorrindo.
- Foi um prazer…literalmente. – Digo e preparo-me para me levantar.
Trocamos números de telefone e pouco depois ouço-o perguntar-me.
- Amanhã? – Pergunta, querendo saber onde, quando e como.
- Eu ligo-te. – Digo-lhe.
- Ligas-me? Não podes, estarei com a minha namorada… - Diz ele.
- Aguarda o meu telefonema… - Disse ignorando por completo o pedido de não lhe ligar.
- És muito puta, sabias? – Perguntou-me.
- Sou…e é por isso que tu gostas tanto de mim…verdade? – Pergunto, sabendo a resposta.
- Sabes que sim…sabes que te….
- Sei…mas diz-me o resto amanhã…
E levanto-me desaparecendo e deixando-te para trás, mas ciente que estamos cada dia mais ligados…
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