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E notava-se claramente que ele gostava de ver e eu jamais escondia gostar de mostrar. - Gosto do seu perfume. – Disse enquanto bebia o café, já misturado com o leite…aquela mistura que tanto gostava de saborear…a fusão das cores...o escuro do café e o branco do leite ainda com alguma espuma no topo....mas a fusão dos sabores....era exactamente o que e precisava para aquele início de dia. - Costuma vir aqui muitas vezes? - Perguntou ele continuando fixo no toque subtil da minha mão na minha mama que deixei ligeiramente a descoberto...deslizando os dedos pelo mamilo, agora endurecido por este toque, deliando-o, redesenhando-o, apertando-o...tendo prazer. Ele observava-me agora em silêncio, enquanto também saboreava o seu café e o pastel de nata. Subi a alça do vestido e repeti o gesto na outra mama. - Nunca ninguém reparou? - Perguntou ele, referindo-se ao que eu fazia. - Em mim, no facto de me estar a tocar ou de gostar de me exibir? - Perguntei desconcertando-o. - Estou curioso...quero saber tudo. - Disse ele. Claro que queria e claro que não iria ficar a saber. - Reparam no que eu quero, quando quero e quem eu quero que veja... - Disse resumindo tudo, mas revelando muito pouco. - Então eu não sou um acaso... - Tentou concluir. - Às vezes acontece... - Digo reduzindo a importância que ele queria ter, mas que não tinha. Ele ficou em silêncio, vendo-me agora subir a alça do vestido e colocando agora uma das mãos entre as minhas pernas, subindo ligeiramente o vestido até sentir o fino tecido de algodão das cuecas. O tecido das cuecas está molhado...e toco-me por cima dele, sentindo com prazer os meus lábios roçarem no tecido e voltarem a sentir o toque familiar dos meus dedos. Ele continuava a observar-me, recostado na cadeira e atento a cada suspiro meu, a cada gesto, a cada expressão. Reparei na erecção que se desenhava nas calças do fato e que, por ser relativamente justo ao corpo dele, se notava. Fiz questão que percebesse que me tinha apercebido desse detalhe. E discretamente também ele próprio passava uma das mãos por cima do caralho duro...cada vez mais duro. - È bom? - Perguntei com uma voz ligeiramente trémula, mas ciente da pergunta que lhe fazia e da resposta que queria ouvir. Desta vez ele optou pelo silêncio...como se de alguma forma me quisesse torturar pela impossibilidade de me tocar por estarmos num local público, pela forma insanemente descrontraída como o fazia e que o deixava ainda mais descontrolado. E com a astúcia que me caracteriza, desembaracei-me das cuecas e guardei-as na carteira que trazia e já sem elas, a liberdade de movimentos que me era permitida era maior. - Desejam mais alguma coisa? - Perguntou atenciosamente o empregado que se aproximou sem que nenhum dos dois desse conta. - Sim, traga-me outro café e um copo com pedras de gelo, pode ser? Vai querer mais alguma coisa para si? - Perguntou-me, desconcertando-me. - Não obrigada. Estou bem. E o empregado retirou-se pouco depois..e o pedido tal como eu previa, não tardou a chegar. - Café e gelo. Tem gostos muito particulares. - Disse-lhe enquanto os meus dedos já acariciavam os meus lábios. - Tenho, mas felizmente vou encontrando quem me supere. - DIz perversamente. Derramou o café para dentro do copo com as pedras de gelo e deixou-o esfriar ligeiramente, bebendo-o de seguida, lentamente, colocando na boca uma das pedras de gelo...demorando-se com ela, até a derreter completamente. - O tempo do gelo a derreter-se na minha boca é exactamente o tempo certo que a minha língua demoraria...em si...até... - E não continuou propositadamente. Não dou sequência à conversa, mas os meus dedos sim. E quando repousam sobre o meu clitóris...roçando os dedos habilmente sobre ele, comprimindo-o, estimulando-o...ele percebe e fica mais tenso ainda. E sem ele estar a contar pego numa das pedras de gelo do copo dele e coloco-a dentro da minha cona...deixando o gelo ir derretendo...e o meu prazer aumentando com os movimentos circulares que faço em torno do clitóris. E venho-me pouco depois...sucumbindo ao prazer de ver aquele estranho ao meu lado e de estar no local onde frequentemente vou no início dos meus dias. - Preciso de ir à casa de banho. Dá-me licença. - Digo, levantando-me e passando por ele. - Claro que sim. - Disse, dando-me passagem. - Quando voltar gostaria que já aqui não estivesse, será pedir muito? - Pergunto eu, sem qualquer reserva. - Não, claro que não. Aliás já estou um pouco atrasado. - Diz ele, levantando-se também. - Quando a volto a ver? - Perguntou ele ao ver-me afastar. - Já sou cliente deste café há anos, depende de si... - E entrei na casa de banho, fechando a porta atrás de mim. Sabia que ele amanhã iria aparecer e no dia seguinte também...e eu sabia que propositadamente nesses dias seguintes iria arranjar a desculpa perfeita para não ir ao café e foi exactamente isso que fiz. Porquê? Porque podia...e não seria eu se não conseguisse inverter as regras do jogo sempre que quisesse...
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