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VOYEUR Vs EXIBICIONISTA - PARTE III

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro

Exactamente três dias depois daquele encontro imediato no café, voltei lá. Apesar de não estar um dia frio, estava um dia chuvoso, um tempo que convidava a um ambiente quente e mais intimista. Cheguei um pouco mais cedo, pois queria ter a certeza que seria a primeira a chegar. E fui. Nem dez minutos tinham passado desde que eu me sentara e fizera o meu pedido habitual e ele entrara. Dei por ele, não pelo barulho, mas pelo perfume irreconhecível e que rapidamente preencheu o ar, deixando o meu corpo na tensão que eu já esperava. Sentei-me na mesma mesa de sempre e ele, fez exactamente o mesmo e sentou-se na mesma mesa de há três dias atrás, como que repetindo o mote. Sem olhar para trás, mesmo depois de o ouvir fazer o pedido ao empregado, levanto-me para ir à casa de banho e regresso pouco depois. E nesse momento o meu olhar cruza finalmente o dele. - Bom dia. - Disse-me ele, sorrindo. - Bom dia. Não o vi chegar. Estava aqui tão submersa em pensamentos que nem dei por si. - Não me respondeu e voltou a perguntar-me: - Na sua mesa ou na minha? - Pergunta, sem reservas. E não lhe respondi, mas rapidamente se fez presente na minha mesa. Um convidado e ao mesmo tempo um intruso a quem eu permitira a entrada. Sentou-se e só depois me dirigiu a palavra: - Vim dois dias à sua procura...e fui embora ciente que me faltava algo. - Confessou. Nada lhe disse, aguardei que continuasse, pois não iria justificar a minha ausência, nunca o tinha feito e não seria a um estranho que apenas vira uma ou duas vezes que o iria fazer. Pediu o mesmo do outro dia, mas pediu o copo com as pedras de gelo nesse momento. Quando ele se juntou a mim, eu já tinha terminado o meu pequeno almoço e aquele show privado que ele presenciou no dia anterior não aconteceu e ele acabou por perguntar: - Cheguei tarde demais? - Perguntou. - Para? - Não ia facilitar. - Para ver...para ter o prazer de a ver...tocar-se? - Perguntou quase receoso de dizer em voz alta...de admitir o que queria ter presenciado. - Não, hoje não me toquei. Apetece-me algo diferente. - Disse deixando a questão em aberto. - Alguma ideia em concreto? - Perguntou ele. - Várias. - Confessei. E vejo-o aproximar-se da mesa com curiosidade e a ter que se afastar quando o pedido dele veio. - Sou todo ouvidos. - Diz ele tentanto ganhar tempo enquanto tomava o pequeno almoço. - Vou deixá-lo terminar calmamente o seu pequeno almoço. - E dizendo isto reclinei-me na cadeira, deixando-o perceber, nesse momento que apenas vestia uma gabardine vermelha, umas meias de liga e uns saltos altos. E relaxadamente fui convidando o olhar dele a percorrer o meu corpo à medida que ia abrindo a gabardine. As mamas, os mamilos escuros e já endurecidos pelo toque do tecido frio da gabardine e também da excitação que já sentia. E nesse momento, vejo-o baixar-se para apanhar algo que, deliberadamente deixou cair, e a reparar que eu também não trazia cuecas. - Se me tivesse perguntado se eu tinha trazido cuecas, tinha-lhe respondido....não precisava de se baixar dessa forma tão denunciada. - Digo-lhe quase como uma repreensão. - Foi mais forte que eu, desculpe. Estou... - Disse e não o deixei terminar a frase e continuei. - Sei como está...não preciso espreitar por baixo da mesa para saber que o seu caralho está duro e a latejar de tesão...o que eu preciso de saber é até onde está disposto ir para ceder a um capricho meu? - Perguntei muito calmamente. Vi-o um pouco atrapalhado, sem saber o que responder, mas o desejo falou mais alto...e ele respondeu o que eu esperava ouvir. - Estou disposto a tudo. - Confessou sem saber o que o esperava. - Então vou convidá-lo a ir até à casa de banho feminina comigo e eu irei apenas ficar a ver...com a gabardine aberta...a vê-lo tocar-se para mim até se vir. - E derrepente olhou-me extasiado, sendo acometido por todo o tipo de sensações limite: desejo e perigo. - Isso é um sim? - Pergunto confiante da resposta que sabia que me aguardava. Terminou o seu pequeno almoço, agora sim, com a tranquilidade que precisava para poder dar o passo seguinte e só depois conseguiu responder-me. - Quem vai primeiro? - Perguntou-me ele. - As senhoras sempre... - Respondeu ele. E levantei-me, sem olhar para trás, e segui o meu caminho...entrando na casa de banho e ficando a aguardar que ele chegasse. Aproveitei esse tempo para me olhar ao espelho, retocar a maquilhagem e fechar a gabardine. Ele entrou pouco depois e fechou a porta à chave, impedindo assim de sermos interrompidos ou apanhados em flagrante. - É mais seguro... - Disse tentando justificar-se pelo facto de ter fechado a porta da casa de banho. - Eu não me importo...aliás excita-me mais ainda saber que alguém pode entrar. - Confesso. Ele voltou atrás e destrancou a porta, sabendo que com este pequeno gesto, qualquer pessoa poderia entrar na casa de banho e ver-nos, mas quis aceder a mais um capricho meu. - Entre numa das casas de banho e deixe a porta aberta...para eu ver. - Pedi e dizendo isto ele entrou na casa de banho em frente ao enorme espelho da casa de banho e nesse momento virei-me de costas para ele. E foi através do espelho que o vi desapertar as calças enquanto me via pavonear em frente ao espelho, enquanto ia desapertando a gabardine, até a ter completamente aberta. As calças desceram ligeiramente e depois os boxers...e já era o caralho duro que segurava na mão enquanto se perdia no meu corpo. E nesse momento voltei-me para ele, ficando simplesmente a contemplar algo que adoro apreciar: um homem, aquele homem a masturbar-se para mim. Eu também estava bastante excitada e mesmo sem me tocar, a minha cona escorria e os mamilos endurecidos denunciavam-me. Percebi que alguém se aproximava da porta e entrei dentro do pequeno compartimento e fechei a porta atrás de mim, ficando demasiado próxima dele. E sem dizer uma palavra sequer e com o caralho bem perto do meu corpo, mas sem nunca sequer me tocar, masturbou-se até se vir. - Já posso fechar a gabardine? - Perguntei num sussurro pois a mulher que entrara ainda lá se encontrava. - Sim, por favor. - Diz ele ligeiramente atrapalhado. - Vou sair primeiro. - Disse e pouco depois saí da casa de banho, paguei o pequeno almoço de ambos e pedi ao empregado para lhe entregar um cartão meu. Ele anuiu e eu saí do café pouco depois, imaginando a cara dele quando saísse e não me encontrasse, apenas recebesse um cartão meu com uma singela frase: "Foi um prazer...Eva Ribeiro"


FIM

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