BY THE RIVER - PARTE V
- Eva Ribeiro
- 21 de out. de 2021
- 9 min de leitura

A minha pergunta não era exactamente esta, mas com a resposta tinha ficado a perceber se ele tinha percebido algo mais ou não da minha saída com o Marco. Percebi que estava tranquilo e ainda com vontade de se perder com duas mulheres, que mais poderia desejar eu? Quanto ao Marco, vi-o a conversar animadamente com o João e com a Jessica durante algum tempo, mas senti o olhar dele em mim algumas vezes…era um magnetismo que não conseguia propriamente explicar, mas sentia-se…
Acabei por me aproximar da mesa para ir buscar mais uma bebida e percebi que também o Marco se aproximou da mesa para fazer o mesmo.
- A dois ou a três? – Perguntou ele do nada.
- Não entendo… - Fingi não entender o que ele tentou insinuar.
- Entendeste sim. Confessa. – Exigiu enquanto lentamente preparava outro copo com gin.
- A três… - Digo e espero a reação dele.
- Ele gosta de ti…ela deseja-te…. – Concluiu ele.
- E tu? – Perguntei-lhe sem ele contar.
- Não queiras tudo num dia. – E saiu dali, voltando à conversa com a Jessica e com o João.
Não estava preparada para aquilo e precisava de algo mais e resolvi fazer algo diferente.
- Há algum baralho de cartas por aqui? – Perguntei e a Jessica confirmou ter trazido um para o caso de nos apetecer jogar algo.
- Mas não me parece que aqui alguém esteja com vontade de um jogo de cartas. – Diz rapidamente o Marco e vejo também o Rui ficar um pouco baralhado com a minha sugestão.
- Ia sugerir um jogo de cartas diferente e quem perdesse ia tirando uma peça de roupa, mas se ninguém quer, continuemos neste registo… - Digo e faz-se um silêncio que sei que dificilmente alguém o quer quebrar. E sei porque sugeri aquilo. De repente aquele trio já não era algo que me interessasse, precisava de algo mais livre…algo diferente…precisava de me perder no meio deles, de me entregar a um prazer demorado e sentido…
- Eu alinho. – Ouço a voz do Marco sobressair no meio daquele silêncio.
E vejo lentamente todos se aproximarem dos enormes almofadões que havia no jardim e aguardarem para saber as regras do jogo. Não as havia propriamente…por isso lembrei-me de cada um tirar uma carta e os dois jogadores com as cartas mais baixas eram obrigados a confessar algo de cariz sexual ou então tirarem uma peça de roupa à escolha. As regras eram simples e a vontade crescente. Foi a forma que encontrei de dispersar um pouco da teia que tinha tecido e ao mesmo tempo torná-la um pouco mais complexa. Mas sendo perita em jogos, tinha a certeza que iria animar mais ainda a noite que já tinha começado quente.
E as cartas foram passando de mão em mão e os primeiros a quem calharam as duas cartas mais baixas foram o João e a Patrícia.
- Confissão ou peça de roupa?- Pergunto eu, dando um gole no gin que tinha preparado antes de me sentar.
- Eu confesso gostar de mulheres...de ti especialmente... - Disse olhando na minha direção e deixando todos boquiabertos. Respirei fundo e foi a vez do João lidar com o seu dois de paus.
E despiu a t-shirt que tinha vestido em vez de revelar algo. Não tive pena, afinal a noite estava bastante quente. Sorrimos todos e nova rodada de cartas voltou a passar entre todos e desta vez, a Patrícia voltou a exibir uma carta baixa e foi a minha vez também de ser premiada com um singelo três de copas.
Olhei para a Patrícia e ela para mim e a minha confissão surgiu naturalmente. Levantei-me e quando todos esperavam que fosse tirar o vestido...caminho na direção da Patrícia e baixo-me para beijar os lábios dela.
- Confesso que também gosto de ti....... - E ia regressar ao meu lugar quando ela faz a confissão dela.
- Quero dormir contigo. - E de repente fez-se silêncio.
- Nova rodada de cartas? - Perguntou o Rui percebendo a tensão que se sentia já.
E desta vez foi a vez dele e do Marco tirarem as cartas mais baixas do baralho.
O Rui tirou de imediato a t-shirt, mas o Marco não...ou seja, preparava-se para confessar alguma coisa e eu já estava a ofegar. Algo me dizia que ele ia revelar algo que ia deixar todos sem jeito. Olhou para mim como que pressentindo precisamente aquele desconforto…e sorriu. Um sorriso perverso e que que lhe ficava tão bem, mas naquele momento a mim só me apetecia fugir. Olhei para o Rui que estava expectante, como todos os outros, pela revelação dele.
- Adorei ter feito as pazes contigo dentro de água. – E naquele momento, todos os olhares ficaram voltados para mim.
- Parece que tenho de ir à casa de banho. Não me demoro. – E saí dali, com um misto de sentimentos. Raiva por ele ter relevado algo nosso…medo de ter traído a confiança do Rui e de certa forma a de todos. Mas porque estava eu assim se não tinha nenhum tipo de relação com nenhum deles? Importava-me demais…queria demais…exigia demais…de mim…
E nisto batem à porta.
- Já saio. – Digo e pouco depois abro a porta e é o Rui que me aparece.
- Tens algo para me explicar? – Perguntou-me ele.
- Na verdade sim…mas antes de te explicar preciso que me respondas a uma pergunta: temos algum caso? Namoramos? – E ele responde negativamente. – Então porque raio te devo explicações, a ti ou seja a quem for? Só porque te provoquei primeiro? É por isso? Tu sabes como eu sou Rui…deixo-me ir ao sabor do vento…do momento…sou e serei sempre assim.
- Quero saber o que aconteceu…- Diz ele, mas vejo que é o ciúme que o domina e não o bom senso.
- Não, não te vou dizer. Vais perguntar-lhe a ele, se quiseres. – Disse e abandonei a casa de banho com ele no meu alcance, até ele intercetar a minha passagem.
- Conta…
- Marco… - Gritei de dentro da casa e não tardou ele a aparecer à nossa frente.
- Ajuda-me. O Rui quer saber o que se passou no rio quando fomos fazer desfazer aquele mal entendido…e eu disse-lhe que se quisesse saber algo mais teria de te perguntar. Não devo nada nem a um, nem a outro…por isso entendam-se, porque isto não faz parte do jogo e nós estamos aqui para nos divertir, não para discutir ou divergir.
- Tu ias passar a noite comigo…depois comigo e com a Patrícia e agora há o Marco na equação. – Diz ele em tom acusatório.
Olhei para o Marco…e os meus olhos baixaram.
- O que se passou dentro do rio, foi entre mim e ela. O que tu estás a fazer…sabes o que é? A estragar uma noite e a perdê-la… - Diz ele e eu saio dali em direção ao exterior.
Encontro um silêncio, mas rapidamente coloco música e sento-me na minha almofada.
Eles acabam por regressar e o ambiente fica um pouco tenso, até nova rodada de cartas passar.
Cabe a Jessica e ao Rui…o privilégio de despir ou confessar.
A Jessica começa por despir o vestido ficando em lingerie, o que felizmente começou a aliviar a tensão do momento anterior e as atenções a focarem-se nela. Mas quando chega a vez do Rui e eu fico a tremer…
- Quero ver-te a foder com ele. – Diz, apontando para o Marco… - Hoje, amanhã ou depois…
Esperava tudo, menos isto e o jogo ia ficando mais complexo…e o álcool não estava a ajudar. Pousei o meu copo, sabia os meus limites. E quando ergo o meu olhar, nova rodada de cartas é dada e o Marco e o João são os que detém as cartas mais baixas.
O João já tinha tirado a t-shirt e rapidamente despe os calções, ficando apenas em boxers, de certa forma para condizer com a Jessica. Achei curioso o gesto dele e ela também pois deu-lhe um beijo sem sequer estar preocupada com o que poderiam pensar. E chegou a vez do Marco…eu já tremia…quase queria ser invisível, pois tudo começava e acabava em mim e naquele momento era a última coisa que eu precisava.
- Juntando o desejo do Rui ao meu, de te foder…gosto de ser visto…e… - Levantou-se e veio buscar-me, levando-me para perto da mesa atrás de nós.
- Que me vais fazer? – Perguntei, sabendo perfeitamente o que era.
- Gostas de ser vista? – Perguntou-me primeiro.
- Sim. – Digo a verdade e retomo o sorriso.
- Queres? – Perguntou-me quase como se me convidasse para dançar.
- Já. – E só me apercebi do Rui se levantar e sair dali, mas os outros ficaram a ver aquilo que certamente nunca tinham assistido…e eu a sentir um enorme prazer de ver o meu vestido subir ligeiramente e ele me descer as alças, mas era difícil verem o meu corpo com o dele por detrás do meu. Abriu-me as pernas, depois de me ter colocado inclinada sobre a mesa, começou a mordiscar-me as nádegas, para depois lentamente ser o meu cu por onde passou a língua, para descer até aos meus lábios…molhando-os, tocando-os, até eu ficar literalmente a escorrer…
Virei-me para ele e desci-lhe os calções até ver o caralho duro, pouco disfarçado pelos boxers de cor escura que ele tinha justos ao corpo. E antes de descer reparei que a Jessica estava já em cima do João e a Patrícia olhava-nos curiosa, expectante.
Desci os boxers e comecei a lamber o caralho dele, já molhado na ponta, até descer…voltar a subir, acompanhando este movimento com o de uma das mãos, misturado com a língua e com os meus lábios…ávido de o enfiar na minha boca. Olhei para cima, para ver o que o olhar dele me devolvia e vi-o perdido em mim e no prazer que sentia de estarmos a ser vistos…e tão depressa os meus movimentos aceleram…numa sincronia perfeita…que o molha ainda mais e pouco depois o inevitável acontece. Deita-me sobre a mesa de madeira, sem estar preocupado em que se veja o meu corpo, pois o vestido está apenas quase a circundar-me a cintura, e começa a foder-me…obrigando-me a afastar um ou outro objecto que estava ainda sobre a mesa, mas acabo por o surpreender com algo que ele não contava.
- Patrícia. – Chamo. – Vem até aqui…
E quando ela chegou já a Jessica e o João estavam a foder, com ela montada nele.
Ela aproximou-se e foi despindo o vestido que trazia. Subiu a mesa e cobriu o meu corpo com o dela, beijando-me primeiro, para depois descer um pouco e apertar as minhas mamas, lambendo e mordicando os mamilos delicadamente, para depois se sentar no meu rosto, virada para o Marco e oferecendo-me a cona dela para eu lamber….
Os gemidos ecoavam no espaço…os nossos, os dos outros dois…e dou por mim a olhar para uma das janelas do quarto e a ver o Rui olhar para baixo, com o caralho na mão e a masturbar-se…para só eu ver.
Venho-me nesse momento, sentindo o meu corpo ceder ao prazer de ter aquele caralho dentro de mim, entrando e saindo, numa cadência que me enlouquece, e ter ao mesmo tempo aquela cona molhada e que pinga e lateja nos meus lábios…
- Marco… - E ergo-me um pouco, puxando a Patrícia para cima de mim…roçando as mamas nas minhas…e deixando o corpo inclinado e à mercê do toque dele. – Ergui ligeiramente as pernas e ela baixou-se apenas um pouco, num ângulo perfeito para uma alternância que se exigia dele….ora para foder uma, ora a outra…
- Estou quase a vir-me… - Diz ele descontroladamente e ambas nos voltamos de frente para ele e ajoelhamo-nos, lambendo o caralho dele uma de cada lado, com o nosso sabor latente, e alternando com um beijo ou outro…até ele se esporrar na minha boca e eu partilhar o esperma com ela e que ia caindo sobre um e outro corpo nu.
- Afinal quem vai dormir com quem? – Perguntei eu a rir perdidamente.
- Tu dormes comigo… - Diz-me a Patrícia muito depressa.
- E eu vou espreitar a meio da noite se vão mesmo dormir. – Diz o Marco para as duas.
Já estávamos sós naquele momento e eu precisava de um banho pois estava cheia de esperma, que ia secando lentamente no meu corpo.
- Vou já ter contigo…preciso de um banho…- Digo para a Patrícia e que me diz que a seguir vai ela também.
Tomei o banho tranquilamente, mas quando abro a cortina da banheira, vejo o Rui parado, como se estivesse estado o tempo todo à minha espera.
- Rui estou cansada…por favor… - Digo quando ele tenta aproximar-se de mim.
- Eu sei…só te vim desejar boa noite. – Diz-me ele e dá-me um beijo e pouco depois sai. Sigo-o até ele seguir o caminho até ao quarto dele e eu entrar no da Patrícia.
Ela tomou banho depois e eu apenas vesti umas cuecas e deitei-me pouco depois. Senti-a entrar na cama e o calor que o corpo dela emanava…os mamilos roçaram nas minhas costas, mas adormeci embalada por aquele toque.
A meio da noite, que aliás era quase dia, levantei-me para ir à casa de banho e quando regressei à cama percebi que ela estava nua. Tirei as minhas cuecas e deitei-me ao lado dela.
Acordei com ela a tocar-me….recomeçando tudo outra vez……..num rol de prazer que não terminava….
-Os teus gemidos vão acordá-los. – Diz ela para mim.
- Ainda bem. Pode ser que alguém tenha a delicadeza de me trazer um café forte. – Digo e continuo mergulhada naquele corpo, sedento do meu…e que se vai libertando…num orgasmo atrás do outro…
E a porta abre-se…
- O pequeno almoço está servido minhas putas. – Ouvimos a voz do Marco.
- Já vamos….só um mais,…. – Digo e o meu corpo volta a estremecer quando a cona dela roça a minha…lábios com lábios…clitóris com clitóris….e ele a ver….
- Bom dia Marco. – Diz a Patrícia, passando por ele apenas com um fino robe, semi aberto em direção à casa de banho.
- Bom dia Patrícia e bom dia para ti também. Vens preguiçosa? – Pergunta ele e preparava-se para me levantar quando o puxo para mim.
- Fode-me. – Exijo.
- Com a porta aberta? – Perguntou ele.
- Fode-me cabrão. – Volto a dizer o mesmo.
E assim começou a manhã…a minha…
FIM
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