CORRIDA MATINAL
- Eva Ribeiro
- 4 de nov. de 2020
- 4 min de leitura

Mais uma corrida matinal, aquela que me revigora o corpo e descarrega a mente. A música e o mar acompanham-me neste percurso que já é uma rotina, mas da qual não abdico. Já faz frio e por isso não abdico de colocar o capuz da sweat a cobrir parte a cabeça….e voo…vejo as cores do amanhecer surgirem atrás de mim e tenho a sorte de durante este percurso não me cruzar com ninguém. Mas naquele dia algo diferente aconteceu, nos 8 kms que costumo fazer, antes de regressar a casa e ir trabalhar. Apercebi-me ao fim de uns metros de corrida que um homem corria, ao mesmo ritmo que eu e isso se prolongou por mais uns metros. Ignorei, achando que seria algo raro, mas os metros foram passando e comecei a acelerar a passada. O ritmo dele mantém-se…e volto a abrandar e verifico o mesmo…e ao fim de algum tempo começo a caminhar e já não consigo retirar qualquer prazer da corrida, pois estou mais preocupada com a presença dele, do que com o que estou a fazer.
E decido parar, simulando uma vontade de captar uma fotografia da praia e para meu espanto ele para precisamente ao meu lado, mantendo tal como eu, a mesma respiração ofegante provocada pela corrida.
- Bom dia. – Diz ele quando se detém ao meu lado para apreciar a paisagem.
- Bom dia. – Digo, apesar de me apetecer questionar porque raio decidiu parar e estar atrás de mim. Mas quando me preparava para lhe dizer isso e olho na sua direção…o olhar penetrante e de cor escura que me olha de cima, pois é um pouco mais alto que eu, e reparo no cabelo escuro e que apesar de curto está desalinhado pela corrida…e deixo de conseguir dizer o que queria.
- Peço desculpa se a assustei, mas gostei do seu ritmo e pareceu-me um bom desafio vir atrás de si. – Desculpou-se de algo que não perguntei e agora que me dizia, até fazia algum sentido.
- Mas eu nunca o vi por aqui e faço sempre corrida a esta hora. Começou hoje a correr? – Perguntei-lhe.
- Não, costumo é correr ao fim do dia, precisamente por não encontrar ninguém por aqui. Mas hoje não vou poder e não prescindo deste exercício. – E estava explicado.
- Agradeço a explicação pois, por momentos… - E ele completa o que adivinhava.
- …por momentos achou que a perseguia com uma intenção? – Termina por concluir o que eu tinha em mente dizer.
- Sim, ninguém corre como nós…cada um tem o seu ritmo e achei estranho o seu ser igual. E pior quando começou a caminhar, mais desconfiada fiquei. – Disse-lhe.
- E quando parei aqui ao lado, qual foi a sensação? – Perguntou-me.
E naquele momento aquela pergunta fez-me arrepiar a pele…eriçar os sentidos…e tive de olhar em frente para esconder o olhar.
- Pensei: que descaramento...primeiro segue-me e agora para no mesmo local que eu. – Digo-lhe.
- E depois da explicação que lhe dei, já vai tranquila? – Perguntou-me e desta vez percebi que o olhar dele me contemplava. Escondi os meus olhos claros por detrás das ondas do cabelo que tinha preso, mas algumas ondas largas já escaparam para o rosto.
- Não…confesso que não… - E a minha resposta intrigou-o.
Vejo-o baralhado a olhar para mim e nesse momento viro-me para ele, digo o que me apetece, afinal não o irei ver mais.
- Quero foder…aqui…agora… - Disse-lhe aquilo que nunca tinha dito antes em voz alta, mas as circunstâncias escudavam-me tão bem, que não resisti ao impulso.
Vejo-o sorrir, um sorriso perverso e que depois termina quando olha para o pulso e confirma as horas. Por momentos, fiquei na dúvida se aceitaria a minha proposta, mas quando o vejo aproximar-se de mim, ficar a um palmo de mim…e me puxa para ele. Ainda pensei que iria sugerir irmos até à areia, mas faz-me sinal, para um banco uns metros à frente, daqueles bancos de madeira que acompanham o percurso, onde algumas vezes me sentei a olhar o mar depois de correr…
- E se não fosse eu…puta? – Pergunta-me o meu namorado.
- Se não fosses tu, cabrão…teria que foder…aqui e agora… - Digo, sem medo, mas sabendo o impacto que as minhas palavras vão ter. – Porque vieste correr a esta hora? – Perguntei como se ele tivesse invadido o meu território.
- Porque saíste sem te despedir… sem fodermos…e eu simplesmente vim atrás de ti. – Confessou e o banco já estava ao nosso lado.
E sem serem precisas palavras, coloco-me de quatro, com o rabo virado para ele e desço as calças desportivas que trazia e as cuecas juntamente e vejo-o aproximar-se e dar-me uma palmada com força.
- Isto foi por teres saído de casa sem fodermos… - E dá-me outra palmada, com mais força ainda. – Esta é por seres uma puta. – Diz-me e enfia-me o caralho na cona de uma vez.
- Não vou mudar… - Nova palmada, com mais força.
- Não ouvi… - Pede-me para repetir.
- Serei ainda mais puta…não me tentes… - Digo em tom de ameaça.
E nesse momento as mãos dele apertam-me também o pescoço, para depois me subirem a sweat e o soutien de desporto e deixar as minhas mamas livres para tocar. Aperta-me cada uma, enquanto me fode e fode-me com raiva, aquela que não consegue controlar, precisamente por me saber sempre fora do controlo dele.
- Deixas-me louco…. – Diz enquanto o caralho dele me fode e os meus gemidos preenchem o espaço entre nós. E aperta-me os mamilos, causando alguma dor…
E fode-me até sentir o meu orgasmo e depois volta-me para ele.
- Alimenta-te…mama-o todo…- Exige e enfia-me o caralho na boca e eu lambo gulosamente até ele escorrer esperma. – Puta…
- Sou. Vemo-nos em casa…. – E digo, escapando-lhe, como sempre do controlo com mais um sprint até casa. Ansiava por um banho quente e ao qual sabia que ele se iria juntar, com água bem quente e finalmente sair para trabalhar.
FIM
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