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MY LORD - PARTE III


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Acordei já com o sol a entrar pelas janelas do meu quarto e com a Maria a entrar lentamente, aproximando-se com o meu pequeno almoço. Pousou o tabuleiro na mesa perto da janela e foi dispondo tudo, até se aproximar da cama.

- Bom dia menina Ana. Já servi o pequeno almoço, precisa de mais alguma coisa? – Perguntou-me.

- Não Maria, obrigada. Vou lenvantar-me. – E quando a vejo dirigir-se à porta, destapo-me e percebo que adormeci, sem as cuecas com que me deitara. Sorri perversamente, pois sabia exactamente como tinha adormecido e levei um dos dedos ao nariz e rapidamente me apercebi do odor que neles ainda estava impregnado. E não me demoro a procurar, no meio dos lençóis, as cuecas que perdi, encontrando-as pouco depois...repetindo o gesto de há momentos...levando-as ao meu rosto, inalando o meu perfume misturado com um odor diferente: o resultado do meu prazer.

Ergui-me e dirigi-me à janela, abrindo-a, só me sentando depois para saborear o meu pequeno almoço e que devorei num ápice tal era a fome que tinha. Só nesse momento me lembrei que na noite anterior não tinha sequer jantado.

E pouco antes de sair do meu quarto, escolhi umas calças de outra cor, desta vez optei por umas de cor castanha e optei por uma blusa nos mesmos tons, mas mais claros, não esquecendo as botas e o casaco de pelo, já a pensar numa hipotética saída a cavalo. Abri a gaveta da roupa interior e pela primeira vez, hesitei na escolha da roupa interior, no entanto acabei por não fugir das minhas preferências...tecido rendado, transparente e em tons beje. Saí do quarto, desejando não me cruzar com a mãe, que devia andar pela casa a ver com que se ocupar.

- Bom dia Ana, como se sente hoje? – Perguntou-me, depois de eu ter passado por ela sem sequer a ter visto.

- Bom dia mãe. Estou um pouco melhor, a precisar de um banho quente e acho que ficarei melhor depois. – Digo a verdade. – Obrigada pelo pequeno almoço, estava fabuloso. – Disse sabendo que estes elogios aliviavam a tensão e desviavam as atenções para outra coisa que não eu. E resultou pois deixou-me prosseguir o meu caminho em direção à casa de banho.

Já no andar de baixo, entrei na casa de banho, fechando a porta atrás de mim e pousando as roupas na cadeira próxima da porta. E o primeiro instinto que tive foi de me aproximar da janela e abri-la para confirmar se o David já tinha chegado. E quase gritei quando, ao abrir a janela, ele me surpreende com uma flor. Aceitei a flor, mas nada lhe disse...pois ainda estava a recuperar do susto que ele me pregara. Virei costas e pousei a flor no meu toucador, mas quase ao mesmo tempo, dirigi-me à porta e fechei-a à chave, pois algo me dizia que ia ser necessário.

-Se alguém aparecer, entra para dentro. Até lá, quero que fiques onde sempre estiveste, do lado de fora... – Eu sei...dito desta forma parecia de uma grande insensibilidade, mas a verdade é que tinha vontade de recriar os mesmos momentos que no passado tinham acontecido e eu não tinha percebido. Queria sentir tudo da mesma forma...e sei que ele tinha percebido isso.

Ele assentiu sem me responder, percebendo as regras do jogo que apesar de não ser novo, tinha regras novas, mas os jogadores, esses apesar de serem os mesmos, não estavam a jogar da mesma maneira...tinham aprendido algo mais...e tinham passado a outro nível.

Deixei a água correr até ficar quente e comecei a despir a camisa de noite, deixando-o perceber que tinha dormido sem roupa interior. Ainda de costas, olhei para ele, que estava com o olhar fixo em mim, mas extremamente atento ao que o circundava.

Entrei na banheira e deixei que a água escorresse pelo meu corpo nu, ainda de costas para ele, para depois, lentamente, me aproximar do sabonete de banho e, me virar para ele, com a mesma naturalidade que no dia anterior, quando estivemos juntos no telhado daquele celeiro.

Olhei para ele com a água a escorrer por mim e percebi que algo mudara no seu semblante e ele, num ápice entrara, dentro da casa de banho e fechara a janela, o mais discretamente que conseguiu. Voltei-me de costas, de novo, e tentei conter uma gargalhada...mas deixei o sorriso. Percebi que ele quase fora apanhado...risco e prazer sempre de mãos dadas, definitivamente era o que me movia...

-Estás a rir-te? – Perguntou ele e sinto a voz dele cada vez mais próxima de mim.

Opto pelo silêncio e finjo que ele continua do lado de fora da janela, a olhar para mim e de olhos fechados, viro-me de novo para ele e esfrego o sabonete no corpo, demorando-me nas mamas...endurecendo os mamilos ao toque e já com o corpo coberto de espuma, esfrego-me...toco-me...e abro, nesse momento, os olhos, vendo-o sentado, na parede entre as duas janelas apenas com uma t-shirt no corpo e a tocar-se, maravilhado a observar-me...desta vez consentidamente.

E propositadamente, decido encher a banheira com água e mergulho, ficando quase ao nível dele e repousando a cabeça numa das extremidades...

Nisto, quando olhei para o lado, ele estava quase colado a mim, mas do lado de fora, a ver-me ter o mesmo prazer que tive na noite anterior...a tocar-me...sem vergonha ou pudor, e inesperadamente, a mão dele mergulhou dentro da água quente e começou a tocar a minha pele, subindo pelas minhas pernas...e depois passando o meu ventre, as minhas mamas, até tocar os meus lábios, que molhou, propositadamente.

-Toca-me... – Peço sem medo. E vejo-o olhar para mim, sabendo exactamente o que eu queria...a continuidade do meu toque...

E, sem me responder, entrou dentro da banheira, libertando-se antes da t-shirt que ainda tinha vestida e ficou, por breves instantes a olhar para mim...e deixando-me olhá-lo...observar o caralho duro, imponente a indicar-lhe o caminho...o dele sobre mim...o único possível...

-My lady...

- Sim, my Lord? – Digo abrindo ligeiramente as pernas, num claro convite ao pecado...

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