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O SAL NA MINHA PELE - PARTE II


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- Estou nas tuas mãos desde que me aproximei de ti. – Uma verdade que já me é familiar, mas que nem sempre aceito pacificamente.

- Desce os calções… - Peço àquele estranho, sem reservas. E ele baixa –os e deixa-me observar o caralho duro que exibe, mas sem se mexer, aguardando pelo que a seguir antecipa que eu lhe peça. – Toca-te para mim, quero ver…

E sem perguntas, respostas, instala-se um silêncio, apenas interrompido pelo rebentar de uma ou outra onda…o som das gaivotas, que parece estarem a perceber o caminho pecaminoso que seguimos…

Trinco o lábio enquanto o vejo tocar-se, o seu olhar vagueia pelo meu corpo, percebendo que é nos meus lábios e nos meus olhos que se fixam e, nesse momento, começo a tocar-me por cima do tecido molhado do biquíni, olhando entretanto para trás para perceber se ainda continuamos sós…

- Relaxa…estamos sós…. – Diz-me tranquilizando-me.

E, sem pudor, baixo a parte de baixo do biquíni e coloco-a em cima da pedra, ficando completamente nua, medindo forças com aquele desconhecido. Atrevo-me a passar por ele e volto a mergulhar naquela água e ele alcança-me, sem dificuldade, uns metros à frente. Sinto a areia por baixo de mim e vejo-o parar, mas desta vez, puxa-me para ele e as minhas pernas entrelaçam-se naturalmente no corpo dele.

Os lábios dele procuram os meus e devolvem a intensidade com que me dou…e lhe mostro o que quero. Sinto o caralho dele roçar nos lábios da minha cona, duro…e a provocar-me…a tentar-me.

- Porque esperas para me foder? – Pergunto já fora de mim, enquanto o olho e espero pela reação dele.

- Essa pergunta… - E nesse momento sinto o caralho dele entrar em mim, obrigando-me a abraçar-me a ele e a mover-me comandada apenas pelo prazer que sinto, entregando-me a ele, sem pensar…uma entrega desprendida e sentida.

Não tardo a vir-me e nesse momento, começo a tocá-lo para que se venha em mim…e não tarda a esporrar-se nas minhas mamas, misturando o esperma com o sal do mar…que levo á boca e saboreio...

Mergulho de novo, deixando-o para trás de novo…cenário que volta a mudar quando se aproxima de mim, depois de um pequeno mergulho para chegar a mim.

- Os teus amigos…ainda te aguardam? – Perguntou-me sorrindo perversamente.

- Sim, tenho mesmo de ir…

- Espero-te aqui amanhã…faça chuva ou sol… - Diz-me, mergulhando e afastando-se de mim.

Caminho em direção à pedra onde deixei a parte de baixo do biquíni. Visto-a, percorrendo, de seguida, o areal até à minha toalha, na qual me enrolo, ficando a observá-lo também regressar. Deito-me já depois de me sentir mais quente…e percebo que ele imita ao meu gesto, não tendo qualquer problema em se deitar ao meu lado. O silêncio volta a instalar-se entre nós, mas não é aquele silêncio que incomoda…é de novo um silêncio que envolve, que harmoniza.

- Tenho de ir. – Digo, ao fim de algum tempo, levantando-me e gradualmente afastando-me dele…daquele estranho que ocupava um lugar que sempre fora o meu, mas que não me deixava minimamente desconfortável com isso, bem pelo contrário.

- Até amanhã. – Diz ele com uma segurança que me deixa sem palavras, apenas pela certeza que tem e sabe que irei aparecer.

Rapidamente cheguei a casa e arranjei-me para ir até casa da Patrícia e do Bruno. Estava um dia quente e só me lembrei de pegar num vestido claro, fresco e decotado e numas sandálias e seguir, depois de um longo banho.

Pouco passava das seis da tarde quando cheguei a casa deles. A Patrícia fez de novo uma festa quando me viu e o Bruno, aproximou-se lentamente e pegou literalmente em mim ao colo quando me abraçou.

- Que saudades miúda. – Diz ele como se já não me visse há uma eternidade.

E fico sem jeito pela forma como pega em mim, roçando o corpo dele no meu, mas a ligação que temos permite isso e mais, por isso acabo por rapidamente deixar outros pensamentos pecaminosos de lado. E de divisão em divisão, ambos foram-me mostrando orgulhosamente cada recanto de uma casa que, não sendo grande, tinha espaços encantadores. Até a varanda, tinha pormenores que eu amei.

- Acho que vou ficar aqui. – Disse eu sentando-me num dos enormes almofadões que tinham dispostos no terraço, rodeado de madeira e plantas e, também, adornado com lamparinas, aqui e ali.

- E eu vou preparar algo para nós bebermos. Alguma preferência? – Perguntou-me o Bruno, sempre muito atencioso.

- Já conheces os meus gostos…mas pode ser algo doce, fresco e com álcool…. – Disse e ouvi o eco da minha amiga.

- O mesmo para mim… - Diz ela prontamente.

- É para já. – Diz ele saindo dali e não tardando a voltar, também ele com um copo para ele numa das mãos.

- Temos de fazer um brinde… - Digo eu entusiasmada.

- Eu já sei a que vamos brindar… - Diz Patrícia muito depressa.

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- À vossa casa nova e a todas as coisas boas que ainda virão. – Digo eu esticando o meu braço e tocando em cada um dos copos deles. Copos que todos juntos faziam uma mistura de cores digna de uma tela. Música ambiente e boa conversa e rapidamente o tempo foi passando, sem darmos conta.

- Tu estás diferente de hoje de manhã. – Diz-me a minha amiga, tentando ver para além do que os meus olhos lhe revelavam.

- Mudei de roupa…. – Digo eu, ficando um pouco atrapalhada. Bebi um pouco do meu gin hiper colorido…com travo a maça caramelizada e a canela.

- Não me parece. Bruno, olha bem para ela. – E falaram como se eu não estivesse ali.

- Pronto eu vou desvendar o mistério: hoje na praia conheci um homem…e na verdade nem o nome dele sei, mas fez-me companhia num primeiro mergulho e depois….depois….

- Conta tudo… - Pede Patrícia com aquela curiosidade típica e que eu já conheço há anos.

- Vá…aconteceu e foi na água…. – Disse eu tentando conter as palavras, revelando menos…

- Essa história acho que tem demasiado potencial para ser reduzida dessa forma. Vá conta-nos. – Pediu ela de novo e vendo o Bruno aproximar-se também para ouvir.

- Porque é que és assim? – Perguntei eu, dando novo gole na minha bebida. – Adoro este gin, Bruno. – Elogiei, ganhando fôlego para a confissão que se seguia.

- Obrigada Xana, mas ias contar algo que estamos os dois interessados em ouvir. – Disse ele, desta vez.

E contei, com todos os detalhes…o que vi e senti…e no fim ficaram ambos a olhar para mim.

- Que se passa? – Perguntei eu vendo-os, de alguma forma, tensos e até poderia usar outros adjectivos. – Disse algo que não devia? – Perguntei, fingindo uma falsa timidez.

- Definitivamente Patrícia, temos que jogar strip poker depois do jantar ou começamos já? – Perguntou Bruno para a minha amiga.

- Pessoal…não vamos voltar ao mesmo… - Digo, tentando manter alguma sensatez naquele início de noite.

- Não te apetece? – Perguntou-me ele mais directamente do que eu estava à espera. E olhei para a Patrícia antes de responder e o ar descontraído dela sossegou-me, por um lado, por outro desassossegou o meu demónio.

- Patrícia…apetece-te jogar? – Perguntou o Bruno, percebendo que eu não respondi logo.

- Sim, mas à noite…e aqui, com a luz destas lamparinas…

Bebi o resto do gin e devolvi o copo ao Bruno.

- Muito bem, jogámos mas quem dita as regras do jogo de hoje sou eu. – Digo, sem saber muito bem o que mudar no jogo mais elementar para nos despirmos e começarmos a foder os três.

- You can change the rules, my friend, but never the game itself… - Diz ele, levantando-se de seguida e deixando-me atordoada com a inevitabilidade do que se seguiria nessa noite.

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