ORIGINAL SIN - PARTE III
- Eva Ribeiro

- 7 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de ago. de 2020

Aproximei-me dele quando já todos tinham abandonado a sala. Ele estava compenetrado a guardar alguns papéis soltos sobre a secretária, até a minha mão bater com força na mesa e o parar. Assustei-o…e olhou-me quando sentiu o efeito do meu impacto.
- Queria falar comigo chefe? – Perguntei, sabendo a conversa que ele queria ter comigo.
- Um bom chefe sabe apreciar, saborear e tem a humildade de achar que pode sempre melhorar…refinar…
- Tanta teoria… - Disse eu, rindo sem disfarçar…
- Vamos à prática…todos os molhos merecem e devem ser provados…porque completam os sabores do prato…a aliança perfeita. Sabes o que é uma aliança? – Perguntou-me.
- Sei… - E a minha expressão mudou.
- Diz-me…
- A ligação eterna…a ligação que faz sentido…transcende o material e passa ao metafísico.
- É precisamente essa aliança que necessitamos de ter na cozinha…a ligação…eterna…
- Não acredito nessas coisas, já não. – Digo e quase me preparo para sair dali, mas ele agarra-me a mão e diz-me.
- Esta aliança é forjada com amor, tem o dom do sabor e prende pela cor…textura…
E naquele momento aquela conversa não surtia qualquer efeito e quando me preparava para ir embora, deitei-me numa das bancadas de um dos meus colegas e pedi:
- Molhos? Quero provar….
- Isso é um pedido? – Perguntou ele aproximando-se de mim com uma pequena taça com um molho.
- Eu nunca peço…exijo… - Disse e deixou-o colocar um pouco daquele molho num dos meus dedos dos pés…
- Este ficou perfeito…na tua pele… - Disse ele gulosamente levando o dedo à boca e lambendo como se se tratasse de um pedaço de mim.
- Deixa-me provar.
- As provas não funcionam assim Eva. – Disse ele, de forma muito controlada.
- Não? – Perguntei retoricamente, mas estando à espera de uma continuação.
- Para sabermos se um molho está naquele ponto…devemos experimentá-lo…de diversas formas…
- Alguma ideia chefe? - Perguntei provocadoramente.
- Sim…sobe o teu top e deixa-me provar diretamente no teu corpo…e deixo-te provar a seguir….
Nem hesitei e subi de imediato o meu top vermelho acetinado e deixei-o colocar umas gotas do molho…lentamente…para depois as lamber diretamente em mim…primeiro no ventre…depois numa das mamas, até ser o mamilo que lambeu o molho, deixando-me completamente descontrolada.
- Qual era o molho? Quero provar…. – Digo eu.
- Espanhol… - E deu-me a provar diretamente de um dos seus dedos…
- Quero mais…
E despejou umas gotas mais sobre as minhas mamas e começou a lambê-las e depois aproximou-se dos meus lábios…e beijou-me demoradamente.
- O molho espanhol Eva, está aprovado?
- Quero o bechamel… - Disse eu, sabendo que ele me ia entender perfeitamente.
- Alguma preferência…da combinação para este molho? – Perguntou ele.
- Como não estou a ser avaliada…quero-o a escorrer do meu ventre até à cona…para o lamberes e me dares a provar. Excessivo?
- Não, perfeito…. – Disse ele indo buscar o molho, mas desta vez começando por me tirar as calças…depois as dele…e enquanto tirava os boxers…não o deixo baixar-me as cuecas…
- Por cima…e depois…. – Exigi….sem esperar um não como resposta.
- E ele deitou algumas gotas de bechamel por cima das minhas cuecas brancas e lambeu…sorveu tudo e deu-me a provar de seguida.
- Ainda não está no ponto… - Digo sorrindo…
- Não…falta o mais importante. – Disse ele afastando as minhas cuecas e derramando um pouco mais do molho, que lambeu até à ultima gota….fazendo-me vir pouco depois...
- Quero provar….o molho… - Digo eu ainda a arfar…
- Vou ter de repetir, porque o lambi todo na tua cona. – Disse ele, sorrindo.
- Por favor…
E nesse momento ergo-me e vejo-o repetir o gesto e voltar a deitar algumas gotas e lamber-me com desejo, subindo por mim até chegar aos meus lábios e me dizer:
- A melhor versão de bechamel que eu provei até hoje.
- Em quantos corpos provaste já? – Perguntei sem qualquer problema.
- No teu…isso basta para ter o dístico? – Perguntou-me.
- Isso é tudo? - Pergunto.
- Não, não é falta o molho holandês…livre, solto e revolto…
- Temos aula daqui a dois dias certo? – Perguntei, preparando-me para sair.
- Sim…. – Disse ele já antevendo o que eu ia fazer.
- Temos tempo para a sobremesa nessa altura…. – Digo, vestindo-me e afastando-me dele.
- Lembra-te que há mais alunas…e o próximo capítulo serão as entradas…
Aproximei-me já recomposta e olhei-o desafiadoramente.
- Eu nunca serei uma entrada, sou o prato completo…refinar…e melhorar…lembro-me das suas palavras…
- E tu julgas que eu não sei? - Reagiu.
- Então se sabe, até daqui a dois dias. – Disse, deixando-o para trás, semi-despido e entre molhos misturados com o meu sabor.





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