PARABÉNS
- Eva Ribeiro
- 24 de nov. de 2021
- 5 min de leitura
Atualizado: 31 de jan. de 2022

O Natal é provavelmente a época do ano que mais gosto. Tudo ganha cor, a minha cor…aquele vermelho sangue que tanto me caracteriza, a forma de ser e estar e é imbuída deste espírito que entro no carro, ainda a cantarolar uma música que natal que tinha acabado de ouvir na última loja que tinha entrado.
Ponho o carro a trabalhar e rumo a casa, sabendo que é provavelmente o gato que me aguarda, pois tu disseste-me que estarias de prevenção nessa noite e certamente não estarias em casa.
Tapas e vinho, um bom filme, uma manta e o sofá seria a minha companhia até chegares. Certamente adormeceria no sofá e serias tu a levar-me para a cama, mas estava tão bem com isso que a música da rádio de natal continuou a fazer-me trautear uma ou outra parte da música. E nisto o telefone toca. És tu. Sorrio a olhar para o visor. Provavelmente vais dizer-me o que já adivinho, mas estou feliz e atendo o telefone com essa animosidade na voz.
- Estás muito contente! – Exclamas quando me ouves.
- É quase Natal e sabes uma coisa? Estou feliz! – Digo e tu sabes que é verdade.
- Tenho uma boa e uma má notícia para te dar. O que preferes que te diga primeiro? – Perguntas.
E de repente aquele calor que sentia esvanece-se e fico em silêncio.
- A má primeiro por favor. – Peço expectante.
- Estarei em casa quando chegares… - Dizes com um marcado suspense na voz.
- A sério, não vais trabalhar? E porque isso haveria de ser uma má notícia. É porque não tenho nada pensado para o jantar de hoje. – Digo, mas rapidamente penso em passar em algum local antes. – Posso passar em algum sítio e levar comida ou então jantamos fora. Como preferes? – Pergunto, mas rapidamente te pergunto: - E a boa notícia? Se esta era a má…estou ansiosa por saber a boa. – Digo-te.
- Tenho uma surpresa para ti e não preciso que passes em lado nenhum, pois jantamos em casa. A única coisa é que apenas vais subir quando te disser, poder ser?
- Claro que sim. – Digo excitadíssima, antevendo um cenário romântico, erótico…na verdade não sabia o que ele havia preparado. – Levas quanto tempo a preparar essa surpresa? – Perguntei.
- Talvez 30 minutos ou talvez um mais um pouco. – Dizes.
- Pronto, se aparecer daqui a uma hora é tranquilo e não terás que me avisar…
- Certo. – Confirmas.
E despedimo-nos pelo telefone, antevendo uma noite diferente. Eu tinha mil e um cenários diferentes, mas tinha que fazer algo antes de chegar. E sem pensar muito acabei por ir ao centro comercial mais próximo e fui direta à loja de lingerie, onde habitualmente compro a minha roupa interior. Procurei algo diferente…um corpete em preto e umas cuecas rendadas a condizer. A loja não vendia as meias que eu pretendia e passei numa próxima e escolhi umas que me faziam parecer uma colegial. Vesti tudo nos provadores da loja de meias e tirei a roupa toda, apenas se vendo o casaco vermelho fechado, as meias e os saltos altos.
Pensei em levar alguma prenda para ele, mas o tempo já estava contra mim quando entrei no carro e rumei a casa. Precisamente uma hora depois entrei em casa, fechando a porta atrás de mim. Tinha apenas a luz de uma ténue vela vermelha acesa na entrada e de resto estava tudo às escuras.
- Paulo?! – Chamei.
Um silêncio reinava em casa e apenas a minha gatinha apareceu para me receber, com o miar característico dela, roçando-se nas minhas pernas.
- Onde está o dono? – Perguntei, como se ela me indicasse o caminho. E ela voltou para o corredor e segui-a, como se efectivamente me tivesse entendido.
E pouco depois entro no quarto e preparava-me para acender a luz quando a porta se fecha atrás de mim.
- Paulo…senti o teu perfume…deixa-me acender a luz…
- Shhh…. – Dizes e aproximas-te de mim, beijando-me o rosto lentamente até chegar aos meus lábios, que beijas como se fosse a primeira vez. – Parabéns. – Ouço-te dizer.
- Eu não faço anos hoje, nem é o nosso dia. – Digo sem perceber nada.
- É preciso motivo para celebrar? – Perguntaste.
- Claro que não e abraço-me a ti.
- Vamos jantar? – Convidaste, abrindo a porta do quarto.
E quando saí, o espaço já estava iluminado por algumas velas que tenho estrategicamente colocadas pela casa.
- Quem está aqui? – Perguntei desconfiada.
- Nós. – Dizes com um sorriso perverso.
- E quem acendeu as velas? Paulo quem está aqui em casa?
Não me respondeu e levou-me até à mesa de jantar e arrastou-me a cadeira para me sentar. A mesa estava extremamente bem decorada. Não me lembrava daquela toalha, nem daqueles individuais…
Sentei-me sem dizer mais nada e ele colocou música ambiente, bem sensual, aquela que entoa no corpo e o faz reagir.
- Convidei um chef para nos preparar o jantar. Não queres tirar o casaco? – Perguntaste, depois de sentares.
E nesse momento era a melhor altura para jogar. Assenti e rapidamente sinto umas mãos ajudarem-me a libertar do casaco. Vejo-te a olhar para mim, esperando ser um vestido que trazia por baixo…e afinal tenho apenas lingerie.
- Parabéns amor. – Digo e sorrio, perversamente também. – Espero que o teu chef esteja preparado para o que vai ser este jantar.
- Tu…és demais… - Dizes e pouco depois vejo o chef chegar com algumas entradas e nem reagir quando me vê apenas em lingerie.
- Estou encantada. – Digo e os nossos copos rapidamente se enchem daquele néctar divino que eu tanto aprecio e brindamos antes de dar início àquele repasto.
- Vou foder-te em cima desta mesa antes do jantar terminar……
- Não me parece. Temos um estranho dentro de casa. – Digo eu tentando provocar-te.
- Já deve ter visto isso e muito mais. – Dizes e começamos a servir-nos.
- Veremos como ele reagirá quando o convidar a assistir… - Digo e olho-te desafiadoramente.
- Excita-te que ele esteja aqui presente a ver? – Perguntas-me.
- Os cogumelos recheados estão divinais. Prova. – Digo, deixando-te mais nervoso e excitado ao mesmo tempo.
- Não me respondeste. – Dizes enquanto provas um pouco de queijo.
- Estou a ficar molhada…serves-me de queijo e mel na boca? – Pergunto-te e ficas cada vez mais tenso.
- O que vou fazer contigo? Sempre indisciplinada… - Dizes e o teu sorriso evidencia a perversão que conheço.
- Vais satisfazer os meus caprichos…todos…
- Devo ter medo? – Perguntas.
- Não, deves celebrar…cada dia…cada momento…. – Digo e fazemos novo brinde.
- A nós. – Dizes, olhando-me nos olhos.
E pouco depois dás-me o queijo e o mel à boca e lambes o que ficou nos meus lábios.
- Chama o chef… - Peço-te depois.
- Que precisas? – Perguntas-me.
- Preciso que ele venha aqui. – Digo e chamas por ele. Levanto-me depois de te sentares.
- Precisa de algo? – Perguntou ele educadamente.
- Sim, preciso que veja o que lhe vou fazer. – Digo e levanto-me, dirigindo-me a ti.
Abro-te as calças e começo a tocar-te por cima dos boxers.
- Isto não estava no menu. – Dizes-me.
- Agora está. – Digo quando começo a lamber o teu caralho de frente para o chef, propositadamente para ele ver… - E a culpa é do chef, porque está tudo delicioso.
- Mas ainda agora começamos…
- Precisamente. – E deixo cair uma alça do corpete propositadamente, exibindo um pouco do mamilo.
O teu caralho endurece e olho em frente e apesar da ténue luz vejo a ereção que o chef exibe, mesmo com um pequeno avental na frente.
E depois regresso ao meu lugar, dirigindo-me ao chef.
- Obrigada, pode ir.
- Tu és doida! – Dizes.
- Já sabias isso…por isso nada de reclamar… - Digo e continuo a saborear as iguarias que estão sobre a mesa.
- Tira as cuecas. – Pedes-me.
- Agora? – Perguntei.
- Sim, agora.
- Chama o chef…por favor… - Peço.
- Queres que ele veja? – Perguntas.
- Sim…quero que veja tudo…
FIM
Comments