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PRIVATE LESSONS - PARTE I

Foto do escritor: Eva RibeiroEva Ribeiro

A turma abandonava a sala de aula e eu permaneci porque tinha de falar com o professor. Tinha de lhe dizer aquilo que já andava há algum tempo para fazer, mas faltava-me a coragem para admitir, o meu falhanço, não na escolha do curso, mas naquela cadeira. Tinha sido um erro e precisava de recuar e fazer outra escolha. Com 32 anos e já com uma vida relativamente organizada, precisava que academicamente o meu percurso fizesse sentido. Naquele momento estava sozinha por opção e vivia sozinha em Coimbra, rodeada de amigos que, uma vez por outra, apareciam. Tinha exactamente o que queria e precisava e os meus pais, apesar de nunca terem aceite muito bem as minhas escolhas, estavam, de alguma forma do meu lado. 

- Professor? - Fui dizendo, à medida que me aproximava da secretária dele e abandonava a minha, bem recuada na sala. 

- Sim, Cláudia. Posso ajudar em alguma coisa? - Perguntou-me, sempre prestável.

- Sim. Desculpe estar a incomodá-lo no final da aula quando já é tão tarde e esta é a última aula. Mas preciso de lhe dizer que vou desistir de matemática. Foi uma loucura inscrever-me nesta cadeira quando tinha outras que podia ter escolhido. - Disse, já perto dele e esperei que me respondesse.

- Não incomodas absolutamente nada. Mas relativamente ao que me estás a dizer, devo dizer-te que acho que estás a cometer um enorme erro.

- Não estou...eu não entendo nada...ou melhor entendo, mas depois nada faz sentido. - Digo-lhe.

- Entendo a tua frustração, mas acho que não está tudo perdido. És boa, mas não confias no que sabes e és distraída nos cálculos. E isso é fatal.

- Pois, isso tudo e a minha vida ter que seguir e eu não poder deixar que este seja mais um ano a reter-me aqui. Preciso de mais...de outros desafios Professor, mas tinha de vir falar consigo. 

- Acho que estás a cometer um grande erro Cláudia. - Disse-me de novo.

- Porque diz isso? As minhas notas não são minimamente equivalentes às das outras cadeiras...não posso correr o risco...

- De quê? - Perguntou-me olhando-me nos olhos e obrigando-me a olhá-lo também.

- De ficar e de saber que não sou boa o suficiente para me destacar, que as notas não justificam a permanência…- E ia continuar a falar, mas o professor interrompeu-me.

- Cláudia... - E derrepente olhei para ele e esperei que ele me dissesse o resto. - Acho que estás a cometer um erro e eu...acho que tu tens potencial para evoluir. - Disse e manteve-se no mesmo registo que eu sempre o conhecera: frio, mas ao mesmo tempo preocupado. Já era meu professor há alguns meses, mas bastou-me isso para perceber que apesar de ser um pouco mais velho do que eu, estava a ser sincero comigo. - E eu talvez te possa ajudar com algumas explicações, que te parece? - Perguntou e nesse momento o olhar dele desviou-se um pouco dos meus olhos e desceu por mim abaixo, contornando as minhas formas subtilmente. Foi um olhar discreto, mas que não me passou despercebido.


Nunca tinha visto o meu professor naquele registo, tanto que instantes depois, o olhar dele voltou a ficar focado nos papéis que ainda tinha espalhados pela secretária, como que tentando disfarçar o que eu tinha visto.

- Professor... - Disse e aproximei-me mais dele, sem medo, e dei por mim a fazer aquilo que sempre soube fazer bem: seduzir, subtilmente, de modo a não comprometer o trabalho que efectivamente precisava de ser feito. E nesse momento, o timbre da minha voz foi-se ajustando ao que eu pretendia dizer e quando disse, os olhos dele já me perscrutavam, mas com algum receio de poder ser demasiado intrusivo. - Eu sei que se não for com a sua ajuda, mais vale nem continuar. - Disse e naquele momento os olhos dele fixaram os meus e desceram de novo sobre mim, contornando a minha t-shirt justa, com um generoso decote e reveladora de umas formas bem arredondadas, e que faziam sobressair uma silhueta elegante e cujas calças de ganga justas ainda mais faziam sobressair. Passei ao de leve uma das minhas mãos sobre o cabelo, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- Muito bem, quando podemos encontrar-nos para essas explicações? - Perguntou-me, tentando a custo concentrar-se no real motivo que nos levara a iniciar aquela conversa.

A primeira coisa que ocorreu a Claúdia foi iniciar naquele momento, mas claramente sabia que seria precipitado e muito possivelmente o professor iria recuar e com este gesto, corria o risco de até perder o apoio dele.

- Eu estou disponível, não tenho ninguém à minha espera em casa, mas o professor é que tem de me dizer se começamos já ou então veja o melhor dia para si. - Disse de forma segura e por momentos, viu o professor pegar na agenda que estava em cima da mesa.

- Tenho uma semana complicada.... - Disse falando para si, mas em voz alta. - E se começássemos agora? - Perguntou, sem eu estar à espera, mas ciente que seria a escolha que ambos queríamos, mas certamente a última que devia ser escolhida.

- Agora parece-me perfeito. - Disse-lhe e pouco depois abandonávamos a sala de aula. Alguns minutos depois segui-o até ao gabinete dele.


O gabinete do professor, apesar de não ser muito grande, tinha o necessário para que ele pudesse preparar as suas aulas e receber alunos, pais ou colegas. Uma secretária e uma pequena mesa redonda. Sem grandes formalidades, pediu-me para me sentar com ele na pequena mesa redonda, começando por me perguntar qual a matéria em que tinha mais dúvidas. Naquele momento, disse-lhe com toda a sinceridade:

- Professor, eu tenho dúvidas em tudo. Acho que foi má ideia ter pensado em pedir ajuda. - Disse e ia preparar-me para me levantar quando ele põe a mão na minha perna e me impede.

- Não foi má ideia. Eu vou ajudar-te, não desanimes. - E a mão dele permaneceu na minha perna. - Confias em mim? - Perguntou e naquele momento eu estava capaz de lhe dizer que sim a qualquer coisa que me perguntasse. E não respondendo, consenti que prosseguisse...e a mão que outrora se fixara sobre a minha perna, foi deslizando lentamente em sentido ascendente, até eu colocar a minha mão por cima da dele e travar aquele movimento. E foi o suficiente para que ele rapidamente tirasse a mão da minha perna e tentasse voltar ao registo a que me habituara ver...focado, distante e mais frio...e era exactamente assim que o queria.

- Professor podemos começar pelas equações? - Perguntei-lhe, tentando restabelecer o laço que se quebrara ligeiramente.

- Sim, claro que sim. - Disse ele enquanto alcançava o livro de apoio, abrindo-o na página onde a matéria iniciava. - Equações...estás preparada para...

- Estou com sede, será que posso beber um pouco de água? - Perguntei interrompendo-o e apontando para um dos copos que vi sobre a secretária dele e com uma garrafa de água perto.

E ele levantou-se e foi buscar dois copos que encheu com água e estendeu-me um copo para eu beber. 

- Obrigada. Estou com imenso calor. - Disse e fui bebendo, mas antes de terminar, entornei propositadamente em cima da t-shirt água restante. - Que desastrada que eu sou. Molhei-me toda. - E os olhos dele deixaram o livro aberto em cima da mesa e fixaram-se na minha t-shirt bastante molhada pela água entornada e que revelava um soutien branco rendado e os meus mamilos endurecidos pelo contraste da temperatura e que salientavam ainda as minhas mamas bem redondas e firmes e que nem o soutien já encobria. 

- Claúdia...acho que vamos ter de ficar por aqui hoje. - Disse levantando-se da mesa e começando a arrumar as suas coisas.

- Professor, por favor eu preciso mesmo da sua ajuda.

- Tens a certeza que precisas da minha ajuda ou queres que me perca contigo e não consiga sequer começar a ajudar-te, como tu precisas que eu faça? - Perguntou-me frontalmente, aproximando-se de mim, desafiando-me a responder sem grande poder de fugir.

- Preciso da sua ajuda... - Disse, fazendo-me sentir mal pelo que tinha feito e que quase ameaçara o trabalho todo. - Desculpe-me... - Disse e ia continuar o meu pouco sincero pedido de desculpas, mas no momento em que ia parar com aquela palermice de adolescente, que já não era, ele aproxima-se mais de mim e agarra o meu rosto com força e beija-me com uma intensidade tal que quase me deixa sem fôlego. E tão depressa começou como se afastou de mim.

- Desculpa-me Cláudia. Agora sou eu que tenho de te pedir desculpa. - Disse com sinceridade, experimentando sentimentos antagónicos em relação ao sucedido. -Queres ficar por aqui hoje é que não sei se consigo continuar a explicar-te no estado em que estou. - E ao virar-se para mim, percebo a ereção que as calças dele não escondem.


E nesse momento, vou até à porta e fecho-a à chave e regresso à mesa redonda, começando a despir a t-shirt e sentando-me de seguida, na cadeira onde anteriormente estivera sentada, mas apenas com soutien e jeans.

- Ninguém disse que seria fácil. Se vai ser difícil para mim...para si também vai ser... - Disse e vi-o inspirar fundo e caminhar até à mesa e sentar-se na outra cadeira.

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