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ROSSO - PARTE V


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Fui até à villa de novo, pois queria acordar a Carol que ainda dormia quando cheguei.

- Ou te levantas agora ou meto-me na cama contigo. - Digo e ela vai lentamente abrindo os olhos, ciente de que não estava a brincar e que faria isso mesmo se não se levantasse.

- Mas onde é que elas estão? Onde estão todos? E porque estás só tu aqui? - Fez tantas perguntas e não me apeteceu responder a nenhuma.

- Eu já te conto tudo, mas primeiro vamos tomar um banho e depois vais tomar um bom pequeno almoço...temos algo a fazer. – Digo e ela fica a olhar muito séria para mim.

- Tu não achas que já fizemos estragos suficientes Joana? – Perguntou ela tapando o rosto.

- Anda…quero saber a que estragos te referes… - Digo, puxando por ela e empurrando-a de seguida para a casa de banho.

- Dormi nua. Foste tu que me deitaste assim? – Perguntou-me.

- Não, é uma longa história…conto-te já. – Digo e consigo que se meta debaixo do chuveiro e rapidamente lhe escolho algo prático para vestir.

E já quando estávamos as duas deitadas na praia, quando lhe comecei a contar, em pormenor como tinha corrido a noite de ontem, demorando-me propositadamente em alguns detalhes, mas terminando no cavalheirismo do Diego em nos deixar às duas na cama. No final, Carol ficou a olhar para mim, sem saber muito bem o que dizer. Contei-lhe também a aventura dos 3 casais que tinham ido para a outra praia e perguntei-lhe.

- Vamos fazer as duas uma massagem ao SPA? – Perguntei.

- Joana…que tipo de massagem? – Perguntou ela já com as faces ruborizadas.

- A que as duas precisamos? Homem ou mulher? – Perguntei sem estar sequer preocupada com o que ela pudesse pensar.

- Homem… - Diz ela muito depressa.

- E tu? Já sabes o que vais escolher? – Perguntou-me curiosa.

- Escolhe por mim. – Pedi, quase que a desafiando a escolher o prazer que iria ver.

- Homem também… - Disse ela e o olhar meio envergonhado dela baixou um pouco e eu aproximei-me dela e beijei os lábios dela.

- Sabes uma coisa? Tens um sabor delicioso… - Digo sem rodeios.

- Como sabes? Nunca me tocaste… - Diz ela, mas não se afasta.

- A Andressa sabia a ti quando me beijou ontem…tinha o teu sabor nos lábios, na língua…e fiquei com vontade de…

- Paras? É que me estás a excitar… – Pediu, já me sentindo quente.

- Eu sei. E gosto, vamos? – Perguntei eu, sabendo que me seguiria sem hesitar.


Pouco depois entramos as duas na área de spa e lazer do resort. Aguardamos uns minutos e pouco depois fomos encaminhadas para uma sala apenas iluminada por algumas velas dispersas e que conferia à sala um ar acolhedor, intimista e quente.

- Podem despir-se, deitar-se e aguardar um pouco. - Disse a mulher que nos acompanhou até ali, deixando-nos pouco depois.

Entreolhamo-nos e trocamos um riso perverso quando lentamente nos fomos desfazendo de uma ou outra peça de roupa que tínhamos vestida no corpo...e por fim percorremos o caminho até à marquesa, deixando apenas os chinelos debaixo desta, antes de nos deitarmos, cobrindo somente das nádegas para baixo o nosso corpo nu, com a toalha branca que nos fora deixada em cima de cada uma delas.

E não tardou muito e apareceram dois homens na sala e durante breves instantes tirei as medidas a um e a outro e só depois escolhi uma das vendas que tinha em cima da marquesa…optando pela preta e ouvi a Carol perguntar-me:

- Há duas vendas qual escolho? – Perguntou e senti-a perdida…sem saber a opção que era compatível com o que queria.

- Depende do que quiseres. Eu quero explorar os sentidos…quero sexo…e não quero ver…quero ser surpreendida. E tu o que queres? – Perguntei.

- Quero o mesmo, mas quero ver…tudo… - Diz ela, acabando por me surpreender. – E eles entendem o que queremos? – Perguntou e legitimamente porque no caso dela, poderia ser qualquer uma das opções.

- Não no teu caso. Vais ter de dizer o que queres. – Explico.

- Como? – Pergunta-me.

- Carol…desliga…e sente…..ele saberá, pois o teu corpo dará os sinais que ele precisa de saber para prosseguir…e agora ciao bella. – E desliguei dela e foquei-me nas mãos que começaram a tocar os meus pés e subir por mim, relaxando-me e excitando-me ao mesmo tempo.


Suspirei…


E ouvia o mesmo arfar ao meu lado, o que significava que Carol seguia as mesmas pisadas ao ritmo dela, mas rapidamente desliguei dela e foquei-me no prazer que aquelas mãos quentes e bem oleadas me provocavam lentamente. Um calor…uma vontade de mais…

Ele estava bem à minha frente e massajava as minhas costas, naqueles pontos onde estrategicamente costumo ficar mais tensa…suspirava, arfava de alívio e ao mesmo tempo de prazer pelo toque infligido.

- Pode virar-se. – Diz-me e eu obedeço cegamente literalmente.

A toalha continua sobre as minhas ancas, mas as minhas mamas ficaram a descoberto e sinto-o tocar-me numa e noutra, um movimento síncrono…que me arrepiava o corpo e ele reagia, sem pudor ao toque de um estranho que me tocava…sem nunca me ter visto, sem sequer saber o meu nome, de onde era, para onde ia…apenas sabia que queria ter prazer com as mãos dele em mim…

Senti algum rebuliço na marquesa do lado e percebi, mesmo sem olhar que os movimentos eram parecidos, mas a forma de Carol reagir ao toque nos mamilos era maior que o meu…tinha uma sensibilidade maior e eu sabia disso. Ela não suspirava, gemia…e sei que o toque do outro homem se deve ter demorado mais tempo nos mamilos dela…

- Hmmmm… - Ouvia-a gemer… - Isso é bom…

Não aguentei e tirei a venda. Queria ver, vê-la ter prazer e ver o meu prazer nas mãos de mais um estranho.

Ele apertava-lhe os mamilos entre os dedos e o corpo dela reagia a este toque, mais intenso que eu esperava. Fechei os olhos e o homem que me tocava deslizou com o corpo lateralmente e facilmente senti a ereção dele tocar-me no braço direito.

- Hmmm… - A minha vez de reagir a um toque deliberado, mas de uma leveza inacreditável.


E nesse momento unta as mãos, com mais óleo aromatizado, e desliza-o pelo meu ventre e adivinho exactamente onde vai terminar. Deixo…quero…preciso…e ele não hesita e começa lentamente a rodear-me a cona…depois aproxima-se lentamente dos lábios, fazendo os dedos deslizarem ritmadamente por eles…até começar a massajar-me o clitóris…e sem me aperceber as minhas pernas arqueiam e ele continua, mas desta vez a massagem assume os contornos de uma masturbação consentida e quando olho para o lado vejo o caralho do outro homem na boca de Carol enquanto uma das mãos dele começa a masturbá-la.

Os gemidos ecoam pela sala, os meus…os dela…os do outro homem….e venho-me sem contenção…livre de preconceitos e peço.

- Lambe-me….toda…. – E o meu pedido levou-o ao meio das minhas pernas e a lamber-me a cona, o clitóris…e voltar a fazer um dos dedos deslizar para dentro da minha cona…uma e outra vez até me fazer vir de novo… - Agora anda cá…um prazer tem de complementar o outro….e quando começo a toca no caralho dele, duro…a latejar e já a pingar…ouço claramente as estocadas de quem começou a foder…desenfreadamente…sem controlo…enquanto eu, demoradamente me delicio em tocar aquele falo duro e hirto, até o aproximar dos meus lábios e lamber demoradamente, saboreando cada centímetro.

- Paguei para ter o pacote todo, mas o que é que tu queres? Quero que faças o que te apetece agora…. – E a partir desse momento, apesar de continuar a ser uma cliente que tinha pago para ter prazer, ele ia assumir o controlo…e começou a foder a minha boca…até se colocar em cima da marquesa e me erguer as pernas, por cima dos ombros dele e começar a foder-me.

Olhei para o lado…e vi Carol de costas, com o rabo ligeiramente empinado e com o homem a foder-lhe o cu…

E nesse momento ela cruza o olhar com o meu e ficamos a observar o prazer que estávamos a ter…com um e com outro…

Quatro gemidos…o mesmo prazer…o mesmo fim…


E quando saímos dali as duas, estávamos verdadeiramente zen. Almoçamos quase sem conseguir articular uma palavra de tão relaxadas estarmos. O café veio com pedras de gelo…e uma e outra deixou uma ou outra escorregar pelo corpo, fazendo-as derreter sem dificuldade.

O telefone da Carol tocou e percebi pela tensão que era o Francisco a ligar. Fiz sinal para se ausentar dali, mas ela quis que eu ficasse.

- Amor…temos de falar…

Aquelas palavras ecoaram em mim e tive de me levantar, pois já tinha perdido a conta à quantidade de vezes que as tinha dito e do outro lado…o entendimento das minhas palavras era inexistente…

- Sim…estou a gostar…. – Ouvi-a dizer e ao mesmo tempo vejo entrar no restaurante as nossas amigas. Vinham sós e só me lembro de correr para elas…e depois de ter visto um sorriso perverso numa e noutra, abraçar a Vanessa e não a largar.

- Ui…onde andaste? Que tens? O que se passa? – Perguntou, um pouco preocupada, enquanto a Mónica caminhava para a mesa onde a Carol estava sentada e a olhava para tentar perceber o que eu não conseguia dizer.

O telefonema acabou e regressei com ela à mesa.

- Então essa manhã na praia que tal correu? – Perguntei, curiosa.

- A Andressa e o Diego passaram o tempo a discutir até estar cada um de um lado e de outro e nós…bem, nós…estivemos numa red zone alternativa. – Disse a Vanessa e eu não estava a entender nada do que ela me dizia. – Mas eu quero saber o que andaram as meninas a fazer, porque estão as duas com cara de caso? – Perguntou.

- Red zone alternativa? – Pergunta Carol. – O que é isso? Nudismo? – Perguntou-lhes.

- Não propriamente. – Disse a Mónica, com um ar um pouco comprometido. - Conta tu Vanessa. – Pediu ela.

- Como os vimos num ambiente tenso, decidimos explorar a praia…longe deles e fomos os quatro…pelo areal…até não estar ninguém por perto. E sim fizemos nudismo…e sim fodemos…mas, a dada altura trocamos. E no meio de tudo isto…fodemos literalmente uns com os outros… - E parou propositadamente pois queria saber até que ponto queríamos saber mais.

- Continua por favor… - Pedi.

- Eles foderam um com o outro, tal como nós… - Contou-nos.

- Qual é a sensação de ver um homem foder outro? – Perguntei sem rodeios, percebendo claramente o que tinha acontecido e ficando excitada com isso.

- A mesma que ver uma mulher com outra e um homem com uma mulher…não há diferença…há um factor comum: o prazer…é a única coisa que nos move.

E já bem distante do telefonema que tinha recebido, ouço a Carol perguntar:

- Algum deles se esporrou no cu do outro? – Perguntou, esperando uma resposta. E todas ficamos a olhar para ela, perante a pergunta demasiado explícita, pornográfica…

- Um deles no cu do outro e o outro na minha boca e na dele…lambemos o caralho juntos. – Diz a Mónica, como se estivesse a explicar algo trivial.

- E os outros dois perdidos algures na praia onde o barco parou, certo? – Perguntei.

- Nem sabemos bem, mas julgo que sim…pois estavam em silêncio quando regressamos os quatro.

- Mas e vocês? – Perguntou a Vanessa, olhando para mim, mas contrariamente ao que ela esperava foi a Carol que lhe respondeu.

- Putas do caralho…como não ser uma igual ou pior, se vos tenho por perto? – Perguntou. E contou-lhe a nossa experiência na sala de massagens.

- Amanhã quero o mesmo…agora preciso de me alimentar… - Diz a Mónica muito depressa e a Vanessa segue-a para o buffett do restaurante.

- Carol…o Francisco…está tudo bem com vocês? – Perguntei com o ar mais sério do mundo.

- Igual…não lhe posso contar o que ando a fazer sem olhar nos olhos dele…é demasiado. – Confessa.

- Para ti ou para ele? – Perguntei friamente.

- Para mim…sou um puta…e ele nem imagina. – Confessou e segurei no rosto dela e disse o que ela não esperava.

- Eu também sou e vês-me quebrar? Assume isso e serás mais feliz. Conta como és e se ele te ama, fica…se não vai. A menos que queiras um homem para exibir e outro para foder? É isso que queres…ou queres a plenitude? – Pergunto e sei do que falo.

- Quero um homem que me compreenda, que me aceite…

- Fodasss….é isso mesmo…aceita isso e serás mais feliz. – Aconselho-a.

- Tu és? – Perguntou depressa demais.

- Ainda não encontrei o homem certo…um dia quem sabe… - Digo e olho para a porta e vejo entrar os três homens – Xavi, Pablo e Diego.

- E elas achas que os encontraram? – Pergunta-me.

- Não sei. Não tenho as respostas todas, as respostas dos outros e nestas coisas amiga não há respostas certas ou erradas…a alma diz sim e o corpo responde….

- Onde vim parar? Ao céu ou ao inferno? – Pergunta ela num misto de riso e nervosismo virada para mim.

- Eu estou no céu…mas o meu céu pode ser o teu inferno e vice-versa… - Digo e rapidamente o meu registo muda quando eles se aproximam de nós.

- Olá…então a vossa manhã foi boa? – Perguntaram e as duas trocamos um olhar cúmplice e olho para cima e encaro o olhar de todos e termino no Diego.

Nada dizemos, mas ele sentiu cada palavra não dita.

- E vocês divertiram-se na praia? – Pergunto eu desprendidamente.

- Imenso. – Responde Diego muito rapidamente e sei que mente. E mente tão mal.

- A Andressa ficou lá retida ou o voto de silêncio já terminou Diego? – Pergunto astutamente, dando a entender saber tudo.

- A Andressa já deve estar no aeroporto para regressar a casa. – Confessou. – Vou comer qualquer coisa e depois vou ver pornografia.

E agarro-o pelo braço e digo-lhe ao ouvido.

- Alimenta-te, mas guarda esse leite para derramares em cima de mim…o meu cu hoje ainda não foi explorado……… - Digo e deixo-o pior do que estava, mas os calções mostram o oposto da expressão pesada dele.

- Queres que te foda o cu, é isso? – Pergunta-me num sussurro…

- Por favor....e demoradamente…o da Carol foi bem aberto…….. – Digo no mesmo registo…num sussurro, apenas para ele ouvir.

- Pessoal vou comer e depois vou dar uma volta por aí…a Joana vem comigo. – Ouço-o dizer e sorrio cumplicemente para as minhas amigas.

- Vais com ele? – Pergunta-me a Vanessa e respondo o que ela já esperava.

- Sim, vou. – Digo.

E depois daquele repasto, saio com Diego do restaurante, deixando-os aos 5 a ver-nos desaparecer.


- Que achas que ficaram a pensar? – Perguntou-me ele…tentando a custo disfarçar um sorriso.

- Que vamos passear, apanhar conchinhas na areia e explorar as praias perto. – Digo o que ele não esperava ouvir.

- Fala puta…fala o que eu quero ouvir….

E volto a dar-lhe um estalo como no dia anterior e ele pára e fica a olhar para mim à espera de uma resposta.

- Vamos ser a puta e o cabrão que se conheceram ontem…


FIM

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