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STAIRWAY TO HELL


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A última conversa desse dia fora ao telefone. Não se pode dizer que tivéssemos discutido, pois isso não sucedera, apenas, por alguns momentos manifestamos opiniões diferentes sobre a mesma necessidade de proximidade um com o outro. A tensão foi aumentando e o medo ganhou uma dimensão diferente. Não o medo de ter aquela conversa, mas o medo de que aquela conversa provocasse uma ruptura não desejada antecipadamente…

- Amanhã não trabalho à noite. Vens ter comigo? – Perguntas-me.

- Eu amo-te. – Respondo-te, mas de forma diferente.

- Isso quer dizer que vens? – Perguntas com alguma insegurança na voz.

- Claro que vou ter contigo. Preciso de foder. – Digo, mas agora sem medo. – Preciso de um local semi-público, de perigo, de adrenalina…preciso de ti…

- Conheço o local ideal para isso. – Dizes, seguindo a minha linha de pensamento.

- Onde? – Pergunto com curiosidade marcada.

- No acesso ao sótão da minha casa. – Respondes-me sem que tenha tempo de querer saber mais.

- Vais-me foder…

- Sim, contra a porta. Vais poder ouvir os vizinhos a entrarem e a saírem e a torcer para que nenhum se lembre de subir. – Dizes e começo a ficar excitada com o que me contas.

- Sabes que eu adoro essas coisas, certo? – Pergunto retoricamente.

- Sei que sim…quero fazer algo que ainda não te fiz. – E tremo de excitação, de vontade que aconteça.

- Conta-me… - Peço, sabendo perfeitamente que não o irás fazer, mas não custa tentar.

- Não, irás ver amanhã. – Respondes.

- Vou apenas com um casaco sobre a lingerie, salto alto… - E aguardo pela tua reação, mas é silêncio que ouço do outro lado da linha. – Excessivo? – Pergunto.

- Não, é exactamente o que preciso…para te foder. – Confessas.

- E depois vou-me embora, logo a seguir… - Digo, tentando provocar-te mais. – Afinal apenas vou ter contigo para foder.

- Parece-me bem. – Acabas por dizer.

- Tens a certeza que é isso que queres? – Pergunto de novo.

- É. – Dizes e sei que aparte do que sentimos, há alturas que não é possível travar a intensidade do que nos liga, a vontade de saciar uma fome que transcende o próprio amor.

-Estás a tocar-te? – Pergunto.

- Sim. – Admites e fico a ouvir-te, mas acabas por me confessar que vais esperar pelo dia seguinte.

E não demorou muito a desligarmos a chamada telefónica e acabei por adormecer com mil e uma imagens alusivas à nossa conversa.


O dia de trabalho passou a correr, como sempre e fomos trocando mensagens cada vez mais intensas, o que por si só era o prólogo do que ia suceder.

Saí da empresa relativamente cedo, mas apesar disso e dada a altura do ano, sabia que iria anoitecer pouco depois. Precisava desse disfarce, pois temia que o casaco por cima da lingerie e das meias de liga fosse revelado e só acalmei quando entrei no carro e rumei até tua casa.

- Já estacionei. – Digo-te quando chego depois de marcar o teu número no telefone.

- Aguarda. Vou buscar-te. – Dizes e espero dentro do carro.

Não tardas a aparecer-me e saio do carro, nada preocupada se conseguiste ver a meia de liga que se revela pelo meu movimento ao sair do carro. Nada dizes e eu trinco o lábio, tal a excitação em que fico.

- Vamos? – Perguntas-me e pouco depois entramos no teu prédio, entramos no elevador e faço questão de me distanciar de ti. Sorris nervosamente, sabendo perfeitamente porque o faço.

Paramos no último andar e convidas-me a subir um lanço de escadas. Faço-o, passando por ti e parando junto à porta do sótão, mas depois de já estar longe da visibilidade de quem subisse até àquele piso. Estou encurralada, estou exactamente onde queria estar e contigo por trás de mim.

Preparava-me para me virar, mas sinto o teu corpo impedir-me.

- As regras são as minhas…quieta. – O teu domínio ainda me excita mais.

Obedeço e deixo que me tires o casaco e o pendures. Sinto o teu olhar percorrer cada centímetro do meu corpo e tento olhar para trás. – Nem ouses… - Avisas.

- Que me vais fazer? – Pergunto, tentando desconcertar-te.

- Foder-te.

E nesse momento aproximas-te de mim e começas a lamber-me e a mordiscar-me as nádegas, enquanto uma das tuas mãos me acaricia uma e outra perna. Depois sinto a tua língua começar a lamber-me, bem perto do tecido das cuecas e a baixá-las até meio das pernas. Preparava-me para as tirar, quando sinto uma palmada forte numa das nádegas.

- Já te disse para estares quieta… - Dizes e deixo-me ficar…deixo-me ir e quando sinto a tua língua percorrer os lábios da minha cona, não consigo conter um ou outro gemido. – E quero silêncio…há vizinhos perto.

Tento controlar a custo os gemidos que a tua língua e o teu toque provocam em mim, até sentires que escorro pelas pernas abaixo, quando me venho na tua boca, sem aviso, exactamente como gostas.

E nesse momento ergues-te e viras-me para ti, encarando-me…e aproximando-te de mim. Beijas os meus lábios e estás impregnado com o meu sabor, o meu cheiro.

- Sabes a mim cabrão. – Digo e tu continuas em silêncio. E enquanto isso vou-te desapertando as calças e desço sobre ti. Preciso de sentir o teu caralho na minha boca. Estás a pingar, a latejar de desejo, de tesão…e é justamente nesse momento que o elevador começa em movimento. Ouvimos vozes, certamente que reconheces, contrariamente a mim. E nesse momento, começo a lamber-te lateralmente uma das virilhas, mordiscando-te lentamente. Passo para o outro lado e repito o gesto, apreciando o latejar e a dureza do teu caralho e que ignoro, até ser a minha língua a percorrê-lo, apenas parando na ponta e olhando para ti nessa altura.

Lambo o sal que escorre dali, demoradamente, languidamente até os meus lábios quererem mais e fazer com que ele deslize para dentro da minha boca, fazendo-te reagir com um gemido contido.

Ouvimos de novo o elevador…e desta vez pára mesmo neste piso. Não deixo de te lamber o caralho e nem tu me pedes para parar. Sinto-te mais duro ainda.

Puxas-me para cima e afastas o meu soutien rendado e semi-transparente para cada um dos lados e deixas que revele as formas redondas que tanto te excitam. Aproximas-te de cada uma e lambes cada um dos mamilos até os sentires bem duros na tua boca.

Voltas a virar-me e sinto o teu caralho duro roçar as minhas nádegas, depois os meus lábios, provocando-me ao ponto de te implorar:

- Fode-me. – Peço sem qualquer reserva.

- Não ouvi. – O tom perverso excita-me.

- Fode-me agora. – Peço de novo.

- É isso que queres? – Perguntas-me.

Não respondo, simplesmente inclino o meu corpo e não resistes a começar a foder-me…primeiro numa cadência mais lenta e que vai aumentando o ritmo até me fazeres vir outra vez. Puxas o meu cabelo e depois agarras com força as minhas nádegas, imprimindo maior intensidade aos movimentos. Um bater de corpo com corpo que nos é familiar e pressinto o teu orgasmo, travando-te propositadamente. Não me deténs. Faço-te sentar na toalha que levaste contigo e monto-te, entrelaçando as minhas pernas em teu redor, intensificando a penetração e os movimentos. Deixo-me quase cair para trás, sentindo-te amparar-me e continuar ao mesmo tempo a foder-me.

E explodes num orgasmo ao mesmo tempo que me venho de novo.

Não tardei a abraçar-te e a recompor-me. Descemos as escadas pouco depois e tu paraste no teu andar e eu prossegui até ao piso térreo e saí para a rua, como se simplesmente estivesse a sair do prédio. Entrei no carro e o meu telefone deu sinal de mensagem. Sabia perfeitamente que eras tu e quando olhei o visor vi o teu nome, mas pousei o telefone, sem ler a mensagem propositadamente.

Nova mensagem chega…e eu já estou a fazer o caminho de regresso a casa e apenas quando estaciono pego no telefone.

“Amo-te”

Sorrio quando leio o que me escreves, mas é a mensagem seguinte que me faz tremer.

“Liga-me”

E faço-o, sem hesitação.

- Olá. – Digo como se nada tivesse acontecido.

- Só queria que soubesses que estou a tocar-me de novo. – E quando te ouço confessar isso, abro ligeiramente o casaco e começo a masturbar-me para tu ouvires.

- Eu também…queres ouvir? – Pergunto.

- Não. Desta vez quero ver. – Dizes e tenho que desligar a chamada normal e fazer uma videochamada.

- Outra vez cabrão? – Pergunto.

- Sim puta, é o efeito que tens em mim. Estás na rua, dentro do carro a tocar-te para mim…

- …e no entanto sou a tua mulher. – Digo e ambos não demoramos muito a explodir de prazer.


FIM

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