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THE CLIENT


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Entrei no quarto e ele já estava deitado à minha espera. Era um homem alto, moreno, olhos escuros e com olhar intenso. Tinha apenas uns boxers vestidos de cor escura e estava deitado de lado, apoiado num dos braços, à espera que eu abrisse a porta que dava acesso ao quarto. E com um fino robe vermelho em cetim, umas meias de liga e saltos altos, entrei e aproximei-me dele. Não era um cliente habitual, daí estar um pouco mais expectante com o que viria. A primeira vez é sempre uma re(descoberta) e nunca é possível saber ao certo o que se pode encontrar.

- Boa noite. Eu sou a Eliane, como se chama? – Perguntei sem medo, sentando-me na beira da cama.

- Boa noite. Eu sou o Ivo. Muito prazer em conhecer-te. Posso tratar-te por tu, não posso? – Perguntou com algum grau de informalidade que não me assustou de forma alguma.

- Claro que podes. – Digo e ergo-me desse momento e começo a percorrer a cama até chegar a ele. Meço a distância e tento perceber o que quer, o que procura, como gosta…e ele estende a mão em direção ao cinto vermelho que prende o meu robe e puxa por ele. Desata o laço que eu tinha feito e deixa a descoberto a lingerie preta que eu tinha escolhido. Escolho sempre o preto para os primeiros encontros com os clientes, pois é uma cor que se adapta a todo o tipo de clientes, desde os mais vulgares aos mais sofisticados. O soutien rendado com ligeiro e que prendia as meias que eu trazia chamou a atenção dele. Percebi o interesse pelo detalhe e percebi que gostou do que descobriu por baixo do robe que eu vestia, pois os boxers exibiam sem dificuldade um caralho já bem duro provocado pela visão do meu corpo em lingerie. Deixei o robe cair ligeiramente sobre os meus ombros e aproximei-me um pouco mais dele, ignorando a ereção que era evidente e deixei a minha mão deslizar sobre o peito nu, desprovido de qualquer pelo, liso, e nesse preciso momento ele pega na minha mão e coloca-a em cima do tecido dos boxers.

- Não se deve ignorar o desejo…

Não lhe respondi, pois tinha-o feito deliberadamente para exacerbar esse mesmo desejo. Mas o ar perverso com que me olhou, não me deu outra alternativa que não fosse responder à altura.

- Não ignorei, quis ignorar…é um pouco diferente para mim. – Digo sem dar muitas mais explicações.

- E porque razão? – Pergunta ele muito objectivamente, erguendo-se na minha direção e baixando os boxers.

- Porque sei perfeitamente os efeitos que essa minha falta iriam provocar. Chega para me desculpar ou tenho que me redimir de tão grande falta? – Pergunto, tentando perceber o que ele quer, como quer, como gosta, como se assume…

- Chega estares…chega seres o que és…chega dizeres o que sentes. – E o tratamento que até ao momento assumia uma informalidade devido a ser na terceira pessoa…passou a ganhar uma proximidade diferente qual ele me começou a tratar assim.

-Estarei…serei…sentirei, sem reticências. – Digo, de alguma forma para ele perceber a forma que irei assumir. E avanço sobre ele, obrigando-o a deitar-se e prendo-o a duas algemas que se encontram na cabeceira da cama. – Estamos entendidos, ao que me parece… - Digo com um sorriso malicioso a desenhar-se no meu rosto.

Aproximo-me mais dele, começando a lamber o ventre liso com a língua sincronizada com o toque da minha mão…e que vai descendo, assimilando o sabor e o cheiro do corpo dele, a textura suave, até final e irremediavelmente ser o caralho dele que tenho diante de mim…pronto…a latejar de desejo…a implorar que o quase toque passe a toque efectivo.

- Pede-me o que queres… - Digo, porque adoro ouvir…

- Chupa-me o caralho… - Diz e eu olho para ele naqueles segundos que antecedem o toque da minha língua nele…e os olhos dele reviram, pela antecipação do prazer que virá. E começo a lamber, a saborear com a minha língua aquele caralho duro e já molhado na ponta, e que deixo mais molhado quando a minha saliva deixa um rasto, até os meus lábios beijarem cada centímetro e, chegando à ponta, é a língua que desliza e o lambe antes de a minha boca o envolver. O quente, o molhado…o toque da língua e dos dedos que vão deslizando por ele, deixam-no descontrolado…os movimentos ritmados que imprimo no toque, a cadência com que o faço entrar na minha boca e o chupo, deixam-no a gemer de prazer…

Afasto-me dele e viro-me de costas para ele propositadamente. Ainda sobre a cama começo a tirar a lingerie, bem lentamente, começando pelo soutien, depois as cuecas e deixo as meias de liga seguras por um ligeiro e nesse momento volto-me para ele. Percorre o olhar pelo meu corpo, pelas minhas mamas, pelo meu ventre e pela minha cona.

- Anda cá. – E sem conseguir puxar-me para ele, aproximo-me, lentamente…o mais lentamente que consegui… - Quero lamber esses mamilos… - Diz e aproximo-me das algemas e aproveito para roçar as minhas mamas no rosto dele e quando tem as mãos libertas, toma-as em cada mão e começa a lamber cada um dos mamilos, chupando e trincando ao de leve. Os gemidos que se ouvem agora são os meus e desce mais sobre mim e fica com a minha cona mesmo no seu rosto. Olha-me nesse momento e é a vez de me dizer algo… - Pede-me o que queres.

E nesse momento não lhe respondo, baixo-me um pouco mais e faço-o perceber que quero que continue…

- Pede… - Exige ele.

Ia começar a argumentar, mas de que serviria? Era ele quem estava a pagar a peso de ouro a minha presença naquele quarto de hotel e cada minuto contava.

- Quero que me lambas a cona até eu me vir… - Digo e repouso o meu olhar no dele…e vejo-o devolver-me o mesmo olhar de desejo, que não se dispersa quando a língua começa a percorrer os meus lábios e se fixa no clitóris depois, exercendo aquela pressão deliciosa que me enlouquece. – Hmmm… - Digo enquanto começo a acariciar as minhas mamas, deixo que seja o prazer a comandar-me e os meus olhos fecham-se e o meu orgasmo não tarda…

- Continuas a estar…a ser e a sentir? – Perguntou-me perversamente.

- Há dúvidas? – Respondo com uma pergunta.

- Nenhuma… - E quando diz isto, pega nas algemas que estão penduradas na cabeceira da cama e prende-me as mãos, obrigando-me a ficar de quatro, completamente à mercê do toque dele.

Nisto vejo-o levantar-se e pouco depois regressa com uma chibata em couro que passa na minha cona quando se posiciona atrás de mim e me faz arquear de prazer, para depois ser nas minhas costas que a sinto deslizar até ao meu cu, terminando numa vergastada numa das minhas nádegas.

- Continuas comigo? – Perguntou-me, ciente que o estar, o ser e o sentir eram o mais importante para ele.

- Sim…simmm… - Digo e sinto-o aproximar-se de mim e a repetir o gesto, mas a vergastada é dada na outra nádega.

- Pede…

- Não. – E saiu-me a resposta que nunca se deve dar.

- Não o quê? Não queres…ou não pedes? – Pergunta ele e a fúria que sinto na sua voz é proporcional à excitação dele. A experiência não me engana. O caminho é este, com ele.

- Não… - Volto a repetir e baixo-me, empinando ainda mais o meu rabo em direção a ele.

- Pede…pede-me o que queres…o que te dá prazer. – E a voz muda e desta vez a vergastada é dada nas minhas mamas, por baixo, marcando ligeiramente a pele.

- Fode-me… - Digo finalmente, pois também estou excitada, tanto ou mais que ele.

E nesse momento agarra-me pelas ancas e roça o caralho duro no meu cu, depois desliza pelos lábios da minha cona e começa a foder-me.

- Não porquê? – Pergunta de novo, querendo saber…

- Não…é não…e digo-o porque quero…e porque posso…

E nesse momento o descontrolo dele aumenta de tal forma que me fode com intensidade…que gosto e o meu orgasmo não o engana…e quando isso acontece deita-se na cama depois de me retirar as algemas e deixa-me à deriva, fica à espera que tome a iniciativa.

- Pede. – Digo eu.

- Não… - Diz agora ele e eu sabendo que desta guerra não sairei vencedora, aproximo-me mais dele e lambo de novo o caralho duro e molhado que ele exibe, olho-o nos olhos e vejo-o prestes a implorar…e nesse momento, aproximo-me dele e sussurro-lhe:

- Gosto de ti… - Não sei o que me deu, mas saiu-me e nesse momento, desço um pouco mais e começo a montar aquele caralho…deixando que ele toque no meu corpo, enquanto movo os quadris ritmadamente em cima dele…até sentir que o orgasmo dele está próximo.

E antes de se vir, obriga-me a parar…e ergue-se...e sei exactamente o que quer, quer que lamba o caralho dele até se esporrar em mim…

- Pede. – Peço com um sorriso perverso.

- Faz-me vir em ti…nessa boca…nessas mamas…nesse corpo… - E antes dele terminar a frase começo a chupar o caralho dele e o esperma não tarda a escorrer por mim desde a minha boca às minhas mamas, espesso, cor de leite e com o qual me delicio.

E nesse momento baixa-se até ficar ao nível dos meus olhos…

- Quero tomar banho contigo, vens? – Pergunta-me algo que ouço pela primeira vez um cliente pedir.

- Claro… - Digo e ele percebe a minha hesitação.

- Não é habitual, eu sei…mas já que estás, que és e que sentes…eu devolvo o mesmo. – E nesse momento dá-me um beijo nos lábios e sente o sabor do esperma dele. A língua dele rapidamente se perde na minha e depois afasta-se, levantando-se da cama. Sigo-o pouco depois, vendo-o entrar no duche que daria para uma família inteira e me puxar para ele, pouco se importando se fica com o corpo coberto de esperma. Aliás, à medida que a água escorre é ele próprio que se encarrega de me esfregar o esperma que vai saindo e depois me lavar o corpo, gesto que depois repete no corpo dele. E nova ereção…começa a tocar-se enquanto olha para mim e encosta-me depois à parede, ao mesmo tempo que o chuveiro deixa cair água exactamente à temperatura que eu gosto…e começa de novo a foder-me…e venho-me em segundos. Ele não para e tira o caralho da minha cona e enfia-o lentamente no meu cu…que se vai abrindo para ele.

E nesse momento agarra o meu rosto e dá-me uma valente palmada numa das nádegas e começa a foder-me, sem uma palavra…ecoam apenas os meus gemidos que se misturam com os dele…e o orgasmo dele não tarda. Vem-se no meu cu e quando retira o caralho, o esperma começa a escorrer pelas minhas pernas abaixo, obrigando-me a novo banho.

E de toalha enrolada no corpo venho até ao quarto e já o encontro quase vestido…fato preto, camisa clara…e vejo o olhar dele em mim…

Deixa o dinheiro em cima de uma das mesinhas de cabeceira do quarto e depois aproxima-se de mim.

- Como te chamas? – Pergunta.

- Não….

- Diz-me, sei que não é Eliane. – Diz-me, sabendo perfeitamente que os nomes escolhidos são para proteger a identidade.

- Não…não vás por aí…

- Não vou, mas voltarei. Voltarei porque estiveste, foste e sentiste-me e essa entrega é a razão do meu retorno…

- Sou assim… - Digo, tentando banalizar o sentimento e fazendo-o sentir igual aos demais clientes que tenho.

- Mas eu não.

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