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THE CLIENT - PARTE IV


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E a cama foi o palco que a seguir ocupamos. Para mim naquele momento havia duas questões em cima da mesa, ou melhor sobre aquela cama, alinhar formas de estar e compatibilidades para que a despedida de solteiro do Ivo fosse um inesquecível e depois…depois…sem dúvida vinha o prazer, o meu prazer e disso eu jamais iria conseguir fugir, por isso nada melhor que aliá-lo ao trabalho. Eventualmente passou-me algumas vezes pela cabeça, convidá-la para ir jantar, para beber um copo, tomar um café e até ter um breve encontro…mas, a verdade é que a agitação diária que tinha, aliada também à minha vida pessoal, tornaram um pouco difícil conciliar tudo. A Alexandra, cujo verdadeiro nome era Diana, pois na verdade naquele local era imperativo mudar os nomes e ela própria sentia-se confortável em vestir aquele papel, o de secretária fatal, em que faz a parte dela telefonicamente, orientando ou até seduzindo um cliente ou uma cliente a fazer uma marcação. Recebia um bom ordenado, bem superior à média, pois havia a necessidade de se ajustar à minha agenda e aos horários onde habitualmente mais chamadas eram recebidas. Por vezes, já chegou a acontecer, ela levar o telefone com ela e nesse dia, quando isso sucedeu, tive a certeza que ela própria gostava do que fazia e até se excitava com isso. Mas ela sempre fora discreta, apesar de extramente sensual e não passar despercebida. Aliás eram poucos os clientes que não reparavam nela, mas ela fazia parte da mobília, desde o momento em que a ouviam, a viam até eu aparecer e essa imagem se desvanecer. A verdade é que todos os detalhes os prendiam…sim, maioritariamente eram clientes masculinos, no entanto havia 2 ou 3 mulheres casadas e que separadamente, me procuravam para uma massagem, uma conversa, e o objetivo era apenas um, foderem…sem culpa. Obviamente que algum tempo depois de passar aquele constrangimento inicial delas, já não arranjavam pretextos para ir ao meu encontro, marcavam, apareciam e vinham-se comigo…para mim…em mim…mas este universo era francamente diferente do masculino.

Estávamos ambas deitadas na cama, ainda enroladas nas toalhas, quando o telefone toca. Ela ergue-se imediatamente, pois o aparelho havia ficado junto à banheira de hidromassagem e eu aproveito para me levantar e ir buscar um óleo de massagem que trouxe numa das muitas viagens que fiz. Era um óleo estimulante e que aquecia com a fricção, com o movimento das mãos no corpo e o aroma…o aroma era viciante e quase que me compelia a usar e abusar, tinha algo de magnético. Fora-me oferecido por um amigo que encontrei, por causalidade, em Amsterdão o ano passado…e que me disse para o usar sabiamente, depois de fodermos em plena rua vermelha. Raramente o uso, mas sou egoísta demais para o partilhar com qualquer pessoa, mas algo me dizia que aquele era um bom momento.

- Sim, pode ser. – Ouço-a responder. – Mas tem algum pedido especial? – Perguntou ela e percebo que a voz muda, a predisposição também e vejo-a caminhar na minha direção, deixando cair a toalha que lhe cobria o corpo. E a forma como se move, como escuta, como conduz a conversa…excita-me e ela própria está excitada. – Sim… - Responde já depois de se deitar na cama. E tira-me a toalha do corpo e sem largar o telefone, coloca-o em alta voz e pousa-o sobre a cama. – Pode dizer… - Pede ela enquanto as suas mãos deslizam sobre o meu corpo. E do outro lado da linha, ouço o homem referir uma ou outra fantasia…um ou outro desejo e isso excita-a. – Sendo assim, está marcado para amanhã às 19h00. – E desliga o telefone e eu passo-lhe o óleo que tenho perto de mim para as mãos. – Tens uma marcação para amanhã. É um novo cliente e vem com a mulher, julgo que não há inconveniente, pois não?. - Pergunta-me.

- Excitou-te? – Perguntei –lhe, ignorando o constrangimento dela.

- Sim, muito. – Responde-me e ao mesmo tempo começa a deitar o óleo sobre o meu corpo.

- Sendo assim, às 19h00 deixo-o contigo, que te parece? – Pergunto, tentando perceber até onde ela é capaz de ir.

- Trocavas comigo era isso? – Pergunta ela com um brilho no olhar.

- Sim…se te apetecer, podemos trocar de vez em quando, preciso é que me digas o que queres…e cada vez que tiveres essa vontade, cedo-te o cliente, dou-te uma percentagem do valor que ele paga, mas a mim tu pagas-me com o corpo…com o teu corpo…temos acordo? – Perguntei, não esperando propriamente uma resposta, mas estando à espera que ela começasse aquela massagem…

- Temos acordo…e vamos começar agora. – Disse ela, começando a deslizar a mão pelo meu pescoço, demorando-se nas minhas mamas, que acariciou delicadamente, até começar a roçar as dela nas minhas, deixando os mamilos roçarem uns nos outros, até finalmente os apertar, lamber e chupar. Depois desceu por mim, passando de seguida às pernas, às virilhas…e os meus gemidos já pediam um toque diferente, mas que ela propositadamente tardou. E vejo-a derramar novamente, mas desta vez diretamente na minha cona, um fio de óleo. Abro ligeiramente as pernas e sinto uma das mãos deslizar sobre os meus lábios, até se concentrar no clitóris, que segura entre dois dedos e fricciona com um dos dedos da outra mão…cada vez com maior intensidade….e o óleo começa a aquecer… e eu sei que vou ter um orgasmo explosivo….e que não tarda em chegar. – E um já conto… - Diz ela vitoriosa.

E nesse momento vejo-a esfregar-se com óleo e passar algum na cona dela…deita-se de seguida e encaixa-se em mim, roçando a cona dela na minha…lábios com lábios…clitóris com clitóris…e nesse momento, vejo-a esfregar-se em mim…para também ela se vir, mas nunca perdendo de vista o meu orgasmo que me quer dar. Os gemidos dela misturam-se com os meus e a visão do corpo dela entrelaçado no meu e das mamas que vai tocando e vão balançando, enquanto se esfrega em mim, deixam-me perdida…fazem-me vir…e o orgasmo dela sucede ao meu e molha-me ligeiramente a cona…que continuamos a esfregar uma na outra. Fica um odor diferente e que juntamente com o aroma do óleo é inebriante, diria que quase alucinogénio.

- E conto dois. – Diz ela com ar triunfante.

- Puta…tu também te vieste…na minha cona. – Digo-lhe.

- Sim…e agora vou foder-te… - Diz ela para mim, assumindo o controlo que eu tenho sempre, mas que neste caso foi combinado. – Tens preferência? – Pergunta-me referindo-se ao objecto que iria utilizar em mim.

- Abre essa gaveta e surpreende-me… - Digo-lhe e ela rapidamente se dirige ao local onde guardo alguns adereços sexuais. Vejo-a hesitante, mas pouco depois vem com 3 ou 4 coisas na mão…umas algemas…um vibrador mais pequeno e um strap-on.

E aguardo…pelo prazer que sei que virá…e descubro que ali há muito potencial. E embrenhada nestes pensamentos, ouço o telefone tocar de novo…e ela volta a colocar em voz alta.

- Boa noite Ivo. - E vejo-a colocar o strap-on, fazendo-me sinal para me virar. – Sim está tudo preparado…aliás estamos em preparativos. – Diz ela, tentando provocar-me e a ele. E nesse momento, sinto o caralho de borracha começar a foder-me a cona, enquanto a voz dele ecoa em mim…

- Boa noiteee Ivooo – Digo entre gemidos.

E do outro lado da linha ele percebe que sou eu.

- Vocês estão a foder? As duas? – Perguntou ele do outro lado da linha.

- Como te disse em preparativos para a tua noite. – Responde ela prontamente.

- Deixem-me ouvir…quero tocar-me enquanto vos ouço…

- Fodasss. – Digo quando ela aumenta a cadência dos movimentos daquele caralho. – Ivo…vou-me vir… - Novo orgasmo e que ele ouve…e nesse momento só consigo perceber a voz dela sobrepor-se:

- Obrigada pelo seu telefonema. Até breve. – Diz desligando o telefone, deixando-o pendurado do outro lado da linha.

- Puta…tu sabes que ele vem a correr para aqui… - Digo eu e calo-me quando sinto outro vibrador, mas desta vez a entrar-me, lentamente, no cu.

- Sei…mas até lá já foram três…e agora vem um bónus… - Diz ela, enquanto me fode a cona e o cu… - Quero dois…orgasmos…cinco parece-me um bom número…

- Cala-te e fode-me puta…

E brindei-a com dois orgasmos…de uma intensidade incrível e que poucas vezes senti.

Cerca de meia hora depois e já depois de um banho, estávamos prestes a sair, pois o dia tinha terminado e a campainha toca. E, como é habitual, ela abriu a porta…e ele entrou, deparando-se com as duas.

- Onde é que tu pensas que vais? – Perguntou, olhando para mim.

- Para casa. – Respondi friamente. – E tu vieste aqui fazer o quê? – Pergunto, como se não soubesse a resposta.

E estende o cartão à Alexandra.

- Pago a dobrar…deixa-a ir embora, quero foder-te. – Diz ele diante da minha secretária.

- Não…

- Fodasss, vais começar? – Perguntou ele, aproximando-se de mim.

- Não…

- Estou a enlouquecer e tu és a culpada. – Diz ele num tom acusatório.

- Ela só sai quando eu for…e hoje vai assistir…só assistir…é a minha condição. Se não aceitares, podes sair por onde entraste. – Digo e a minha expressão é de autoridade e ele sabe que não é um pedido…é uma exigência.

- De acordo. – Diz ele depois de o pagamento ter sido feito.

- Muito bem, vamos até ao meu quarto. – Digo eu, voltando as costas, mas percebendo que ele me segue e pouco depois os saltos altos dela também se fazem ouvir.

A porta do quarto fecha-se e eu encosto-o à porta e aperto-lhe o pescoço.

- Que seja a última vez que apareces sem marcação, estamos entendidos? – Perguntei eu.

- Sim, prometo não voltar a fazer isto….mas vocês deixaram-me sem opção. – Tenta desculpar-se.

- Não quero desculpas…vieste para foder…e pagaste para me foder e é exactamente isso que vai acontecer.


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